Fanfic: A Descoberta da Paixão . d&c - adaptada/terminada

Vou sentir sua falta Maby.
Bem vinda Jujuvondy, minha flor *-*
Combinado então vou postar bastante web`s adaptadas.
P.s.: Continuo sem a resposta da NatyVondy :/

— Isso não importa — Roberta acrescentou. — A princesa o brindará com todo seu charme, para que faça doações ainda maiores.

— Você sabe que considero isso como uma obrigação pessoal.

Roberta tratou dos detalhes restantes com a eficiência habitual e depois fechou a pasta.

— Isso é tudo, por ora.

Dulce, um pouco tonta, ficou em pé.

— Tudo bem, Alteza? — Roberta a encarou, preocupada. — Talvez não devesse ter saído esta tarde.

Roberta não aprovava o hábito secreto da princesa de sair incógnita, ainda mais quando era obrigada a emprestar-lhe o carro.

— Bobagem, Roberta. Preciso apenas comer alguma coisa, antes de descer.

— Mandarei subir uma bandeja agora mesmo.

Dulce desceu rumo ao salão de recepções. Foi até seu lugar à mesa principal, e a orquestra tocou o Hino Nacional de Carramer, do mar as estrelas. A música, mesmo tão sua conhecida, sempre a emocionava.

A equipe experiente organizou uma fila entre os presentes, e Roberta se aproximou, com discrição, pronta para fornecer a Dulce qualquer detalhe de que ela pudesse precisar.

A princesa, dona de uma memória privilegiada, saudou todos pelos nomes, perguntou dos cônjuges, dos filhos e de tudo o que pudesse se recordar.

Então, teve de se esforçar para não arregalar os olhos.

— Sr. Christopher Uckermann, fazendeiro de San Francisco — Roberta murmurou, achando que a hesitação de Dulce significava um pedido de auxílio para a identificação daquele convidado.

— Estou bastante surpreso, Alteza. — A voz profunda de Christopher vinha eivada de ironia.

Pelo brilho de seus olhos azuis, Dulce deduziu que Christopher, tanto quanto ela, não se regozijara com a surpresa.

— Mundo pequeno, este... — ele comentou, num murmúrio.

Os longos anos de treino de Dulce foram responsáveis pelo sorriso brilhante, apesar de sentir que poderia desmoronar a qualquer momento, devido ao discretíssimo afago que Christopher fez com a ponta dos dedos em sua palma.

— Prazer em conhecê-lo, sr. Uckermann. — O coração da princesa bateu tão forte que ela sentiu uma leve tontura.

Por uma fração de segundo, Dulce teve a impressão de que Christopher a comparava com a mulher que encontrara à tarde. O vestido de alta costura, os cabelos presos em um penteado elaborado, a fortuna em diamantes e safiras que trazia na tiara, no colar e nos brincos tornavam-na muito diferente de Dee. Poderia convencê-lo de que se tratava de um engano de identidade?

Christopher encarou-a com frieza, e Dulce entendeu que não poderia enganar um homem como ele.

— O prazer é meu, Alteza. Talvez mais tarde possamos conversar um pouco sobre... nossos interesses comuns.

Christopher soltou-lhe a mão e afastou-se, antes de Dulce responder. Ela teve de se recompor e concentrar-se no próximo convidado da fila.

O que Christopher pretendera dizer com "interesses comuns"? Ele viera a Carramer negociar a criação de uma fazenda em Nuee, uma aspiração dela. E que não pensasse em tirar vantagem de seu encontro anterior, pois teria uma grande decepção!

Christopher não seria capaz de atos tão detestáveis. Vir em seu auxílio não significava conseguir o que pretendia, mesmo que a posição real fizesse dela um ótimo alvo para solicitações.

Christopher Uckermann esbarrara em um segredo conhecido apenas pelos auxiliares mais próximos da princesa. Como ele usaria essa informação?

A pergunta atormentou-a durante o tempo em que foram servidos os drinques. Em geral, agradava-lhe circular entre os convidados, explicando o quanto apreciava a contribuição deles para as suas crianças. Naquela noite ela mostrava-se tão agitada que Roberta levou-a para um lado.

— Está se sentindo bem, Alteza?

— Por quê?

— Já tomou duas taças de champanhe. Não é seu costume, ainda mais tendo comido tão pouco.

Dulce fitou a taça quase vazia em suas mãos. Bebera sem perceber.

— Obrigada por avisar-me, Roberta. Devo estar distraída hoje.

— Vossa Alteza ficou chocada quando lhe apresentei Christopher Uckermann. Já o conhecia?

— Não.

— Devido à quantia doada, ele virá buscá-la a qualquer minuto e ficará sentado a sua direita.

Dulce não tirava os olhos do homem que atraía a sua atenção, no meio de todos. Vê-lo fez disparar de novo seu coração. Muito elegante, Christopher era bem mais alto que os outros cavalheiros presentes.

Resoluto, Christopher caminhou em sua direção. As pessoas afastavam-se para dar-lhe passagem, como se o nobre fosse ele, e não Dulce.

A censura dele era sentida a distância, e cortava como faca amolada.

— Ainda há tempo de mudar os lugares, Roberta?

— Deveremos sentar-nos dentro de quatro minutos. Terei de pedir à equipe da cozinha para não servir o jantar, enquanto reorganizo tudo.

— Pode deixar, então. Não se preocupe, tudo dará certo. — Dulce ergueu a cabeça e esboçou seu melhor sorriso. — Sr. Uckermann, disseram me que seremos vizinhos à mesa.

Ele ofereceu-lhe o braço, e ela hesitou por um segundo, antes de aceitar.

— Dadas as circunstâncias, pode chamar-me de Christopher. Eu já sei o nome pelo qual gosta de ser chamada.

— Meu nome é Dulce — ignorou a insinuação, formal.

Se não tivesse de manter-se presa à etiqueta e ficar de braço dado com ele, correria para longe o mais rápido possível...

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