Fanfic: Precocemente Mãe [revisada]

Dulce: Bem, as vezes na vida você precisa escolher, eu escolhi tê-la. – acariciou a barriga. – Eu escolhi ser mãe. – sorriu em meio as lagrimas. – Ela vai retribuir todo o sacrifício que eu estou fazendo hoje, eu tenho certeza disso. – todos a aplaudiram orgulhosos de sua líder. – Eu estou saindo da liderança, mas estou deixando em meu lugar uma pessoa competente, esforçada e vai fazer muito mais do que eu venho fazendo durante todo esse tempo. 

Belinda já encheu o peito de orgulho, não tinha duvidas que ela seria a nova capitã, era a melhor cheearleader e Dulce sempre dizia isso. 

Dulce: Aplausos para sua nova capitã, Anahí! 

Belinda arregalou os olhos enquanto Anahí abraçava a ruiva. Porra! Nem para isso Dulce servia? O que Anahí ia fazer na liderança? Já era vice, agora capitã, já era demais. 

Dulce: Confio em você Annie. – sorriu soltando-a do abraço.

Anahí: Não se preocupe. – deu um beijo no rosto dela. – Não vai se decepcionar.

Dulce: Eu sei que não. – piscou. – Mas diga as suas primeiras palavras como capitã.

Todos: DISCURSO, DISCURSO! – batendo palmas.

Belinda: Af. – cruzando os braços emburrada. – Que merda.

Angel: Larga mão de ser invejosa Belinda. – rolou os olhos enquanto batia palmas. – Você está sendo infantil! – sussurrou.

Anahí: Bem gente. – começou timidamente. – Quero que saiba que eu só vou ficar a frente da equipe temporariamente. – Dulce a encarou sem entender. – Exatamente o tempo de nossa princesinha nascer. – acariciou a barriga de Dulce. – O que acha Saviñon? – arqueou a sobrancelha. – Que vamos deixar você fugir? – Dulce sorriu e a abraçou com força, Anahí não existia. Ela poderia voltar depois que desse a luz, isso lhe deixava muito feliz. – Eu vou tentar exercer o seu papel da melhor forma possível e vamos arrasar! – deu um gritinho.

Dulce: Não vai chamar ninguém para ser sua vice capitã? – mordeu a dobra do dedo. – É de total precisão alguém pra te ajudar Annie.

Belinda subiu os olhos abrindo um sorriso esperançoso, tinham que escolhê-la agora!

Anahí: Bem, levando em conta o desempenho e a dedicação, eu gostaria de chamar a Belinda pra ser minha vice! – sorriu encarando Belinda, que deu um salto ao notar que tinham escolhido ela mesma. O sorriso se formou em sua cara cobrindo quase toda. – E então? Aceita Belinda?

Belinda: É claro que eu aceito! – disse toda contente enquanto ia abraçar Anahí. – Não se arrependerá!

Anahí: Certo, está bem. – tentando cortar os abraços de Belinda da maneira mais simpática possível.

Belinda olhou Angelique e soltou um sorriso irônico, como se dissesse: Consegui, chupa essa baranga!  Angelique revirou os olhos e cruzou os braços, Belinda não tinha jeito.

 

¨¨¨¨

Depois, na casa dos Saviñon. Solange estava no computador, conversando com Ulisses no MSN, tinham ligado a e sorria das palhaçadas do namorado pareciam duas crianças trocando mensagens e brincadeirinhas sem graça. Pediu licença pra ele, pois precisava ir ao banheiro.

Ivete entra no quarto, olha de um lado para outro e não vê ninguém.

Ivete: Sol? – chamou.

Solange: Oi Ivete, estou no banheiro. – respondeu lá de dentro.

Ivete: Seu namorado está aí em baixo. – avisou. – Ele tá entrando. – disse antes de sair.

Solange ficou confusa, será que era Ulisses? Não, ele estava conversando com ela agora pouco pela internet. Ricardo entrou e não viu ninguém, já ia gritar por Solange quando nota que o computador dela estava ligado e a também, cerrou o punho ao ver que era um cara. 

Sorriu de canto e tirou a camisa. Sentou na frente do computador e pode observar a expressão de espanto de Ulisses do outro lado. Ricardo começou a teclar.

O que você quer com minha namorada?

Ulisses arregalou os olhos.

Sua namorada meu pau, agora saí daí veadinho...

Ricardo começou a rir.

Veadinho? Não era isso que a Sol estava falando agora pouco... O que acha que nós estávamos fazendo? Tricô?

Ulisses estava intrigado. O que aquele idiota estava fazendo no quarto de sua namorada, e o pior sem roupa? Ricardo sorriu maldoso e depois fez uma cara assustada e continuou.

