Fanfics Brasil - Capítulo 47 Precocemente Mãe [revisada]

Fanfic: Precocemente Mãe [revisada]


Capítulo: Capítulo 47

51 visualizações Denunciar





Agora não tinha mais dúvidas, sua filha estava nascendo mesmo, ela não estava pronta, não estava pronta pra enfrentar o parto.


Maite: Que barulho foi esse? Dulce a sua bolsa estourou? – perguntou encabulada ao ouvir o barulho de água caindo no chão. A ruiva ficou calada. – Merda, você quer nos matar de preocupação?!


Ucker: Eu vou arrombar! – disse tomando distancia. Os meninos chegam.


Poncho: E então cara, onde ela está?


Christopher: Não quer abrir a porta do banheiro de jeito nenhum, me ajudem a arrombar. – apontando a porta do banheiro. Os amigos não hesitaram e foram ajudá-lo. – Dulce, se afasta da porta. – ele avisou e tentaram a primeira vez, nada. 


Tentaram a segunda, a terceira e na quarta vez a porta se abriu com força. Eles a viram no canto do banheiro, com o rosto banhado em lágrimas e o vestido todo molhado. O porcelanato branco do banheiro estava coberto por um liquido amarelado, que eles deduziram ser o liquido amniótico.


Dulce: Por favor, me deixem quieta... – ela pediu em um choro doloroso. – Está doendo demais.


Ucker: Meu amor, você não pode ficar aqui. – ele se aproximou dela. – A nossa filha precisa nascer em um lugar seguro e você não pode tê-la aqui, isso é loucura Dulce.


Maite: Dulce Maria, você está muito encrencada. Não sabe o que vou fazer com você, quando terminar de parir! – disse se aproximando dela e lhe dando um abraço. – Vamos minha porrinha, nós estamos com você, vai dar tudo certo está bem?


João: Sol? – apareceu no banheiro curioso e se aproximou com o cachorrinho no colo. – Por que minha irmã estava gritando e chorando?


Dulce: Tire-o daqui Sol! – pôs a mão no rosto. – Não quero que ele me veja desse jeito, por favor...


Solange: Ela só está um pouquinho doente, mas já vai passar... Vamos dormir?


João: Porque você está chorando maninha? – ignorando Solange completamente, ele não gostava de ver Dulce chorando.


Dulce: Por que a maninha está sentindo muita dor bebê. – tentou sorrir. 


João: Por que está sentindo dor?


Anahí: Por que a filhinha dela está nascendo e quando os bebês nascem as mamães sentem dor.


João: Minha irmã vai ter um bebê agora? – arregalou os olhinhos. Anahí assentiu. – Mas não são as cegonhas que trazem? Por que dói?


Anahí: Mas enquanto elas não trazem as mamães sentem uma dorzinha. – piscou. – Agora você vai dormir e amanhã quando acordar você pode ver a filhinha da Dulce. O que acha?


João: Ela já vai poder brincar comigo? – com os olhinhos brilhando. Anahí assentiu. – Eba!


Alfonso: Agora você precisa dormir baixinho. – fazendo um carinho no cachorrinho, que atracou o dedo dele. – Ai porra! – sussurrou, os dentinhos do cãozinho até que estavam afiados.


João: Eu esqueci de dizer que ele morde. – colocando-o no chão, Poncho sacodiu os dedos. – Amanhã eu quero ver a Laura. – disse se aproximando da irmã. – Mas quando ela nascer você vai continuar tomando banho comigo não é?


Dulce: Claro que sim fofinho. – disse dando um beijinho nele e um abraço apertado. – Eu te amo muito, viu? Sempre vou estar com você. – ela engoliu o seco, não queria pensar nessa doença, mas era praticamente inevitável. – Agora vai dormir está bem? – ele assentiu e saiu com Solange. Ela começou a chorar outra vez.


