Fanfic: A Descoberta da Paixão . d&c - adaptada/terminada

Fabiana minha flor … É que nesta eu tenho apenas que ler e adaptar, e em . Amor Por Contrato (vondy) eu tenho que escrever, e meio que dar uma olhada nos erros de gramatica, ai demora mais .. (:
Muito obrigado pelos comentários gato e gatas *-* Não esqueçam !
.: DulceMariaIngenuaVideo *-*

CAPÍTULO IV

Dulce arriscaria a posse de Carazzan em uma competição que poderia comprometer até mesmo sua perícia de amazona?

Percorrer a trilha de Nuee fora um rito de passagem para os jovens de Carramer durante séculos. As mulheres só foram admitidas fazia sessenta anos. Nos últimos cinco, o trajeto era incluído em um circuito de eventos internacionais de resistência, e era reconhecido com um dos mais estafantes do mundo.

Embora sempre desejasse percorrer o caminho, a princesa apenas fizera a sugestão como medida desesperada, para evitar que Christopher relatasse suas atividades para Cristian. A aposta que ele propunha envolvia perigos maiores.

— Se prometer que não sairá mais incógnita por aí, não haverá mais motivos para um desafio.

— Como pode saber que manterei a promessa?

— Não posso. Mas desconfio que a palavra vale muito para você.

Dulce suspirou, frustrada. Christopher estava certo. Ela só escapava porque não havia proibição expressa dos irmãos nesse sentido.

Assim também era com a trilha de Nuee.

— Quando esse percurso passou a fazer parte do circuito mundial, falei com Alfonso a respeito de competir. Ele e Cristian percorreram o trajeto na adolescência.

— Mas não acharam isso apropriado para você — Christopher concluiu.

— Pois é. Faz pouco que as mulheres tiveram permissão de subir a montanha. As coisas não mudaram muito.

— Sobretudo para uma princesa...

— ...que não pode fazer o que a maioria das pessoas faz. Tenho regras para o que posso falar, fazer e para onde ir.

— E a quem amar também?

A tristeza no rosto adorável foi a confirmação. Christopher não se conteve, e tomou-a nos braços.

O olhar vulnerável de Dulce despertava seu instinto protetor e a necessidade de dar e receber.

Christopher colou os lábios nos dela e sentiu sabor de mel. O aroma da pele e dos cabelos deixaram-no inebriado. Esqueceu-se que ela era uma princesa e que estavam em uma estrebaria.

O tempo pareceu parar. Christopher ficou surpreso com a força dos braços delgados que o enlaçavam e com o despertar da própria libido.

Não havia escolha. O corpo divino e pressionado contra o seu zombava do celibato que ele mesmo se impusera. Arfante, Christopher passou a mãos pelas mechas sedosas. Sem se conter, levantou-os e mordeu-lhe a nuca.

A dor do prazer fez Dulce arfar. Não conhecia e não estava preparada para a torrente de sinais e necessidades que a acometiam.

Deixar que Christopher a beijasse fora um erro, não importando o quanto ela o

desejasse.

Carramer era conhecido por seus homens magníficos. Mas nem de longe lembravam aquele que estava a seu lado, mantendo-a cativa de uma boca devoradora e de mãos ardentes.

Desde o momento em que o vira, Dulce teve ciência de que Christopher poderia dominá-la. Nem nas fantasias mais selvagens, estava preparada para render-se daquela maneira. Não lhe faltava quase nada, exceto uma alma gêmea para fundir-se. Do modo exato como se arriscava a fazer naquele momento.

"Pelo amor de Deus, no que estou pensando?!"

Christopher jamais poderia ser seu marido. Em pânico, a princesa afastou-se, e ele a soltou. Embora Christopher demonstrasse calma, Dulce percebeu uma palpitação forte em seu pescoço. Era um pequeno consolo saber que não fora a única a se descontrolar.

— Não perca tempo com desculpas, Christopher.

— Eu não planejei isso — ele retrucou, com olhar divertido.

— Pelo que sei, não é crime beijar uma princesa em Carramer, ainda mais se ela é quem seduz.

— Imaginação sua.

— Não beijei sozinho, minha linda princesa. Mas não se sinta culpada. Sua cabecinha é que trabalha demais.

Os arroubos de cólera cederam lugar à frustração. Nos braços dele, Dulce imaginara as possibilidades. O feno cheiroso aos pés dos dois era um convite para deitar-se e prosseguir o que haviam começado.

Saber que isso seria impossível deixava-a muito desapontada.

Como podia sentir-se dessa maneira a respeito de alguém de quem não deveria gostar? Afinal, Christopher queria usar o segredo contra ela. E ainda por cima pretendia ter Carazzan.

Por que seu coração parecia se derreter com o toque de Christopher?

Dulce tratou de esconder as desencontradas emoções sob a serenidade real.

Como é que ele conseguia ler seus sentimentos? Dulce sempre fora capaz de escondê-los. Essa arte fora-lhe incutida desde criança. Mas Christopher desvendava-a como se fosse um espetáculo público, pelo menos para ele. Era, no mínimo, irritante.

— Está confundindo curiosidade com outras coisas, Christopher.

— Quer me fazer crer que teve uma vida tão enclausurada que o beijo de um homem lhe é uma novidade?

— Não tanto para que eu não saiba que um beijo nada mais significa do que um momento gratificante.

Pelo cenho franzido de Christopher, ela deduziu que a resposta o desagradara. O que a deixou satisfeita.

Carazzan focinhou o ombro de Dulce, que acariciou sua crina.

— Foi bom satisfazer nossa curiosidade, antes de nos tornarmos competidores — ela falou, sem pensar.

Dulce não tinha certeza de que a disputa seria uma boa ideia, menos ainda depois do beijo. Mas não encontrava solução melhor para tirá-lo de seu caminho.

— Tem mesmo certeza de que quer continuar com o desafio, Alteza?

— Meu cavalo e meu segredo contra suas terras. O vencedor ganha tudo.

— Aceito. — Christopher estendeu-lhe a mão.

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