OPS! A Sol vai me matar se souber que eu te contei. Não conta pra ela que eu disse que você é corno.

Ulisses bufou e deu o dedo do meio pra ele, em seguida saiu do messenger, será mesmo? Mas Solange tinha dito que eles não tinham mais nada. Merda! Teriam que conversar sério.

Ricardo fechou a janela de conversa ao ouvir o barulho da descarga. Solange saiu e deu de cara com Ricardo em seu computador.

Solange: O que está fazendo aqui, seu retardado? – disse mal humorada.

Ricardo: Minha mãe veio me deixar por que eu não queria ficar sozinho em casa, ela foi comprar um presente para a Liliane levar para o aniversario da filha dos... – Solange o interrompeu.

Solange: CHEGA! – berrou. – O que faz aqui sem camisa? O que está fazendo no meu computador?

Ricardo: Calma, eu estou sem camisa desde que eu cheguei por que faz muito calor. – cínico.

Solange: Sai daí. – o pegando pela orelha e o jogando pra lá.

Ricardo: Ai minha orelha! – caindo na cama dela. – Você bebeu Solange? – observando ela voltar para o computador.

Ela apenas deu o dedo do meio e sentou na sua cadeira, procurou a janela de Ulisses, mas ele estava off.

Solange: Onde está a janela do meu namorado? – perguntou irritada.

Ricardo: Que namorado? – massageando a orelha. – Seu namorado sou eu, Solange. – ela bufou. – Mas se está falando do tal de Ulisses, ele começou a me xingar e disse que eu tinha passado a noite aqui e que por isso você estava toda carinhosa, pra ele não desconfiar dos chifres. E depois ele saiu. – deu de ombros.

Solange: COMO É? – berrou.

Ricardo: Isso aí... 

Solange: Imbecil! – cerrou os punhos. – FORA DO MEU QUARTO, SEU CACHORRO! – escandalizou fazendo Ricardo se assustar.

Ricardo: Calma gatinha. – disse arregalando os olhos.

Solange: Eu não sou sua gatinha! – fechou os olhos buscando paciência. – Não temos mais nada um com o outro, seu animal!

Ricardo: Como não? – pôs a mão no coração abrindo um sorriso. – Vamos ter um bebezinho. – Solange arregalou os olhos.

Solange: Que bebezinho? – perguntou perplexa.

Ricardo: Vamos tem uma sobrinha juntos. – Solange rolou os olhos. – E essa criança precisa dos tios! Juntos! – dizia todo sério. 

Solange: Ricardo na boa, vai se foder... – disse empurrando ele em direção à porta. – E vê se esquece do caminho do meu quarto! – berrou enquanto o empurrava e fechava a porta. – Que mala! – disse pegando seu celular e ligando para Ulisses. Mas o celular dele estava desligado. Ótimo!

 

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No dia seguinte, estavam todos na aula de canto. O professor apresentava uma nova música para os garotos, a aula estava muito boa e divertida.

Professor: Agora vamos estragar um pouquinho nossa felicidade, por que tem trabalho! – todos lamentaram em um uníssono. – Ora não sejam exagerados, nem é pra entregar agora.

Anahí: Então é pra entregar quando professor?

Professor: Esse trabalho requer tempo, por que vai exigir bastante de vocês. – começou a escrever na grande lousa branca. – Vou pedir que vocês componham três canções, que falem por vocês, que expressem seus sentimentos. 

Maite: Pode ser rock? – perguntou mordendo a caneta.

Professor: Sim Maite, o gênero pode ser a critério de vocês. – sorrindo. – Para não ficar muito pesado, podem formar duplas. Vocês podem escolher o par.

Anahí: Vamos nós duas, Dulce? – com os olhinhos brilhando. 

Dulce: Claro que sim. – disse acariciando a barriga. – Maite você não vai se chatear? 

Maite: Imagina, eu vou fazer com a Virginia, vocês não iam querer escrever rock mesmo. – piscou enquanto chamava a menina com um aceno.

Dulce: Professor? – levantou a mão.

Professor: Sim Dulce? – se virou para encara-la.

Dulce: Quanto tempo temos para compor as músicas?

Professor: Quatro meses está bom não é? – todos concordaram. – Vou promover um dia para as apresentações e vale a nota do próximo semestre, por isso se dediquem.

Anahí: Preparada? – encarou a ruiva.

Dulce: Com certeza! – riu. – E você loira?

Anahí: Eu já nasci pronta!

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Enquanto isso, na cantina. Poncho e Uckermann conversavam.

