Fanfic: Precocemente Mãe [revisada]

Dulce pôs a mão no rosto, fadigada.

Dulce: Papai, eu tenho mesmo que ir? – ela disse com bico. – Por favor, a vovó vai me matar quando ver minha barriga.

Fernando: Sua avó já sabe do seu estado querida, eu já me encarreguei de falar e ela não ficou nada satisfeita. – ele suspirou. – Mas você não vai poder se esconder dela a vida inteira Dulce, ela é só uma anciã. Aliás seu namorado estará lá também, não tem por que se sentir assim. 

Dulce: Papai, Ucker e eu não somos namorados. – rolou os olhos. – Nós terminamos! – enfatizou.

Fernando: Isso não vem ao caso agora, só liguei pra avisar que amanhã vou mandar buscar você e se suas amigas quiserem também poderão lhe acompanhar. É só isso querida, papai lhe ama, tenha um bom dia!

Dulce: Também te amo papai. – desligou. – Que merda! – fez cara de choro.

Anahí: O que foi Dulce? – perguntou com o cãozinho no colo.

Dulce: Amanhã terá o aniversario da minha avó. – cruzou os braços. – Eu vou levar uma bronca daquelas e o pior, na frente de todos os meus tios e primos. – com mau humor.

Maite: Ai Dulce, que exagero. – a morena disse contrariada. – Qualquer coisa eu dou uma voadora na velha. – começou a rir, fazendo Anahí e Dulce rirem também. – Mas não se preocupe, será só uma bronca e nós vamos com você.

Dulce: E quem convidou? – perguntou brincando.

Maite: Teu pai, pensa que eu não ouvi? – arqueou a sobrancelha.

Dulce: É claro que vocês vão! – piscou. – Quem disse que eu aguento minha avó sozinha? – bufou arrancando risos das amigas. Continuaram observando os cachorrinhos e conversando.

 

¨¨¨¨

Na biblioteca, Christopher e os amigos faziam anotações no notebook, enquanto conversavam.

Christian: Então você vai para o jantar na casa da avó da Dulce? – perguntou curioso.

Ucker: Vou sim. – disse digitando. – Apesar de eu gostar muito da dona Marga ela é uma velha chata e eu não vou deixar a Dulce enfrenta-la sozinha. – tomando um gole de coca.

Poncho: E nós vamos poder ir não é? – disse com um sorrisinho.

Ucker: Claro que sim. – assentiu. Sofia que estava por ali se aproximou.

Sofia: Ucker, podemos conversar? – ela disse com vários livros nos braços, ele rolou os olhos.

Ucker: Claro. – se levantou e foi com ela até o corredor. – Já decidiu quanto vai querer?

Sofia: Não vou querer dinheiro. – ela disse com os olhinhos brilhando.

Ucker: Olhe, eu não vou fazer sexo e... – ela o interrompeu.

Sofia: Não, não quero sexo. – disse o encarando de cima a baixo. – Pelo menos por enquanto. - ele bufou, impaciente.

Ucker: Fala logo o que você quer! – murmurou exausto.

Sofia: Quero que me leve a esse jantar!

Christopher a encarou minunciosamente e os olhos de Sofia brilhavam como duas petecas, esperando a resposta.

Ucker: Perdão, o que disse? – ele suspirou não entendendo.

Sofia: Quero que me leve a esse jantar chique! – disse arrumando os livros nos braços o olhando insinuante.

Christopher espocou em uma gargalhada, não estava acreditando que aquela louca estava pedindo para que ele a levasse a um jantar familiar.

Ucker: É brincadeira não é? – disse parando de rir ao notar ela negar com a cabeça. – Nem pensar! – ficou sério.

Sofia: Por quê? – a loira disse com um bico. – Eu ouvi você falando que Poncho e Christian podiam ir, por que eu também não posso?

Ucker: Porque eu não quero te levar! – enfatizou, deixando-a irritada.

Sofia: Então eu vou falar tudo ao senhor Recalde e a Dulce Maria vai se foder! – disse vermelha de irritação.

