Fanfic: A Marca de uma Lágrima AyA

Marca de uma Lagrima(AYA)
Poncho: Me lembro de estar em um bar, ter conversado com vc e... depois me lembro de ter pedido uma tequila e o resto é um grande e negro vazio. O que aconteceu comigo?
Any: Vc ficou inconveniente demais no bar, e o seu amigo Pablo me pediu para eu tirar vc daí. Peguei o seu carro, trouxe vc para cá, te enfiei debaixo do chuveiro, dei um café forte, te deixei assim... (apontando para ele) e coloquei as suas roupas para secar. Agora estava esperando vc acordar. Mais uns minutos eu ia ligar para o Pedro te dispensar. Como se sente?
Poncho: Com uma vontade enorme de me matar. Fazia tempo que eu não bebia.
Any: Nota-se. Mas morrer não ajuda. Acho melhor vc se vestir e comer alguma coisa. Temos que trabalhar hoje, esqueceu?
Poncho: Não...
Ele parecia muito mal. Anahí o observou.
Any: Está com essa cara por quê?
Poncho: Eu não sei onde me esconder. Quer dizer, vc me viu bêbado, arruinei a sua noite... provavelmente eu disse ou fiz alguma coisa... to me sentindo um lixo.
Any: Poncho, vc ficou bêbado. GRande coisa, eu já fiquei. Pára de drama. Se arruma, come alguma coisa e eu vou te levar para a sua casa e depois para a Televisa.
Poncho: Não. Eu já dei trabalho demais. Vou me vestir e vou embora. Onde está o meu carro? (gemendo de dor)
Any: Isso, aí vc pega o carro e morre batendo em um poste. Não, não, eu levo vc para a sua casa, te espero e vamos juntos para a Televisa. Vc só vai dirigir depois, quando essa pós bebedeira passar de vez.
Poncho: Estou vendo que não tem discussão.
Any: Não tem discussão.
Poncho sorriu e deu de ombros, vencido. Anahí pegou as roupas dele que estavam dentro da secadora e jogou para ele.
Any: O banheiro é na segunda porta a direita. Se veste que eu vou fazer alguma coisa para a gente comer. É quase uma da tarde, temos que estar na televisa as duas, então vai ser comida rápida.
Poncho: Vc não tem empregada? (indo para o banheiro e fechando a porta)
Any: Tenho, mas dei folga para ela. Já tive que subornar o porteiro para essa sua brincadeira não aparecer hoje no jornal matinal.
Poncho: Eu ainda não acredito que fiz isso. (ele se vestiu e abriu a porta) Quem mais me viu nesse estado?
Any: O seu amigo, o porteiro, eu e o Kuno.
Poncho: Seu amigo Kuno me viu assim?
Any: Viu. Eu estava com ele esqueceu?
Poncho não disse nada. Ela sabia que ele não ia gostar de ser visto em um mau momento.
Any: Não se preocupe com o Kuno. Ele apenas me ajudou a colocar vc no carro e foi embora. Ele é discreto, não vai dizer nada.
Poncho: Não estou preocupado com o Kuno.
Any: Então está preocupado com o que?
Poncho: Quando eu fico bêbado, eu faço ou falo demais, coisas que eu jamais diria sóbrio. Eu te disse ou fiz alguma coisa para vc?
Any: Vc não se lembra de nada?
Poncho: Não, como eu disse, só me lembro de estar bebendo e depois tudo é um vazio. Eu disse alguma coisa não disse?
Any: Vc não disse nada nem fez nada. Quer dizer... a menos que vc considere tentar fazer um strip no bar alguma coisa.
Poncho fez uma cara de horror e Anahí deu uma risada.
Any: Estou brincando bobinho. Vc não fez nada disso. Falou enrolado, me deu um pouco de trabalho, mas não fez nada de mais.
Poncho: Tem certeza? Eu não tentei fazer nada com vc, não disse nenhuma besteira?
Any: Já disse que não. (firme)
Poncho: Ufa. Iria me sentir um completo babaca se eu tivesse mais uma vez pisado na bola com vc.
Any: Mas não pisou. Bom, agora vamos comer alguma coisa. (ela abriu a despensa) Não cozinho muito bem, então vamos na sopa instantânea mesmo. Pode ser?
Poncho: Claro.
Any: Então sopa de creme para nós dois.
Ela ferveu a água e preparou a sopa. Alguns minutos depois os dois estavam comendo em silêncio.
Poncho: Anahí?
Any: Oi?
Poncho: Vc tem certeza que eu não disse ou fiz nada para vc?