Poncho: Ucker na boa, você tem que ter paciência com ela cara. – explicava pacientemente após ouvir as reclamações de Ucker, dizendo que Dulce tinha lhe dado outro fora. – Acha que ela vai voltar pra você fácil assim? Acorda cara! – dando um pedala nele.

Ucker: Eu estou tentando ficar numa boa com ela, mas não rola nada cara, nem um beijinho. – dizia com um bico.

Poncho: Vai ter que esperar parceiro, pelo menos se quiser voltar com ela. – piscou. – Olha a minha loira vindo aí. – abriu um sorrisão enquanto Anahí se aproximava deles, acompanhada de Dulce.

Anahí: Oi Ponchito! – sentou no colo dele e lhe deu um beijinho. – Oi Ucker.

Poncho: Oi loirinha. – sorrindo. – Que sorriso é esse?

Anahí: Felicidade! – piscou. 

Poncho: Oi Dulcinha. – subindo o olhar para a ruiva que os olhava com um sorrisinho maroto.

Dulce: Oi Poncho. – pôs o cabelo atrás da orelha. – Oi Ucker.

Ucker: Oi. – mordendo o lábio. – Como se sente?

Dulce: Bem, obrigada. – sorriu de leve, Uckermann a encarava tão profundamente que sentia o olhar dele queimando em sua pele.

Ucker: E aí loira? – disse a Anahí.

Anahí: Beleza Ucker? – sorriu. 

Ucker: Mais ou menos. – voltou a olhar Dulce. Ela notou e procurou ignorar, sentou-se em uma cadeira vazia.

Poncho: Não vai me contar mesmo o motivo da felicidade? – arqueou a sobrancelha e Anahí riu alto.

Anahí: Ah amor, a Dulce me nomeou a nova capitã. – disse sorrindo alegre. 

Poncho: Sério? – encarando as duas. 

Dulce: Sim, eu confio muito na Anahí e não podia continuar a frente, por motivos óbvios, então é isso.

Poncho: Meus parabéns meu amor. – dando um beijinho nela.

Christopher continuava parado, sem acreditar, Dulce tinha mesmo desistido da torcida?

Anahí: É temporário, só durante o tempo de a bebê nascer e a Dulce se recuperar do parto. – roubando o refrigerante do namorado. – Daí coloquei a Belinda pra ser minha vice capitã.

Ucker: Imagino como ela deve estar se sentindo agora. – rolou os olhos. – Deve estar se achando hein?

Anahí: Não duvido nada, mas ela é boa no assunto e não ninguém tinha melhor que ela, depois de mim e da Dulce ela é a melhor sem dúvidas. – disse sincera.

Poncho: Acho que tem alguém te procurando Dulce. – apontou e a ruiva se virou curiosa.

Dulce: É o Pedro! – abriu um sorriso ao ver que ele acenava com as mãos. 

Christopher ligeiramente fechou um bico enorme, o que aquele idiota queria com ela? O rapaz se aproximou da mesa com um sorriso singelo nos lábios.

Pedro: Boa tarde! – disse simpaticamente ao se aproximar.

Dulce: Olá! – dizia sorridente. – Tudo bem? – perguntou satisfeita enquanto observava Ucker se remoer de raiva.

Pedro: Muito bem linda. – se agachou. – E essa princesinha, como anda? – acariciando a barriga dela.

Christopher bufou de raiva, como o deixava mexer assim na barriga dela? Que merda, dava a impressão que ele era o pai!

Dulce: Vai muito bem. – mordeu o lábio enquanto ele ainda acariciava sua barriga.

Ucker: Já chega meu caro. – disse irritado. – Não precisa ficar esfregando a barriga dela desse jeito.

Dulce arregalou os olhos com a grosseria do pai da sua filha.

Dulce: Ucker... – disse entredentes. – Por favor!

Ucker: Como? Eu não posso nem encostar na sua barriga sem sua permissão e esse bocó chega aqui e fica se esfregando como se fosse o pai da minha filha! – enfatizou com cara de poucos amigos.

Poncho: Relaxa aí parceiro. – disse enquanto Anahí o abraçava pelos ombros.

Dulce: Ucker, não seja grosseiro. Pedro é meu amigo. – sibilou efusiva. Christopher cruzou os braços e tomou outro gole de sua bebida, se controlando para não jogar o copo na cabeça de Recalde. – Oh meu Deus. – disse ao notar sua gafe. – Que mal educada, nem os apresentei. – sorriu sem graça. – Poncho, esse é Pedro. Pedro, esse é Alfonso.

Poncho: Prazer cara. – estendeu a mão.

