Fanfic: O Amor do Pirata - AyA [♥ adp- FINALIZADA]
- Então lhe relatarei o que ocorreu aquela noite, porque eu o recordo como se tivesse sucedido ontem. Era uma noite de verão, faz uns quinze anos, quando você e seus nobres amigos vieram ao meu povoado na costa da França. A maioria dos homens do povoado tinham saído a pescar. Em dez minutos você tinha matado a todos os homens que tratavam de proteger seu lar. Depois se divertiu com as mulheres. Essa noite meu pai tinha ficado em casa, e ele foi o último que morreu por sua espada, Bastida. Eu o vi matá-lo da janela da casa de meu pai. Minha mãe me obrigou a esconder-me sob a cama quando você se acercou a nossa casa, Bastida. Vi a você e a seus nobres amigos jogá-la ao solo e violá-la, muitas vezes. Você matou a minha mãe e cuspiu sobre seu corpo sem vida. Eu saí de meu esconderijo e corri atrás de você. Ataquei-o com os punhos, e você me abriu a face com a ponta da espada e me deu um pontapé que me fez cair ao solo, a poucos passos do lugar onde jazia meu pai, dizendo-me que eu não podia aborrecer-lhe. Agora sabe por que jurei matá-lo, Bastida. Quando você assassinou a meus pais, foi um erro deixar-me vivo - disse Alfonso, enquanto os fogos do passado brilhavam em seus olhos -. Agora meus pais serão vingados!
- Ou irá reunir-se com eles - replicou calmamente do Miguel.
- Agora se recorda?
- O que me descreveu sucedeu em muitas oportunidades. Não lhe recordo, mas recordo vagamente de ter matado a uma mulher loira que se lançou sobre mim com uma faca, confesso que levei uma vida pecadora, mas, talvez sou diferente de você? - perguntou dom Miguel, com uma careta -. Não violou Anahí Puente?
- Talvez a violei, mas não matei seu marido para possuí-la, nem a compartilhei com minha tripulação nem a matei depois. Conservei-a comigo, e terá meu filho e será minha esposa!
- Que bom - riu dom Miguel com sarcasmo -. Mas se faz questão de pôr-se a minha altura, provavelmente nunca será sua esposa. Talvez eu tenha levado uma vida cruel, mas não penso que termine hoje.
Bastida se acercou, com o braço estendido, e as espadas chocaram. Bastida não tinha alardeado falsamente de sua capacidade, e com rápidos golpes e movimentos; imediatamente pôs Alfonso à defensiva. Mas a Alfonso não lhe faltava habilidade, e rapidamente enfrentou a espada de Bastida até que o velho, com um rápido movimento de seu pulso, derramou sangue pela primeira vez.
Bastida retrocedeu um passo, com um sorriso nos lábios, ao ver o sangue que manava do peito de Alfonso. Os dois homens descreveram círculos cautelosamente; depois o choque das espadas ressoou outra vez no ar. Alfonso tomou a ofensiva, forçando Bastida a retroceder até o outro extremo da sala com um furioso ataque. Bastida se cansava rapidamente, e a espada de Alfonso acertou-o uma e outra vez.
Alfonso era como um touro selvagem que se lança sobre a capa do toureiro, que era a camisa de Bastida, tingida de vermelho por seu próprio sangue. Tinha a força da juventude e a rapidez de uma cobra, e com um repentino movimento para frente, arrancou a espada de Bastida de sua mão.
A ponta da espada de Alfonso se apoiava contra o peito do homem maior, e por um momento brilhou uma loucura em seus olhos que congelou o sangue de dom Miguel. Mas antes de inclinar-se para frente para pôr fim à vida do homem que o tinha torturado, Alfonso se distraiu por um gemido angustiante que vinha do quarto contíguo.
Seu rosto ficou sem cor, e começaram a tremer-lhe as mãos. Esquecendo de Bastida, que o olhava com os olhos muito abertos, Alfonso se voltou e correu para a porta do quarto onde estava Anahí. A suas costas, vendo uma possibilidade de vencer, Bastida sacou sua adaga e levantou os braços para lançá-la contra as costas de Alfonso.
De repente houve uma explosão de pólvora na sala. Alfonso deu a volta e viu cair ao solo Bastida, com a adaga ainda na mão. Depois seus olhos se voltaram para a porta que tinha ficado aberta, e viu a figura corpulenta de Jules Baudelaire parado ali, com sua grande pistola fumegante.
Alfonso sorriu debilmente.
