Fanfic: O Amor do Pirata - AyA [♥ adp- FINALIZADA]

Anahí passeava temerosa, pelo camarote, envolta só num cobertor. Eram as últimas horas da tarde, e fazia uma hora que o barco estava ancorado na pequena baía. Anahí tinha perdido a paciência e estava totalmente furiosa. Que esperava Alfonso?

As últimas duas semanas tinham sido péssimas para ela. Ele a tinha obrigado a permanecer na cabine sem absolutamente nada que fazer. Não lhe permitiam ver a sua mãe, e Alfonso lhe trazia todas as comidas. Ele foi a única pessoa que viu nestas duas semanas.

A porta se abriu e Anahí se voltou bruscamente. Alfonso entrou no camarote. Ela o olhou com expressão assassina, com seus grandes olhos brilhantes como esmeraldas.
- Quando me levará à costa? - perguntou com voz aguda.

- Agora, se desejar - replicou ele com tranqüilidade -. Pode pôr esta roupa, já que tanto a agrada usá-la.

Anahí tomou as roupas que Alfonso lhe estendia; depois se afastou e se pôs as grandes calças e a camisa, e usou um bocado de corda que ele lhe entregou como cinto.

- Não tenho sapatos – recordou-lhe ela com voz dura.

- Que lástima, pequena. Não podia procurá-los às apalpadelas na escuridão, suponho que terei que a levar em meus braços quando baixarmos à costa.

- Não será necessário! - disse ela -. Onde está minha mãe?

- Já está na ilha, vêem.

Depois de vinte lentos minutos, Alfonso acercou o pequeno bote à costa e, com ajuda de dois homens que estavam com ele, levou-o à praia e o colocou junto ao outro bote. Seguramente tinha levado alguns homens com ele para que acompanhassem a Anahí, porque não tinha ficado ninguém no "Dama Alegre". Anahí também percebeu que o barco do capitão O`Casey já não estava na baía.

Alfonso lhe tomou a mão e a arrastou com ele, quando chegaram ao bosque a levantou em seus braços, e apesar de seus protestos chegaram à grama frente à casa. Depois a deixou no solo.

Marichelo e Madeleine a esperavam junto à porta principal. Mas quando Anahí tratou de correr para lá, Alfonso a obrigou a permanecer em seu lugar e a mão que a retinha parecia de aço. Não a soltou em nenhum momento, e quando chegaram à porta da casa, fê-la entrar, sem permitir-lhe que se detivesse para falar com sua mãe nem com sua criada por um momento.

- Solte-me! - gritou ela, tratando de afastar-se dele.

Mas Alfonso ignorou sua ordem e seguiu subindo a escada, arrastando-a trás dele. Quando chegou ao seu dormitório, empurrou Anahí para dentro e depois fechou a porta deixando-a só. Ela ouviu a chave na fechadura e tratou de abrir a porta mas lhe foi impossível. Ouviu-o afastar-se. Golpeou a porta furiosamente, e depois voltou a escutar, mas Alfonso tinha ido embora.

Diabos! Ele cumpriria sua palavra e a manteria trancada. Já não podia suportar o confinamento, vendo somente a Alfonso, com sua maldita exigências libidinosas.

Começou a passear pelo quarto. Passou uma hora, depois outra. Queria sair! Ficou gelada ao ouvir a chave na porta: depois a porta se abriu, e entrou Alfonso com uma bandeja de comida, voltou a fechar a porta com chave e deixou a bandeja na mesinha junto à cama.

- Quanto tempo pensa me manter trancada neste quarto? - perguntou ela, tratando desesperadamente de parecer calma.

- Até que me dê sua palavra de que não voltará a escapar - respondeu ele com voz curiosamente paciente.

- Maldito seja, Alfonso! - gritou Anahí. Deu um pontapé de fúria -. Não posso seguir suportando isto!

- Então dê sua palavra.

- Vai pro inferno!

- Que gênio - riu ele -. Sua criada me disse que era uma moça amável e carinhosa. Sou só eu que provoca este gênio terrível?

- Até que o conheci, nunca tive razões para enfurecer-me - replicou ela com desprezo.