Pedro: Prazer é meu. – sorriu simpático, ainda meio receoso com Christopher quase o engolindo com os olhos ali.

Dulce: Bem, o Christopher e a Annie você já conhece.

Pedro: Sim já conheço, como vão? – perguntou sentando em uma cadeira, ao lado de Dulce.

Ucker: Estávamos muito melhor antes de você chegar. – disse sorrindo falsamente.

Pedro se entreolhou com Dulce e ela sorriu sem graça, como se estivesse pedindo desculpas, ele entendeu e assentiu. Christopher cerrou os punhos, eles estavam trocando códigos na sua cara?

Anahí: Não liga para ele Pedro. – piscou. – Está com ciúmes.

Pedro: Eu não o culpo, faria o mesmo se namorasse a Dulce... OPS, ele não namora mais. – deu um sorrisinho debochado e Christopher se segurou para não lhe socar ali mesmo, maldito! – Mas então Dulce? – voltou-se para encarar a ruiva. – Já almoçou?

Dulce: Não, íamos almoçar agora. – respondeu encarando a amiga.

Pedro: Podemos almoçar juntos? – perguntou esperançoso.

Dulce: Claro. – respondeu claramente, Christopher negou com a cabeça, que idiotice eram aqueles dois juntos? Que merda!

Ucker: Hunf. – se levantando. – Poncho, depois a gente se fala, estou indo. – pegou sua coca-cola e saiu, jogando uma expressão de deboche para aqueles dois. Que se fodam!

Anahí: Bem. – tentando descontrair. – Vamos pedir?

Pedro: Claro. – sorriu vitorioso ao ver Christopher se afastar e indo até duas meninas. – Parece que agora ele está bem acompanhado. – apontou.

Dulce se virou para olhar e viu-o abraçando duas garotas e andando com elas, uma do lado e outra do outro. Droga!

Dulce: Vamos pedir logo, que eu estou morrendo de fome. – disse tentando ignorar o nó sufocante que tinha na garganta.

Eles resolveram pedir o almoço de uma vez, almoçaram em um clima até agradável, Pedro tentando fazer Dulce rir a todo momento. A tarde passou sem mais acontecimentos importantes.

 

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Á noite, Anahí e Dulce viam a novela, Maite rolava os olhos enquanto aguentava todo aquele drama mexicano, odiava novelas. Estefânia via seus e-mails, ainda estava com um bico do tamanho do mundo pra cima de Anahí, que não entendia absolutamente nada daquela putaria, mas vindo de Estefânia ela não se admirava de mais nada.

Anahí: Ain o Joaquim Miguel é tão lindo! – dizia com os olhinhos brilhando, enquanto admirava o ator. 

Maite: Se tivesse umas tatuagens eu pegava... – dizia olhando as unhas. – Está muito limpinho.

Dulce: Se gosta tanto de tatuagens por que não faz em você?

Maite: Eu tenho cinco tatuagens. – disse orgulhosa. – Mas você diz tipo, encher o corpo? – Dulce assentiu. – Não. Eu sou uma pessoa moderada, inclusive iria ofuscar minha beleza. – piscou se achando. Dulce e Anahí gargalharam alto.

Dulce: Eu acho que não tem espaço nesse quarto para você e seu ego Maite. – riu, mas parou de rir ao sentir uma pontada no pé da barriga, bastante forte. – OMG! – levantou a blusa e acariciou a barriga.

Anahí: O que foi Dulce? – preocupada. 

Dulce sorriu e mordeu o lábio ao notar o que acabara de acontecer.

Dulce: Ela mexeu! – com os olhinhos brilhando.

Anahí: Mexeu? – abriu um sorriso. – Sério? – Dulce assentiu. – Oh meu Deus, me deixa sentir... – se aproximando e colocando a mão na barriga da amiga.

Dulce: Aqui. – arrumou a mão de Anahí no cantinho. – Ela está mexendo de novo Annie! – com os olhos embargados de emoção ao sentir sua filhinha se mexer, sentia um misto de emoção misturado com alivio por saber que ela era uma criança ativa.

Anahí: Nossa, ela é forte! – arregalou os olhos. – Sente aqui Maite! – chamou a morena que correu e ainda conseguiu pegar os últimos movimentos da pequena.

Maite: Caralho! – com um sorrisão. – Isso não dói não?

Dulce: É estranho, eu até me assustei quando senti. – ainda acariciando a barriga. – Nossa, é muito boa à sensação. Saber que ela está aqui dentro, quentinha, sentir que ela está viva, que ela está aqui, é muito maravilhoso.