Ucker: Dulce é melhor nós irmos. – ela assentiu vencida. – Eu prometo que vai dar tudo certo meu amor. – a pegando no colo e saindo do banheiro, a contração que se seguiu foi insuportável, ela não pode evitar de gritar.


Dulce: AAI. – arqueou a cabeça pra trás. – Oh meu Deus. – mordeu o lábio.


Anahí: Eu vou buscar as coisas do bebê, me ajuda Maite! 


As duas saíram em direção ao quarto do bebê. No momento seguinte Fernando chegou apressado.


Fernando: Querida, eu vim o mais rápido que eu pude, já estou aqui meu amor, estou aqui do seu lado. – seguindo Christopher, desesperado ao ver sua filha sofrendo. – Cuidado Christopher.


Ucker: Não se preocupe tio. – descendo as escadas, sendo seguido por todos. – Você vai para o hospital?


Fernando: É claro que eu vou!


Dulce: E a mamãe? 


Fernando: Já está chegando meu bem.


Ao chegar no carro, Christopher a colocou no banco traseiro, sentando ao lado dela, Christian foi dirigindo e Poncho no banco do carona. Maite, Anahí e Derrick foram com o carro da loira e Fernando foi com seu próprio carro, Solange ficou em casa com João, já que as empregadas estavam dispensadas. Ótimo dia para Dulce dispensá-las.  Pensou.


 


¨¨¨¨


No carro de Christian.


Christian: Está doendo muito Dulce? – ele perguntou com uma carinha de dor, ao ver a ruiva se contorcendo.


Dulce: Nem queira saber. – fazendo uma espécie de massagem na barriga. – Ai!


Ucker: Christian, não tem como você ir mais rápido não? – disse completamente aperreado ao ver Dulce se contorcendo ao seu lado. – Aguenta só mais um pouquinho Dulce. – apertando a mão dela e dando um beijo em seguida.


Dulce: Eu não quero mais fazer sexo... – chorosa. – Nunca mais. – Christopher engoliu o seco.


Poncho: IRRÚ! – gargalhou. – Se deu mal hein Ucker?


Christian: Se lascou. 


Ucker: Tudo bem. – paciente, sabia que ela só estava falando aquilo da boca pra fora. – Se você diz... – forçou um sorriso.


Dulce: Ai meu Deus, como isso dói! – berrou.


Christian: Relaxa Dulcinha, já estamos quase chegando.


Dulce: Ucker, a doutora! – lembrou-se. – Ninguém ligou pra ela avisando! – gemeu aperreada.


Ucker: Merda, é verdade. – pegando o seu celular. – Não se preocupe, eu já resolvo isso. Tem o número dela? – Dulce assentiu. – Me diz.


Ela disse o numero e ele discou. A doutora atendeu com voz de sono, ele explicou tudo e ela disse que já estava a caminho da maternidade.


Dulce: O que ela disse? – respirando fundo.


Ucker: Que já estava a caminho da maternidade. – acariciando a barriga dela. – Nossa como está dura. – Dulce assentiu. – Está muito ansiosa pra nascer filha? – sussurrou para a barriga.


Dulce se apoiou nele e gemeu alto ao sentir mais uma, estava piorando cada vez mais. Ele acariciou os cabelos sedosos da ruiva enquanto soprava no rosto dela de leve.


Dulce: Para de respirar na minha cara! – disse entredentes. – Você estava bebendo não é?


Ucker: Pois é... – ele coçou a nuca. – Foram só umas doses de uísque, desculpa. – riu de leve. – Está passando? – ela apenas assentiu, não estava com cabeça e nem condições de brigar, apesar de não gostar nada de saber que ele estava bebendo.


 


Depois de alguns minutos eles chegam à maternidade. Dulce sentiu o estomago dar saltos, o nervosismo aflorava cada vez mais e o medo era constante. Ela tinha pânico de hospitais. Preferia o banheiro. Christian estacionou o carro e logo Christopher saiu, pegando ela no colo.


Christian: Ajuda aqui cara. – chamando o enfermeiro assim que entraram no centro médico. – Ela está em trabalho de parto.


