Fanfic: A Marca de uma Lágrima AyA

Marca de uma lagrima(AYA)
Anahí se aproximou dele de novo. Poncho suava frio e falava em um tom de voz incrivelmente baixo.
Poncho: Por que... por que não podemos ficar juntos, por quê?
Any: (pensando) Ele deve estar falando da Dulce.
Any: Poncho, se acalma. Vai ficar tudo bem. (tentando acalmar ele)
Poncho: Eu preciso tanto de vc, tanto...
Any: (pensando) Eu não vou suportar. Eu preciso sair daqui.
Ela já estava se levantando para sair da sala e deixar ele delirar até a dor e o efeito do álcool passarem de vez quando ouviu algo que fez o seu corpo inteiro parar.
Poncho: Esquece o que eu disse em Cancún... esquece.
Any: (pensando) Cancún? Mas ela não estava em Cancún.
Poncho: Eu estava mentindo... eu queria muito... mais... que uma noite com vc... eu estou apaixonado... por... vc... Anahí.
Anahí ficou imóvel. Ela estava de pé, mas ainda próxima do sofá.
Any: Não pode ser. Será que eu bebi e não me lembro? Ele disse o que eu acabei de escutar?
Poncho ainda gemia em delírio, mas não dizia mais nada. Ele estava muito suado e se virava de um lado para o outro. Anahí voltou a se ajoelhar do lado dele no sofá. Falava baixinho, mais para si mesma do que para ele.
Any: Mas como... como pode ser? Então... vc está apaixonado por mim. Isso é impossível, vc sempre me achou a pior das pessoas, acha que eu sou uma qualquer... como pode ser?
Ela apoiou o braço no encosto do sofá e encostou a cabeça em cima do braço, afim de poder encarar Poncho melhor. Deu um suspiro ao ver o estado dele.
Any: Exatamente quando isso começou? E pior: será que vc está falando isso por efeito da bebida ou é um sentimento que nem vc consegue aceitar?
Poncho virou o rosto na direção dela. Ela, meia exitante, colocou a mão sobre o rosto dele, mas não a moveu. Aproximou um pouco o rosto dela do dele, afim de deixar as testas juntas. E fechou os olhos.
Any: (pensando) Não faça isso. Recue Anahí, saía daí. Ele está bêbado...
Mas ela não se afastou. Aproximou um pouco dos lábios dele e lhe deu um beijo. Poncho, que não estava dormindo de todo, sentiu o beijo e correspondeu um pouco desajeitado. Pelo estado dele, não era um beijo propriamente dito, era mais um selinho demorado. Ela sentiu ele parar de beijá-la e se afastou.
Any: Vc não vai se lembrar disso amanhã. Boa noite. (fez um último carinho no rosto dele e saiu dali)
Anahí subiu as escadas para o seu quarto e fechou a porta. Ela escorregou para o chão lentamente e passou os dedos sobre os lábios. Poncho poderia não se lembrar daquela noite, mas Anahí tinha certeza de que ela sempre teria aquele momento na memória.
Dia Seguinte
Poncho acordou com uma enorme dor de cabeça. Era uma manhã quente e ensolarada. Ele esfregou os olhos por causa da claridade e os abriu, pouco a pouco. Se assustou quando acordou. Estava em um lugar desconhecido, só de cueca, deitado em um sofá coberto apenas por um lençol.
Poncho: Ai meu Deus. O que aconteceu comigo? Onde eu estou?
Ele observou o local enquanto se sentava no sofá e pensava no que fazer. Já estava cogitando ligar para alguém quando viu Anahí descendo as escadas vestida e arrumada.
Any: (quando o viu) Bom dia. (ela olhou para o relógio) Ou melhor, boa tarde.
Poncho: Anahí? (ele a encarou abobado) Que vc está fazendo aqui? Onde eu estou? O que aconteceu?
Any: Uma coisa por vez. Primeiro: Estou aqui porque vc está na minha casa. E segundo... vc está aqui porque ficou completamente bêbado ontem e eu não sabia onde te deixar. Então eu te trouxe para cá.
Poncho: Minha cabeça... quanto eu bebi? (apertando a cabeça)
Any: O suficiente para acabar com a sua vida ou a sua carreira. A dosagem perfeita para ficar nesse estado. E então? Do que se lembra?