Fanfic: O Amor do Pirata - AyA [♥ adp- FINALIZADA]
- Sou a mãe de seu bastardo, e a ele isso lhe importa muito pouco. Quanto concebi, Alfonso me deixou por outra. Tinha se cansado de mim, de qualquer jeito. E como eu já não tinha que suportar suas atenções, não vi razões para voltar a escapar... a ilha era um lugar prazeroso para viver.
- Se tudo isto é verdade, por que seu pai não a levou com ele? - Perguntou dom Miguel.
- Isso ia fazer quanto eu desse a luz.
- Por alguma razão não acredito em você, mademoiselle Puente - disse ele.
- Ao ver que Alfonso não virá, você se dará conta da verdade de minhas palavras. E quando se cansar de esperar, monsieur, que pensa fazer comigo?
- De uma maneira ou outra, a levarei para Pierre como presente.
- Já vejo - sussurrou Anahí com os olhos baixos.
Casey não viria procurá-la por temer pôr em perigo a vida de Anahí, e Alfonso não voltaria até depois do ano novo. Então Anahí estaria vivendo em Saint Martin, com Pierre, e Alfonso não quereria recuperá-la, pensou sentindo-se muito infeliz.
Anahí se encontrava prisioneira na pequena casa de dom Miguel. A casa estava no subúrbio de Santo Domingo, o vizinho mais próximo vivia a um quilômetro e meio de distância, e a casa se achava rodeada por altos muros de estilo espanhol. A única porta na parede da frente se abria para um longo corredor que servia como sala. À direita deste corredor havia dois dormitórios, com um pequeno distribuidor entre eles. A cozinha e o refeitório estavam no lado oposto da casa.
As portas externas e as pesadas persianas de madeira sobre as janelas estavam sempre fechadas com chave. Anahí sabia que tinha um pátio murado frente ao dormitório, mas nem uma vez lhe tinham permitido sair para caminhar, para sentir a suave brisa em seu rosto. Tinha liberdade de andar pela casa durante o dia, mas preferia ficar em seu quarto. E pela noite, a porta do seu quarto ficava fechada com chave.
O quarto de Anahí era pequeno, mas com móveis agradáveis. A cama era grande, com dossel, e muito cômoda, junto à porta havia um armário talhado a mão, e uma formosa cadeira talhada num canto junto à cama. Tinha várias mesas, e contra a parede restante, frente à janela, uma enorme biblioteca com alguns livros e muitas estatuetas de mármore, coral e marfim.
As pequenas esculturas tinham menos de trinta centímetros de altura, e representavam diferentes animais.
Só tinha dois serventes na casa, uma cozinheira e uma criada, mas dom Miguel tinha dado ordens estritas de não conversar com ela. Ainda que o tivessem tentado, teria sido inútil, porque as duas mulheres só falavam espanhol. Anahí só viu uma vez à cozinheira mas a criada lhe trazia as comidas e água para os banhos. Muitas vezes Anahí tratou de falar com a criada, de comunicar-se com as mãos, mas a velha a ignorava por completo.
Anahí se deprimia cada vez mais à medida que os dias passavam.
Só via dom Miguel à noite, quando jantavam juntos. Ele passava todo o dia nos portos, observando cuidadosamente cada barco que chegava. Todas as noites, Anahí repetia que Alfonso não viria; depois não dizia mais nada. Ainda que ansiava poder falar com alguém, não tolerava falar calmamente com esse homem. Sabia que estava preparando uma armadilha para Alfonso, mas dom Miguel não lhe dizia nada a respeito. E Anahí não podia pensar em nenhuma forma de advertir a Alfonso, se este chegasse à ilha.
Fazia três semanas que Anahí estava na casa de dom Miguel. Acercava-se o final de setembro e ela seguia preocupada com Alfonso. Ao menos não tinha tempo de preocupar-se pelo fato de que a criança nasceria uma semana depois. Muitas vezes pensava que tinha chegado o momento, porque tinha choques e sentia pressão no ventre. Mas os choques desapareciam e Anahí se desiludia, porque desejava que se produzisse o nascimento. Estes pequenos incômodos eram tão freqüentes que logo deixou de percebê-los. Uma manhã, ao acordar, sentiu que a pressão em seu ventre era bem mais forte, mas supôs que se tratava de outro falso alarme.