Enfermeiro: Vou buscar uma cadeira de rodas. – correu e logo trouxe uma cadeira de rodas. – Pode sentar moça. – Christopher a ajudou a sentar. – Se sente confortável nessa posição?


Dulce: Eu só quero que acabe, não me sinto bem, estou péssima! – dizia desesperada.


Ucker: A doutora Selena já está aqui? – disse seguindo o enfermeiro, que arrastava a cadeira de rodas.


Enfermeiro: Ah, ela é a paciente da doutora Selena? – Christopher assentiu. – A doutora não demorará, já está a caminho. Eu vou chamar a equipe dela e preciso que alguém me acompanhe até a recepção pra poder interna-la.


Ucker: Eu mesmo vou.


Dulce: Não Ucker, não me deixa sozinha! – disse apressada. – Deixa que o papai faz isso.


Ucker: Quer que eu fique com você? – perguntou com um sorrisão, ela assentiu. – Então está bem meu amor. – sorrindo estonteante. – Poncho vai lá com o tio Fernando e diz pra ele internar a Dulce, por favor. – Poncho deu meia volta e foi fazer o que lhe foi pedido.


Enfermeiro: Eneida! – chamou a atenção de outra enfermeira. – A paciente da doutora acabou de chegar.


Eneida: Enfim! – sorriu indo até eles. – Pode deixar Fabio, eu cuido dessa mocinha.


Enfermeiro: Claro, boa sorte pra vocês. – saiu.


Eneida: Vamos te levar pra sala e te examinaremos, a doutora mora a três quadras daqui, já está chegando.


Dulce: Vai demorar pra ela nascer? – perguntou enquanto era empurrada até o quarto.


Eneida: Vai depender da velocidade que o parto andar, eu não posso te dizer ao certo. – Dulce fez uma careta e lá vinha mais uma contração.


Foi levada para um quarto, só de entrar naquele lugar sentiu náuseas, o cheiro de medicamentos, típico de hospitais a faziam tremer na base.


Eneida: Pode vestir isso querida. – a mulher pegou uma camisola de hospital e a entregou pra ela. – Vai se sentir mais confortável. – a ajudando a levantar.


Dulce: Obrigada. – levantou com a mão na barriga. – É normal os bebês ficarem se mexendo como loucos nesse momento? 


Eneida: Sim e isso é muito bom. – sorriu enquanto a ajudava a tirar o vestido. – Significa que ela está bastante ativa e vai ajudar quando for à hora de empurrar. – Dulce assentiu mais aliviada. – Estão ansiosos para a chegada do bebê?


Ucker: Muito. – sorriu. – E com os nervos a flor da pele também.


Eneida: Muito normal. – brincou e são interrompidos pela doutora, que chega apressada.


Selena: Dulce! – entrou na sala com um sorriso. – Menina, não me diga que essa mocinha resolveu chegar antes da hora?


Dulce sentiu um misto de alivio e tensão ao ver a doutora. Logo desabou em lagrimas outra vez.


Dulce: Ai doutora, eu estou com muito medo, ela está adiantada.


Selena: E o que aconteceu meu bem? Ela está adiantada por quê?


Dulce: Eu não sei. – chorando.


Selena: Você fez algo que não devia, não é? – desconfiada e Dulce ficou pensativa. 


Claro que sim! O incidente com Sofia com certeza acelerou o trabalho de parto. Desgraçada!


Selena: Não se preocupe minha querida, eu já estou aqui, termine de se vestir e deite aqui que eu vou lhe examinar. – arrumando a cama. – Como vai Christopher? – o olhou.


Ucker: Nervoso. – deu meio sorriso. – E a senhora?


Selena: Muito bem. – observando Dulce terminar de se trocar. – Certo, agora deite aqui. – apontou a cama. Dulce deitou com dificuldade.


Dulce: Ai! – cerrou os olhos ao sentir outra contração. – Eu não estou aguentando mais!


