Fanfic: The Opposites

Sandra,thailavondy,candyta: Calma chicas, ja vou postar... bjus..

                                                                                    

                                                                     Lo que hagas siempre, hazlo por amor

The Opposites

Sentado na cadeira de seu escritório, Christopher tamborilava os dedos pensando no dia anterior. Tivera de ir à sala de Dulce e agora estava esperando para saber se ela ia aparecer. Estava com o produto concluído ao seu gosto, se ela não fosse até lá, ele entregaria ao diretor e Dulce não teria dado sua opinião. Olhou o relógio e esperava ansiosamente para que chegasse perto da hora de sair do trabalho, antes passaria na sala do diretor e assunto encerrado. Não precisaria mais se preocupar com Dulce, mesmo que seu corpo ainda reclamasse por senti-la novamente. Suspirou. Fechou os olhos e tentou se concentrar em algo que não fosse o corpo delicioso de Dulce María.
Tinha de ir lá, não deixaria o dono de si, Christopher Uckermann tomar posse de todo o projeto. Queria que estivesse do seu gosto e para isso teria de engolir o orgulho e ir até a sala daquele egocêntrico. Levantou-se e foi em direção à sala dele. Bateu na porta e entrou, dando de cara com ele sentado relaxado em sua cadeira.

- Boa tarde. – ela disse.
- Fico feliz que tenha vindo. – sentou-se com o corpo reto – Como prometido, já tenho pronto o produto final. – selecionou a imagem certa em seu computador – Pode vir aqui e ver.

Ela deu a volta na mesa e parou ao lado dele. Dessa vez Christopher preferiu se afastar e ir até a mesinha do canto pegar uma xícara de café. Era mais seguro para sua sanidade mental sentir o cheiro da bebida do que do perfume dela. Colocou duas colheres de açúcar e mexeu olhando pela janela enquanto esperava a resposta dela.

- Ótimo, Uckermann. – ela finalmente dissera.
- Tem certeza? – perguntou virando-se para olhá-la.
- Sim. Realmente unir as cores verde e dourada deu um requinte à embalagem.
- Então você concorda que nosso trabalho terminou aqui? – ele perguntou.
- Sim. – suspirou – Você não precisará mais ter que dividir as opiniões comigo e poderá voltar a trabalhar do seu jeito.
- Ótimo! – ele colocou a xícara na mesinha.
- Agora eu já vou indo. – ela deu a volta na mesa.

Christopher se adiantou e parou na frente dela, empurrando-a com certo cuidado e fazendo Dulce encostar a bunda na beirada da mesa. Beijou-a colocando uma mão em sua nuca e a outra em sua cintura. Após o momento de surpresa, ela deslizou as mãos pelos braços dele apertando os músculos rígidos. Ele mordeu seu lábio inferior e voltou a entrelaçar as línguas, num único ritmo, desfrutando daquele contato. Ao se separar, ele olhou-a nos olhos.

- Foi bom trabalhar com você, Srta. Saviñón. – sussurrou.
- Igualmente, Uckermann. – respondeu no mesmo tom.

Ele deixou que ela fosse embora, encostado na beirada de sua mesa e com os braços cruzados, a viu sair. Suspirou. Sua parceria com Dulce María Saviñón havia terminado ali e ele sobrevivera. No começo julgou que um dos dois estaria morto ao final do projeto, mas permaneciam vivos e até tinham desfrutado de momentos que ele sequer imaginou compartilhar com ela. O único problema é que havia gostado de estar na cama com Dulce, ela era totalmente diferente quando mostrava seu lado mais pessoal, mais íntimo. 
Dulce passou a noite em claro sem saber o motivo de sua inquietação. O pouco que conseguiu cochilar foi presenteada com as imagens de Christopher em sua mente. Ela xingava interiormente pedindo pra que esses pensamentos se afastassem. Botou a culpa nas últimas semanas que passou ao lado dele, agora que não trabalhariam mais juntos, ela poderia voltar a sua vida normal, sem o turbilhão que Christopher lhe causava.

No dia seguinte, ele já estava na sala do diretor entregando o trabalho final. Custara um pouco a chegar num acordo com Dulce, mas no final, tinha de admitir que fizeram um bom trabalho.

