Fanfic: Precocemente Mãe [revisada]

** Dias Atuais.

 

Christopher Uckermann e Christian Chávez estavam sentados nas arquibancadas do ginásio. Estavam olhando o ensaio de uma coreografia das lideres de torcida.

Ucker: Caralho a Anahí está cada dia mais gostosa cara! – fechando os olhos e passando a mão no maxilar.

Christian: Procura outra, a Annie é a melhor amiga da sua namorada. – suspirou.

Ucker: Falando nela ela ainda não apareceu. – bufou. – Deve estar com aquele veadinho do Ulisses.

Christian: Ciúmes no ar. – debochou. – Relaxa, aí vem ela. – apontou Dulce que vinha acompanhada de Ulisses, seu melhor amigo.

 

Dulce Maria era a capitã das animadoras, a garota mais popular da faculdade e também a namorada de Ucker.

Dulce: Garotas! – sorriu enquanto se posicionava no meio delas. – Vamos lá e lembrem-se essa não é torcida, apenas uma coreografia que eu inventei junto com Ulisses pra testes. – chocou sua mão na do amigo.

Belinda: Claro Dulce... – rolou os olhos e se pôs no seu lugar.

Dulce: Põe a música Esteff. – piscou para Estefânia, que assentiu e ligou o som.

Logo que a musica começou a dar os primeiros acordes, elas começaram a balançar o quadril de um lado para outro, a pequena sainha do uniforme de torcida balançava e mostrava a calcinha de algumas, Christopher era o que mais aproveitava. 

Dulce estava na frente juntamente com Anahí e Belinda, logo atrás estava Angelique e outras três meninas e logo atrás dela os garotos, Ulisses e outros quatro. Era incrível como Dulce dançava bem, quando ela estava no meio ele não conseguia olhar para nenhuma outra, por mais gostosa que fosse. 

Ela se movia conforme a musica, parou de sorrir quando viu Ulisses a pendurando no ombro. Bufou com aquilo. A musica tocava e as meninas pareciam não perceber de tão bem que dançavam. Depois de um tempo a musica acaba. Todas aplaudem.

Anahí: Perfeito amiga! – batendo palminhas. – Essa coreografia vai ser perfeita para a festa de boas vindas dos calouros! – sorrindo.

Dulce: Você acha Annie? – dizia enquanto a amiga a abraçava.

Anahí: É CLARO! – pulando.

Dulce: Ulisses! – chamou o amigo. – Vem aqui. – ele se aproximou.

Ulisses: Pode falar Doce. – a abraçando por trás e a levantando.

Dulce: Pode cuidar das posições pra mim? Acontece que eu ainda não tive tempo. Eu tenho ballet  daqui a vinte minutos. – rindo.

Ulisses: Claro folgada. – riu. – Mas alguma coisa?

Dulce: Me larga! – gargalhando.

Ulisses: Sua chata! – a larga.

Christopher se aproxima com uma cara nada boa.

Ucker: Estou atrapalhando alguma coisa? – cruzou os braços.

Dulce: Meu amor! – disse indo abraça-lo. – Você gostou da minha coreografia? – dando um selinho nele.

Ucker: Claro que sim meu amor, você estava linda como sempre. – disse enquanto a puxava para um beijo, ela sorriu durante o beijo e parou. – O que foi?

Dulce: Ai bebê, eu tenho vergonha, estão todos olhando. – vermelha, ele suspirou.

Anahí: Dulce, se você quiser eu também posso ajudar o Ulisses nas posições. – disse risonha.

Dulce: Claro Annie. – rindo. – Quanto mais gente ajudando melhor. Eu só não fico, porque tenho ballet. – fazendo Christopher a abraçar por trás. – A propósito amor, pode me levar ao ballet ?

Ucker: Claro minha princesa. – ela sorriu satisfeita.

Dulce: Então eu vou me arrumar. – deu um selinho nele. – Tchau gente! – deu tchau pra todos e saiu correndo, estava super atrasada para o ballet, Luciana iria mata-la.

 

Assim que ela saiu Angelique se aproximou discretamente de Christopher.

Angel: E então Christopher? – disse baixinho, olhando para os lados. – Ainda está de pé o nosso encontro daqui a pouco?

Ucker: Temos que adiar, Dulce me pediu para leva-la ao ballet. – sussurrou.

Angel: Porra, só porque eu estava a fim... – com voz sensual. – Sabe não é? – arqueou a sobrancelha e ele assentiu sorrindo safado.

Ucker: Se quiser esperar eu chegar, podemos ir para um lugar mais reservado. – piscou. – Agora realmente eu não posso.

Angel: Como você quiser meu amor. – sorriu. – Vai com a sua namoradinha chata e depois nos falamos.

Ucker: Não fala assim dela. – a encarou. – Vocês não são amigas?