Ucker: Vai lá, faça o que quiser, mas eu não vou levar você a esse jantar. – saiu negando com a cabeça, deixando Sofia para trás. – Vamos logo galera! – fechou seu notebook e pegou os livros.

Christian: O que a loirinha queria? – dando um risinho debochado. – Se declarar pra você?

Ucker: Larga de ser palhaço! – dando um pedala no amigo. – Nada de importante. – rolou os olhos e foram caminhando até a sala. 

 

Passaram pela frente da sala de Dulce e ela estava conversando no celular perto dos armários, com um sorriso lindo. 

Ucker: Vão indo na frente que eu alcanço vocês. – os meninos assentiram e ele se aproximou dela que não tinha notado a presença dele. 

Encostou-se ao armário apenas ouvindo o que ela falava, travou o maxilar ao ouvir o nome de Pedro.

Dulce: Você é um fofo Pedro. – riu. – Nem sei o que dizer exatamente. – meio embaraçada.

Pedro: Eu quero apenas levar você para jantar comigo, meu amor. O que acha de amanhã?

Dulce: Eu adoraria sair com você. – Christopher arregalou os olhos e disse um palavrão baixinho. – Mas amanhã eu tenho um compromisso. – Christopher sorriu satisfeito. – Já sei, o que acha de me acompanhar ao jantar da minha avó?

Ucker: Porra, eu não acredito! – pôs a mão no rosto, sussurrando pra si mesmo.

Pedro: Você quer que eu vá?

Dulce: Claro que sim seu bobo. – ela riu de leve. – Pode vir aqui amanhã, às oito da noite, e daqui nós vamos.

Pedro: Como você quiser minha linda. Então amanhã à noite eu vou até aí, combinado? 

Dulce: Combinado. – sorriu timidamente. – Vou esperar você, agora eu tenho que desligar, minha aula vai começar, um beijo, tchau! – desligou e se virou para ir pra sala quando deu de cara com Christopher a encarando com uma cara nada satisfeita. – Nossa Ucker, você quer me matar? – pôs a mão no peito.

Ucker: Vai levar esse cara para o jantar ou eu ouvi errado? – ele disse cruzando os braços.

Dulce: Agora está dando em ouvir minhas conversas Ucker? – disse negando com a cabeça. – Você não tem jeito mesmo. – se virou para sair, mas ele a pegou pelo braço. – Me larga!

Ucker: Você não pode levar esse cidadão pra um jantar em família Dulce! Ainda mais conhecendo sua avó, não está vendo que nós dois vamos levar uma bronca e você ainda quer colocar mais lenha na fogueira? – ele passou as mãos pelos cabelos.

Dulce: Christopher eu levo quem eu quiser e você não tem nada a ver com a minha vida. – ele bufou. – Dá pra parar de se meter nela? Eu não te devo satisfações de nada! – disse saindo a passos largos, deixando o loiro bufando de raiva.

Como ela podia fazer isso com ele? Pôs a mão no rosto e se dirigiu até sua sala, muito irritado, Dulce não podia levar Pedro para o jantar! Não mesmo! Entrou na sala e sentou em seu lugar. Poncho e Christian não estavam por ali ainda. Tomou um susto ao ver Sofia mais uma vez em sua frente.

Ucker: O que você quer agora, garota? – disse entre dentes.

Sofia: O diretor ainda não chegou e vim te oferecer mais uma oportunidade. – a loira não se abateu com a careta de Christopher. – Vamos Ucker, me leve, por favor, eu prometo que vou me comportar! – implorou.

Christopher já ia dizer não mais uma vez, mas lembrou-se de Dulce convidando Recalde e sentiu seu sangue ferver. Não seria uma má ideia levar Sofia para irritar a ruiva, afinal de contas, não sairia por baixo, não mesmo.

Ucker: Ok Sofia, você venceu. – ele abriu um sorriso. – Vou levar você ao jantar. – Sofia levantou com um sorriso tão grande que tapava quase toda a sua cara. – Mas vê se vai arrumada! Pelo amor de Deus, eu não quero passar vergonha! – disse fechando os olhos.

