Fanfic: +*¨^¨*+ Uma noite em Cozumel+*¨^¨*+ [TERMINADA]

“O sr. Uckermann deseja vê-la.” Essas palavras ressoavam em sua mente, enquanto se dirigia ao encontro de Christopher Uckermann. O coração batia a mil por hora.
Será que a tinha reconhecido? Ele a demitiria pessoalmente?
Por que ela, e não outra pessoa qualquer?
De mil maneiras havia fantasiado encontrar Rick novamente...
Christopher, corrigiu mentalmente. De mil formas havia fantasiado a volta dele novamente em sua vida, mas esta, que estava acontecendo, não era nenhuma delas. Com a respiração vacilante, ela abriu a porta indo ao encontro de seu passado.
Quando a viu, o coração de Christopher parou. O rosto de Dulce estava pálido, seus olhos se esquivavam dos dele e ao estender a mão ela hesitou, mas acabou cumprimentando-o fria e brevemente.
– Sente-se, Dulce – disse ele. Apoiou-se contra a mesa.
– Sr. Uckermann – aquiesceu em um curto aceno.
Se não tivesse notado seu rosto lívido e um leve tremor nervoso, Christopher poderia pensar que ela o tinha esquecido. Sentiu um nó na garganta ante essa idéia, mas era isso que ele merecia.
– Você gosta daqui, da E-Z Computadores?
– Sim, gosto. Me agrada a atmosfera familiar da empresa. Espero que isso não se perca durante a transição.
– Atmosfera familiar é bom, desde que não impeça a empresa de progredir. Mudanças são necessárias para prosperar.
– Essa é sua especialidade. Prosperar – afirmou ela. O tom de voz era neutro.
Ela ainda não olhava nos olhos dele, e isso o perturbava, detonando um sofrimento infernal. Ele perdera seu afeto. Perdera seu afeto há anos, mas agora, frente a frente com ela, que se fechava como um túmulo frio, sentia profundamente essa perda.
– Tem receio de perder seu emprego?
– Claro. Todo mundo tem – ela replicou. Cruzou as mãos. E ele quase pôde sentir na pele a sensação de seu afago. – Sua reputação o precede.
Ele estreitou os olhos ante essas palavras.
– O que você quer dizer com “minha reputação”?
Ela hesitou, mostrando desconforto.
– É só uma conversa que eu ouvi.
– Gostaria de saber que conversa.
– Não tenho certeza de que você queira mesmo saber – disse ela. E finalmente olhou-o nos olhos.
– Quero sim.
– Você é conhecido como o carrasco.
Relembrando todas as demissões que havia provocado nos últimos anos, ele concordou com uma careta.
– Posso entender, embora isso não seja a única coisa que eu faça.
Quando ela não reagiu, ele descobriu estar ansiando pelo modo como ela correspondia a ele no passado.
Ridículo mas verdadeiro. As pernas de Dulce ainda eram longas o bastante para suscitar nele as fantasias mais quentes. O corpo estava com algumas curvas a mais do que ele lembrava, e o cabelo tinha o mesmo brilho sedoso vermelho-dourado. Ele imaginou quantos homens haviam passado pela vida dela e sentiu uma punhalada de ciúme.
– Você está casada? – perguntou.
Ela parou no meio da respiração.
– Não.
– Aceita um convite meu para jantar?

Dedicado a Candy