Angel: Claro que sim. – deu de ombros. – Mas que ela é uma chatinha, isso é. – sorriu apertando a bunda dele. – Acho que você não deveria estar com ela, ela é tão sonsa.

Ucker: Ok Angel, você também não seria a mulher ideal pra mim. – riu. – Agora eu tenho que ir. – deu um tapa na bunda dela. – Nos vemos mais tarde gostosa. – piscou e saiu. Angelique rolou os olhos e cruzou os braços, sempre tinha que ficar em segundo plano.

¨¨¨¨

Dulce entrou no quarto e viu Maite, que estava fumando relaxadamente.

Dulce: Maite! – disse tirando o cigarro dela. – Desde quando fuma assim? – com os olhos arregalados.

Maite: Desde quando tive que voltar para essa prisão. Que merda eu odeio esse campus!

Dulce: Ora Maite, não seja exagerada. – disse entrando para o seu closet. – Muitas pessoas precisam do campus, não tem onde ficar. Será que todo ano eu tenho que te explicar isso? – gritando lá de dentro. – Inclusive a senhorita!

Maite: Que seja. – dando de ombros. – O que me deixa um pouquinho melhor é que amanhã tem trote! – rindo. – Vou zoar muito com os calouros. – pegando outro cigarro. – Sabe Dulce, eu acho que vou compor uma música sobre trotes, acho tão inspirador! – acendendo o cigarro e dando uma tragada. 

Dulce saiu do closet e viu-a fumando outro cigarro. Rolou os olhos, Maite ainda estava mais maluca do que o que prometeu. Entrou para o banheiro e ficou ouvindo as sandices de Maite.

Maite:  Vai para o ballet ? – a morena berrou.

Dulce: Vou sim, já estou super atrasada, minha professora vai me matar! – falou alto para que ela ouvisse.

Maite: Poxa amiga, já não basta a torcida... – riu. – Você ainda faz ballet. É muita paixão pela dança. – dando outra tragada no cigarro.

Dulce: Eu amo dançar. – dizia toda sonhadora. – Ainda vou ser uma grande bailarina.

Maite: Com certeza... – suspirou. – Inspirada desse jeito eu já seria melhor do que o vocalista do U2.

Dulce não pode evitar o riso. Maite era uma figura.

Dulce: Você será melhor que ele amiga! – disse molhando o rosto. – Pode ter certeza.

Maite: Em nome de Jesus! – fez o sinal da cruz e levantou as mãos.

Dulce saiu do banheiro e entrou de novo para dentro do seu closet  enquanto ouvia as tagarelices de Maite. Vestiu sua meia, seu colam e sua saia rodada, guardou as sapatilhas dentro da mochila e sua garrafinha de água. Fez um coque apertado no cabelo e colocou uma jaqueta jeans, se despediu de Maite e saiu. 

 

Chegou ao pátio e encontrou Christopher conversando com uma garota. Sorriu e foi até ele.

Ucker: Você é uma das mulheres mais lindas que eu já vi. – disse no ouvido da garota, que sorriu toda se achando. – Julia, Julia... – disse sorrindo.

Julia: É serio Ucker? – disse sorrindo.

Ucker: Mas é claro. – disse sério. – Acha que eu mentiria pra você? – com cara de ofendido.

Dulce: Amor! – disse o abraçando por trás. Ele gelou.

Ucker: Gatinha. – com um sorriso amarelo. – Está aí a muito tempo? – receoso. A garota olhava Dulce de cima abaixo.

Dulce: Não meu amor acabei de chegar. – sorrindo.

Ucker: Então vamos não é? – disse a puxando.

Dulce: Espera meu amor. – parada. – Que falta de educação, não vai me apresentar para sua amiga? – sorrindo doce.

Ucker: Apresentar você? – passando a mão no cabelo. Ela assentiu e a garota estava soltando fogo pelas ventas. – Claro gatinha. – a segurou pela cintura. – Julia, essa é Dulce. Dulce essa é Julia. Estão apresentadas agora vamos. – apressado.

Dulce: Prazer Julia. – estendendo a mão e a menina apertou de muita má vontade. – Sou namorada dele. – sorriu.

Julia: Ah, claro. – cruzou os braços.

Dulce: Agora temos que ir. – vendo que a garota não gostou nada de conhecê-la. – Tchau. – saiu com ele em direção ao estacionamento. – Sua amiga é bem mal-educada hein? – disse quando chegaram ao estacionamento.

Ucker: Pois é, eu também acho. – destravando o carro. – Mas é o jeito dela. – piscou. – Já disse que você fica linda vestida de bailarina? – com um sorriso safado. 

Dulce: Aham. – assentiu enquanto ele a abraça e sela os lábios, ela afundou o beijo e sua língua enroscou a dele com delicadeza. 