Sofia: Ai meu amor, até parece que eu não sei me arrumar. – disse rolando os olhos.

Ucker: E não sabe mesmo! – ele deu de ombros. – Não é pra usar um vestido lá nos pés, cheios de purpurina, não é por que é uma festa fina que você vai arrumada para ir ao Oscar, é um jantar informal, mas também não é pra você ir com essa roupas de cadela no cio que você tem. – apontando a minissaia, o top amarelo e a jaqueta rosa que a loira usava. – Olha Sofia, não me faça me arrepender mais do que eu já estou arrependido, por favor!

Sofia: Não vai se arrepender meu gostoso, o jantar inteiro vai te invejar! – ela sorriu e ergueu a sobrancelha. 

Sofia saiu rebolando, precisava escolher uma roupa chique, nem acreditava que iria a um jantar da alta sociedade. 

Christopher negou com a cabeça esfregando o rosto com as mãos, que decadência. Poncho e Christian se aproximaram.

Poncho: Outra vez conversando com a loira? – apontou Sofia saindo aos pinotes. – O que ela queria agora?

Ucker: Me pedir para levá-la ao jantar. – ele murmurou entediado. Poncho e Christian arregalaram os olhos e depois começaram a rir.

Christian: Qual é cara? – rindo. – A situação já está tão séria que vão assumir o namoro é? - Ucker arregalou os olhos.

Ucker: Está amarrado! – riu de leve. – Nem louco namoraria essa vaca, ainda mais assumir namoro, eu hein.

Poncho: Então por que vai levar ela ao jantar? – ergueu a sobrancelha.

Ucker: Historia longa, Dulce vai levar aquele veadinho encubado do Recalde, vocês acreditam?

Christian: E o que tem haver? – ele perguntou arrancando um olhar mortal de Ucker. – Não me olha assim parceiro, mas ruiva não é nada sua e tem o direito de levar quem quiser. Parece que esse Recalde já é importante, comparecendo nos compromissos familiares e tudo. – começou a rir, fazendo o sangue de Christopher ferver.

Ucker: Vai se foder cara! – deu um pedala nele. – Vocês estão ao meu lado ou contra mim?

Poncho: Já chega dessa viadagem! – observando o professor entrar na sala. – Vamos estudar, que a gente ganha mais. – piscou.

Os três concordaram e foram prestar atenção na aula, mas a cabeça de Christopher estava longe.

 

¨¨¨¨

Na noite seguinte. Christopher estacionou seu porshe  prateado na entrada da mansão da matriarca da família Saviñon, com ele estava Christian, Poncho e Sofia a tira colo. Entregou as chaves do carro para o manobrista e entrou. Sofia olhava tudo ao redor, nunca imaginaria que existia uma casa tão chique como aquela, era incrível. 

Sofia: Nossa tesão, essa casa é demais! – sussurrou pegando na mão de Ucker, que revirou os olhos, soltando a mão dela.

Ucker: Sem intimidade Sofia! – ele balbuciou.

Sofia: OH MEU DEUS! – gritou e todos olharam pra eles e os meninos ficaram morrendo de vergonha.

Ucker: Puta que pariu. – sussurrou para os amigos que se divertiram com a cara dele. – O que foi garota?

Sofia: Olha ali, olha ali Ucker! – apontou eufórica. – É a Alexandra e a Blanca! Vamos lá eu preciso pedir um autografo! – Christopher arregalou os olhos. 

Ucker: Que autógrafo porra nenhuma, você pirou? – ele disse entredentes. – Aquela é minha mãe e minha tia Blanca!

Sofia: Sua mãe? – ela encarou perplexa. – Que máximo!

Eles se aproximaram delas e Sofia estava para ter um treco, nunca tinha visto tanta gente chique e famosa como estava vendo ali. Alexandra e Blanca que estavam conversando com seus respectivos maridos e com a avó Marga, todos se viraram pra eles.

Ucker: Boa noite! – ele deu um sorrisinho.

Alexandra: Boa noite querido. – encarou Sofia. – E essa moça quem é? – forçando um sorriso por pura educação.

