Fanfic: Precocemente Mãe [revisada]

Caminhou até a piscina onde tinham várias mesas vazias, algumas ocupadas e algumas pessoas mergulhando. Sentou-se em uma mesa vazia e sentiu a barriga roncar outra vez.

Dulce: Ai eu espero que a Zora não demore. – disse pegando seu celular e abrindo um joguinho. – Estou morrendo de fome. 

Depois de alguns minutos, estava muito distraída com seu jogo quando Zoraida chega com seu almoço, serviu e se retirou para atender outros pedidos. 

Dulce: Hm, que delicia não é filha? – disse tomando um gole de suco e sentindo um chute leve.

Depois de um tempo termina de comer, outra garçonete vem recolher suas louças e ela decide pedir uma barra de chocolate. Logo trouxeram e ela apenas ficou observando o movimento enquanto degustava seu chocolate. Vê Sofia saindo da piscina e se aproximando dela, que ótimo.

Sofia: Olha só quem está aqui, a barrigudinha. – disse com descaso. 

Dulce apenas a encarou e decidiu ignora-la, deu outra mordida em seu chocolate, que estava muito mais interessante do que Sofia. 

Sofia: Fiquei sabendo que quase morre ontem? – abriu um sorriso. – Porque não nos fez esse favor? – Dulce a encarou e abriu um sorrisinho.

Dulce: Pode, por favor, ir cacarejar em outro lugar? – disse sacudindo às mãos, como se a varresse.

Sofia: Olha só, não é que a cadelinha late? – disse usando as palavras de Maite, tentando parecer foda à custa da morena.

Dulce: Imitando a Maite? – riu. – Você manda muito mal. – rolou os olhos. – Fica muito melhor quando ela fala. – piscou. – Agora sai daqui. – Sofia engoliu o seco.

Sofia: É claro que eu não a imitei. – disse superior. – Como eu saberia que ela fala assim?

Dulce: Ora, por favor, todos conhecem os bordões da Maite!

Sofia: Que seja eu a odeio mesmo. – deu de ombros. – Quando você vai botar essa criatura pra fora? Não aguento mais ver você desfilando com essa barriga como se fosse a rainha do pedaço.

Dulce: Eu acho que isso não é da sua conta. – disse dando a última mordida em seu chocolate e fazendo uma bolinha com a embalagem.

Sofia: Você se acha não é Dulce Maria? – disse dando um riso extravagante. – Você não é NADA aqui, entendeu? Nem é mais a líder das animadoras, agora você é um zero a esquerda por aqui, o fato de você estar grávida do Christopher, o que eu tenho absoluta certeza que essa criança nem dele é, enfim, não importa e não muda o fato de que você é a garota mais chifruda da face da terra e vai continuar sendo! – disse vendo o semblante de Dulce congelar.

Agora Sofia tinha magoado uma ferida bastante dolorida que Dulce levava em seu coração, ela sabia que tinha sido idiota demais por não ter notado as traições dele, mas Sofia não tinha o direito de machucá-la dessa forma. Estava engolindo o choro de todas as formas, não iria dar esse gostinho a ela.

Sofia: Vai chorar? – debochou. – Onw tadinha da bebê. – disse irônica. – E tem mais, eu só não meto a porrada em você, por que estou cansada. Diga pra sua amiguinha Maite, que eu não tenho medo dela. – gargalhou.

Dulce: Acho que não vai precisar eu dizer... – olhando desconfiada e apontando.

Sofia: E por que? – engoliu o seco. – Ela está atrás de mim não é? – sentindo as pernas bambearem, Dulce assentiu.

Maite: Exatamente piranha! – disse fazendo Sofia virar e acertando um soco na cara da loira. – Vai bater na Dulce, filha da puta?! – disse pegando Sofia pelos cabelos. – Quer bater em uma mulher grávida que não pode se defender? Por que não vem me bater? Se quiser eu coloco uma barriga falsa! – dando chutes em Sofia.

Sofia: Para sua louca! – tentando proteger o rosto dos golpes, Maite tinha muita força.

Maite: Faz muito tempo... – disse rindo dos socos que Sofia acertava em seu braço. – Faz muito tempo que eu queria te pegar!

Já estavam fazendo uma rodinha ao redor das duas, Dulce poderia estar tentando separar ou fazendo algo pra controlar Maite, mas não ia fazê-lo, Sofia estava merecendo apanhar e isso era uma coisa que ela não podia fazer, pelo menos não por agora. Então que Maite o fizesse. A morena dava chutes, socos e cotoveladas. 

