Fanfic: A Descoberta da Paixão . d&c - adaptada/terminada

Naomi – Obrigado pelo comentário meu amor *O*

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— Não me conhece, mesmo...

— Fui informada sobre seu passado.

De costas para o sol, Christopher parecia ainda mais atraente.

— Isso incluiu minhas crenças, meus medos e minhas fantasias?

— Claro que não. Apenas informações sobre sua atividade profissional e seus atos de caridade. Também sei que seu casamento foi um fracasso. O que aconteceu, Christopher?

— Seus informantes não lhe contaram?

— Apenas que sua ex-esposa era filha de um embaixador. E que era muito bonita.

Dulce vira fotos dos dois. A herdeira que fora casada com Christopher por

dois anos poderia ter sido uma modelo.

— Bela por fora...

— O que houve de errado?

— Eu não lhe dava tudo o que ela desejava.

— E crê que sou assim também?

— E não é?

— Quanto machismo! Não é exclusividade sua o direito de ser incompreendido, Christopher. O acaso de um nascimento não fez de você um nobre selvagem e nem de mim uma pobre menina rica.

— Pobre menina rica?!

— Eu disse que não sou. Aprecio as vantagens que me são dadas e não me sinto culpada por outras pessoas estarem em situação pior. O que não impede que eu queira levar uma vida à parte da que me foi destinada. Não vejo por que me critica, quando na verdade faz o mesmo. Será porque você é homem?

Dulce perdeu o controle e fez menção de esbofeteá-lo, mas Christopher a impediu, segurando-lhe a mão.

Ela arrependeu-se de imediato.

— Eu... sinto muito.

Ele fitou-a, ameaçador.

— Princesa ou não, não admito isso de ninguém.

Christopher segurava-lhe o pulso com dedos de ferro. Dulce ergueu o rosto, recusando-se a ser dominada.

— Por favor, solte-me — ordenou, com autoridade real.

Ele continuou a encará-la com severidade.

— Vejo que Vossa Alteza está de volta, incapaz de resistir à "vida à parte". Essa é a diferença entre nós, princesa. Você só faz isso quando lhe convém.

Christopher estava certo. Por que não vira isso antes? Dee era um jogo, uma aparição em horas seguras. Quando o mundo verdadeiro a ameaçava, a princesa intervinha de pronto. Nisso, lembrou-se da feira.

— Não apelei para meu status na exposição de Nuee.

— E agora?

Christopher não lhe deu tempo de responder. Sem soltar-lhe o braço e segurando-o no alto, pressionou-a com o próprio corpo de encontro a uma árvore.

A boca de Christopher foi agressiva e exigente. Era mais uma exploração que um beijo. Como se ele procurasse a verdadeira Dulce sob toda sua realeza.

A princípio, a princesa rejeitou o apelo de seus lábios. Era uma experiência diferente dos carinhosos beijos familiares e daqueles usados em saudações formais.

Nisso, Dee emergiu, arfante, enquanto Christopher lhe percorria o pescoço com os lábios e abria o decote da camisa para saborear-lhe o doce vale entre os seios.

Dulce entristeceu-se. Dee poderia ser a amante de Christopher, mas não passava de uma personagem.

Mas então quem é que estava respondendo àquela devassidão?

Dulce!

Christopher a beijava com volúpia, e ela correspondia com seu próprio eu.

Sem padrões de comportamento, retribuiu com ardor. Com o braço livre, abraçou-o pela nuca e enfiou os dedos nos cabelos sedosos. Entregou-se ao sabor daquela intimidade nunca antes apreciada.

Christopher levantou a cabeça e soltou-lhe o braço. Dulce encarou-o com

os olhos arregalados e úmidos.

— O que foi que aconteceu?

— Eu a beijei.

A aparente indiferença de Christopher a magoou.

— E foi você quem retribuiu. Você, e não Dee, nem a princesa.

— Como é que sabe?

— Não foi difícil. Em trinta segundos, esqueceu-se de si mesma e entregou-se.

— E você se aproveitou.

Dulce detestou-o por usá-la, sendo que para ela tudo aquilo significara tanto.

— É o que sempre acontece.

Ela riu, com escárnio.

— Acha-se superior às pessoas como eu, meus irmãos e sua ex-mulher. Mas você não é diferente. É arrogante e dogmático com quem desdenha.

Ela percebeu que o atingira.

— Então não quer que eu a tome em meus braços de novo, desabotoe sua blusa e passe as mãos por...

Desejo e ódio se misturavam dentro dela.

— Pare com isso! Lógico que não! Não quero nada de você!

— E o que estamos fazendo aqui?

— Se isso é algum truque para evitar que eu vença...

— Ambos sabemos que não é. E se fosse, eu já estaria lá em cima, em vez de ficar aqui, desviado de meus objetivos.

Então não era indiferença em relação a ela, Dulce refletiu, mais animada. Beijá-la não fizera parte do plano original dele.

Apesar disso, estava perturbada. Pensara só na vitória. Subir, descer, ficar com as terras e o cavalo. Naquele momento, o triunfo soava no vazio.

Quando passara a preocupar-se com Christopher como pessoa?, perguntou-se.

A suspeita foi desvendada: no momento em que ele beijara Dulce.

Não Dee, seu alter ego, nem a princesa. Por um instante ele a induzira a ser ela mesma. Ninguém conseguira fazer isso antes.

Mas não passaria disso. A opinião de Christopher sobre sua ex-mulher deixava claro que não haveria lugar para alguém como Dulce a seu lado.

Seria melhor não considerar a hipótese de uma tentativa nesse sentido.

Eles haviam nascido em mundos opostos e eram rivais.

Christopher podia amar Big Dan Uckermann, apesar da surra, mas, para a princesa, não ajudaria em nada lutar com ele. Amá-lo seria ainda pior.

Não existia razão para tais fantasias. Porque, apesar de tudo, ela ainda planejava ganhar.

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