Fanfics Brasil - 2° Capítulo ♦ A Procura de um Romeu ♦

Fanfic: ♦ A Procura de um Romeu ♦


Capítulo: 2° Capítulo

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- DULCE, MANHATTAN. - 2O10.

Retornar .. Não imaginara o quão difícil seria o fazê-lo. Pensamentos atordoavam o meu íntimo freqüentemente, talvez eu estivesse fantasiando tudo, ou seria apenas a constatação da realidade? Passei a comparar o meu regresso ao despertar de sono profundo depois de um longo período de inverno tenebroso. Empertiguei-me na cadeira acolchoada, ao perceber que o tempo já se esgotara. 
O avião iniciava seu processo de decolagem, só restava apreciar a paisagem, segundo afirmava no microfone a comissária de bordo. Experimentei o seu conselho. Apesar da altitude, que me impedia de distinguir as construções da movimentada Manhattan, não era difícil imaginar que a cidade enfrentava numa manhã de sexta-feira. Um trânsito caótico, mãos nervosas estariam apertando as buzinas, pedestres circulavam pelas calçadas nada limpas da 5A (quinta avenida) e crianças estariam brincando pela extensão do Central Park. Ao meu lado um executivo apertava freneticamente o teclado de seu moderno netbook, despertando em mim uma onda de impaciência. Tenho que admitir não aprecio viagens aéreas, tudo num avião me irrita: o som perturbador das turbinas, o banheiro apertado e as aeromoças enjoativamente maquiadas.












 


Após 5 minutos ao desembarque, desorientada e vagando sem resquício de consciência, um burburinho de vozes sobressai diante as da multidão, apresentando a todos presentes, no saguão do aeroporto um grupo de estudantes carregados de bagagens e com os rostos marcados devido à exposição solar. A curiosidade tomou-me como um brisa suave e encorajadora dentro do meu íntimo. Queria vê-los. Não sendo a única por demonstrar interesse aos recém-chegados, notei que a multidão ao seu redor logo estancava, como raízes presas ao solo, hipnotizados pelos risos dos jovens. De fato, não consegui vê-los claramente, porém, senti algo forte em relação a eles, uma mistura de sentimentos, que não consegui identificá-los um a um de imediato, mas eram intensos. Talvez fosse apenas a emoção por estar de volta em “casa”. Se eu estava segura com tudo aquilo, não sei ao certo, mas preferi acreditar nesta hipótese. Sorri com o absurdo que eu havia pensando e desviei deles entre as brechas do amontoado de pessoas - me dirigi a fila de taxis que ficavam em frente ao Aeroporto. Iria me acostumar com a nova vida em Roma.


A brisa suave, típica do mês de março no hemisfério norte, ricocheteava na minha janela, o vento sussurrava úmido, desencadeando em mim um série de arrepios. Os primeiros raios solares já adentravam por uma brecha da cortina e atingiam em cheio a minha face, quem precisaria de um despertador? Aquilo era um sinal de minha deixa. Eu não estava à passeio. Teria que arrumar um emprego que pudesse conciliar com a minha carreira de escritora. Tudo o que eu precisava era escrever algo que me impulsionasse profissionalmente, o local em si já ajudava. A Itália é o berço da arte. Por aqui passou, Michelangelo, Botticelli, Federico Barocci. Quem não se inspiraria diante das belezas arquitetônicas Romanas? Eu tinha um foco. Bastava agora descobrir sobre o que eu escreveria. Já arrumada, depois de tomar um banho frio na pousada medíocre que eu havia me hospedado, eu estava decidida a vagar pelas ruas de Roma em busca de emprego e de inspiração. Passei em frente do Coliseu, e de algumas Igrejas renascentistas. Tudo aquilo era tão divino, os detalhes preservados mesmo com o passar dos anos. Teria que ir a um Museu, era evidente que a arte sempre fora o meu ponto fraco.












 


As vielas italianas eram pequenas e íngremes, notava-se poucos carros circulando na cidade. Imagino que havia problemas devido aos poucos locais de estacionamento lícito. Dezenas de bicicletas passavam entre os pedestres, era até difícil não esbarrar em uma. Logo cedo após deixar a pousada Famiglia Lucco, presenciei uma cena cômica, duas bicicletas se chocaram. Eu não devia estar rindo mas, em New York essa cena nunca tornaria a acontecer. Outra coisa perceptível entre Mahattan e Roma é o grau de poluição. Eu não era um medidor ambulante de poluição, porém a textura do ar não era pesada, havia poucas nuvens cinzentas e o vento úmido circulava sem grandes empecilhos, pois, as construções romanas tinham estatura baixa. Meu pai era arquiteto, graças à ele, adquiri noções básicas de arquitetura, como por exemplo diferenciar os estilos presentes em um monumento. Cada rua que eu passava, analisava os detalhes, fiquei inebriada era essa a melhor definição do meu estado de espírito. Distraída com todo aquele lugar, que emanava arte, acabei tropeçando em um pé perdido pela calçada. Quando me toquei no que havia acontecido, notei que havia pernas na minha frente.




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Autor(a): robertaedullcestar

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rosemary: Bienvenida chica A calçada estava úmida e continha em algumas partes marcas d’água, percebi também que havia pequenas porções de lixo acumulado. Praguejei mentalmente. Já não estava na área mais privilegiada de Roma. Aquilo era evidente. Como eu não percebi antes? Inconscientemente me en ...


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Comentários do Capítulo:

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  • rosemary Postado em 25/06/2011 - 12:23:52

    eaí miná (: .. primeira leitora. já gostei.


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