Fanfic: • Chocolate. 1 e 2 temporada

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Capítulo: Final

Epílogo

Se Dulce cruzasse outra vez sua linha de visão, Christopher a amarraria ao pé da cama mais próxima!
Desde que acordara duas horas atrás, ela não parou um segundo sequer. E para piorar, ela estava quase entrando no último mês de gestação e não era muito bom se movimentar e nem fazer muito esforço.
Mas adiantava dizer algo para a mulher? Não! 
Tentou de todas as formas dizer que se movimentar tanto faria mal para o bebê mas ela não lhe dava ouvidos. Dizia que a casa tinha que estar pronta para quando o bebê nascesse e, se dependesse de Christopher, isso nunca aconteceria.
Só não levou aquela pequena ofensa a sério, porque sabia que os hormônios faziam horrores com a saúde da mulher. Principalmente a saúde mental...
Mulher nesse estado não é mais mulher. Se transforma em um monstro de três cabeças, cinco bocas e vinte mãos, todas preparadas para agarrar e devorar o ser mais próximo e culpado de sua situação, ou seja: o pai da criança!
Dulce passou outra vez por ele e Christopher não se conteve. Resmungando, ele se levantou e foi até ela, pegando em suas mãos e fazendo com que ela o olhasse furiosa.
― O que pensa que está fazendo, francês paspalho?
― Cuidando da saúde da minha esposa e meu filho. ― viu os olhos de Dulce se estreitarem e seus lábios abrirem para mais uma ofensa, mas foi mais rápido que ela e emendou: ― Não quero ter que carregar você correndo para o hospital antes do tempo, mon ange. Me preocupo com você.
Dessa vez, pareceu que suas palavras fizeram algum efeito nela, pois Dulce respirou fundo e o olhou mais calma.
― Me desculpe, Chris. É que...
― Eu sei que está agitada, mon ange. 
― Parece que nada do que faço dá certo... ― ela se queixou.

Christopher meneou a cabeça e sorriu, levando suas mãos até o ventre avantajado e lindo de sua esposa.
― Você faz tudo certo, fleur. Isso é a ansiedade de ter logo o bebê nos braços. Pensa que também não estou assim?
― Mas não é você quem está carregando e parecendo um pingüim!
― Tem razão. Mas é o pingüim mais sexy que já vi.
Dulce não se conteve e começou a rir com o galanteio dele. Ficou na ponta dos pés e o beijou nos lábios, soltando um gemido profundo.
― Sabe ― ela começou, roçando seus lábios nos dele. ―, ouvi por ai que sexo adianta o parto. O que pensa sobre isso? ― o fitou com malícia.
― Tem certeza disso? 
― Acho que não custa nada tentar...
Não precisou de mais nada, pois no segundo seguinte, Christopher se abaixava um pouco e a pegava no colo, mesmo pesando mais do que um contêiner. Ele a levou até a cama e a colocou com cuidado sobre ela, deitando-se ao seu lado e a fitando com atenção.
― Já disse que você ficou ainda mais bela com a gravidez?
― Já. E me desculpe, mas meus pés e meu traseiro não andam concordando com isso. ― ela brincou e Christopher riu.
― Pois esse é o pé mais lindo que já vi! ― dizendo isso, ele foi até o pé dela, retirou sua rasteirinha e o acariciou, adorando ouvir a risada leve saindo dos lábios de Dulce. ― Está bem gordinho, mas ainda assim é lindo.
Ele começou a massagear os pés dela, por vezes arrancando suspiros ou risadas dos lábios de Dulce. 
― Ainda não decidimos o nome do bebê, Chris... ― ela sussurrou depois de um bom tempo.
― E pra quê ter pressa, fleur?
― Pressa, Chris? Daqui a pouco essa criança nasce e vamos chamá-la de “ei, psiu!”. 
Christopher riu e depositou um beijo no pé dela.

― Também não é pra tanto, mon petit. Logo saberemos qual nome colocar no bebê.
Eles voltaram a ficar em silêncio, até que Dulce soltou um gemido e se mexeu na cama. Christopher pensou que foi pela massagem e voltou a sorrir.
― Sabe, meu amor... ― ela começou. ―, acho melhor decidirmos logo o nome dessa criança...
― No momento certo, fleur.
― Meu Deus! Me casei com o maior francês paspalho que esse país já viu! ― ela se queixou, gemendo outra vez. ― O momento certo é agora, francês idiota!
Christopher parou de fazer a massagem e a fitou com atenção. Ela não parecia estar gemendo por causa de suas caricias e sim...
― Como assim, o momento certo é agora, fleur?
― Será que vou ter que fazer um desenho enquanto tenho seu filho nessa cama? ― o fitou com um raiva. ― Ficaria bem real se nesse desenho tivesse sangue? Oh, meu Deus! ― ela se queixou e tentou se sentar na cama. Fitou Christopher com um misto de fúria e dor e voltou a gemer.
― Agora, mon ange?
― Meu Deus! Além de idiota é lento. ― revirou os olhos. ― É, Christopher. É agora! 

With arms wide open – Creed

Cinco horas e muitos gritos, gemidos, palavrões, choros, suor e palavras de amor e carinho, chegava ao mundo uma pequena criatura, cercada pelo amor dos pais, que a fitavam como se fosse o ser mais incrível e maravilhoso em que colocaram seus olhos. Não conseguiam acreditar que eles tinham feito aquele pequeno ser tão frágil e belo.

― Olá, meu bem... ― Dulce sussurrou, enquanto passava as mãos pelos poucos cabelos da criança.
Christopher pegava em suas pequenas mãos e pés, se certificando que tudo estava em seu devido lugar e adorando sentir a maciez e o calor do pequeno corpo. Fitou Dulce por um momento e foi o momento mais carregado de amor e ternura de toda sua vida. Nunca amou tanto aquela mulher como naquele momento. Ela lhe deu o ser mais precioso que um dia poderia ter.
― Tenho um nome, mon ange. ― ele sussurrou, ainda segurando nas mãos da criança e olhando para Dulce.
― E que nome é esse, Chris?
Ele se inclinou um pouco e sussurrou o nome nos ouvidos da esposa. Quando se endireitou, viu o sorriso nos lábios dela e no segundo seguinte, Dulce dizia, carregada de amor:
― Bem vinda ao mundo, Adeline Saviñón Uckermann.
Como se reconhecesse o nome ou a voz da mãe, Adeline abriu lentamente seus olhos e fitou os pais por um longo momento, mal sabendo que desse minuto em diante, teria seus pais carregados em seu dedo mindinho.

PS* O vocalista do Creed, Scott Stapp (delícia!), escreveu essa música ao saber que seria pai. Aconselho a ler a tradução, pois é linda e se encaixa no epílogo! :D

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Fim!

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