Quando a criada abriu a porta e entrou no quarto com o café da manhã, Anahí observou que a mulherzinha parecia mais alegre do que de costume. A casa estava a escuras pelas persianas fechadas, mas a mulher, geralmente rude, murmurava uma alegre melodia enquanto acendia as velas. Anahí supôs que a criada antecipava a festa que ela e a cozinheira teriam esse dia. A noite anterior dom Miguel tinha dito a Anahí que daria o dia livre às criadas para que se divertissem na cidade.
Recordava ter pensado nesse momento que lhe tinha falado intencionalmente sobre a festa para fazê-la sentir-se ainda mais deprimida, porque disse que era uma lástima que ela tivesse que ficar só na casa. Mas o tratamento silencioso e frio que recebia da criada a faziam sentir que de qualquer jeito estaria melhor sozinha.
Esse dia não seria diferente dos demais, pensou Anahí enquanto comia algo, e depois afastava a bandeja e se levantava para vestir-se. Mas quanto se pôs de pé, tocou seu ventre, com medo de mover-se. Os choques que tinha sentido enquanto estava de cama pareciam duplamente fortes.
Quanto pôde mover-se, Anahí saiu de seu quarto, rogando em silêncio que as criadas estivessem ainda na casa. Foi diretamente à cozinha, esperando encontrar ali à cozinheira, mas não tinha ninguém. Anahí se negou a alarmar-se, mas procurou rapidamente no resto da casa. Mas à medida que entrava nos cômodos e saía deles, encontrava cada vez mais dificuldade em manter-se calma, quando abriu a porta do ultimo cômodo, o dormitório de dom Miguel, sentiu um pânico dentro dela que nunca tinha experimentado antes.
Anahí soube sem nenhuma dúvida que tinha chegado o momento ao voltar a sentir a pressão, e romper águas, que escorreram por suas pernas, e formaram uma poça a seus pés. Anahí levantou a anágua com mãos trêmulas: estava ensopada. O pânico que sentia não era o temor de dar a luz, mas sim o fato de ter que o fazer sem ajuda. Por que precisamente nesse dia a teriam deixado completamente só na casa?
Acercou-se à cadeira mais próxima e se sentou, mareada. Só podia pensar nos gritos de agonia de Maloma ao dar a luz a seu filho. Mas depois outra contração a fez concentrar-se em sua própria situação, e quando passou se levantou, e começou a olhar por todas as janelas e pelas portas para ver se alguém, por descuido, tinha deixado alguma sem chave. Desejava sair dessa casa, desejava ajuda! Mas logo voltou à razão, e se deu conta de que estava perdendo um tempo precioso.
Autor(a): pink
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 1032
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franmarmentini♥ Postado em 28/10/2015 - 16:46:35
foi linda essa fic* se um dia voltar a postar uma nova me avisa ;)
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franmarmentini♥ Postado em 28/10/2015 - 15:40:00
é o pai delaaaaaaaaaaaa haaaaaaaaaaaaaaaa
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franmarmentini♥ Postado em 28/10/2015 - 15:28:02
vaca desnecessaria ;(
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franmarmentini♥ Postado em 27/10/2015 - 20:42:21
Ele tirou a barba Haaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
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franmarmentini♥ Postado em 23/10/2015 - 20:12:05
Haaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa ela vai atingir o êxtase
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franmarmentini♥ Postado em 23/10/2015 - 14:50:06
To amando!!!!
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franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 15:03:43
Ola vou ler....
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Daninha_Ponny Postado em 26/03/2015 - 17:47:48
amei essa web serio <3 perfeitaaaaaaaaaaa
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nathmomsenx Postado em 06/07/2013 - 01:05:14
QUE FIM MARAVILHOSO! NOS FIM TUDO DEU CERTO PARA AMBOS, WEB ANTIGUINHA MAIS MUITO BOA, PARABÉNS <333
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carine Postado em 27/07/2011 - 18:21:33
Aaaah nao creio que ja acabou... mas o.k...
Amei! Simplesmente amei a web do inicio ao fim!!!!!