- Está muito bom, Uckermann. – dissera o diretor.
- Obrigado, Sr. Parker. – Christopher respondeu com educação.
- Tenho algo pra lhe entregar, seria muito bom sua presença lá. – o diretor abriu uma gaveta e entregou um envelope a Christopher.
- Um convite? – perguntou se entender.
- Exato. Para o desfile onde anunciaremos o novo perfume no final. Já que você foi o responsável pelo design, acho justo que seja convidado. 
- Quanta honra, Sr. Parker. Estarei lá. – sorriu.

Após sair da sala do diretor, Christopher se sentiu aliviado por mais uma missão cumprida. Já estava terminando a semana e sentia-se mais leve. Tinha dois dias até a festa, aproveitaria para relaxar na sexta-feira sem trabalhos muito urgentes. 

Sexta-feira perto do final do expediente, Christopher fora surpreendido pela presença de Alicia Cooper. Uma ruiva de olhos azuis com quem ele saíra algumas vezes e que trabalhava na empresa como secretária do vice-presidente. Mas já fazia algum tempo que ele não estava mais interessado em sua companhia, Alicia não deveria partilhar da mesma opinião.

- Christopher, vim lhe convidar para tomar um drinque comigo. – ela disse colocando as mãos na cintura.
- Não vai dar, Alicia. – levantou-se – Ando muito ocupado, já disse que não podemos mais sair juntos. 
- Como amigos, Christopher. – ela se aproximou e colocou as mãos nos ombros dele.
- Eu realmente não posso. – ele colocou a mão na cintura dela para afastá-la.

A porta se abriu rapidamente e Christopher pode ver Dulce parar ao ver a cena, que provavelmente interpretara de maneira equivocada. Ele podia ver o olhar de espanto dela e ao mesmo tempo de frieza ao se dar conta do que via.

- Desculpa, eu não sabia que estava ocupado. – virou-se para sair.
- Dulce, volta aqui! – ele se adiantou e segurou seu braço – Alicia, já conversamos tudo, agora tenho um assunto pra tratar com a Srta. Saviñón. – ele falou olhando a ruiva.

Alicia saiu um pouco confusa pela atitude de Christopher que demonstrava clara preocupação com a opinião de Dulce.

- Se eu soubesse que estava acompanhado dessa forma não teria entrado de repente. – ela disse.
- Onde está minha secretária? – perguntou sem saber como Dulce entrara ali dessa forma.
- Estava no telefone e eu passei tão rápido que ela não teve como reagir. – explicou – Deveria tomar mais cuidado com o que você faz dentro da sua sala, Uckermann. Nunca se sabe quem pode entrar.
- Não estava fazendo nada, apenas conversando. 
- Nossa! Muito íntimo seu modo de conversar. – disse com ironia.

- Estava recusando um convite dela. – explicou-se sem saber o motivo de dar satisfação – O que você veio fazer aqui?
- Já desisti. – soltou-se dele e virou para a porta.
- Dulce, você não viria até minha sala dessa forma, sem nem bater se não tivesse um bom motivo. – cruzou os braços.
- Não sei se é a pessoa mais indicada para isso. 
- Mas você veio aqui. – levantou uma sobrancelha.
- E já me arrependi. 
- Pare com isso, Dulce. Diga logo. – incentivou.
- Tudo bem. Mesmo sabendo que você não é a pessoa ideal, quero te pedir algo.
- Peça. – estendeu a mão indicando para que ela seguisse em frente.
- Quero que vá comigo ao desfile de amanhã. Sei que recebeu um convite e não quero chegar sozinha. Seria humilhante! – pediu em tom de aflição.
- E por isso prefere ter que me aguentar? 
- Sim.
- Então Dulce María Saviñón está me pedindo um favor? – levantou a sobrancelha.
- Não me faça implorar, Uckermann. 
- Seria muito interessante, mas vou te poupar disso, dessa vez. – sorriu para provocar.
- Fico encantada. – revirou os olhos.
- Eu passo para te buscar, me dê seu endereço.

