Fanfic: A Descoberta da Paixão . d&c - adaptada/terminada

Meninas desculpem por não ter postado ontem mas foi por uma ótima causa.
Eu estava vendo o Christopher na Hebe. Oaisoaisoiasoiasoi . E concordo com vocês, foi muito rápido eles nem conversaram ! ¬¬` Mais ele tava perfeito como sempre :3 Ontem foi o show dele aqui na minha cidade, pena que eu não pude ir ;s Mas no próximo eu vou se Deus quiser *-*
Não sei quem foi mais sortuda. As meninas que abraçaram ele na Hebe, ou as pessoas do show aqui de POA que subiram no palco e cantaram junto com ele Light Up The World Tonight *----------------------------*

CAPÍTULO IX

Depois da tempestade violenta da véspera, a floresta emanava um cheiro doce e fresco, e o azul do céu doía nos olhos.

Um ramo mais baixo aspergiu gotículas de água no rosto de Dulce.

Além de um emaranhado de árvores caídas, havia poucos sinais remanescentes da borrasca.

A lama, as crateras e as folhas deixavam o solo em péssimo estado.

Montada em Gypsy, a princesa deu graças a Deus por não terem prosseguido viagem no escuro. Teria sido um suicídio.

Christopher concedera-lhe a dianteira, mas ela duvidou que se tratasse de gentileza. Ele sabia que Avatar era muito mais seguro que Gypsy em terreno escorregadio e, em pouco tempo, poderia transformar qualquer atraso em vantagem.

Pela primeira vez, Dulce encarou a possibilidade de perder.

Afastou outro ramo gotejante, irritada. Bobagem. Apesar do andar titubeante de Gypsy, a égua era corajosa e determinada. Como também Dulce. As duas ainda não haviam perdido a batalha.

Ouviu o barulho dos cascos atrás de si e tratou de acelerar a marcha da égua. Tinha de haver um jeito de alcançar o posto da guarda florestal no sopé da montanha antes de Christopher.

E havia.

As regras da trilha de Nuee eram bem claras. Com o marcador em mãos, o cavaleiro poderia usar qualquer caminho para chegar ao posto, onde a data e o código inscrito seriam registrados como prova da façanha.

Sem pensar duas vezes, ela puxou as rédeas, mudou de direção e embrenhou-se pela mata. O trajeto poderia ser até mais difícil que o da véspera, mas decerto bem mais curto que o caminho dos turistas.

Christopher não viria por ali, pois não conhecia a região. Dulce já cavalgara várias vezes pelas florestas de Nuee, nas condições as mais adversas.

Talvez não tão ruins quanto aquela, admitiu. Seus irmãos ficariam desesperados se a vissem descer derrapando pelas colinas lamacentas, agarrada na crina de Gypsy como cabresto extra.

Cruzaram um regato transbordante. Dulce permitiu que Gypsy baixasse a cabeça para beber. Depois, desmontou e jogou água para tirar o suor dos flancos do animal.

Tirou uma maçã do alforje e comeu-a, dando alguns minutos para a égua descansar. O tempo era seu inimigo, junto com o homem que ela não sabia onde localizar.

De repente, o ruídos de cascos.

"Não pode ser!"

Mas era. Christopher a seguira. Dulce estacou, furiosa, enquanto ele

passava, acenando uma saudação.

A princesa bateu o chapéu na água, irada. Christopher viera pelas pegadas que ela deixara. A vantagem estava perdida, mas a guerra, declarada.

Socou o chapéu no alforje e montou.

— A honra feminina está em jogo, Gypsy. Você não pode me decepcionar agora.

A égua corajosa não se fez de rogada. Obedeceu a todos os comandos e muito mais. Marchou sobre o solo liso coberto por folhas encharcadas de lama, saltou sobre os troncos caídos, escalou cômoros e enfiou-se me vales, proezas à altura de sua fama de campeã.

Dulce sentiu o ímpeto da adrenalina que tornava aquela, a mais excitante das cavalgadas. Qualquer que fosse o resultado, ela não esqueceria o episódio tão cedo.

Nisso, um garanhão selvagem apareceu a sua frente.

Como se surgisse do nada, estava ali, imponente, com os olhos escuros, a crina branca e o pelo dourado. Lembrava muito Carazzan, embora este não tivesse crina branca. Mas na perfeição das linhas, na beleza e imponência, perdia apenas para o magnífico Carazzan.

Gypsy soltou vapor pelas ventas e andou de lado. O garanhão, um dos mais belos que vagava por aqueles lados, empinou.

Gypsy imitou-o e agitou a cabeça. Dulce mal conseguia segurá-la.

O que estava acontecendo? Foi quando lembrou-se. A primavera estava próxima, e Gypsy devia estar entrando no cio. E reagia como uma fêmea fogosa em confronto com um espécime perfeito do sexo oposto.

Não notara os sinais e não escolhera outro cavalo por culpa de Christopher, que a perturbava demais. Gypsy não tivera a mesma reação com Avatar por ele ser castrado.

— Calma, garota, calma...

Dulce lutou para controlar a égua ansiosa, que deu um arranco e soltou as rédeas das mãos da dona. Dulce voou.

Gritou de dor ao cair com a perna sobre uma raiz de árvore.

— Fique quieta, não tente levantar-se.

De onde Christopher aparecera? Devia ter ouvido o relinchar agudo dos cavalos e viera investigar. Sem hesitar, pôs-se entre Gypsy e o garanhão, agitando o chapéu e gritando com o cavalo selvagem.

O garanhão emitiu um último relincho e voltou para a mata densa.

Gypsy parou, indecisa. E, antes que ela resolvesse seguir o cavalo, Christopher agarrou-lhe as rédeas e conduziu-a para perto de Dulce.

Amarrou os dois cavalos em uma árvore e ajoelhou-se ao lado da

princesa.

— Você está bem?

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