Não brigava com puxãozinho de cabelo e arranhõezinhos, ela brigava como um homem e fazia tudo por suas amigas, principalmente por Dulce, que era como se fosse sua irmã mais nova. Depois de muito meter a porrada em Sofia, Maite a levou até a piscina e a jogou de volta dentro da mesma, chega a água ficou avermelhada pelo sangue dos ferimentos dela.

Maite: E da próxima vez que quiser dizer alguma coisa, diga na minha cara! E antes de ameaçar bater na Dulce, aprenda primeiro a brigar, por que mole como você é até ela te quebraria em duas. – cuspiu na piscina sentindo um alivio por ter metido a porrada naquela vaca. – Vamos Dulce, qualquer coisa eu estou no meu quarto, queridos. – sabendo que teria problemas na direção, mas ela não tinha um pingo de medo. – Bye  Sofia, foi um prazer quebrar sua cara! – saiu com Dulce que apenas sorria do feito da amiga.

Sofia sentia seu corpo todo doer, não conseguia nem abrir o olho e sentia seus dentes meio moles. Maldita Dulce! Maldita Maite!

 

Dulce e Maite voltaram para o quarto, Dulce ainda estava abobada pelo que se sucedera na piscina e Maite estava cantarolando uma musiquinha em inglês, nem parecia que tinha acabado de bater em Sofia e quase a deixado banguela.

Dulce: Maite você é louca. – disse abrindo um sorriso.

Maite: Louca é aquela vaca, ninguém mandou ela me provocar! – se jogou na cama.

Dulce: Eu estou com medo que vá pra direção mais uma vez por minha culpa Maite. – ela disse mordendo o lábio. – Não é justo.

Maite: Não lasca Dulce. – ela rolou os olhos. – Quem disse que eu tenho medo do diretor? Bato até nele, se vier com gracinhas.

Dulce: Você não é normal. – riu.

Maite: Não mesmo. – coçou o olho. – E além do mais eu sempre me dou bem. – deu de ombros. – Por sorte eu sou rica! O máximo que eu levo aqui é uma suspensão.

Dulce tinha que concordar, ali eram os riquinhos que mandavam. Tem dinheiro? Então pode até botar fogo naquele lugar, Maite conhecia isso muito bem, era filha de um dos políticos mais famosos e influentes do país. André simplesmente não podia fazer nada que prejudicasse a moça ou então prejudicaria a ele mesmo.

Maite: E outra, da próxima vez que àquela merdinha ameaçar você, é pra me contar entendeu? – Dulce a encarou. – Ouviu Dulce Maria? 

Dulce: Tudo bem. – afirmou com a cabeça. – Não acho que ela vá se aproximar de mim outra vez. – deu de ombro.

Maite: É... – suspirou. – Se ela tiver amor aos dentes que sobraram ela fica na dela, mas de qualquer jeito, quem ela pensa que é para ameaçar te bater?

Dulce: Eu não acho que ela teria coragem de bater em mim Maite. – contendo o riso, Maite estava muito engraçada. – Vai ver ela disse da boca pra fora.

Maite: Não sei, mas ela vai me pagar, deixa só eu ver outra vez ela te ameaçando... - é interrompida por Anahí, que entrou no quarto, completamente eufórica.

Anahí: Maite! – a loira berrou. – É verdade que você meteu a porrada na loira burra da Sofia? – caindo no riso ao ver Maite confirmando com a cabeça. – Porra, você é a melhor! – caiu em cima dela.

Maite: Conta uma novidade. – disse se achando.

Dulce: Não incentiva Annie, pela primeira vez na vida vi Maite bater em uma pessoa com tanta ira. – se abanando.

Anahí: Incentivo sim! – disse dando um pedala em Maite. – Aquela desgraçada estava merecendo apanhar desde que seduziu seu homem. E hoje foi o dia glorioso, Maite é foda. – Dulce engoliu o seco, ela não queria pensar nisso.

Maite: Calmem minhas fãs, tem Maite pra todo mundo! – piscou.

Anahí: Mas como foi, por que você partiu pra cima, ela fez alguma coisa em especial?

Maite: Olha eu estava querendo pegar ela desde ontem, como vocês sabem... E hoje nós esbarramos no corredor, eu estava atrasada para o ensaio com a Virgínia e ela me provocou, nós discutimos e quando eu fui pra cima ela correu, eu estava com saltos e atrasada para o ensaio por isso deixei passar, mas quando eu vi ela ameaçando bater na Dulce eu.

Anahí: COMO ASSIM JOSÉ? – berrou. – Ela disse que ia bater na Dulce? – apontando a ruiva, as duas assentiram. – Vaca! Se eu estivesse lá tinha te ajudado.

