Fanfic: A Descoberta da Paixão . d&c - adaptada/terminada

Thailavondy, Quimferreira, Anasantos, Fabiana & Maby obrigado flores *-*

Estão mesmo gostando ? Porque pretendo postar muitas mais adaptadas (:
P.s.: Se vocês quiserem é claro.

"Calma...", Dulce advertiu-se. Tinha de haver um jeito de sair dali.

Entretanto, desesperada, mordeu a mão do agressor. Memo gemeu e afrouxou o aperto. Ò suficiente para ela gritar de novo:

— Estou aqui!

No mesmo instante, Memo fechou-lhe os lábios com força.

Alguém aproximou-se sem pressa e avaliou a situação, sem livrá-la do agressor.

— Qual é o problema?

— Um pequeno desentendimento entre mim e minha garota — Memo murmurou. — Nada a ver com ninguém.

— E que tal largar a moça para que ela fale por si mesma?

Não havia traços de ameaça naquela frase, mas a postura dele se modificara radicalmente.

Uma sugestão nítida de ataque, se fosse necessário.

Dulce percebeu que o caubói também entendera a mensagem, sem entretanto mostrar-se disposto a soltá-la.

— Isso não é de sua conta, rapaz. Ela está comigo. — Mas destapou a boca de Dulce.

Christopher fitou-a. Será que era aquele o amigo que ela dissera esperar? Impossível. Eles nada tinham a ver um com o outro.

— Você está com ele?

A expressão de repugnância de Dulce foi a resposta.

— Nunca o vi antes, e espero não voltar a vê-lo tão cedo.

— Muito bem. Eu disse para soltá-la. — O tom era de quem não gostaria de repetir a ordem pela terceira vez.

A segurança de Memo arrefeceu. Christopher era mais alto e musculoso.

Antes de o homem resolver o que fazer, Dulce ergueu o joelho e acertou-o bem no meio das pernas, fazendo Christopher estremecer com simpatia.

Com um grito, Memo curvou-se, dando vazão a uma torrente de impropérios. Em seguida, saiu mancando em direção à estrebaria.

— Vou chamar os seguranças.

Dulce não poderia deixá-lo fazer isso. Seriam necessárias mais explicações do que estava disposta a fornecer. Assim, segurou-o pelo braço.

— Deixe. Não me aconteceu nada.

— Mas esse idiota embriagado atacou-a.

— E, por estar bêbado, não sabia o que estava fazendo.

— E se ele tentar o mesmo com outra mulher?

— Eu... farei um comunicado assim que chegar em casa. O vaqueiro não irá muito longe nessas condições.

— Tem razão.

Dulce teve a impressão de que ali estava um homem que gostava de ver a justiça feita, e não parecia satisfeito em deixar tudo como estava.

— Obrigada por vir me salvar. Como soube que eu estava aqui?

— Aquele seu balão sem graça. Eu o vi subindo do outro lado da parede.

Podia ser sem graça, mas salvara-lhe a vida, ela pensou, arrepiada.

Christopher percebeu-lhe o estremecer.

— Tem certeza de que está bem?

Dulce anuiu, escondendo a verdade.

Christopher notou que ela entrelaçava com força os dedos longos.

— Venha, vamos tomar um drinque.

A calma devia ser só aparente, e ela não recusara por estar muito perturbada, Christopher refletiu, enquanto a conduzia pelo beco, depois por entre a multidão, até o estande dos organizadores. Entraram, ele achou uma mesa afastada e puxou uma cadeira para Dulce sentar-se.

— O que gostaria de tomar?

A princesa acomodou-se e descansou a cabeça entre as mãos.

— Apenas café, obrigada. Não posso me demorar muito.

Christopher fez o pedido à garçonete.

Quando o café chegou, Dulce limitou-se a segurar a caneca, sem beber.

— Está melhor, Dee?

— Como sabe meu nome?

— Foi o que disse ao caubói, não foi?

— É... E ele disse chamar-se Memo.

— Isso a ajudará a identificá-lo perante as autoridades.

— Claro.

Uma queixa oficial demandaria interrogatórios excessivos.

Dulce teria de achar outra maneira de o homem responder por seu comportamento inadequado. Por sorte, um alarido do outro lado a eximiu de outras argumentações.

— O que está acontecendo ali? — ela interessou-se.

— Estão apresentando a princesa do show. Está mencionado no programa.

Dulce afligiu-se pela presença das câmeras e microfones e fez menção de erguer-se.

— Preciso ir.

— Tome o café. Para que a pressa?

Dulce baixou o rosto para que não a vissem. Havia notado dois paparazzi entre os repórteres.

Ainda bem que naquele momento eles se ocupavam com outra princesa, ela refletiu, mais aliviada.

Dulce estremecia com os flashes que espoucavam ao redor de uma jovem glamourosa que usava uma faixa de cetim sobre o vestido de gala.

— Você está muito nervosa — Christopher notou. — Deveria ver seu médico.

Ela fitou-o, espantada.

A preocupação dele era evidente e deixou-a comovida. Esforçou-se para conter as lágrimas. Era tão raro alguém vê-la como uma simples mortal e não como uma herdeira real!

— Bem lembrado...

— Então, não deixe de fazê-lo.

Outro flash. Dessa vez, mais perto. A princesa do show e seu séquito haviam se aproximado das janelas, para tirar vantagem da vista panorâmica da feira. Chegaram a poucos passos da mesa ocupada por Dulce. Agitada, ela empurrou a cadeira para trás.

— Preciso mesmo ir.

Christopher pretendeu ajudá-la, mas um dos fotógrafos deu-lhe um

encontrão, jogando-o contra Dulce. Christopher segurou-a para ela não cair.

Qualquer um teria feito o mesmo, mas Dulce ficou aturdida pelas muitas emoções que esse contato provocou. Fitou-o, confusa.

Dulce pretendia aproveitar o momento de turbulência provocado pelos de jornalistas para escapulir.

— Só vim ver mesmo as demonstrações equestres. Venha. Vou levá-la para casa.

— Não.

A resposta veio rápida demais, e o olhar dele tornou-se frio.

Depois de tudo o que Christopher fizera por ela, Dulce não desejava ser indelicada.

— Não precisa ir embora por minha causa. Meu carro está estacionado lá fora.

— Sendo assim, eu a levo até lá — ele ofereceu-se, ainda com frieza.

Dulce emprestara o seda de sua assistente, que conhecia suas pequenas aventuras. A equipe de auxiliares podia não aprovar, mas a lealdade fazia com que eles a ajudassem e guardassem o segredo.

— Obrigada por tudo — ela disse, antes de entrar.

Christopher apenas fez um aceno e observou-a manobrar o automóvel.

Depois de Dulce fazer a curva e desaparecer, ele viu no chão, no

lugar onde o veículo estivera, um lenço de pescoço. Dulce o perdera, ao fechar a porta do carro.

Christopher apanhou-o e inalou o suave perfume da peça. Floral e balsâmico como uma noite tropical. Guardou-o no bolso do paletó. Nuee era uma ilha pequena. Caso se reencontrassem, o que não seria difícil, lhe devolveria o lenço.

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