Fanfic: +*¨^¨*+ Uma noite em Cozumel+*¨^¨*+ [TERMINADA]

Ainda com o coração disparado, Dulce entrou em seu carro e colocou o cinto de segurança. Entre ligar a ignição do carro, dar marcha a ré e sair do estacionamento, ela lutou contra uma dúzia de emoções. Ele a reconhecera e ainda a desejava. Que os céus a ajudassem.
Embora estivesse furiosa, encontrar Christopher havia trazido de volta sentimentos que julgava mortos e enterrados. Apesar de ter praticamente saído correndo do escritório, parte dela queria ter ficado e ouvido as explicações de Christopher. Teria faltado tão pouco para atiçar as brasas do passado que julgava estarem frias.
Não pode deixar de calcular o que a morte do pai provocara na vida dele, virando-a de cabeça para baixo. Ela gostaria de ter participado deste momento, para confortá-lo. A vida teria sido tão mais fácil se tivessem contato um com o outro nas boas e nas más horas. Ela sacudiu a cabeça desgostosa consigo mesma, enquanto entrava no estacionamento da creche.
Ainda assim, ele não deveria ter levado quatro anos para entrar em contato.
Um surto repentino de raiva fez seu coração disparar enquanto avançava a passos largos, atravessando as portas da creche e avistando Jake. Por muito tempo manteve a esperança e os sonhos de que Christopher voltaria para ela. Desistira dessas fantasias bobas por ocasião dos primeiros passos de seu filho.
Não poderia permitir-se retornar a toda a dor e incerteza.
Após trancar a porta de sua pequena casa, Dulce abraçou bem apertado o corpinho de seu filho. A mente continuava em disparada. Seus instintos diziam para pegar Alan e levá-lo para bem longe, e escondê-lo.
Tinha trabalhado tão duro para construir uma vida boa para os dois que não admitia nada que pudesse parecer uma intrusão e romper aquele equilíbrio. Além do mais, sabia que se Christopher visse Alan, iria querer ficar com ele. Não seria capaz de resistir a uma criança que ostentava tão grande semelhança. E Dulce não tinha dinheiro para financiar uma batalha judicial pela custódia do menino.
Alan deu risadinhas e contorceu-se em seus braços.
– Mamãe, isso faz cócegas.
Tentando não entrar em pânico, Dulce respirou fundo e sorriu.
– Cócegas? Acha que meu abraço lhe dá cócegas?
E agora, o que acha? – perguntou. E passou levemente os dedos sobre as costelas de seu filho.
Alan riu descontroladamente, e o som dessa gargalhada acalmou seus receios. Dulce aprendera há tempos que a risada de Alan tinha enorme poder medicinal.
Na verdade, chamava essa risada de mágica. Ela parou de fazer cócegas no filho e beijou sua testa.
– Você quer passear com totó antes ou depois do jantar?
– Antes – disse o menino. Seus olhos brilhavam como fogos de artifício. – E depois.
Ela riu, despenteando os cabelos dele.
– Está bem, vou só trocar de roupa.
A campainha tocou e automaticamente ela abriu a porta. Christopher estava em pé na sua varanda.

Continua...