Fanfic: O Amor do Pirata - AyA [♥ adp- FINALIZADA]

De maneira que em Anahí cresceu um mau comportamento. Começou a ter birras, a ser desafiante e desrespeitosa. Odiou seu pai quando a enviou à escola, e seguiu com seu caráter rebelde no convento. Mas depois de uns anos aprendeu a aceitar seu destino.

Dava-se conta de que a tinham enviado ao convento por sua culpa. As irmãs lhe ensinaram a dominar seu gênio. Lhe ensinaram a obedecer e a ser paciente. Quando voltou para casa, já não estava ressentida com seu pai.

Nada tinha mudado. Seu pai seguia sendo para ela um desconhecido, mas Anahí aceitou isto também. Deixou de lamentar-se, e abandonou a idéia de obter sua aprovação. Tinha o amor de sua mãe, e também tinha Maddy. Aprendeu a estar agradecida pelo que tinha.

Mas as vezes não podia deixar de pensar que ela poderia ser uma pessoa diferente se seu pai a tivesse querido. Talvez não tivesse um gênio tão mau, nem a necessidade de lutar para controlá-lo. Mas, que importava? Só seu pai conseguia pô-la furiosa, e cedo se separaria deste homem frio e insensível.

Essa mesma noite, Marichelo Puente entrou no dormitório de Anahí para falar claramente com sua filha. Ainda estava alterada.

- Eu tentei, ma chérie. Tratei de dissuadir teu pai de que não te envie com esse... esse homem, - Marichelo falava nervosamente, retorcendo as mãos, coisa que sempre fazia quando estava perturbada.

- Não se preocupe, mamãe. Senti-me mal ao princípio, mas só porque devo viajar. Esperava que me entregassem em casamento, de maneira que isto não foi uma surpresa.

- Para mim sim! Faz meses que Enrique está procurando um marido para ti, mas só ontem à noite me disse; uma vez que já tinha eleito o rapaz, sabia que ninguém mudaria. Não pensou que te enviava a um homem desconhecido, e que ainda te obrigava a adaptar-se a um novo país e a um novo clima ao mesmo tempo. - Marichelo geralmente dizia o que pensava, ao menos a Anahí, mas se pôs a passear pelo quarto e parecia não poder encontrar as palavras.

- Queres dizer-me algo, mamãe? - Aventurou Anahí.

- Sim, sim, quero dizer-te algo - respondeu Marichelo em inglês com forte acento.

A seus pais lhes agradava falar em inglês, porque muitos dos sócios de seu pai eram ingleses. E como Anahí também tinha aprendido esse rude idioma no convento, Enrique fazia questão de que se falasse inglês a todo momento.

Marichelo ainda vacilava, de maneira que Anahí tratou de romper o silêncio.

- Sentirei muitas saudades quando eu for embora o mês que vem. Alguma vez voltarei a ver-te? - perguntou esperançosamente.