Ucker: É uma amiga minha, Sofia. – dando de ombros. – Oi vó Marga! – disse se aproximando da anciã que estava sentada em uma poltrona. – Meus parabéns. – entregando um presente.

Marga: Obrigada. – disse rabugenta. – Onde está a irresponsável da sua namorada? – a velha jogou o presente para o lado e o encarou seriamente.

Ucker: Hm, eu não sei ela ainda não chegou. – disse dando um sorrisinho. – Foi um prazer vê-la, a senhora está lindíssima! – sorriu falsamente. – Com licença. – saiu rapidamente acompanhado dos amigos. – Velha chata do caramba! – disse enfadado.

Sentiu sua fadiga dobrar ao ver Dulce chegando com Recalde em seu encalço. Cobriu o rosto ao ver que ele a abraçava pela cintura como se fossem íntimos ou até mesmo namorados, quem olhava diziam que era um casalzinho. 

Ucker: Porra! Hoje é o pior dia da minha vida!

Sofia ficou irritada ao ver como Christopher se importava tanto com aquela ruiva, que nem ligava pra ele.

– E por que meu irmãozinho? – ele se virou e deu de cara com Eduardo, seu grande amigo e primo de Dulce. 

Ucker: Eduardo! – sorriu e cumprimentou. – Como vai cara?

Eduardo: Vou muito bem. - os dois se abraçaram. - Meus parabéns, pelo bebê. 

Ucker: Valeu! Onde está a Ananda? – olhando ao redor.

Eduardo: A gente meio que brigou, mas espero que passe logo, gosto dela pra caralho! – Ucker assentiu entendendo perfeitamente o que ele sentia. – E aí veados! – disse para Poncho e Christian.

Poncho: Fala Lady Gaga! – riu e se cumprimentaram.

Sofia: Meu amor, não vai me apresentar? – sussurrou insinuante para Christopher.

Chris: Para de me chamar de amor. – ele murmurou. – Cara, essa é a Sofia, uma amiga da faculdade.

Eduardo: Como vai? – disse educado.

Sofia: Melhor agora meu amor. – disse dando dois beijinhos nele, deixando o rapaz espantado.

Sofia era bem direta. Ucker apenas negou com a cabeça, era uma vagaba mesmo.

Eduardo: Quem é o carinha que chegou com a Dulce? – apontou.

Ucker: Nem me fale, é um pé no saco que deu pra dar em cima dela, agora não quer mais sair de cima. – disse irritado.

Eduardo: Não acredito que perdeu minha prima Uckermann, o que é isso? – negando com a cabeça e tomando seu vinho. – Ela era amarrada em você.

Ucker: Ela não era, ela É amarrada em mim! – enfatizou. Sofia estava insatisfeita com aquela conversa, eles conversavam e falavam sobre Dulce como se ela nem existisse.

Eduardo: Vovó na área, fudeu. – apontando Dulce se aproximar da avó.

 

Dulce se aproximou da avó com as amigas e Pedro. Afastou-se mais do rapaz para não piorar a situação com sua avó. Estava toda a família ali, poucos amigos, e os Uckermann que praticamente faziam parte da família. Aproximou-se da avó receosa.

Dulce: Boa noite! – disse abraçando a mãe e em seguida o pai. – Oi tia Alexandra, tio Luiz. – deu um beijo nos dois.

Todos a cumprimentaram, ela apresentou Pedro o que também não agradou muito aos pais. Mas não disseram nada por educação.

Marga: Então é verdade mesmo? – a idosa pôs a mão no rosto, decepcionada ao ver a barriga da neta. – Eu mereço mesmo, meus netos não tem mais um mínimo de respeito por mim, porque você e seu namorado não vieram juntos? – a velha perguntou invocada.

Dulce engoliu o seco, alguém poderia avisar a sua avó que ela e Christopher terminaram? Acariciou a barriga, pedindo desculpas a Pedro com os olhos.

Dulce: Ele veio na frente. – ela disse nervosa. 

Marga: E esse rapaz? – o olhou de canto de olho. – Quem é?

Dulce: É o Pedro, um amigo meu.