Dulce foi até a mesa dele e pegou um papel no bloco de recados, pegou uma caneta e inclinou-se um pouco para se apoiar e escrever sua direção no papel. Sem perceber, ela havia empinado um pouco a bunda por conta da posição inclinada para frente. Christopher não pode deixar de notar as nádegas arredondadas dela, marcadas pela calça social justa ao corpo e inevitavelmente lembrou-se do corpo dela nu sob o seu. Teve de mudar o rumo dos pensamentos antes que seu corpo denunciasse o poder de sua excitação.

- Aqui. – ela se virou e entregou a ele.
- Às sete. – ele avisou.
- Ótimo. – Dulce virou-se para a sala e abriu a porta.
- Cadê meu obrigado? – provocou.

Ela estreitou os olhos e saiu a passos largos. Christopher teve de sorrir. Dulce ficava ainda mais bonita quando se irritava. Agora que conhecia o lado mulher dela, ficava impressionado com os detalhes. Achou que naquele momento se afastaria dela, o trabalho havia terminado, mas Dulce voltara e dessa vez por vontade própria, mesmo que com algumas relutâncias.

No sábado, Dulce estava em seu quarto terminando a maquiagem. Não sabia muito bem o motivo, mas queria estar bonita. Ainda se lembrava da ruiva dentro da sala de Christopher, ele com as mãos na cintura dela, e ela com as mãos nos ombros dele. Os mesmos ombros que ela acariciou quando fizeram amor. Xingou mentalmente por deixar os pensamentos tão soltos a ponto de sentir um certo sentimento de posse sobre ele. Christopher não era nada seu, e não seria. Não namoraria um prepotente que costumava ficar com intimidades dentro da sala com uma ruiva oferecida.
Após a maquiagem, ela colocou um vestido simples, mas muito elegante. Aproveitando a noite de verão, ela colocou um vestido cinza de ceda, tomara que caia, um pouco justo ao corpo e com diversas linhas horizontais ao longo da saia, como se estivesse dobrado, e na altura dos seios, o tecido unia-se no meio, deixando seus seios mais levantados, evidenciando-os. Não estava vulgar, a saia ia até acima dos joelhos e os cabelos estavam presos na parte de cima e caindo soltos na parte de baixo, com a franja sendo jogada para o lado. Calçou uma sandália preta de salto fino e pegou a bolsa da mesma cor. Tinha feito uma maquiagem simples, evidenciando os olhos e passou seu perfume preferido. 
Quando abriu a porta assim que ouviu a campainha tocar, foi difícil saber quem estava mais espantado. Christopher olhou-a de cima a baixo não fazendo questão de ser discreto, ela aproveitou para analisá-lo. Usando uma calça jeans de lavagem escura, sapato social, camisa social branca e blazer preto, estava despojado, mas incrivelmente elegante. Ela sentiu o corpo se aquecer diante da imagem daquele homem bem mais alto que ela e absurdamente bonito. Tinha de admitir, Christopher era um espetáculo.

Ele não estava diferente em relação ao pensamento que tinha sobre ela. Dulce o deixava sem fôlego cada vez que a via, vestida de diversas maneiras. O vestido parecia ter sido feito para ela, lhe cabia perfeitamente, e os seios eram um espetáculo à parte. Chamavam a atenção dele desde que ela se debruçara ao seu lado enquanto olhava o computador. Quando a viu nua, tivera a certeza do belo par de seios que Dulce tinha e não havia um único dia que ele não pensasse neles.
Christopher a levou até o carro, deu partida no motor e saiu dirigindo tentando se concentrar no trânsito e não nos pedaços de coxas descobertas ao seu lado. Ao chegarem ao desfile, ele ofereceu o braço para ela e entraram. O evento estava cheio de fotógrafos, pessoas famosas, socialites e ambos procuraram um canto mais reservado para poderem conversar melhor e decidirem o que fazer.

- Christopher, acho melhor procurarmos o Sr. Parker para que ele saiba que estamos aqui. – Dulce sugeriu.
- Eu concordo. Mas acho que será um pouco complicado achá-lo no meio de toda essa confusão. – olhando em volta – Vamos beber alguma coisa, quem sabe ficando parados não o vemos passar?
- Tudo bem. 

