Fanfic: You're Everything In My Life !

O suor que escorria sobre minha testa era simplesmente nojento, mas ao menos se eu estivesse realmente cansada como deveria para haver todo aquele suor em mim. Teria sido um bom começo. Ops, começo não, pois o meu desastre já havia começado, há pouquíssimo tempo, infelizmente.

Porém, o pior era que eu amava loucamente aquele vira-lata maldito que partiu meu coração. Ele ao menos poderia esperar passar o meu aniversário para terminar comigo, mas não, ele aguardou eu chegar alegremente no apartamentinho de quinta dele e encontrá-lo aos beijos calientes com uma loura nadadora - nada de frente e nada de trás - . Além de triste, revoltante, era quase engraçado vê-los nos beijos no quase nosso apartamento. Se não estivesse chorando, iria rir, muito, muito mesmo. 

De repente, meu estômago roncou. Imediatamente coloquei minha mão direita em cima dele, assim com o toque ele roncou novamente.

– Que fome! — exclamei, apressando meus passos. Sair correndo do Brooklyn até Manhattan era definitivamente cansativo. Outro problema que eu e Pablo, o meu ex, deveríamos discutir: a distância entre nós, ou de uma ilha à outra. De qualquer forma, a própria distância o ajudou à me trair logo no dia de ação de graças, e, no dia do meu aniversário. – Que belo presente, Dulce María. Um par de chifres combinarão com as novas botas de couro Prada. Definitivamente lamentável.

Avistei um Bar, certamente o Dive 75. Ótimo, excelente. Passar o Dia de Ação de Graças num bar, com um monte de estranhos à minha volta, com os meus pares de chifres, minha bota de couro Prada, e enchendo a cara. Bom, melhor do que chorar. Porém, eu ainda gostaria de que minha cara não estivesse inchada e avermelhada, talvez apenas os olhos, eu poderia disfarçar dizendo que era ciscos que caíram em ambos e provocou aquilo.

Rezei também para que assim que eu entrasse no Dive 75, ninguém sentisse o meu mau cheiro. Seria péssimo naquelas circunstâncias.

Sentei-me naqueles banquinhos alegrinhos e altos que faziam parte do balcão aonde os barmen estavam servindo todos.

– Um Martíni, por favor. — antes que o barman virasse para preparar, o chamei novamente. – E um dublo de Vodka. — pisquei para ele. Sem qualquer malícia. Como se fosse para ele entender melhor, ou algo assim. 

Após chegar o primeiro Martíni, bebi em apenas três goles da taça redonda e bem aberta.

– Mais um por favor, e com o acompanhamento duplo de Vodka. — ISSO! Se eu continuasse assim, taxista algum entenderia aonde moro e ainda mais; o que eu falava.

Quase uma hora depois, exatamente às quatro e quarenta da tarde. Eu já havia bebido, cinco Martínis com a quantidade dupla de Vodka, mas estava firme na minha. Com a minha blusa de meia-estação branca colada, um casaquinho de cashmere preto e uma calça jeans com as botas de couro marrom Prada. Sem bolça alguma. 

– A senhorita está se sentindo bem? — perguntou o barmen. Assenti, se eu falasse algo, não iria parar e ele ficaria sem entender nada. Ou seja, soaria como um Não Bêbado. 

– Eu quero a conta. — falei disfarçadamente do sotaque bêbadês.

Droga! A conta de apenas quatro martínis deu us$ 58,00 dólares. DROGA, MIL VEZES DROGA! 

– Ih. Eu não tenho 58 dólares. – falei no migué. 

– Eu pago a conta dela!