Fanfic: Biology (Repostagem)

Minhas leitoras fieis em especial a maah que sempre está comentando aqui, e mesmo após meu sumiço continuou firme e forte, e com muita tristeza que venho a dizer a vocês que nossa web está no fim!
Queria muito postar a 2ª temporada mais ainda tenho muito pouco dela...a VEE nossa autora está com pouca inspiração e faz tempo que não nós da essa graça.
Enquanto nossa web não acaba se deliciem com os ultimos capitulos.
Bjos...

Capítulo 32

Meu maior temor, meu pior pesadelo, havia enfim, se tornado realidade.
Minha cabeça parecia estar dentro de um liquidificador quando meu olhar encontrou o dele. Os dedos de Tom se fecharam com força entre os meus, como se ele soubesse que eu seria capaz de desfalecer a qualquer segundo. Porém, sua força foi inútil; minhas pernas vacilaram perigosamente para baixo, mas num último esforço, eu me mantive de pé, disfarçando meu equilíbrio prejudicado. Eu tinha que ficar consciente. Eu não podia me permitir ser tão fraca, não num momento como aquele, por mais que tudo que eu quisesse fosse simplesmente apagar.
- Megan? - a voz falha de Drew pronunciou meu nome, fazendo jus à sua expressão perplexa - O que... O que você tá fazendo aqui?
Meus pulmões pareciam completamente vazios, causando-me uma falta de ar insuportável, porém era como se eu os fosse explodir se inspirasse. Tudo ao meu redor girava a uma velocidade alucinante, fazendo com que apenas Drew se mantivesse parado à minha frente enquanto todo o resto rodopiava, transformando-se em borrões coloridos e desnorteando-me por completo.
- Tom, o que está acontecendo? - ele voltou a falar, demorando a desviar seu olhar do meu para encarar o amigo - Alguém pode me explicar o que...
Sua voz, já um pouco mais alta que o habitual, subitamente cessou quando ele finalmente encontrou a resposta muda às suas dúvidas. O assombro percorreu seu rosto por alguns segundos, fazendo-o soltar todo o seu ar de uma única vez e contorcer seus traços em uma compreensão indesejada.

Meus dedos, firmemente entrelaçados aos de Tom, o fizeram entender o que estava acontecendo todo o tempo, bem debaixo de seu nariz.
- Drew, calma - Tom pediu, com a voz determinada, porém assim que ele fez menção de continuar, foi bruscamente interrompido.
- Calma? - Drew exclamou, encarando-o com olhos vidrados e gradativamente homicidas - Por que eu deveria ficar calmo ao ver você de mãos dadas com a minha namorada?
- Porque não é ele quem está segurando minha mão - pude ouvir minha própria voz dizer, estrangulada, fazendo com que Drew transferisse seu olhar colérico até mim - Eu estou segurando a mão dele.
Seus olhos castanhos continuaram me fitando com horror por alguns segundos, como se testassem minha capacidade de encará-lo. Não consegui fitá-lo por muito tempo, e logo voltei a olhar para o chão, sentindo mais lágrimas se formarem. Após minhas recentes descobertas sobre Drew, meus sentimentos por ele haviam mudado da água para o vinho, mas ainda assim não era daquele jeito que as coisas deveriam estar acontecendo. Tom não deveria ter sido envolvido em nenhum momento de meu acerto de contas com Drew.
- Então... Você acabou de dizer que está me traindo, Megan? - Drew perguntou entre dentes, e eu fechei os olhos, me sentindo um monstro ao ouvir sua voz trêmula sintetizar nossa situação - E ainda por cima com o meu melhor amigo?
- Não aja como se ela fosse a única errada nessa história - Tom interveio, com a voz grave, e um soluço baixo escapou por entre meus lábios - Suas atitudes também não foram das mais nobres com ela.
- Não foram das mais nobres? - Drew repetiu, e mesmo sem olhá-lo, senti a ironia em seu tom - Por acaso eu fui um mau namorado? Por acaso eu deixei de dar o que ela queria em algum momento?

- Você não pode estar falando sério - sussurrei, sem conseguir conter minha raiva diante de sua postura, fechando meus olhos com mais força - Esconder uma noiva por todos esses meses lhe parece uma atitude nobre?
- Noiva? Que noiva? - Drew questionou, tentando isentar-se da culpa, e Tom logo fracassou suas expectativas.
- Ela nos ouviu conversando sobre a Jenny agora pouco, não adianta tentar negar. Assuma seus erros, Barker, assim como estamos assumindo o nosso.
- Isso não muda nada - Drew disse após alguns segundos de silêncio, e eu senti uma dor lancinante percorrer todo o meu corpo ao ouvir sua confissão - Ela não sabia de nada antes de me trair, e aposto que não pensou duas vezes antes de me apunhalar pelas costas, não é, sua vadia?
- Cala a boca - Tom rosnou, com a respiração cada vez mais pesada, e eu ergui meus olhos vermelhos e molhados até encontrar os de Drew.
- Cala a boca você, Armstrong! - ele retrucou num volume alto, aproximando-se de mim com um olhar neurótico, e parou a um passo de distância - Ela é uma vadia mesmo, e é assim que vadias merecem ser tratadas!
Antes que Tom pudesse abrir a boca mais uma vez, a mão forte de Drew voou na direção de meu rosto, dando-me um tapa ardido e doloroso que me fez cair a alguns passos de distância dos dois.
- Qual é o seu problema, seu merda? - Tom exclamou, empurrando Drew pelo peito, e eu prendi um grito de dor, engolindo meu choro desesperado e sentindo gosto de sangue em minha boca. O lado agredido de meu rosto pareceu inchar e latejar imediatamente, e toda a dor só aumentava a cada segundo, porém eu não ousei fechar meus olhos ou derrubar uma lágrima. Eu havia errado e merecia um castigo por isso.
- Sua puta! - Drew xingou, apontando para mim, e eu me levantei rapidamente, vendo Tom avançar cada vez mais para cima dele - Vadia, piranha, biscate!