Selena: É assim mesmo querida. – com um sorriso. – Abra as pernas, por favor, preciso ver sua dilatação. 


Dulce fez o que ela disse rezando para já estar com os dez centímetros, mas a doutora cortou seu barato. 


Selena: Está com cinco centímetros de dilatação. – pegando um par de luvas. – A que horas exatamente a bolsa estourou? – pondo as luvas.


Ucker: Não sabemos ao certo. – ele disse aperreado. – Mas foi por volta das dez e meia.


Selena: Hm... – disse penetrando um dedo na vagina de Dulce. – Se agora são onze e quinze já tem quarenta e cinco minutos, por aí. – ela deduziu. – O colo do útero está baixo e bem fino, é Dulce... – disse balançando a cabeça positivamente. – É hoje. Dulce pôs a mão no rosto completamente em pânico. Escutam algumas batidinhas na porta. – Pode entrar. – disse tirando as luvas. 


Blanca: Oh meu Deus! – disse adentrando ao lado de Alexandra. – Minha filha, a mamãe já está aqui. 


Dulce ao ver a mãe ali dentro, mesmo estando com aquelas roupas cheias de purpurina, não soube explicar o alivio que sentiu.


Dulce: Mamãe! – soluçando. – Faz parar, está doendo muito. – Blanca se aproximou e lhe deu um beijo na testa.


Blanca: A mamãe não pode fazer parar querida. – com o coração apertado, pois sabia perfeitamente a intensidade da dor que ela estava sentindo. – Mas eu prometo que vai passar está bem? – Dulce pôs a mão no rosto, completamente em pânico.


Selena: Como vão moças? – cumprimentando as duas.


Alexandra: Oh, Selena minha querida. – deu dois beijinhos. – Como está?


Selena: Bem Alexandra. – sorriu enquanto Blanca lhe cumprimentava com dois beijinhos no rosto.


Blanca: Ela está com quanto de dilatação? – perguntou aflita.


Selena: Cinco. – suspirou e Blanca fez uma careta. – Mas pelo jeito não vai demorar a chegar aos dez. A bolsa estourou há quarenta e cinco minutos atrás e já abriu cinco centímetros, eu não dou muito tempo.


Alexandra: Espero que não. – acariciou os cabelos de Dulce.


Selena: Querida, não quer tomar um banho antes de colocar o soro?


Dulce: Não tem como eu ficar sem o soro? – abraçando o travesseiro.


Selena: Não, precisa do soro. – piscou.


Dulce: Quero tomar banho. – sussurrou.


Selena: Boa escolha. – a doutora sorriu. – A água quente ajuda na dilatação, venha, nós lhe ajudamos. – estendendo a mão.


Com a ajuda da doutora, Dulce foi até o banheiro do seu quarto. Blanca e Alexandra a ajudava a andar e Christopher estava completamente perdido, sabia que tinha que ficar ali, mas o que ele faria?


Ucker: Mamãe. – ele sussurrou e Alexandra se virou. – Eu preciso respirar um pouco. – olhando para os lados, completamente aperreado. – Eu não consigo ver ela assim e não poder fazer nada pra ajudar, eu vou lá enquanto ela estiver no banho, quinze minutos.


Alexandra: Não se preocupe filho, eu sei que é difícil, vai lá, toma uma água, respira um pouco que isso é só o começo. – acariciou o braço dele. – A Dulce precisa de você agora, mais do que nunca.


Ucker: Eu sei. – assentiu. – E eu vou ficar ao lado dela. – Alexandra sorriu. – Eu volto já.


Alexandra: Certo. – ele saiu e ela entrou no banheiro, onde Dulce já estava nua. – Christopher foi tomar uma água e logo estará de volta.


Selena: Tudo bem. – sorriu. – Venha querida... – a guiando até a ducha. – Prefere a banheira? – Dulce negou. – Então vamos tomar uma chuveirada. – brincou, ligando o chuveiro. – Molha esse cabelo, relaxa.


