Fanfic: A Marca de uma Lágrima AyA

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Marca de uma Lagrima(AYA)
Any: Vira essa boca para lá. (ela fez um carinho no rosto dele) E vc é um fofo.
Kuno: eu sei. Bom, agora eu tenho que ir. Beijos minha linda. Me liga amanhã.
Any: Claro que sim. (ela deu mais um selinho nele) Tchau.
Kuno: Tchau.
Anahí entrou no carro e deu a partida. Kuno observou ela dar uma marcha ré e sair do estacionamento. Logo em seguida o carro sumiu de vista. E ele foi embora também.
No carro Poncho apagou completamente. Anahí olhou para ele rapidamente enquanto esperva o sinal abrir.
Any: Poncho... eu não sabia que ia me doer tanto te ver assim... mesmo que vc esteja sofrendo pela vaca da Dulce, eu não queria te ver assim, juro que eu não queria.
Ela dirigiu o carro no mais total silêncio. As vezes, ouvia-se alguns gemidos de Poncho, que estava começando a delirar. Chegando no prédio, ela estacionou o carro dele, abriu a porta e pediu ajuda para o porteiro. Pagou ao porteiro um bom suborno para garantir que a história não se espalharia. Anahí abriu a porta do seu apartamento. O porteiro colocou Poncho no sofá (ele dormia a sono alto), recebeu o dinheiro e saiu.
Anahí retirou os tamancos e acendeu toda as luzes da sua casa. Trocou a roupa que vestia por um moletom cinza velho e uma calça de abrigo, colocou uma chaleira com água quente para ferver.
Ela cutucou Poncho. Ele não acordou. Reunindo todas as suas forças, Anahí levantou ele do sofá, andou cambaleante até banheiro, ligou o chuveiro na água fria e colocou ele sentado no chão, deixando a água cair por cima dele. Ele acordou de súbito com a água.
Poncho: tá frio aqui.
Any: Frio cura ressaca, isso é fato. Agora fica quieto aí.
Ela deixou ele uns cinco minutos embaixo da água gelada. Poncho tentou se mexer, mas não conseguia. Ao fim do tempo, ela desligou o chuveiro.
Any: Poncho, vc consegue me entender?
Poncho: Hã?
Any: Está me entendendo?
Poncho assentiu com a cabeça mas não conseguiu ficar de pé. Ela pegou uma toalha e ajudou ele a se levantar.
Any: Isso não vai ser fácil. Onde vc foi amarrar seu bode Anahí?
Ela ajudou ele a tirar a camisa e a calça, o deixando apenas de cueca. Tentou a todo custo ignorar as sensações que a invadiam, mas no fim conseguiu resistir aos próprios impulsos. Ela secou ele, pois Poncho ainda não conseguia enxergar direito, via tudo fora de foco. Agradeceu aos céus por ser verão. Se fosse inverno, teria tido problemas graves: Poncho estava quase nu e ela não tinha uma roupa para emprestar para ele.
Ela o conduziu de volta ao sofá e o deixou deitado. Pegou um lençol e jogou em cima dele. Foi em direção a cozinha desligar o fogão, pois a água já estava fervendo.
Ela pegou a água quente e fez um café forte. Pegou o café e separou em duas xícaras: uma para si (na qual ela colocou um pouco de adoçante e água) e outra para Poncho, que ela deu café puro e forte.
Ela pegou a xícara dele e se ajoelhou do lado dele no sofá. Começou a fazer carinho de leve nos cabelos dele até que ele acordou.
Poncho: Eu quero dormir.
Any: Vc tem que curar essa ressaca. Vamos, bebe isso.
Ela o fez se sentar e deu o café para ele. Poncho tomou e fez uma careta feia. Anahí viu que ele estava parando de enrolar ao falar e se sentiu mais tranquila. Ela fez ele tomar o café até o fim e depois o deixou dormir, enquanto pegava a sua xícara e tomava um gole.
Do nada, Poncho começou a gemer novamente. Anahí não entendeu. Por que ele estava delirando novamente? Ela já havia feito de tudo... então a compreensão veio com tudo na sua mente: o álcool combinado com a dor que ele sentia por ter perdido Dulce, fazia tudo ficar pior. Ele delirava mais pela dor do que pela bebida. A bebida apenas desencadeou tudo.