Fanfic: A Marca de uma Lágrima AyA

Marca de uma Lagrima(AyA)

Ele foi fazer um gesto para limpar as outras lágrimas enquanto esperava Anahí se acalmar de vez, mas gelou. Nunca havia ficado tão próxima dela, nunca havia a visto tão de perto. Ele nunca a havia olhado como alguém que precisasse de consolo, era a primeira vez que falava com ela como amiga.
Ele deixou a mão parada no rosto dela enquanto analisava cada detalhe do rosto dela. Ela era tão linda... mesmo com o rosto inchado, ela estava linda. A pele era macia e suave, os olhos azuis brilhavam com as lagrimas. Ele se perguntou como seriam os lábios dela.
Sem pensar, ele contornou o lábio dela com o dedo, aproximando o rosto cada vez mais. Anahí tremeu e tentou sair dali, mas ele ainda a segurava. Com um fio de voz, ela resolveu chamá-lo a razão.
Any: Alfonso, não faça isso.
Ele não respondeu. Ele retirou o dedo dos lábios dela. Anahí realmente queria sair dali, ela tentou se mexer embaixo dele, mas ele aumentou a pressão sob o corpo dela, fazendo-a ficar quieta. Se encurvando mais, ele finalmente a beijou. Inicialmente, teve que brincar com a língua nos lábios dela para ela parar de resistir. Anahí tentou com todas as forças permanecer inerte, mas aquilo era impossível. Quando ela finalmente cedeu, ele invadiu sua boca lentamente, lhe dando um beijo lento, avançando em direção à língua dela, a capturando, a acariciando, retrocedendo afim de fazer ela avançar. Ele ficou naquele joguinho de ´língua durante algum tempo, até que finalmente ambos entraram em sintonia. Poncho a largou e a puxou pelas costas contra si, enquanto ela, já totalmente entregue, o abraçou. O beijo foi longo, intenso, desesperado e só terminou quando ambos, já sem fôlego precisaram se separar, bastante ofegantes.
Anahí se sentou na cama e observou Poncho. Ele a encarou confuso.
Poncho: O que... o que foi isso?
Any: Me diga vc o que foi isso. (ela cruzou os braços) Ah, já sei. (ela bateu palmas) Agora sim a vingança está completa.
Poncho: O que quer dizer com isso?
Any: Não é óbvio? Eu acabei de beijar vc, não acabei? Acabei de provar que sou uma vadia e rouba namorados. A imprensa vai adorar, estou vendo as manchetes: "Anahí dá em cima de Alfonso, que resiste bravamente".
Poncho a observou se levantar da cama e ir para o terraço. Ela se encurvou sobre a sacada e observou a vista. De lá poderia se ver o mar. Poncho a seguiu e parou do lado dela.
Poncho: Vc realmente acredita que eu vou fazer isso?
Any: Me diga vc. Esqueceu do que já me fizeram?
Poncho: Tem razão. (ele a olhou culpado) Mas não vou fazer isso.
Any: Então por que me beijou? Sim, porque foi vc. Eu tentei resistir e tudo.
Poncho: Eu... eu não sei. Me deu vontade de fazer isso, sei lá.
Any: Para matar essas vontades, vc tem namorada. E não sei é uma péssima resposta.
Poncho pensou por um momento.
Poncho: Já sei o motivo. Vc estava tão mal que eu... que eu... te beijei porque me senti culpado. E depois eu precisava te acalmar. Funcionou, não funcionou?
Anahí riu. Ele ficou aliviado.
Any: Funcionou. (ela balançou a cabeça) Eu disse para o Pedro que nós dois dividirmos o quarto não ia prestar.
Poncho: Anahí, sério: vc me desculpa? Pelo que aconteceu hoje?
Any: Desculpo sim. Não que vc mereça, porque vc não merece. Mas não vai melhorar nada ficarmos com mais essa rivalidade entre nós.
Poncho: Obrigado.