Fanfic: O Amor do Pirata - AyA [♥ adp- FINALIZADA]

- Já! Farei algo mais a essa mulher que a xingar! Hoje queria bater-lhe para que me dissesse a verdade, e ainda penso fazê-lo.

- Não posso permitir que o faça, Alfonso - disse Jules com calma.

- Não pode? - disse Alfonso assombrado -. Desde quando defende a essa harpia? Disse-me muitas vezes que precisava de uns tapas.

- Quando os precisava, sim, mas já não os merece. E ainda que assim fosse, teria que lhe deter, por seu estado. Poderia machucar a criança... ao seu filho... e eu não posso permitir.

- Lhe digo que não é meu! Sei que Anahí mente, só que não sei por que. Quando a criança nascer, verá a verdade de minhas palavras. E talvez então descobrirá o jogo de Anahí.

- Talvez então verá que foste um tonto! - disse Jules com dureza.

Mais tarde, quando Anahí desceu para jantar, passou junto a Jules na escada. Deteve-se frente ao homem corpulento e lhe deu um ligeiro beijo na face para agradecer-lhe por tê-la defendido. Jules se enrubesceu consideravelmente sob seu bronzeado, e Anahí seguiu descendo a escada enquanto ele sacudia a cabeça, desconcertado.

Alfonso estava só na cabeceira da mesa. Não tinha visto Anahí beijar Jules, e a olhou com fúria quando ela se sentou junto a ele no lugar habitual. Não disse nada enquanto rapidamente enchia seu prato. Ela esperava que ele voltasse a xingar-lhe, de maneira que se sentiu aliviada por seu silêncio.

Alfonso não tocou na comida, mas bebeu uma enorme quantidade de rum ainda que, surpreendentemente parecia permanecer sóbrio. Quando chegaram os demais, o jantar continuou em silêncio, e Anahí comeu rapidamente para poder voltar ao seu quarto.

Depois de várias horas tratando inutilmente de dormir Anahí ouviu passos no corredor frente a sua porta. Estava segura de que Alfonso não queria compartilhar a cama com ela essa noite, mas à medida que passavam os minutos, começava a sentir-se inquieta, perguntando-se por que ele ficava parado frente à porta.

Depois a porta se abriu de repente, golpeando contra a parede, e Anahí se sentou rapidamente na cama. Quando viu a expressão de Alfonso, soube que tinha golpeado a porta de propósito, para assegurar-se de que ela estava desperta, fechou a porta silenciosamente e a olhou com frieza por alguns momentos antes de aproximar-se lentamente à cama. Apoiou-se contra o poste e seguiu olhando-a.

Furiosa e aborrecida, ela começou a falar, mas ele a deteve com sua própria voz profunda.

- Tire a anágua, Anahí. Apesar de tudo o que disse e fez hoje, lhe farei amor. - Falava com tranqüilidade, mas seus olhos tinham uma cor azul gelado.