Fanfic: +*¨^¨*+ Uma noite em Cozumel+*¨^¨*+ [TERMINADA]

Os olhos dela abriram-se espantados.
– Não – disse, o coração acelerado.
Ele inclinou-se para ela.
– Preciso explicar. Preciso me desculpar por nunca ter procurado você.
Ela levantou a mão.
– Não quero explicações ou desculpas. Não estou interessada.
A frustração o abateu. Ele havia lidado com dezenas de situações difíceis bem melhor do que estava lidando com aquela.
– Mas aconteceu algo muito especial entre nós e há tanta coisa que você não sabe. Você está agindo como se fosse a primeira vez que me visse.
Uma chama de raiva percorreu os olhos de Dulce.
E foi o primeiro sinal de calor que ele vislumbrou desde que ela entrara no escritório.
– Posso dizer honestamente que essa é a primeira vez na minha vida que eu encontro Christopher Uckermann.
Ele abriu a boca para contestar e lembrou que nunca havia lhe dito seu verdadeiro nome.
– Eu devia ter lhe dito meu verdadeiro nome. Mas aquela viagem seria supostamente minha última escapada de tudo o que se relacionava ao meu sobrenome de família. Posso lhe garantir que foi muito importante que você visse em mim um simples homem, e não um Uckermann.
– Estou certa de que teve suas razões para me enganar – disse. Nem procurou medir as palavras.
Ele não podia censurá-la por sua raiva. Ele teria se sentido do mesmo modo. Era frustrante não lembrar muito mais sobre aquela última noite, exceto o ato de fazer amor repetidas vezes.
– Meu pai morreu naquela noite.
Ela mordeu o lábio e sua expressão suavizou um pouco.
– Lamento. Tenho certeza de que deve ter sido difícil perdê-lo.
– De todas as maneiras. Eu me lembro de ter feito amor com você naquela noite, mas...
Ela pôs-se de pé em um salto e empertigou-se.
– Eu não quero, de jeito nenhum, falar sobre isso!
– Não me lembro de nada depois daquele telefonema dando notícias de meu pai.
Ela respirou cautelosamente e baixou a cabeça, como se já tivesse trilhado o próprio caminho de dor.
E não tencionava retornar.
– É provável que assim seja melhor.
– Por quê? – perguntou ele. – Você me esqueceu assim tão facilmente? – acrescentou, aproximando-se.
– É muita ousadia sua perguntar isso. Pelo menos você sabia meu verdadeiro nome.
Frustrado com sua inabilidade em impressioná-la, ele escondeu as mãos dentro dos bolsos.
– Senti sua falta muito mais do que pode imaginar.
Por favor, preciso de uma chance para me explicar.
Dulce sacudiu a cabeça.
– Isso é demais para mim, muito difícil de aceitar. Se não tivesse adquirido a E-Z, jamais teríamos nos visto novamente. Eu não quero voltar ao que tivemos em Cozumel, mesmo que por alguns minutos. Eu não posso.
– Por quê? Você não está casada.
– Não. Mas estou comprometida. Se me der licença, preciso ir – disse ela.

Continua...