Fanfic: A Descoberta da Paixão . d&c - adaptada/terminada

Krol – já penso se é o teu príncipe encantado menina *O* Se for por favor me conta (:
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Obrigado pelos comentários flores e anjo *-*

O administrador do haras não aconselhou a montar Gypsy, por causa do garanhão selvagem.

— Conhecendo Carazzan, o aventureiro não ousará voltar — ela respondeu.

O homem conformou-se e encilhou a égua. Dulce disparou rumo ao heliporto, antes de o empregado selar outra montaria para acompanhá-la.

Os pensamentos de Dulce corriam mais que os cascos de Gypsy. E se fosse tarde demais? Christopher já teria partido? E se ela houvesse interpretado mal o gesto dele?

Não, não se enganara. Sabia muito bem o que lhe custaria ter de desfazer-se de Carazzan. E ela o teria feito por Christopher, a única pessoa no mundo a merecer isso.

Quando Dulce chegou, as pás do helicóptero revolviam ar e poeira.

Ela chamou, mas Christopher não a ouviu, em virtude do barulho dos rotores girantes. Nisso, ele a viu e falou com o piloto, que abriu a porta. Christopher saltou para o chão.

Curvou-se até sair de baixo das pás e depois endireitou-se, furioso.

— O que está fazendo aqui com esse tornozelo que mal está curado?!

— Procurando por você.

— Muito bem, já achou. — Adiantou-se para ajudá-la a desmontar. — Só espero que não tenha provocado outro ferimento.

— Christopher, vim buscá-lo para darmos um passeio.

Christopher encarou-a, espantado.

— Agora? Nem estou vestido para montar, e o helicóptero está aguardando.

— Deixe que esperem. — Dulce fez um aceno enérgico. — Privilégios da posição social.

— Seus, talvez; não meus.

— Os meus servirão. — Dulce mancou até o motorista que trouxera Christopher, encarregou-o de transmitir algumas ordens ao piloto da aeronave e voltou. — Podemos ir.

— Está bem aqui ou devo ir mais longe?

— Está ótimo, obrigada.

Christopher ajudou-a a apear e segurou-a pela cintura mais tempo que o necessário. Dulce estremeceu de prazer.

— Pode dizer-me agora por que resolveu ir embora sem Carazzan, Christopher?

— E por que não o faria?

— Ele é a chave para seus planos de criação.

— Há outros cavalos.

— Nenhum como Carazzan.

— E também ninguém como você.

— Então o garanhão foi um presente para uma princesa?

— Para você — corrigiu-a.

— Por gostar de mim?

Ele assentiu.

— Ainda assim estava pronto para partir?

— Eu tinha de fazer isso.

— Quanta nobreza... Já lhe ocorreu que eu também poderia querer opinar sobre o assunto?

— Você não o faria.

Porque ela era como a ex-esposa, Dulce leu nas entrelinhas.

Era tempo de provar o contrário.

— Tem duas escolhas, Christopher. Pode ir ou ficar. Em ambas, terá de se haver comigo. Se for embora, renunciarei a meu título, a meus direitos de sucessão, até a meu país se for preciso. Mas eu o seguirei para a América.

Christopher a encarava, estupefato.

— Faria isso por mim?

— Se for necessário para ficarmos juntos, sim.

Christopher viu a sinceridade no brilho do olhar de Dulce e na determinação do queixo erguido. Era o oposto do que Marian fizera. Via-se forçado a negociar com Dulce nos termos dela, e a perspectiva tirava-lhe o fôlego.

— Não posso, Dulce. Eu não deixaria que fizesse tudo isso por minha causa.

— Porque eu o desapontei?

— Do que está falando?

— Lá na cabana, você não me quis e...

— Por Deus, Dulce! Tenho certeza de que seus irmãos não iriam gostar de saber que você foi seduzida antes do casamento.

Mas então ele a queria!, Dulce compreendeu, maravilhada.

Tratara-se apenas de consideração por ela.

— Eles não são tão antiquados assim, Christopher.

— Mas eu sou. Se fizermos amor, terá de ser na noite de núpcias.

— O que quer dizer com isso?

Christopher tomou-lhe as mãos e beijou-as, quase com reverência, sem deixar de fitá-la em nenhum instante.

— Que eu te amo, Dulce.

— O que disse?

— Eu te amo, princesa. Descobri isso quando acordei na choupana a seu lado. Mas achei impossível que viesse a dar certo. Até agora. Nunca renunciaram a um reino por mim.

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