Fanfic: A Descoberta da Paixão . d&c - adaptada/terminada

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Dulce abriu os lábios sob a pressão dos de Christopher e passou a explorar-lhe o interior da boca. Quando as duas línguas se encontraram, Dulce ficou tonta e sentiu a pulsação acelerada.

Se Christopher tencionava mostrar-lhe o que era viver perigosamente, se esforçava à toa.

A chuva poderia continuar para sempre, se isso significasse não perder aquelas sensações extraordinárias originadas pelo toque dele.

Dulce sentia a cólera de Christopher, como se eles estivessem ligados por um feixe de alta voltagem. Era a culpada por aquela raiva, porque não deixara que ele a protegesse.

Dulce sabia que beijar não deveria ser uma diversão. Mas o que Christopher a fazia sentir era tão maravilhoso e inimaginável que a princesa começou a rir.

— Acha isso muito engraçado, Dee?

Dulce deu-se conta de que fazer pouco do poder de sedução de um homem era o mesmo de que insultá-lo. O que, naquele caso, seria uma grande injustiça. Christopher devia fazer amor com a mesma perícia com que beijava. Portanto, tratou de recompor-se.

— Não estou rindo de você, nem de sua técnica.

Christopher estreitou os olhos.

— Não conhece a milésima parte dela, moça. Como também posso apostar que não tem ideia do que seja uma... técnica de qualquer homem. Acertei?

Foi a vez de Dulce de sentir-se desrespeitada.

— Se está querendo que eu diga se já estive antes com um homem...

Christopher agarrou-a com força pelos ombros.

— Esteve?

— Claro que não!

Christopher sacudiu-a de leve, contendo-se para não ser mais violento.

— Diz isso com naturalidade, mas é a primeira virgem de vinte e três anos que conheço.

— Como princesa, tenho de cuidar de minha... reputação.

— Pois foi o que eu lhe disse! Não pode ser tão inocente a ponto de não saber que passar a noite sozinha com um sujeito na floresta é o mesmo que brincar com fogo!

— Confio em você, Christopher, com toda a minha alma.

— Não pode ser. — Ele soltou-a e começou a andar em círculos, debaixo das árvores que pingavam. — Não posso acreditar que, para você, ganhar este desafio seja mais importante do que qualquer outra coisa.

Como um alguém podia ser tão cego? Lógico que Dulce queria ganhar, mas o senso de responsabilidade incutido nela desde a infância não permitiria jamais abandoná-lo na montanha, sob uma tormenta. E se alguma coisa acontecesse a Christopher?

Ela se recusou a considerar as razões bem mais pessoais.

— Isso nada tem a ver com nossa disputa.

— Certo. — Ele a encarou, cético. — Vai me dizer que preferiu ficar comigo nesta montanha encharcada.

Nada do que Dulce pudesse dizer faria Christopher acreditar que não fora

pela disputa. Nem adiantaria tentar.

— Tem razão. Fiquei porque quero aquelas terras. Seria capaz de qualquer coisa para tê-las de volta. Ficarei também com Carazzan e, como prêmio adicional, verei você fora de meu país e de minha vida. Está satisfeito agora?

— Só uma linda e desejável virgem de vinte e três anos poderia fazer essa pergunta a um homem e não saber a resposta de antemão.

Afinal, o que mais ele pretendia?, Dulce perguntou-se. Não lhe dissera o que Christopher queria ouvir? Por que a irritação?

Christopher tomou-a pelo braço, e a princesa deu um pulo.

— Sossegue, Dee. Posso não ser nobre, mas sei me comportar como um cavalheiro. Depois desta noite, não sei o que irá acontecer com sua reputação, mas isso não é de minha conta. Só espero que tudo valha a pena e que você saiba o que está fazendo.

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