Marga: Quem é o pai dessa criança minha filha? Esse rapaz? – apontou Pedro. Dulce ficou vermelha de embaraço.

Ucker: Não, sou eu mesmo vovó! – disse chegando apressado. – Vem amor. – a pegando pela mão, fazendo o sangue de Pedro ferver.

Marga: Ei, espere aí mocinho. – ele parou junto com Dulce. – Nós vamos ter uma conversinha daqui a pouco, ouviram bem?

Ucker: Claro. – assentiu e saiu puxando Dulce para longe. Pedro foi atrás.

Dulce: Ucker dá para você me soltar? – reclamou.

Maite: É, você não está vendo que ela veio acompanhada? – botando lenha na fogueira. – Pedro, faça alguma coisa meu lindo!

Pedro: Larga ela cara! – disse insatisfeito.

Ucker: E você não se mete! – apontou. – Sabia que esse é um jantar de família?

Pedro: Fui convidado. – abriu um sorriso debochado. Sofia aparece.

Sofia: Ucker pode me explicar por que me deixou plantada? – a loira cruzou os braços e Dulce arregalou os olhos ao vê-la ali.

Dulce: O que essa mulher está fazendo aqui, Christopher? – apontou Sofia com desdém. Ucker coçou a nuca, aperreado.

Maite: Por isso que fedeu a cachorra molhada. – tapando o nariz, fazendo Sofia se remoer de raiva. – Vá mais pra lá minha filha, a catinga tá braba. – afastando Sofia.

Sofia: Me larga sua louca! – disse tirando a mão de Maite e esfregando em seguida, como se Maite fosse um animal. Coisa que fez a morena rir. – Não se aproxime de mim!

Maite: Eu me aproximar de você? – riu. – Só se for pra me meter o cassete! E ainda assim corro sério risco de pegar pira! – todos riram inclusive Ucker, o que deixou Sofia com mais raiva.

Sofia: Ucker! – berrou. – Você não vai falar nada?

Ucker: Eu não. – dando pouco caso. – Vem amor, vamos lá pra fora. – voltou a puxar Dulce que se solta.

Dulce: Eu não vou pra lugar nenhum com você, ou esqueceu que veio acompanhado dessa aí? – de mau-humor. – Então a engula! – saiu andando irritada.

Pedro: Dulce, meu amor venha aqui! – saiu correndo atrás da ruiva, fazendo Christopher dar socos no ar, de raiva.

Sofia: Até sua ex acha que nós formamos um belo casal. – disse insinuante.

Maite: Onw casal ternura! – disse enojada. – Vamos deixar os pombinhos a sós Annie. – piscou para a amiga.

Anahí: Claro, tchauzinho! – deu tchauzinho e saiu com Maite.

Ucker: Que ódio! – berrou. – Tudo por sua culpa! – Sofia ia responder quando chegaram João e Liliane.

Liliane: Maninho! – começou a pular.

Ucker: Oi anã. – sorriu, relaxando um pouco e se abaixou. – Está bem? – a pequena assentiu, olhando Sofia de rabo de olho. – E você cunhadinho?

João: Eu salvei a Lili da torre do dragão! – disse todo orgulhoso. Christopher teve vontade de rir.

Ucker: É? – ele assentiu. – Era pra deixado o dragão comer ela. – piscou.

Liliane: Quem é essa? – apontou Sofia com um bico. Não tinha gostado da loira.

Ucker: É uma amiga minha, falando nisso por que vocês não vão mostrar a casa pra ela? Ela ainda não conhece. – piscou tentando se desfazer de Sofia. Os pequenos assentiram.

Sofia: Qual é Ucker, está me achando com cara de babá? – murmurou irritada.

Ucker: Claro que não. – disse inocentemente. – Quero que você conheça minha irmãzinha e o meu cunhadinho. – acariciando a cabeça dos dois "anjinhos". – Não é pirralhos?

Liliane: É! – disse sorrindo.

Sofia: Ok então. – disse insatisfeita. – Vamos? – saiu acompanhada dos pequenos. 

Christopher foi atrás de Dulce. Não permitiria que Recalde se desse bem, não mesmo!

