Fanfic: A Marca de uma Lágrima AyA

Marca de uma Lagrima(AyA)

Ele saiu e foi para o terraço. Enquanto contemplava a vista do hotel e acalmava o calor em seu corpo, ele tentou organizar sua mente e compreender que queria muito mais do que apenas uma noite com ela. Anahí discou para o telefone de Christian. O telefone chamava e ninguém atendia. Após inúmeras tentativas, Anahí desistiu. Falaria com Christian outro dia. Ela precisava entender, tinha que entender o que era aquele sentimento, aquele desespero que a consumia. Não era apenas tesão, era muito mais do que isso. Algo que ela nunca havia sentido e não queria sentir.
Any: (pensando) Com tanto homem no mundo vc vai ter sentimentos desconhecidos justamente pela pessoa menos apropriada? Credo Anahí, tu tá lascada. Espero que o Pollito me traga a luz, ou eu vou me desesperar.
Poncho após ver que ela havia se afastado do telefone entrou. Anahí não olhou para ele. Não queria saber.
Poncho: já terminou?
Any: Sim. Eu vou no banheiro trocar de roupa. Preciso dormir.
Ela ia sair dali e ir ao banheiro, mas Poncho a segurou pelo braço.
Poncho: Anahí, sério, a gente precisa conversar.
Any: Nós não precisamos falar sobre nada. Está claro que vc estava todo gentil porque queria ir para a cama comigo. Não sei como não desconfiei.
Poncho: Vc está enganada.
Any: Estou? Mesmo? Então a parte em que eu "não coloco empecilhos" mesmo para homens comprometidos foi uma alucinação minha?
Poncho: Não, não foi. Me desculpe mas... eu fiquei irritado, frustrado.
Any: Aprenda a colocar sua frustração sob controle.
Poncho: Me desculpe. Eu não deveria ter dito o que disse.
Any: Foi melhor assim. Está provado Poncho que nós não podemos ser amigos.
Poncho: não diz isso... nós estávamos nos dando tão bem...
Any: Tão bem que vc achou que eu iria para a cama com vc. Não, sinto muito. Vamos voltar ao ponto onde vc não me tratava mal e eu não te tratava mal. Eu realmente pensei que vc pudesse acreditar em mim, confiar em mim, mas... me enganei feio.
Poncho: Espera...
Any: Chega Alfonso. Vc estragou tudo. Sim, foi vc quem estragou. Não piore as coisas. (ela se desvencilhou) Vou colocar um pijama e dormir. Boa noite.
A noite passou. Poncho e Anahí não se falaram e foram dormir. Anahí não conseguia dormir. Parte pelo que havia acontecido, parte pelas lembranças que ela mencionara a Poncho. Depois que ele a trancou no closet, Anahí começou a sonhar com o dia em que foi sequestrada. Ela dormira poucas horas e acordara depois de um pesadelo. Ela quase gritou, mas conseguiu se refrear. Passou a mão pelo rosto e viu que estava suada. O corpo estava gelado.
Anahí se sentou na cama e tentou controlar a respiração. Poncho, que estava deitado de costas para ela se voltou. Ele também não havia dormido, mas mais pelas palavras de Anahí do que qualquer outra coisa. Anahí se controlou, voltou a se deitar, mas começou a se debater um pouco na cama. Na hora em que ela se virou para o meio da cama, se deparou com Poncho a encarando, com a cabeça apoiada nas mãos.
Any: Ah, desculpa. Não queria te acordar.
Poncho: O que houve?
Any: Pesadelo. (ela fez um movimento para ficar de costas para ele mas ele a impediu)
Poncho: Que tipo de pesadelo?
Any: Do dia em que eu fui sequestrada. (impaciente) Boa noite.
Poncho: A lembrança que voltou a sua mente por minha culpa?
Any: Exatamente. Venho sonhando com isso há dias, mas hoje foi pior.
Poncho: Vc sonhava com isso quando era criança?
Any: (se esquecendo da briga porque precisava conversar) Sim. Sonhei bastante até os 10 anos. Depois parei. Não sei por que voltou.