Maite: Nem me fale, eu fiquei irada! – Dulce sorriu, suas amigas eram as melhores do mundo, não podia ter mais sorte por tê-las. – Bati! Bati muito, sem pena! – disse dando murros no colchão.

Anahí: Mas pela confusão que ficou lá em baixo, acho que você vai ser chamada na direção amiga.

Maite: Pois estou aqui apenas esperando o convite! – disse deitando outra vez e apoiando as mãos na cabeça completamente folgada e despreocupada. – Se me irritarem, até o diretor vai levar uma voadora!

As três ficaram conversando e não demorou a que batessem na porta, era a secretária da diretoria.

Margareth: Maite. – disse cruzando os braços. – Eita menina que você não sossega hein? – negando com a cabeça reprimindo o riso, afinal de contas tinha que ser firme. – O senhor diretor está esperando você na sala dele.

Maite: Já vou, pode se retirar... – disse varrendo a mulher.

Margareth: Agora Maite! – rolou os olhos. – Não vou falar outra vez entendeu?

Maite: Tá bom carniça, vai-te embora logo! – disse sem paciência. Margareth apenas saiu com um bico. – Bem garotas, me deixa ir lá. – se levantando. – Daqui a pouco eu volto.

Dulce: Boa sorte Maite! – sorriu. – E obrigado por ter me defendido, eu te amo.

Maite: Eu sei ruiva. – piscou. – Eu sei, ah esses meus fãs... - Anahí e Dulce riram.

Anahí: Boa sorte morena! – Maite deu o dedo pras duas e saiu. – Essa garota é louca cara! – rindo.

Dulce: Muito, mas não saberíamos viver sem ela. – riu.

Anahí: Isso não. – abraçou Dulce de lado. – Está melhor?

Dulce: Sim, estou me sentindo muito bem. – assentiu. – E você, como foi o treino?

Anahí: Ah Dulce aquilo não é a mesma coisa sem você. – suspirou frustrada. – Mas eu estou fazendo o melhor que eu posso, estamos treinando como uns loucos, afinal o campeonato de futebol já está em cima, temos que treinar dobrado.

Dulce: Pior que é, já decidiu a música e as animadoras que vão entrar?

Anahí: Já, só estamos mesmo treinando para nada dar errado. – disse ligando a TV. – Cadê a Esteff? – confusa.

Dulce: Pensei que ela estivesse com você... – riu e as duas ficaram conversando sobre assuntos banais e vendo o que passava na TV.

 

¨¨¨¨

Alguns minutos depois. Pedro andava pelos corredores da faculdade em busca de Dulce, estava decidido a se desculpar com ela sobre o assunto da casa de campo, queria ganhar a confiança da ruiva outra vez e estava arrependido por ter mentido tão descaradamente. 

De repente sente uma bofetada arder em seu rosto, pois a mão no mesmo e depois o que ele sentiu foi uma joelhada certeira em seus ovos que quase o matam de dor.

Maite: HAHÁ! – disse enchendo ele de tapas. – Era você mesmo que eu estava querendo acertar seu mentiroso, cachorro! 

Pedro: Maite sua louca! – ele se separou dela e segurou seus braços, ainda sem ar pela joelhada. – O que deu em você? Sou eu, Pedro! Somos amigos!

Maite: Eu não sou amiga de gente mentirosa! – disse tentando se soltar. – Me larga, eu vou te matar de porrada! – cuspiu.

Pedro: Maite, eu não queria mentir. – ele disse como um cãozinho que caiu do caminhão da mudança. – Eu só queria que a Dulce fosse comigo, essa trilha era mega importante pra mim e queria dividir minha felicidade com ela, só isso. Está certo que eu fiz mal em ter mentido e deveria ter dito a verdade, mas eu queria muito mesmo que ela fosse, se eu dissesse sabia que ela não ia querer ir... Perdoe-me.

Maite o encarou e ele deu meio sorriso.

Maite: Pode me soltar? – disse sacudindo as mãos.

Pedro: Oh claro. – a soltou e ela deu-lhe um pedala. – Au! Pensei que estivesse me desculpado! – pôs a mão na cabeça.

Maite: Eu te desculpo, mas o que você está fazendo aqui? – o olhou com desconfiança.

Pedro: Vim pedir desculpas para Dulce, onde ela está? – olhou para os lados.

Maite: Ela não está aqui. – cruzou os braços. – Foi pra casa dos pais dela. – mentiu. Não era por que tinha o desculpado que voltaria a confiar nele cegamente, não tão fácil. 

Pedro: Mas, por quê? Quando ela volta? – coçou a nuca. – Qual é o telefone de lá?

