Fanfic: A Marca de uma Lágrima AyA

Marca de uma lagrima(AyA)

Any: Eu nunca traí o Chris. E eu te juro Alfonso, um dia vc vai se arrepender de ter me dito isso.
É uma promessa. Daqui a um tempo, quando vc se arrepender, eu vou lembrar vc deste dia e vou te lembrar do que eu disse aqui. Se prepare.
Poncho: Ah é? Esse dia vai chegar, porque eu nunca vou me arrepender.
Any: Vamos ver.
Poncho ainda segurava Anahí. Por um momento ele esqueceu da briga e a encarou. Anahí havia parado de chorar, mas o rosto ainda estava vermelho. Ela tinha um tom de voz firme e decidido, que por um momento o deixou com medo. A encarando um pouco melhor, Poncho constatou como ela estava linda. Como ela era linda. Ele nunca havia encarado Anahí como mulher, sempre a vira como uma inimiga, indigna de atenção. Agora olhando para ela, naquela situação que ele mesmo criara, ele sentira uma enorme vontade de consolá-la.
Anahí não se debatia, e o porquê ele não sabia. A verdade era que Anahí sabia que se debatesse, apenas ia ser pior, então esperou Poncho soltá-la por sua vontade. Ela não ia reagir com a força, não sabia porquê, mas teve o pressentimento que Poncho seria mais magoado com palavras do que com ações. Pois bem, ela sabia lidar com as palavras muito bem.
Poncho ainda a contemplava e viu o ódio e o desprezo que ela lhe lançava. Ficou esperando uma reação, mas como ela não veio, apenas continuou segurando Anahí pelos braços.
Any: Vai me soltar ou terei que gritar? Nada pessoal, mas meus braços estão dormentes.
Ele não respondeu. Sentiu uma vontade inacreditável de puxar aquela mulher contra si e lhe dar um beijo. Ele não entendeu o que passava pela sua mente. Odiava ela, como poderia querer tê-la nos braços daquele jeito? Sem pensar, Poncho soltou os braços de Anahí e a puxou pela cintura, lhe dando um selinho. Ela foi pega de surpresa e o empurrou, limpando a boca com as mãos, o encarando com nojo.
Any: Aturo qualquer coisa, menos isso.
Poncho: Perdão, não sei o que me deu, eu...
Any: vc conhece a palavra "perdão"? Nossa, que milagre. Apenas quero que saiba que isso que acabou de fazer foi a pior agressão que podia fazer contra a minha pessoa. Nem mesmo suas palavras me maxucaram tanto.
Ela se afastou dele e foi para a vã, que havia chegado naquele momento, deixando Poncho sozinho, confuso e com uma incrível sensação de culpa.
Anahí chegou em casa e se jogou em um sofá. "O que aconteceu? Por que ele fez isso?", eram as perguntas que ecoavam na mente de Anahí. Anahí tentou apagar a noite, mas não conseguiu. A maneira como a Poncho a segurara, o que ele havia feito a havia deixado abalada, mais do que as suas palavras.

Any: (pensando) É isso o que ele quer, te desconcentrar. É o jogo dele e vc está entrando. Trate de esquecer esse assunto, finja que não é com vc. O trate exatamente como ele é: um nada. Se ele pensa que vou dar motivos para falarem mal de mim e para me humilharem, ele está muito enganado. E ele vai ver o que o espera.
Anahí pensou isso enquanto tomava um banho e ia dormir. Após fechar os olhos, ela se esqueceu do que havia acontecido. Completamente.

Poncho voltou para a festa depois que Anahí saiu. Ele estava meio abobado. O que havia feito? Por um momento tentara beijar Anahí, por um momento cogitou trair Dulce, a mulher que ele amava. Mas se ele a amava, por que não conseguia tirar Anahí da cabeça? Por que ele apenas pensava em como seria dar um beijo de verdade nela e não apenas um selinho?