Fanfic: A Descoberta da Paixão . d&c - adaptada/terminada

Muito obrigado pelos comentários positivos meninas *-*

Assim você me deixam mal acostumada (:

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Beijo, continuem comentando *-*

A mesa do banquete era imensa, mas, com Christopher a seu lado, Dulce teve a impressão de que mal havia espaço para os dois.

— O que o trouxe a Nuee, Christopher? — ela indagou, enquanto o primeiro prato era servido com a precisão de uma operação militar.

— Tenho certeza de que já foi informada a respeito, Alteza. Mas, para recordá-la, planejo estabelecer um haras ao norte de Nuee City e criar cavalos de sela. Será uma réplica ao sul do Pacifico do que possuo nos Estados Unidos.

Dulce sabia que o príncipe Cristian, seu irmão e governante das ilhas de Isle des Anges e Nuee, teria de dar o consentimento antes de um estrangeiro fazer um investimento daquele vulto em Carramer.

Talvez ainda houvesse tempo de fazer Cristian mudar de ideia.

— Seus planos já estão adiantados?

— Bastante. Tornei-me dono das terras, por intermédio de uma holding baseada em Carramer. Só preciso da aprovação para a construção do haras.

O que implicaria deixá-la de lado, a princesa refletiu, com raiva.

— Suponho que queira que eu interceda a seu favor.

Christopher tomou um gole do excelente vinho francês.

— Achei que ficaria mais preocupada com que eu poderia dizer ao príncipe.

Dulce sabia muito bem o significado daquelas palavras, mas resolveu desafiá-lo:

— Não sei a que se refere.

Christopher olhou para os lados e viu que os convidados mais próximos estavam entretidos em outras conversas ou comendo os frutos do mar que foram servidos.

— Sabe muito bem o que eu quis dizer... Dee.

Então ele pretendia tirar vantagem do que descobrira!

— Por favor, não use esse apelido aqui. — Procurou manter-se serena.

Até sentir ameaçados os pequenos períodos de fuga, Dulce não imaginava que fossem tão importantes para ela.

— Suponho que, a não ser eu e você, ninguém esteja a par de suas escapadas.

— Minha equipe pessoal sabe que gosto de... ter contato com o povo.

— É assim que chama arriscar seu belo pescoço por algumas emoções?

Dulce empinou o queixo.

— Sr. Uckermann, acho que está presumindo demais com o pouco que soube.

Christopher segurou-lhe a mão, com firmeza.

— É um mau hábito que tenho, sobretudo com uma bela dama cuja... anatomia tive o prazer de conferir.

— Pela grosseria, tenho a impressão de que um simples "muito obrigada" não será suficiente para encerrarmos o assunto.

— E não será preciso.

Aquilo parecia mais uma promessa. Homens como Christopher Uckermann não

ameaçavam.

— Por que recusou-se a se encontrar comigo, Dulce?

— Não o fiz.

— Ah, sim! O gabinete do príncipe apresentou-me desculpas oficiais, mas, com minha experiência, já aprendi que podemos fazer a maioria das coisas que queremos. Entretanto, você não quis encontrar-se comigo.

Ninguém, a não ser os irmãos, ousavam tratá-la daquela maneira.

E Dulce também não gostou de ser analisada daquela forma.

— A realeza tem suas obrigações, sr. Uckermann.

— Christopher. Então, a prosperidade de Nuee deveria estar no topo da lista.

— Mas é claro que está. É a menor das principais ilhas de Carramer e a que conta com menos recursos.

— Um deles é ter animais nativos com potencial para figurar entre os melhores cavalos de sela do mundo.

— De pleno acordo.

— Desse modo, por que a dificuldade?

— Só porque recusei um encontro?

— É uma confissão, princesa? — ele perguntou, com um brilho no olhar.

Tarde demais, ela percebeu que fora apanhada em uma armadilha.

— Não... é que eu...

— Seu irmão contou-me que você tem grande conhecimento sobre os cavalos nativos de Nuee. Com sua experiência e minha organização, poderíamos conquistar o mundo da equitação.

— E acha que não existe outro meio?

— Ah, é isso! Quer as terras para si mesma, não é?

— É o suficiente para a criação de cavalos.

— Por que não as compra? Não pode ser por falta de dinheiro.

— Tente a falta do cromossomo Y.

— Porque você é mulher?! — Christopher espantou-se, como se a ideia não lhe tivesse ocorrido. — Carramer não é tão feudal assim.

— Depende da família em que se nasce.

— Seus irmãos devem ter boas razões para mantê-la afastada de uma fazenda como negócio. Talvez só queiram protegê-la.

— Isso é puro machismo. Posso muito bem tomar conta de mim mesma.

— Como fez esta tarde? Não percebe? Poderia ter se ferido, ou coisa pior, arriscando-se daquele jeito.

— Eu teria me livrado naquele bêbado idiota. Nunca me arrisco.

— Quer dizer que não é a primeira vez que sai sozinha e disfarçada. Princesa, parece que não tem noção de perigo.

Ela ficou confusa. Temia que Christopher pudesse usar o que sabia para conquistar uma vitória. Em vez disso, porém, ele parecia zangado com o comportamento dela. Aquilo estava tornando-se pessoal demais.

Comentem *-*