Fanfic: +*¨^¨*+ Uma noite em Cozumel+*¨^¨*+ [TERMINADA]

Ela pensou que fosse desmaiar. Fechou a porta pela metade, e sentiu Alan abraçando suas pernas e esticando o pescoço para ver quem era.
– Quem é? Hein, mãe? Quem é?
– Um colega do escritório – murmurou. Sentiu o pânico retornar com toda a força. – Vá para seu quarto.
– Mas, mãe... – protestou a criança.
– Vá para seu quarto – sua entonação não admitia desobediência. Ela mordeu o lábio diante do olhar expressivo do filho, mas não podia deixar Christopher vêlo.
Depois que Alan fechou a porta de seu quarto, ela abriu a da frente, que dava para a varanda.
Novamente seu coração parou, da mesma forma como acontecera no pátio da empresa. Durante anos sonhara e construíra fantasias com mil motivos para ele não tê-la procurado. Que tivesse sido seqüestrado ou tivera um ataque de amnésia eram suas fantasias favoritas. Porém, depois que Alan nasceu, ela, aos poucos, apagou as brasas desses sentimentos. E não queria agora que Christopher as reavivasse.
– Não posso falar com você agora. Estou ocupada.
– Nós temos que conversar – declarou. Sua determinação fez com que ela tivesse vontade de correr e se esconder. – Há muita coisa que não foi dita esse tempo todo.
– Não foi por minha causa.
– Eu sei – disse ele. E suspirou. – Foi por minha causa, e por causa das circunstâncias da minha vida.
Creio que nós dois nos sentiremos melhor se eu tiver a chance de realmente explicar.
Com um aperto no peito, ela sacudiu a cabeça.
– Não posso conversar nesse momento. Tenho outros compromissos.
– Seu filho – concluiu ele.
Dulce levou um choque. Demorou alguns instantes até sua voz voltar.
– Como soube?
– Miguel Arango mencionou que você tem um filho pequeno. E que não é casada. E que também não tem compromisso com ninguém – acrescentou. Disse isso de modo significativo, referindo-se à conversa no bar do hotel.
Superando uma onda de pânico, Dulce declarou:
– Então você compreende meus motivos.
Sua frase foi interrompida pelo som dos passos de Alan seguido de patinhas caninas que arranhavam o chão de madeira.
– Mamãe, mamãe, totó quer passear! – falou o menino. Ele puxava a bainha de seu vestido.

Dedicado a todos os(os) minhas(os) leitoras(os) fies.

FELIZ DIA DO AMIGO!!!!!