Foram até a outra ala do evento, viram um bar e pediram um drinque. Christopher apreciava sua bebida enquanto olhava em volta, tentava procurar alguma mulher bonita em quem se concentrar, não queria prestar atenção no quanto Dulce estava linda. Aceitara o convite de acompanhá-la, mas isso não o obrigava a não olhar outras mulheres. O que o intrigava, é que nenhuma parecia ser tão interessante quanto a mulher ao seu lado. Irritado consigo mesmo, ele virou todo líquido em seu copo de uma só vez.

Dulce olhou para ele no momento em que o viu tomando a bebida num gole só. Espantou-se com o gesto dele, mas preferiu ficar calada. Christopher não a surpreendera, acostumado com festas, devia ser acostumado a diversos tipos de bebidas, poucas deviam afetá-lo. Percebeu que ele olhava em volta, parecia procurar algo, tinha dúvidas se era ou não o diretor da empresa o motivo dos olhos inquietos dele, mas aproveitou que Christopher estava distraído para olhá-lo com mais calma. A roupa lhe caíra tão bem, seu porte facilitava muito para que qualquer roupa que usasse o deixasse atraente. Ela podia notar a barba começar a aparecer, fechou a mão contendo a vontade de tocá-lo. Christopher podia ter todos os defeitos do mundo, mas era inegável o quanto era bonito.

- Acho melhor procurarmos o Sr. Parker. – ele sugeriu tirando-a de seus pensamentos.
- Tem razão, senão ele pode pensar que estamos fazendo desfeita do convite. – deu o braço a ele.

Após rodarem um pouco entre tantas pessoas, finalmente encontraram o diretor da empresa ao lado de mais dois senhores um pouco mais de idade. Todos tinham uma taça de champagne na mão e Ronald Parker sorriu ao ver Dulce e Christopher chegarem.

- Boa noite, senhorita Saviñón e boa noite, senhor Uckermann. – o diretor os cumprimentou.
- Boa noite. – ambos responderam.
- Vou apresentá-los aos meus grandes amigos, Paul Watson e Daniel Harrison. – virou-se para os outros dois senhores – Estes são Dulce María Saviñón e Christopher Uckermann. Ela criou a fragrância do novo perfume, e ele cuidou do designer.
- Muito prazer. – os quatro se cumprimentaram.

Ficaram ali fazendo a social durante alguns minutos e logo se retiraram, o desfile estava próximo de começar e procuraram lugares para se sentarem. Dulce se acomodou ao lado dele e ambos ficaram em silêncio por um tempo, sem saber o que conversar. Incomodada com aquela distância entre os dois, ela tentou manter um diálogo:

- É o primeiro desfile que assisto. Bem, já vi alguns na TV, mas pessoalmente é a primeira vez.
- O meu também. – ele comentou – Mas acredito que não deve ser ruim.

Ela ia continuar o assunto, mas o apresentador do desfile subiu ao palco e começou a apresentar o evento. Uma música animada começou a tocar e logo modelos altas e incrivelmente magras começaram a desfilar pela passarela prendendo a atenção dos espectadores, inclusive a de Christopher. Dulce podia ver como ele olhava com atenção cada mulher que passava à sua frente e o viu sorrir ao ver uma entrando de lingerie. Dulce suspirou um pouco irritada com a atitude dele, não tinha vergonha na cara. Olhava descaradamente para outra mulher com ela ao seu lado. Espantou-se consigo mesma. Estava agindo como se fosse sua namorada. Só podia ter enlouquecido! Mas também, estava acompanhada por ele, Christopher pelo menos poderia ser mais discreto.

- Poderia parar de ficar babando em cada modelo magrela que sobe nessa passarela. – comentou tentando esconder a irritação.
- Está com ciúmes, querida? – virou o pescoço para olhar para ela.
- Ah, faça-me o favor, Uckermann! – estreitou os olhos – Só acho que se está me acompanhando, o certo é que não fique demonstrando interesse em outras mulheres. Mereço um pouco de respeito. Se quiser algo com alguma delas, deixe isso para depois. – cruzou os braços.
- Não. Não quero que fique brigando comigo por ciúmes, não irei atrás de nenhuma. – ele provocou-a.
- Se não estivesse em um local público eu te enforcaria. 
- Dulce, não seja tão estressada. Aprecie o desfile ok? – sorriu e virou-se para frente com naturalidade.

Autor(a): robertaedullcestar

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