Fanfic: A Descoberta da Paixão . d&c - adaptada/terminada

Ai meninas é tão bom ver vocês aqui *-*
muito obrigado mesmo … (:
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Em consequência, Carazzan foi adquirido por um membro da família real dos Carramer.

Comprar o cavalo deles talvez fosse uma tolice, mas Christopher já cometera

uma bobagem antes, e o faria de novo. Tinha apenas uma certeza: não descansaria enquanto não estivesse de posse de Carazzan.

Apesar de tudo, teria perdoado Marian por haver gastado o dinheiro.

Contudo, o ponto final foi o fato de ela haver levado outro homem na viagem e nem envergonhar-se disso.

— Tratou-se apenas do espoucar de uma velha chama — ela dissera, quando o marido a interrogara. — Sem a menor importância...

Aquilo fora muito significativo para Christopher. Depois de perder a única pessoa no mundo em quem confiara, não acreditara que sua própria mulher o traíra, sem nem mesmo entender o mal que lhe causara. Pedira o divórcio no mesmo instante. Assumiu a culpa pelo ocorrido e ainda concedeu-lhe o necessário para um vida confortável.

Christopher não contava com a fúria dela, por haver sido desprezada. Marian encarregou-se de espalhar boatos sobre a bancarrota de Christopher e a perda iminente do haras, além da impotência do ex-marido.

Agora, ele ria de tudo aquilo. Mas, dezoito meses atrás, a ex-mulher conseguira seu intento e o derrotara. Os rumores se espalhavam, os companheiros de negócios se afastavam, o crédito secava e as terras que Christopher precisava para expandir os negócios permaneciam inacessíveis. Foi preciso usar de toda sua sagacidade para sair da crise e mostrar ao mundo que não enfrentava problemas, e ainda prosperava.

Pouco a pouco a confiança restabeleceu-se, e Christopher pôde voltar aos negócios.

Quanto às críticas a sua masculinidade, pouco se importava.

Não o incomodava o que os outros pensavam a seu respeito. Depois da experiência dolorosa com Marian, sentia-se incapaz de iniciar um envolvimento com outra mulher. Ainda mais nascida em berço de ouro e vivendo em uma esfera bem diferente que a dele.

Como a que acabara de encontrar, advertiu-se.

Embora Christopher não fosse um expert em moda, Marian o ensinara a reconhecer a alta-costura. Por isso, percebera que os trajes da desconhecida, embora simples, eram de etiquetas caras, desde o chapéu de sol até as sandálias que calçavam os pés de unhas pintadas.

Teve certeza de que se tratava de um problema com "P" maiúsculo. O que haveria por atrás daqueles grandes óculos escuros?

Os instintos lapidados em instituições e lares adotivos diziam-lhe que ela escondia alguma coisa. O que seria?

Só lhe faltava ficar imaginando coisas, criticou a si mesmo, ao passar o cartão na catraca do pavilhão principal, antes de entrar.

Até aquele momento, podia dizer que só pensara em ver os cavalos de Nuee.

Originários sabe-se lá de onde, aqueles animais eram o resultado espetacular do cruzamento de uma vigorosa raça nativa com os lipizzans trazidos pelos espanhóis há muito tempo. A combinação mostrara-se excepcional, e o exemplar mais extraordinário deles era Carazzan Liberte, um garanhão capaz de gerar os cavalos de sela perfeitos que

Christopher sonhava em criar.

Mais tarde, durante o evento de gala e caridade no palácio, ele conheceria a proprietária real de Carazzan. Por sua criação difícil, não lhe agradava a perspectiva de uma overdose de pompa e cerimônia. No entanto, seria a única maneira de aproximar-se da princesa e tentar convencê-la de que Carazzan pertencia ao cerne do novo haras de Christopher.

Por força de hábito, Dulce saiu da arena rumo à estrebaria, que fazia questão de visitar quando comparecia a tais eventos em missão oficial.

Quando deu a volta por trás da arena, seu caminho foi bloqueado por um caubói. Ele vestia roupa de domador, mas Dulce não o vira no show. E, assim que ele abriu a boca, notou que estava bêbado.

— Esta área não é para o público, garota.

— Desculpe-me. — Dulce virou-se para trás.

Ele a seguiu.

— Ficarei feliz de levá-la a um passeio...

— Não, obrigada, vou voltar por onde vim.

— Para que a pressa? Estamos sozinhos por aqui. A belezinha gosta de vaqueiros?

O homem pegou-a pelo braço com a mão forte e puxou-a com rudeza de encontro a si. O cheiro de álcool provocou-lhe náuseas.

— Por favor, solte-me — ela pediu, com uma calma que estava longe de sentir.

— Já, já. Eu me chamo Memo. E você?

— Dee — respondeu, com esperança de fazê-lo tomar uma atitude razoável. A última coisa de que precisava era envolver-se em um incidente e ter a identidade descoberta. — Não o vi no show, Memo.

— Eu não estava aí hoje de manhã. Vamos ao nosso passeio? Meu cavalo está ali atrás.

Memo levou-a em direção aos estábulo, segurando-lhe o braço com dedos de ferro. O barbante fino do balão amarrado no pulso de Dulce rompeu-se e voou.

— Não posso ir com você, Memo. Logo estarão a minha procura. — Ela ergueu a voz: — Estou aqui atrás, perto das baias!

O homem espiou a alameda por onde Dulce viera.

— Não vejo ninguém...

— Estou aqui!

— Pare com isso!

O caubói tapou-lhe a boca com a mão livre, reduzindo os gritos a murmúrios abafados.

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