 

Sofia estava entediada com aqueles pirralhinhos, o irmãozinho da Dulce Maria era até suportável, mas a tal Liliane não, a menininha era encapetada!

Liliane: Porque você está aqui? – perguntou apoiando os cotovelos no joelho. – Você não é da família e nem conhece a mamãe.

Sofia: Sou namorada do seu irmão menininha. – rolou os olhos.

Liliane: Você está mentindo, sabia que mentir é feio? Papai do céu castiga.

Sofia: E porque eu mentiria? – cruzou os braços, se acomodando melhor no confortável sofá.

Liliane: Por que meu maninho já tem namorada, o nome dela é Dulce e ela é linda! Ela parece a Ariel, você já assistiu a pequena sereia? – Sofia assentiu inconformada. – Ela parece com a sereia e a mamãe fala que daqui a um tempinho a cegonha vai trazer uma bebezinha pra eles, por isso que ela está com a barriga de grávida. – a menininha era uma tagarela, Sofia já estava quase a jogando pela janela.

Sofia: Eu não a acho bonita, sou mais eu!

Liliane: Você parece uma barata descascada! – dando uma gargalhada gostosa. – Você tem cabelo de cutia e nariz de pica pau! – os pequenos riam que rolavam, Sofia estava quase tendo um colapso de irritação. 

João: Você conhece o Tatá? – Sofia acariciou os cabelos e negou com a cabeça. – Ele mora no meu bolso. – falou no ouvido dela, abriu o bolso e pegou um hamster  marrom, minúsculo que tinha ganhado de aniversario, colocando-o na cabeça de Sofia.

Sofia: AAH MENINO VOCÊ ENLOUQUECEU? – se levantando e passando a mão nos cabelos. – TIREM ESSE RATO DE CIMA DE MIM!

Todos olhavam a cena, espantados e achando graça ao mesmo tempo. Sofia pulava e batia na cabeça tentando expulsar o hamster  de João, o bichinho já estava no sofá e João o recolocou no bolso. Sofia vendo que estava todo mundo olhando pra ela, alguns com cara de riso, outros assustados pelo escândalo. 

Christopher, Dulce, Pedro, e os outros também olhavam achando graça. Christopher e Maite riam mesmo, enquanto os outros apenas seguravam o riso. Ela olhou para os lados e viu João e Liliane com um sorrisinho inocente.

Blanca: Oh, meu Deus! – se aproximando e pegando o filho no colo. – Você está bem, mocinha? – perguntou à Sofia.

Sofia: Não. – disse olhando para o chão em busca do "rato". – Esse molequinho jogou um rato em mim, um RATO! – chorosa.

Alexandra: Um rato? – encarou Blanca confusa. – Está havendo algum engano, não existem ratos nessa casa. – cruzou os braços.

Liliane: Ela é medrosa. – apontou rindo. – Ela ficou com medo do Tatá, mamãe!

Todos começaram a rir de leve, Dulce espocou em uma gargalhada, Sofia era muito caipira, estava com medo de um hamster  de estimação, não dava de acreditar.

Dulce: Então Ucker, ao invés de ficar me seguindo como um cão de guarda, por que não vai fazer companhia a sua convidada? – disse dando um risinho debochado. – E aproveita pra explicar a ela a diferença entre um rato e um hamster.

Ucker: Não adianta Dulce. – ele negou com a cabeça. – Sofia pode se explodir, mas não vou deixar você sozinha com esse cara. – olhando Pedro com superioridade. – Pode me bater, me xingar, eu não estou nem aí. – lançando um risinho debochado para seu rival.

Dulce: Está sendo deselegante Uckermann. – reprimiu o sorriso, estava adorando ter ele em sua cola, apesar de não assumir. – Eu não vou mais me estressar com você, até por que... - suspirou. - Estou morrendo de fome.

Ucker: Vou pegar uns canapés pra você. – disse rápido.

Pedro: Não, eu vou buscar alguns salgadinhos. – ele disse bufando.

Ucker: Ninguém te chamou na conversa. – estressado.

Pedro: E eu perguntei alguma coisa?