Fanfic: O Amor do Pirata - AyA [♥ adp- FINALIZADA]

- O adverti que talvez teria uma filha, não é verdade? - disse Casey -. Quiçá possa entender agora por que o mantinha afastado de Anahí, mas talvez seja demasiado cedo para que sinta o que um pai sente por sua filha, e ademais, talvez não veja crescer à pequena - sorriu Casey -. Estará aqui para perseguir aos moços que desejem Giovanna, ou deixará isso a meu cargo para que cumpra com essa tarefa em minha velhice?

- Estarei aqui, sua raposa velha - replicou Alfonso, sorrindo -. E serei pior do que você quando se tratar de proteger a honra de minha filha. Deixa de preocupar-se, porque hoje me casarei com ela.

- Sabia que o faria, moço - disse Casey com um sorriso. Depois se voltou para sua esposa - Ouviu isso, Marichelo? Se casarão hoje!

- Mas Anahí não tem traje de noiva! - disse Marichelo -. Quero que minha filha tenha um casamento que sempre possa recordar.

- Eu me ocuparei do vestido - disse Alfonso.

- Bem, então, tudo fica arrumado.

- Mas há tanto que fazer! - protestou Marichelo, considerando que as coisas iam com demasiada rapidez -. O casamento pode esperar... ao menos uns dias... para dar-me tempo...

- Não! - disse Alfonso, implacável, fazendo Casey rir.

- Bem - suspirou Marichelo, fazendo um gesto de resignação. Só me fica ocupar-me dos preparativos para a festa.

Então Marichelo sorriu, porque ainda que esse dia não era como ela sempre o tinha sonhado, de qualquer jeito era o que sua filha desejava. Anahí se casaria com o homem escolhido por ela, e seria feliz. Isto era o que importava.

- Tudo arrumado - disse Alfonso ao entrar na habitação e encontrar Anahí brincando com Giovanna na cama -. Casey foi procurar ao padre Hadrian. - Se sentou junto a ela na cama, com Giovanna entre os dois, mas ao olhar para Anahí lhe surpreendeu sua expressão entristecida -. Tem dúvidas sobre se quer casar-se comigo, pequena?

- Lógico que não! Sabe quanto o amo.

- Então, por que não está tão feliz como eu?

- Eu estou - disse debilmente ela -. Só que me agradaria levar um traje branco.

- O terá - replicou Alfonso, levantando-lhe o lábio com um dedo -. Jules o trará em seguida.

Enquanto lhe dizia, Jules entrou pela porta aberta com um grande baú que deixou aos pés da cama. Anahí reconheceu de imediato seu baú, e se voltou para Alfonso, que olhava com fúria para Jules.

- Eu pedi que esperasse até que eu pudesse dizer-lhe, demônios! - disse Alfonso, furioso.
- Bem, sua mãe fez questão de que o subisse do porão agora mesmo. Disse que era necessário estender o traje por que tinha rugas - replicou Jules -. Se olhar para Anahí verá que se preocupa por nada.

Alfonso se voltou para Anahí e viu a felicidade em seu rosto. Inclinou-se para frente e a beijou com ternura.

- De maneira que mentiu ao dizer que tinha deixado para trás meu enxoval - lhe xingou, com um sorriso nos lábios.

- Só o fiz por você - replicou ele rapidamente -. Precisava um pouco que ocupar-se enquanto estava no barco, e fazer novos vestidos era a solução perfeita.

- Mas, por que não me devolveu meus baús depois de ficar-me aqui?

- Como teria reagido então se eu tivesse feito isso?

Ela riu, sabendo muito bem que se teria posto furiosa.

- Por isso a porta do porão estava sempre fechada... para que eu não encontrasse ali meus baús.

- Estás irritada?

- Não, querido. Precisava de um vestido, mas não queria atrasar nosso casamento para fazê-lo. Você ia solucionado o problema. Por esse motivo se negou a dar-me o cetim branco quando o pedi?

- Não, simplesmente não suportava a idéia de dar-lhe tecido para um vestido que usaria para casar-se com outro homem. Creio que então já a amava.

- Mas eu fiz este vestido para o mesmo fim. Não o aborrece?

- Fez esse vestido para casar-se com um homem a quem nunca tinha visto. Eu sou esse homem.