Dulce: AAI! – apertou os olhos sentindo outra contração, apoiou-se em um corrimão. – Mamãe me ajuda. – abraçando a mãe, fazendo a mesma se molhar, mas Blanca sequer se importou. – Doí demais! – Blanca estava inerte, não sabia o que fazer.


Selena: Qual era o plano inicial de parto, Dulce?


Dulce: Natural, eu não queria tomar nada, mas já estou começando a mudar de opinião. – relaxou sentindo a contração cessar.


Selena: Se quiser uma peridural, posso chamar a anestesista. – ela disse fazendo uma massagem delicada nas costas de Dulce. A ruiva suspirou e passou a mão nos cabelos, dando um jeito de molha-los mais.


Dulce: Vou tentar aguentar mais um pouco. – a doutora assentiu e ela mordeu o lábio ao sentir outra. 


A doutora a abraçou e ela apoiou a cabeça no ombro da médica tentando conter um grito.


Selena: Respira, é assim mesmo. Seja forte!


Dulce: Eu não sei se eu vou conseguir... – sussurrou com dor. – Estou achando impossível no momento.


Selena: Toda mulher consegue parir um filho querida, é uma dadiva de Deus, essas dores que você sente agora, é o seu corpo se abrindo, se preparando para a passagem do bebê. Eu sei que doí muito, mas você vai conseguir e vai dar tudo certo está bem?


Dulce apenas assentiu, se sentia tão bem quando ouvia coisas assim, Selena realmente era uma ótima profissional, muito mais que isso, uma amiga. Não era a toa que era uma das melhores, senão a melhor.


Blanca: Está passando meu amor? – acariciou os cabelos dela.


Dulce: Um pouco. – tentou sorrir.


Terminou o banho e com a ajuda da equipe médica ela se vestiu, com a camisola de hospital.


Selena: Agora me deixa colocar esse soro aqui. – Dulce fez uma careta. – Não se preocupe, não vai nem sentir. – ela virou a cara para o outro lado para não ver, logo sentiu uma picadinha e viu que a doutora prendia a agulha com um esparadrapo. – Prontinho. – piscou. – Me deixa colocar isso aqui, é necessário pra saber os seus batimentos e os do bebê. 


Dulce assentiu, estava ficando com sono, mas quem disse que ela conseguia dormir com aquelas dores?


Eneida: Quer gelo? – ofereceu. – É a única coisa que pode comer.


Dulce: Não estou com fome, obrigada. – tentou sorrir. – Meu pai, onde está?


Blanca: Está lá fora meu amor. – sorriu. – Ele prefere evitar as emoções fortes demais.


Selena: Deixa-me ver se aumentou a dilatação. – Dulce abriu as pernas, rezando para ter aumentado consideravelmente. – Sete centímetros.


Dulce: Oh meu Deus, todo esse tempo e só aumentou dois centímetros? – pôs a mão na cabeça. – Ai merda...


Selena: Só faltam três centímetros querida. – observando o soro. – Você tem sorte, está andando muito rápido.


Dulce: Eu tenho pena de quem não tem sorte. – ironizou. – Se isso é sorte o que é azar?


Selena: Sofrer durante dias.


Dulce: Oh meu Deus, então eu sou a mulher mais sortuda do mundo. – pôs a mão no rosto, de repente outra contração a fez trincar os dentes, foi como se reunisse todas as outras em uma só. – AAI MERDA! – se contorceu na cama.


Selena: Quando foi a última contração Eneida? 


Eneida: Cinquenta segundos atrás doutora. – olhando o monitor.


Dulce se contorcia e fazia caras e bocas, não iria aguentar aquilo até que abrisse tudo. Caso contrário morreria antes mesmo de sua filha nascer, aquilo era a morte!


Dulce: Eu não estou aguentando... – negando com a cabeça. – Eu quero tomar a peridural.


Selena: Certeza? – ergueu a sobrancelha. 