Maite: Não sei porra! – disse impaciente. – A mãe dela veio buscá-la e é só, lá pela semana que vem ela volta... – se virando pra sair.

Pedro: Espera aí, acha que ela me desculpa? – segurando Maite pelo braço.

Maite: Não sei querido... – sorriu falsamente. – Vai saber não é? – viu Christian se aproximar e ele não estava com uma cara muito amigável ao ver aquele tal de Recalde tão perto da sua morena.

Christian: Ei meu chapa, solta a minha mulher... – separando os dois. – Sai fora não, moleque. – fazendo umas posições de kung fu enquanto arrastava Maite.

Maite: Bye  Pedroca, volta ano que vem! – piscou depois mandou um beijinho enquanto saia abraçada com Christian.

Pedro: Que merda! – disse chutando os armários. Foi embora e decidiu voltar semana que vem, afinal fazer o que?

Christian: Não gostei de ver você com esse otário. – ele disse com cara de poucos amigos.

Maite: Não tem que gostar de nada. – deu de ombros. – Não é meu dono.

Christian: Obrigado pela consideração. – disse frustrado.

Maite: Brincadeira gatinho, venha cá, me dê um beijo. – piscou enquanto o puxava para um beijo. – Mas não ligue pra ele, o negócio daquele ali é ficar atrás da Dulce.

Christian: Coitado do Christopher. – negando com a cabeça. – E esse papel? – apontando.

Maite: Ah é só outra suspensão por ter quebrado os dentes da Sofia. – disse dando um sorriso travesso e rasgando o papel jogando os pedaços por ali. – Foda-se! – deu de ombros e voltou a beijar ele.

 

¨¨¨¨

O resto da tarde se passou tranquilamente, Christopher ligou e disse que teria que dormir em casa naquela noite, pois Liliane estava doente e ficava fazendo drama, querendo que ele ficasse com ela. 

Ele não viu outra alternativa a não ser fazer a vontade da pequena. Dulce preferiu não dizer nada a ele a respeito de Sofia e toda a confusão, afinal não era nada demais. No dia seguinte eles também não se virão, pois Christopher assim que acabou a aula saiu outra vez e dessa vez não lhe disse nem pra onde tinha ido. Ela suspirou frustrada e resolveu ficar o dia inteiro no quarto, vendo TV ou usando o computador, estava muito entediada. 

 

À tardinha, estava vendo TV com Anahí e Maite, quando batem na porta.

Esteff: Entra! – berrou e logo uma menina mete a cabeça na porta.

Anahí: Oi Andréa. – sorriu. – Algum problema?

Andréa: Que nada meninas. – mandou beijinhos. – Dulce, o professor disse que se você pudesse ele quer repor o ensaio que você perdeu ontem. O Bruno está lá e algumas pessoas que tem que atuar com você também.

Dulce sorriu. Ótimo, pelo menos sairia do tedio em que estava.

Dulce: Claro que sim. – disse levantando. – Pode me esperar para eu não ir só? – perguntou chamando-a com a mão. – Só vou trocar de roupa bem rapidinho.

Andréa: Claro. – entrou. – O que vocês estão assistindo aí?

Maite: Elas estão assistindo novela. – disse enfatizando. – Eu não gosto dessas besteiras. resmungou, fazendo Andréa gargalhar, Maite era uma figura.

Anahí: Então Andréa? – sentou-se pra poder olhar a menina. – Não está com ciúmes por ter que ver seu namorado beijar a Dulce? – se referiu por ela ser namorada de Bruno, o protagonista.

Andréa: Óbvio que sim! – riu alto. – Mas para a Dulce eu empresto hein Dulce? – disse e pode ouvir a risada de Dulce, vindo de dentro do closet.

Dulce: Obrigada pelo seu empréstimo. – disse saindo amarrando o cabelo, em um rabo de cavalo.

Andréa: De nada, ruiva. – sorriu. – Nossa como ela está grande! – observando a barriga da ruiva. – Está com quantos meses?

Dulce: Sete meses e uma semana. – suspirou.

Andréa: Eita está bem perto hein? – Dulce assentiu.

Dulce: Vamos? – chamou e ela assentiu enquanto se levantava da cama. – Vocês não vão vir? – perguntou as amigas.

Anahí: Eu vou, afinal, serei a vilã e te perturbarei durante toda a peça, hahaha... – dando uma risada macabra, fazendo todas rirem. – Vamos logo. – se levantando.

Dulce: E você Maite?

Maite: A única coisa que eu falo contigo durante a peça, é pra que seja feliz com meu irmão e é só no fim. Também, estou suspensa. – rolou os olhos. 