- Suponho que devo agradecer-lhe por esta vez ser o francês teimoso que se nega a obedecer ordens.
- Realmente creio que deve estar agradecido - grunhiu Jules enquanto passeava pela habitação -. Tinha-o a sua mercê, e em lugar de atravessá-lo com a espada como merecia, dá-lhe as costas como esplêndido alvo. Neste momento deveria estar no meio de um charco de sangue. Perde a cabeça de tal maneira com essa moça que corre quanto ela grita. Essa moça o levará à morte.
- Alfonso!
O grito de Anahí foi como uma faca que atravessou o coração de Alfonso; esqueceu completamente de Jules e entrou no quarto. A cama estava vazia e olhou freneticamente a seu arredor.
- Mãe de Deus!
Correu para ela, com o rosto tão pálido como o de Anahí, com um só rápido movimento cortou a corda com sua espada, depois a deixou cair e levantou à moça em seus braços. Ela gritava com os movimentos repentinos, que lhe provocavam fortes dores, mas em dois rápidos passos a levou à cama e a colocou ali com suavidade. Ela abriu os olhos que agora estavam calmos, cheios de alívio, e o olhou.
- Deus meu, Anahí, por que não me disse? Por que deixou que me demorasse tanto com Bastida? - perguntou. Enxugou o sangue do lábio inferior de Anahí, o sangue que ela mesma se tinha feito ao morder os lábios para não gritar.
- Ele queria que ouvisse meus gritos, pensando que se alteraria e que se descuidaria. Não podia permitir que isso acontecesse. Lamento ter gritado quando o fiz mas eu...
- Deveria ter gritado antes, demônios! Tenho que ir procurar ajuda - disse com severidade, com o rosto cheio de apreensão.
- É tarde para isso, Alfonso. Terá que...
Alfonso se horrorizou quando os gritos de Anahí encheram novamente o quarto, Jules se acercou ao quarto mas ao ver Alfonso junto à cama, e Anahí agarrando-se a sua mão, fechou a porta sem ruído e os deixou sozinhos.
Poucos minutos depois, Alfonso trouxe sua filha ao mundo.
Anahí olhava maravilhada o diminuto bebê que Alfonso lhe tinha posto nos braços. Observou orgulhosamente o cabelo dourado e a cor azul claro de seus olhos que se via entre as pálpebras meio fechadas. Depois levantou o olhar para Alfonso e franziu o cenho.
- Ah... lamento não poder dar-lhe o filho varão que desejava - disse com um rouco suspiro.
Alfonso se sentou na borda da cama e se inclinou para beijar-lhe a testa; depois sorriu, sacudindo a cabeça.
- Que importa que nosso primeiro bebê seja uma menina? Terá outros, muitos outros, e eu os quererei a todos. Mas esta, esta menininha diminuta com a carinha vermelha, terá um lugar especial em meu coração.
Anahí via na expressão de seus olhos que não estava desiludido, e que seu coração estava cheio de alegria. Com um suspiro de alívio misturado com satisfação, Anahí dormiu.
Autor(a): pink
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 1032
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franmarmentini♥ Postado em 28/10/2015 - 16:46:35
foi linda essa fic* se um dia voltar a postar uma nova me avisa ;)
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franmarmentini♥ Postado em 28/10/2015 - 15:40:00
é o pai delaaaaaaaaaaaa haaaaaaaaaaaaaaaa
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franmarmentini♥ Postado em 28/10/2015 - 15:28:02
vaca desnecessaria ;(
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franmarmentini♥ Postado em 27/10/2015 - 20:42:21
Ele tirou a barba Haaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
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franmarmentini♥ Postado em 23/10/2015 - 20:12:05
Haaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa ela vai atingir o êxtase
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franmarmentini♥ Postado em 23/10/2015 - 14:50:06
To amando!!!!
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franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 15:03:43
Ola vou ler....
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Daninha_Ponny Postado em 26/03/2015 - 17:47:48
amei essa web serio <3 perfeitaaaaaaaaaaa
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nathmomsenx Postado em 06/07/2013 - 01:05:14
QUE FIM MARAVILHOSO! NOS FIM TUDO DEU CERTO PARA AMBOS, WEB ANTIGUINHA MAIS MUITO BOA, PARABÉNS <333
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carine Postado em 27/07/2011 - 18:21:33
Aaaah nao creio que ja acabou... mas o.k...
Amei! Simplesmente amei a web do inicio ao fim!!!!!