Dulce morria de medo de agulhas, ainda mais uma tão grande como a agulha da peridural, mas na frente daquelas dores a agulha era o paraíso e ela precisava tomar, antes que morresse de dor. A ruiva assentiu. 


Selena: Chamem a anestesista!


 


¨¨¨¨


Do lado de fora, Christopher tomava um café, enquanto ouvia seu pai e seu tio Fernando conversando.


Luiz: Quando o Christopher nasceu eu fiquei tão desesperado que precisei tomar um calmante! – gargalhou lembrando.


Fernando: E eu não lembro? – riu. – Esse lugar nos trás boas recordações. – disse nostálgico. Luiz olhou para o lado e viu o filho abatido.


Luiz: Vamos meu filho, fique tranquilo. – abraçou o filho de lado. – Daqui a pouco estará com a sua garotinha no colo.


Ucker: Eu sei. – forçou um sorriso. – Eu só estou nervoso. 


Deu um leve sorriso, na verdade ele não estava nervoso, estava em pânico! Não pelo parto em si, mas sim pelo medo de que desse algo errado e a doença de Dulce se agravasse, não tinha noção de como ficaria sem ela, estava sentindo um desespero fora do normal. Estava com medo que ela partisse, ela era sua razão de viver e não imaginava sua vida sem sua ruiva. 


Ucker: Com licença, eu preciso fazer algo. – os dois assentiram e ele se levantou.


 


Buscou uma capela e logo encontrou uma bastante aconchegante, entrou e estava vazia. Foi até a imagem de virgem de Guadalupe, uma padroeira mexicana da qual Dulce sempre fora devota. Ele nunca mais tinha rezado. Na verdade não lembrava a ultima vez que rezara. Ajoelhou-se com o coração apertado buscando as palavras pra começar a oração.


Ucker: Eu sei que eu nunca fui um exemplo de cristão e nunca fui do tipo religioso, mas eu preciso de ajuda. Preciso de ajuda, preciso que minha filha nasça bem, que a Dulce fique bem, que ela dê a luz a minha filha com segurança, eu PRECISO dessa ajuda. Dulce não merece morrer, ela nunca fez mal a ninguém, se a Laura tiver que ficar órfã de alguém que seja de pai, mas não tire a mãe dela, por favor! Minha filha precisa da Dulce, não existe uma mãe melhor que ela, eu também preciso da Dulce, eu a amo. A amo, eu sei que fiz muita besteira com ela, mas eu peço perdão meu Deus. Não a tire de nós, por tudo o que é mais sagrado, ela é a minha razão de viver. Eu sei que me ajudará e fará a coisa certa, ÉS justo e divino e espero que me dê essa força. – limpou as lagrimas. – Amém. – fez o sinal da cruz e se levantou olhando a imagem.


Saiu da capela e encostou-se à parede, buscando forças para voltar para a sala, Dulce precisava dele e ele não a deixaria sozinha. 


Christian: Cara você está bem? – se aproximou, tocando no ombro dele.


Ucker: Bem parceiro. – deu meio sorriso. – Estou um pouco nervoso, mas deve ser normal. – coçou a nuca. – Ainda está todo mundo aí?


 






Compartilhe este capítulo:

Autor(a): ardillacandy

Este autor(a) escreve mais 7 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

Christian: O que acha? – sorriu. – Ninguém vai arredar o pé enquanto não conhecer a pequena Uckermann. Ucker: Valeu irmão. – se cumprimentaram. – Fica à vontade aí, eu vou voltar pra sala. Christian: Aqui, sua câmera. – ele entregou. – Seu pai trouxe. Filma lá! Ucker: Pode deixa ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 10662



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • steph Postado em 13/03/2024 - 02:37:35

    Olá tudo bem? Gostaria de convidar para ver a minha história, acabei de publicar. https://fanfics.com.br/fanfic/62268/minha-vida-tem-trilha-sonora-labirinto-a-mag ia-do-tempo

  • misssong Postado em 30/08/2023 - 20:47:03

    OI gente, tudo bem? Desde já peço desculpas por invadir assim o espaço da amiga escritora, para divulgar o meu primeiro trabalho aqui no site, espero que gostem. https://fanfics.com.br/fanfic/62162/365-dias-ao-seu-lado-original Muito obrigada pela atenção!