Anahí: Ai que lindo. – mordeu o lábio. – Quando eu estiver grávida eu vou lembrar, nossa, é muito curioso. E você não sente dor em nenhum momento Dulce? Como é a sensação? – dizia com os olhinhos curiosos.

Dulce: Não amiga, é normal. Eu não sentia nada até agora, e a sensação quando ela mexe é próxima daquela que sentimos quando a barriga ronca, mas é muito mais forte. – dizia com os olhinhos brilhando. – Ai como eu queria sentir outra vez!

Anahí: A maternidade é tão magica! – sonhadora.

Esteff: Por que você não pede pro Poncho te engravidar e cala a boca de uma vez? – disse pela primeira vez depois que começou a novela, ela estava calada até então. Anahí arregalou os olhos surpresa e intrigada. Como ela sabia de Poncho? – Eu vi vocês se beijando anteontem e sei que você mentiu, não era nenhum cara da internet, era ele! O Poncho!

Anahí e Dulce se entreolharam sem saber o que dizer. Maite cantarolava uma musiquinha chula, não dando muita bola para o assunto.

Anahí: Esteff, eu só não te disse por que eu não queria que ficasse chateada e...

Esteff: E pra me fazer de idiota também! – a interrompeu com raiva. – Pois quer saber? Pode engolir o Poncho, eu não vou mais fazer caso por causa disso, ele nunca vai olhar pra mim mesmo, em que mundo ele trocaria uma loira peituda como você, por uma gorda sem graça como eu? – riu irônica. – Sem chances.

Dulce: Esteff, não fica assim...

Esteff: Sem problemas Dulce. – disse firme. – Eu sei o meu lugar por aqui e ele não é nada bom. – olhou uma última vez para Anahí e pegou seu roupão, precisava de um banho! Entrou no banheiro e fechou a porta.

Dulce: Wow. – disse sorrindo de canto. – Parece que agora ela se revoltou.

Anahí: Se ela se incomoda eu só lamento. – se levantou indo para sua cama. – Não vou deixar de sair com o Poncho por que a Estefânia tem um amor não correspondido, eu já estou cheia disso, se ela está incomodada o problema é todo dela! Eu também tenho o direito de ser feliz! – dizia inconformada enquanto deitava em sua cama.

Maite: Isso é, falando nisso eu estou precisando afogar o ganso. – dizia lamentada. – Fazem exatamente sete meses que não dou uns pega em alguém, já estou criando teias.
Anahí e Dulce riram, Maite não tinha jeito!

 

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No dia seguinte, estava¨m todos na aula de interpretação, quando Margareth aparece na sala.

Margareth: Vinicius! – chamou o professor que se virou para olha-la. – Vou interromper sua aula outra vez... – disse sem graça e ele riu. – Dulce! O diretor quer conversar com você. – chamou e ela se virou com as pernas bambas, o que o diretor queria com ela? Merda! Será que ele já sabia do seu estado?

Dulce: Sim... – gaguejou. – Está bem.

Margareth: Me acompanhe sim? – Dulce se levantou de cabeça baixa. Sofia olhava a cena com deboche, seria ótimo se ela fosse expulsa de uma vez.

As duas saíram da sala e já no corredor Dulce roía as unhas, enquanto seguia a mulher loira.

Dulce: Margareth? – chamou e a loira a encarou. – Você sabe o que o senhor diretor quer comigo?

Margareth: Nem sei Dulce, mas seus pais estão aí. – Dulce suspirou mais agoniada ainda. – Então é verdade que está grávida? – disse com uma leve incredulidade, observando a barriga saliente da ruiva.

Dulce: É sim. – respondeu, confirmando sua suspeita que o assunto na sala da direção fosse esse mesmo, até a secretaria já sabia.

Margareth: Meus parabéns, um filho é sempre uma benção. – sorriu sincera.

Dulce: Obrigada. – assentiu com a cabeça. – Me deseje sorte. – pediu e a loira assentiu.

 

Quando entrou na sala da direção, encontrou o diretor e seus pais.

André: Se aproxime Dulce. – chamou e a ruiva engoliu o seco, se aproximou deles e sentou na cadeira entre os pais. – Imagino que já saiba o motivo desta nossa breve reunião. – disse olhando a barriga dela, Dulce coçou a nuca, incomodada.

Dulce: Acho que sim. – estalando os dedos nervosamente.

Blanca: Fica tranquila filha, não é nada demais. – acalmou.

André: Bem, eu não esperava que você fosse engravidar tão cedo. – dizia rodando uma caneta. – E tanto você, como seus pais, sabem que aqui no Soneto  o ritmo é muito pesado. Eu não sei se você iria aguentar a barra aqui, nesse estado de gravidez.