Ele adorava os beijos dela, tinham um sabor único e lhe provocavam um efeito explosivo, eram doces e apaixonados, não sentia isso com nenhuma das garotas que ficava, era só ela que causava isso nele, desceu os lábios para o pescoço dela que ofegou. 

Dulce: Ucker... – sussurrou. – Não amor! – separa dele, que suspira frustrado.

Ucker: Dulce, um dia vamos ter que transar! – bufou.

Dulce: Você sabe que eu não estou preparada pra isso ainda. – com a cabeça baixa. – Acha que eu quero perder minha virgindade no estacionamento do campus e super atrasada pro ballet ?

Ucker: Ok, vamos. – rolou os olhos e abriu a porta para ela.

Dulce: Vai ficar zangado de novo por causa disso? – o encarou.

Ucker: Não meu amor. – dando um beijo na testa dela. – Eu prometo que não. – ela sorriu. – Eu te amo.

Dulce: Eu também te amo. – deu um selinho nele e entrou. 

Ele fechou a porta dela e depois entrou. Os dois saíram e depois de um tempo chegam a escola de dança.

Dulce: Obrigada amor. – sorrindo e destravando o cinto.

Ucker: De nada, quer que eu venha te buscar? – a encarando.

Dulce: Não bebê, eu combinei com a mamãe de sair, vamos jantar fora. Faz tempo que ela promete para o João. – dando um selinho nele. – Tchau amor. – abrindo a porta. – Te amo.

Ucker: Tchau gatinha. – piscou. – Também te amo.

Dulce assentiu sorrindo e ele acelerou o carro, saindo dali. 

 

¨¨¨¨

Assim que entrou na sala, Luciana já estava batendo o pé.

Luciana: Enfim Dulce! – suspirou. – Vamos temos que ensaiar tudo hoje! O recital já é na próxima semana rainha!

Dulce: Desculpa Luciana. – sorriu sem graça. – Eu já vim até vestida pra não atrasar tanto. Estou perdoada? – com uma carinha de anjo.

Luciana: Sim.. – sorriu por fim. – Mas com uma condição.

Dulce: Qual? – confusa.

Luciana: CORRE! – berrou. 

Ela gargalhou e foi para o seu lugar. Dulce amava ballet, praticava desde os três anos, arabesque era o seu passo favorito. Para ela, dançar coreografias clássicas e difíceis era uma forma de relaxar, ficar na ponta dos pés para ela era uma terapia. Luciana pôs a frente delas, as conduzindo na coreografia perfeita, a professora adorava complicar para, segundo ela, deixar a coreografia e o recital mais "glamoroso". Depois de um tempo ensaiando as alunas, Luciana anuncia o fim da aula.

Luciana: Parabéns meninas! – batendo palmas seguida das bailarinas. – A aula de hoje foi espetacular! – despediu-se das bailarinas e depois foi falar com Dulce. – Parabéns querida, você foi ótima, como todos os dias. – sorriu e apertou as mãos dela.

Dulce: Obrigada, tudo graças a você. – disse se alongando.

Luciana: Imagina querida, você é uma das melhores! – disse bebendo um gole de água.

Dulce: Vou fingir que acredito. – fez uma carinha engraçada. – Agora deixa eu ir me trocar que daqui a pouco minha mãe passa pra me buscar. – piscou. – Até mais! – saiu.

Depois de quinze minutos, Blanca chega. Dulce já a estava esperando em frente a escola de dança.

Blanca: Demorei muito querida? – disse enquanto ela entrava pela porta de trás.

Dulce: Não mãe. – sorrindo e dando um pedala em Solange, que estava sentada no banco da frente. – Oi Sol. 

Solange: Oi doida. – sem tirar a atenção do celular.

Dulce: Oi bebê da maninha! – abraçando o irmão que estava com um bico. – O que foi gatinho? - estranhou ao ver o irmão chorando.

João: Mamãe não quer me levar no parquinho. – com os olhinhos cheios de lágrimas.

Blanca: Ora querido a mamãe já lhe explicou. – olhando pra ele pelo retrovisor. – Mamãe tem que ensaiar para o vídeo clipe.

João: Nunca tem tempo pra brincar comigo. – cruzando os bracinhos.

Dulce suspirou, tinha pena dele, era uma criança carente, não que os pais não dessem carinho a ele, não mesmo! Mas Blanca era uma cantora famosa, vivia fazendo shows, vídeos, entrevistas. Nem sempre podia dar a atenção que ele precisava, mas era nessa hora que ela entrava.

Dulce: Se quiser eu levo você baixinho. – os olhinhos dele brilharam. 

João: Jura maninha? – com um sorrisão.

Blanca: Faria isso pela mamãe filhinha? – sorrindo pelo retrovisor.

