Fanfic: A Descoberta da Paixão . d&c - adaptada/terminada

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Não esqueçam !
.: DulceMariaIngenuaVideo *-*

— Estava pensando nisso desde o princípio, não é?

— Foi você quem sugeriu a trilha de Nuee.

— Você não parece ser um homem que age sem ponderar, Christopher. Tanto é que veio aqui atrás de Carazzan. Fazer-me acreditar que a disputa era ideia minha foi um estratagema brilhante.

— Se fosse uma estratégia, seria, mesmo.

A resposta dele não esclareceu nada.

— Se bem que está destinado ao insucesso. Não pretendo perder. Nem minha liberdade, nem Carazzan.

— Será uma disputa interessante, já que também não tenho intenção de perder.

— Então, podemos marcar a data.

— Esta semana terei reuniões com funcionários do Ministério da Agricultura. Na próxima, irei a Isle des Anges para encontrar-me com o príncipe Cristian.

Carramer era governado pelo príncipe Alfonso, que vivia na capital, Solano, situada na ilha principal, Celeste. Já Isle de Anges era a maior das duas ilhas dirigidas pelo príncipe Cristian.

Christopher refletiu que se tratava de um ótimo acordo. Por que a princesa

Dulce preferia morar na minúscula Nuee?

Os irmãos eram casados e tinham filhos. Logo, ela estava longe do trono. Era a mais jovem e era mulher. Christopher entendia por que ela valorizava tanto sua independência. Mesmo sem irmãos ou irmãs para competirem com ele, Christopher gostava muito do chão onde pisava como dono e da sensação de ser seu próprio patrão.

— Você não vai muito para as outras ilhas, não é, Dulce?

— Não. Só quando os deveres oficiais exigem. A residência real onde foi oferecido o baile foi construída por minha avó. Eu costumava passar muito tempo com ela. Quando atingi a maioridade, foi a escolha óbvia para ser meu lar. Este lugar também lhe pertencia. Depois que o herdei, fiz algumas modificações.

"Para melhor", ele pensou. Os estábulos eram novos, de concepção moderna e eficientes. Tudo fora remodelado, sem dúvida.

— Por não se administra Nuee, Dulce? Cristian deve ficar assoberbado, cuidando das duas ilhas.

O sorriso dela foi deslumbrante e, é claro, mexeu com ele.

— Meus irmãos sabem fazê-lo melhor.

— Como assim?

A risada cristalina teve um efeito ainda maior.

— A burocracia não é para mim, Christopher. Já tenho problemas suficientes com meus deveres, sem precisar conduzir uma nação.

— Por causa de seus cavalos?

— Eu não diria que isso é um problema. É muito mais um trabalho de amor.

— Achei que estar à frente de uma nação tivesse feito parte de sua educação.

— E fez. Apenas não pratico.

— Mas dirige um empreendimento de criação de cavalos.

— Sim. — Distraída, passou a mão no focinho de Carazzan, que adorou a palma sedosa.

Christopher sentiu a garganta seca. Alguns cavalos tinham mesmo sorte.

— Fez uma bela transformação aqui, Alteza.

Dulce agradeceu com um aceno gracioso.

— Obrigada. E pretendo prosseguir com ela.

Dulce planejava ganhar, visando expandir o programa de criação, longe de Christopher. O pior era que ele queria o mesmo.

— Bem, podemos marcar a prova no fim desta semana.

Tão cedo? Dulce teve de lutar contra o pânico. Seria pela dificuldade do trajeto ou pelo homem que a acompanharia?

Ela ainda sentia o gosto do beijo. A marca da mordida do amor era temporária. Mas o efeito, suspeitou, permaneceria por um longo período.

Dulce sempre lamentara não ter uma vida comum. Nenhuma novidade nisso. Os desejos também eram seus conhecidos. Alguém para amar e que a amasse, uma família. Propósitos muito maiores que um simples ornamento. Mas Christopher não era a pessoa certa, embora a fizesse pensar nisso com mais intensidade. Tinha de esquecê-lo.

— Preciso reorganizar meus compromissos e contatar minha equipe.

— Nada disso. Seremos só nós dois. Você e eu.

— Porém, preciso levar, no mínimo, meus guarda-costas.

— Não precisou deles na feira.

— Como você mesmo disse, foi uma imprudência.

Como também era sair sozinha com Christopher.

— Estarei lá para protegê-la.

E quem a protegeria dele?

— Você não poderá fazer isso, se eu estiver quilômetros a sua frente, Christopher.

— Nem em sonhos... — Sorriu, o que tornou sua boca ainda mais desejável.

— A trilha começa logo depois dos limites de minha propriedade. Se me virem acompanhada de um estranho, poderá haver comentários.

— Não se for Dee quem estiver cavalgando comigo.

— Está sugerindo que eu vá disfarçada?

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