Dulce: Certo, então daqui a pouco nós voltamos. – sorriu enquanto saiam. – Está difícil a peça meninas? – disse enquanto já caminhavam pelo corredor.

Andréa: Não achei. – negou. – Você estudou os textos que o professor entregou?

Dulce: Mais ou menos. – com um sorrisinho, a verdade é que tinha estudado pouquíssimo as suas falas.

Andréa: Relaxa Dulce. – a abraçou por cima do ombro.

 

Não demorou em que as duas chegassem a uma sala, onde estava sendo realizado o ensaio do grupo de teatro.

Professor: Olá Dulce! – sorriu. – Como está se sentindo?

Dulce: Muito bem professor. – sorriu colocando o cabelo atrás da orelha. – E o senhor? Oi gente! – todos a cumprimentaram.

Professor: Estou bem sim, nossa você nos deu um susto. – ele disse a conduzindo até os outros.

Dulce: Não se preocupe, foi só um susto. Ai gente desculpa mesmo por ter feito vocês terem um ensaio a mais, foi mal mesmo.

Alguns alunos não ligaram pelo fato de estarem mais uma vez cobrindo o ensaio, outros estavam irritados com Dulce e outros indiferentes. Sofia não estava ali, provavelmente estava desfrutando de sua suspensão em casa.

Professor: Não se preocupe Dulce, todos nós temos problemas.

O professor deu de ombros e começou a explicar a peça. Depois de um tempo, Dulce já tinha pegado o jeito e estava atuando como ninguém. O que atraia a admiração do professor, sem dúvidas era uma ótima atriz.

 

¨¨¨¨

À noite, Christopher estaciona o carro no estacionamento. Tinha adorado seu primeiro dia de trabalho, tinha se dado muito bem com todos os seus parceiros, além de ser uma coisa que ele gostava de fazer. Até que trabalhar não era nenhum bicho de sete cabeças como ele pensava que era. Foi até seu quarto, tomou um banho.

Christian: Olha só se não é o homem trabalhador. – disse assim que entrou e o viu se arrumando. – Vai pra onde?

Ucker: Vou chamar a Dulce pra sair, ela deve estar muito entediada. – suspirou. – Hoje não deu de falar com ela por que meu celular descarregou e já estava atrasado.

Christian: Acho que caiu algum tijolo na sua cabeça. – Christian encarou o amigo minunciosamente, depois deu um pulo e pôs a mão na cabeça dele. – Sai daí, que esse corpo não te pertence!

Ucker: Sai fora, Christian! – se desvencilhou dele. – Porque não vai atrás da sua morena?

Christian: Por que ela está dormindo.

Ucker: Já? Ainda são oito da noite. – espantando enquanto olhava o relógio. – Não é ela que é a doidona?

Christian: Aham, mas acabei de voltar de lá e ela estava dormindo. – suspirou sentando na cama.

Ucker: Mas a Dulce está dormindo também? – disse parando de se perfumar.

Christian: Não, só está a Maite no quarto, nem Dulce, nem Anahí e nem Estefânia estão lá.

Ucker: Ótimo, então eu vou procurar a Dulce, até mais cara. – deu um tapinha nas costas do amigo e depois saiu atrás de Dulce.

Foi até o quarto dela para ver se por acaso já tinha voltado e suspirou ao ver que realmente apenas Maite estava ali, saiu com cuidado e foi na cantina, nada de Dulce, foi à biblioteca, nada dela. Já estava começando a ficar encabulado.

Ucker: Ivete... – chegou até um grupo de meninas. – Viram a Dulce?

Ivete: Ela tá na terceira sala, do corredor três. – apontou.

Ucker: Fazendo o que? – curioso.

Ivete: Não faço ideia, passei por lá agorinha e escutei a voz dela. 

Ucker: Ok valeu. – saiu até o tal corredor. 

 

Que diabos que Dulce estava fazendo ali? Não demorou a que chegasse até a tal sala, tentou abrir mais estava trancada, quando ia começar a bater, ouviu a voz dela de dentro da sala.

Dulce: Eu também te amo Camilo. – ela dizia com voz de choro, ele arregalou os olhos. – Mas como podemos ser felizes se somos tão diferentes? Eu vou ter um filho que não é seu. – Christopher arregalou os olhos, que porra era aquela?

Bruno: Eu não me importo com isso Maria, eu assumo essa criança como se fosse minha, você não precisa se preocupar, o que importa é o nosso amor, esqueça tudo, ande meu amor, eu amo você!

Dulce: Eu também amo você! – disse afobada. – Mais do que a minha própria vida, você é o meu ar Camilo.