Dulce: Claro que sim mamãe. – fazendo cocégas nele que ria.

Blanca: Não sabe o alívio que me dá querida. – piscou. – Solange vai com vocês também.

Solange: Hã? – encarou a mãe. – Ah não mãe, eu estou fora. – voltou a encarar o celular.

Blanca: Ora meu amor, não seja rabugenta. – disse contrariada. – Você vai e fim de conversa.

Solange rolou os olhos e Dulce riu, a irmã tinha o gênio forte, mas era muito gente boa. Assim que chegaram ao shopping e Blanca pôs seu disfarce básico, depois seguiram para a praça de alimentação. O jantar transcorreu normalmente.

 

¨¨¨¨

Angel: Nossa gato, hoje você estava selvagem. – disse safada.

Ucker: Eu sempre sou selvagem. – disse enquanto abotoava a calça.

Angel: Você não tem medo da Dulce descobrir as suas traições não meu amor? – se levantando da cama enrolada no lençol e indo em direção dele.

Ucker: A Dulce nunca vai descobrir. – se achou. – Ela é louca por mim e bota a mão no fogo pelo papai aqui.

Angel: Então prepara a pomada porque a queimadura vai ser feia. – riu. – Hello  Ucker, é claro que ela vai descobrir!

Ucker: O que está querendo insinuar Angelique? – olhando seriamente para ela. 

Angel: Sei lá... – deu de ombros. – Alguém podia contar pra ela.

Ucker: Escute aqui. – segurou o braço dela com força. – Você sabe muito bem que se você contar alguma coisa pra ela, eu acabo com seu sonho de ser bailarina, eu faço te expulsarem da faculdade assim olha... – estalou os dedos. – Então se eu fosse você ficava na sua! – soltou o braço dela com brutalidade.

Angel: Pensando bem, seria até melhor se ela descobrisse. – acariciando o braço. – Não percebe que nós dois podíamos ficar sem medo, meu amor?

Ucker: Acha mesmo, que eu deixaria minha namorada pra ficar com você ou com qualquer vadia que eu como? – Angel o encarou com mágoa. – Você é muito engraçada Angelique. – negou com a cabeça rindo. – Depois a gente conversa, depois dessa eu estou indo. Beijos! – saiu.

Angel: Idiota! – jogou um bibelô na porta e o objeto se quebrou com o impacto.

¨¨¨¨

No shopping, Dulce ainda passeava com os irmãos e a mãe, que tinha acabado de se despedir para ir trabalhar.

Dulce: Cuidado João. – disse enquanto o irmão entrava na piscina de bolinhas. – Ain ele é tão fofinho. – sorrindo.

Solange: E chatinho. – completou fazendo careta, depois sorri.

Dulce: Sol não judia dele, ele não é chato. – disse enquanto sentavam em um banquinho de lápis de cor. – Ui quantas crianças! 

Solange: Ah maninha e então? E o Ulisses? – com os olhinhos brilhando.

Dulce: Ele está muito bem. – apertando o nariz dela. – Porque vocês não começam logo a namorar?

Solange: Ah. – olhando as mãos. – Não é tão fácil.

Dulce: Mas também não é difícil. – arqueou a sobrancelha. 

Solange: Não sei se os nossos pais vão permitir. – suspirou. – Você sabe... Eles querem que a gente se case com os Uckermann. 

Dulce: Sim... – sorriu. – E eu não vejo a hora do Christopher me pedir em casamento. – com os olhinhos brilhando. – Eu vou fazê-lo muito feliz!

Solange: Que lindo. – sorriu. – Você está bem porque é apaixonada pelo Christopher, mas eu odeio o Ricardo ele é uma mala! – rolou os olhos.

Dulce: Ah Sol, não fala assim. – acariciou os cabelos dela. – Os nossos pais vão aceitar o Ulisses sim. – sorriu carinhosa. – Eles só querem a nossa felicidade.

Solange: Eu espero mesmo... – disse baixinho e as duas voltaram a dar atenção ao irmão mais novo.

 

¨¨¨¨

No dia seguinte, estava a maior algazarra na faculdade. Os calouros estavam padecendo nas mãos dos veteranos e a bagunça era demasiada.

Dulce: Não gosto nem de sair do quarto quando está tendo trote. – negando com a cabeça. – Eu acho uma crueldade!

Angel: Ai Dulce, não seja exagerada. – rolou os olhos. – É tradição. – voltou a serrar as unhas.
Esteff: Eu vou encarar, estou morrendo de fome. – saiu.

Belinda: Essa aí não emagrece mesmo. – riu. 

Dulce: Não impliquem com a Esteff. – se levantando. – Eu vou procurar o Ucker. – sorriu. – Tchau meninas. – saiu.

Angel: Coitada. – olhando as unhas. – O Ucker deve estar com alguma vagabunda.