Fanfic: A Descoberta da Paixão . d&c - adaptada/terminada

Fortes emoções gatinhas e gatinhos ^.^
Não deixem de comentem, é o último capitulo (:

Dulce virou-se, lutando para não chorar na frente dele.

— Só você suspeitou do envolvimento de Roberta com a mídia. Era muito simples fazê-la saber para onde iríamos e deduzir o que minha secretária faria com as notícias. Assim, seria obrigado a defender minha honra.

Enquanto ela esbravejava, ele manteve-se em silêncio, atônito.

— Mas que absurdo! Você errou o alvo, princesa. Seria melhor dedicar-se a escrever histórias de ficção.

— Acontece que não negou nada, Christopher.

— E por que deveria? De onde venho, as pessoas são inocentes até que se comprove sua culpa. E a senhora, Alteza, é quem deve provar isso.

Dulce cerrou os dentes com o tom imperioso. Seria Christopher inocente?

— Roberta Cook? — ele sugeriu.

— Ela não faria uma coisa dessas.

— Não conhece a fúria de uma mulher desprezada?

— O que vai fazer? — Dulce perguntou, ao vê-lo pegar no telefone.

— Chamar o pessoal da segurança para investigar. Não é fácil esconder um cavalo como Carazzan. Se Roberta pegou-o, alguém deve tê-la visto.

Era o que ela deveria ter feito, antes de vir ali com acusações que então lhe pareciam infundadas. Dulce apertou as mãos, procurando acalmar-se.

Quando Christopher desligou, Dulce fervia de impaciência.

— O que vamos fazer?

— Esperar.

O que ela gostaria mesmo era de ser abraçada por ele. Mas se Christopher a usava, não queria mostrar-se uma tola ainda maior. O que não a impedia de desejá-lo, de amá-lo.

Os minutos arrastavam-se como horas.

De repente, o telefone tocou, e a princesa assustou-se. Christopher atendeu.

Em seguida, virou-se para Dulce.

— Roberta não é a culpada.

— Então quem, Christopher?

— Parece que o cavalariço mais jovem exercitava o cavalo, quando o garanhão selvagem de crina branca apareceu. Talvez procurando por Gypsy. Carazzan decidiu mandar o invasor embora de seu território.

— Por que não me disseram que Carazzan fugiu?

Em vez disso, ela bancara a idiota, acusando Christopher.

— Claro que o garoto foi atrás de Carazzan, sem dizer nada para ninguém. Pretendia trazê-lo de volta antes de você descobrir.

— E agora?

— O pessoal localizou-o no contraforte das montanhas. Carazzan não teve tempo de ir muito longe. Decerto retornará sozinho, agora que se desfez do intruso. Você terá seu garanhão de volta antes do anoitecer.

O tom gélido da voz de Christopher penetrou-lhe na alma.

— Ele não é meu cavalo, Christopher. Você ganhou, portanto, é seu.

— Então não sou mais um conspirador?

— Será que pode perdoar-me por ter dito uma coisa dessas?

Era doloroso constatar que Dulce não confiava nele.

— Não há nada para perdoar, princesa. Você estava aborrecida e não posso culpá-la por isso. Eu talvez tivesse feito o mesmo.

O abismo entre eles se aprofundava cada vez mais.

— Bem... tudo terminou. O que pretende fazer agora?

— Nada mudou. Vou estabelecer uma fazenda e um programa de criação. Seu irmão e eu acertamos os últimos detalhes hoje.

— Vai levar Carazzan?

— Não.

— Por quê, Christopher?

— Porque ele é seu.

— Mas você ganhou a disputa!

— Isso é discutível. Você estava bem a minha frente, quando caiu.

— Mesmo assim, conseguiu ir até o fim, e eu, não. O guarda florestal deu-o como vencedor, não foi?

— Não. Eu lhe disse que você foi a ganhadora, pois chegou ao marco antes de mim, por uma fração de segundo.

— Então creditou-me a vitória?

O que aquilo significaria?

— É tão difícil assim de aceitar? Sei que não me dá muito valor, mas as pessoas podem se regenerar. Big Dan Uckermann ensinou-me isso.

— Nunca levei em conta seu passado contra você, Christopher.

A dor pela acusação injusta estava escrita nos olhos dele. A desconfiança dela deveria ter aumentado as outras feridas que ele já carregava.

Dulce gostaria que houvesse um meio de apagar as palavras e o pesar.

Christopher aproximou-se, mas não a tocou.

— Vou embora, Alteza, e não voltarei.

— O que devo dizer sobre nosso noivado?

— Sei lá... Fale que foi um erro. Todos têm direito a um.

Ela queria gritar que não fora um engano. Seria o ato mais racional dos últimos tempos.

— Você está bem? — Ele a fitou, preocupado.

— Estou sim.

— Ótimo. — Ele arrumou alguns documentos na pasta. — Já vou.
Quando a porta fechou-se, Dulce deu graças por Christopher não tê-la beijado em despedida. Se o tivesse feito, ela se partiria em milhões de pedaços.

Pelo menos, lhe deixara Carazzan.

Christopher deixara-lhe o cavalo que era a chave do sonho de criação dos

melhores animais de sela do mundo.

Sem Carazzan, o que aconteceria com os planos dele para a nova fazenda? Abandonaria tudo? Dulce lembrou-se do que Cristian dissera:

"Ela demonstrou com atitudes, e não com palavras".

O modo de agir de Christopher só podia significar uma coisa, Dulce

considerou, trêmula. Será que se importava mais com ela do que com o próprios objetivos?

Teria de saber a verdade.

Mesmo mancando, não teve dúvidas em apressar-se.

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