  • proarticlepost Postado em 07/06/2022 - 00:22:33

    https://www.proarticlepost.com

  • martinha2022 Postado em 25/05/2022 - 19:29:18

    Oi gente, convido vocês para conhecer minha fanfic, é vondy e vocês Vão amar... é bom clichêzinho, mas cheio de reviravoltas. https://fanfics.com.br/fanfic/61812/meu-namorado-de-infancia-vondy-hot

  • heling090 Postado em 27/08/2021 - 01:37:09

    Osmanthus fragrans tea is a kind of precious flower tea made from exquisite tea billet an https://www.thepopularsmart.com

  • carol_bsh Postado em 02/01/2021 - 14:49:16

    Oii gente, queria convidar vocês pra conhecer a minha fanfic: O melhor amigo do meu irmão - Vondy Poncho, na verdade, não é meu irmão. Minha mãe casou com o pai dele quando a gente tinha uns onze anos, e, desde então vivemos na mesma casa. Isso não é um problema, muito pelo contrário. A gente é bem amigo e se dá super bem. Temos gostos parecidos e a mesma roda de amigos. Ou quase a mesma... Christopher, (que vive me enchendo o saco), é o melhor amigo de Poncho, e vive em casa. Ou melhor, vivia. Agora ele tá voltando de um intercâmbio, ficou quase um ano na Austrália. O filho da puta deve tá mais gato do que saiu... E mais chato também, com certeza. Tenho postado todo dia, vão lá conhecer <3

  • anne_mx Postado em 18/10/2020 - 00:50:28

    São fanfics como essas que me fazem crer que amizade verdadeiras existem, ver todo o apoio da Any e da Mai com a Dul, eu faria exatamente a mesma coisa pelas minhas amigas, me senti como a Mai cada vez que ela defendia a Dul, mas também quando ela chorou no nascimento da Laurinha, me senti a Any quando defendeu a Dul ou a Esteff mas também quando ela cuidava da Laurinha, eu tô morrendo de amores, eu ficaria anos aqui falando sobre essa fic de tanto amor que tô sentindo <3

  • anne_mx Postado em 18/10/2020 - 00:47:44

    No começo, confesso que odiei, até falei assim comigo mesma: Vou continuar a ler só pra ver se ela vai terminar a web com o Christopher nesse relacionamento tão abusivo, só que puts, eu fui me apaixonando pelo crescimento dos personagens, Dulce de menina, se tornou uma mulher e mãe incrível e o Christopher que começou a web só pensando com a cabeça de baixo, terminou a web salvando a vida da Dul e da Clarinha e eu amo webs em que existe o crescimento do personagem como pessoa e essa é tão real que emociona muito, porque infelizmente os homens são mais imaturos que as mulheres e ver o Christopher lutando pela Dul e valorizando ela como mulher e como outro ser humano que também merece respeito foi tudo e ver a Dul valorizando o amor que sentia por ele e deixando de lado as inseguranças foi tudo, poderia passar anos aq falando dessa web q mexeu com meu coração, estou aqui no site há anos e não sei como nunca tinha lido Precocemente Mãe, agradeço por terem postado ela aq, mt amor p vcs <3

  • baah Postado em 24/06/2020 - 19:31:43

    Lá vamos nós de novo nessa web. Adoro.

  • grids Postado em 18/02/2020 - 01:43:37

    VOU FAZER IGUAL A GALERA DO YOUTUBE E PERGUNTAR ALGUÉM EM 2020? Essa fic é boa demais, sem condições, Duda Nordine é sinônimo de arraso né mores, um defeito não tem

    • mellorylamour Postado em 08/06/2020 - 20:34:20

      Coisas que a quarentena me proporciou.


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.




Nossas redes sociais