Fanfic: Precocemente Mãe [revisada]

Ucker: Agora eu sou o pirracento? – ele arregalou os olhos. – Caramba Dulce, eu sei que pra você se separar da Laura é um pesadelo, mas caramba eu também mereço um pouco da sua atenção, a gente está de férias e eu não posso ir a uma droga de um luau com a minha noiva, por que ela não quer deixar o bebê? Ah pelo amor de Deus! – ele disse hipócrita. – Acha que a Joana vai matar a Laura? Acorda Dulce, você que é pirracenta.

Dulce: Para Ucker! – chorando.

Ele respirou fundo e passou a mão nos cabelos, nervoso, sim Dulce o deixava nervoso. A ruiva tinha um instinto materno gigante que às vezes não conseguia controlar, para ela todo mundo era um mostro que podia fazer mal a Laura a qualquer momento e aquilo era um saco.

Dulce: Eu só tenho medo que aconteça algo com ela. – fungou. 

Ucker: Não vai acontecer nada com ela, ela vai ficar aqui, dormindo, caso ela chore a Joana vai dar o chazinho, ou o leite, não tem motivo pra todo esse alarde, ela não fica com a Célia? - Dulce assentiu, roendo a unha. - Então? Vamos deixar o número do nosso celular, qualquer coisa ela liga meu amor. Para com isso, ninguém vai matar o seu bebê.

Dulce: Tudo bem... – sussurrou colocando a pequena na cama. – Mas qualquer coisa eu volto Ucker. – limpando as lagrimas.

Ucker: Claro que sim, qualquer coisa a gente volta sim? – ela assentiu e ele lhe deu um beijinho demorado. – Te amo. – deu outro selinho.

Dulce: Eu também te amo. – deu um sorrisinho. 

Ucker: Tira essa carinha. – ela assentiu e ficou olhando ele terminar de encher o berço.

Dulce: Ucker? – ele se virou pra olhar e a viu olhando a fralda. – Ela está cocô. – ele fez careta. – Par!

Ucker: Impar. – disse ele torcendo pra dar par. Os dois jogaram os dedos.

Dulce: Três é impar! – começou a rir. – É você papai!

Ucker: Ah não amor, eu troquei no avião. – fez um biquinho.

Dulce: Mas você também perdeu lá. – disse simples.

Ucker: Vamos fazer um trato, você limpa o cocô e eu dou banho nela, sim? – deu um sorrisinho amarelo.

Dulce: Tudo bem. – ela sorriu. – Mas a próxima é sua, mesmo eu perdendo. – ele rolou os olhos e ela sorriu desabotoando o mijãozinho de Laura.

Dulce limpou a pequena e em seguida Christopher deu o banho nela, depois os dois a vestiram. Enquanto a ruiva amamentava Laura (outra vez) ele aproveitou para tomar banho. Quando saiu do banheiro ela ainda estava amamentando, enquanto olhava um programa na TV.

Ucker: Que programa é esse? – ela forçou a vista.

Dulce: O melhor do... – ela forçou um pouco mais a vista. – Brasil. – concluiu ao ler a vinheta, com seu sotaque carregado que fez Christopher sorrir. – O melhor do Brasil. – ela repetiu.

Ucker: E é legal? – esfregando os cabelos com a toalha. 

Dulce: Tem uns anões engraçados que se vestem de mulher. – sorriu.

Ucker: Hunf! – rolou os olhos. – Dormiu? – vestindo uma cueca.

Dulce: Dormiu. – guardando o seio. – Faz ela arrotar que eu vou tomar banho, estou tão cansada. 

Ele pegou o bebê e a ruiva foi tomar banho, ficou quinze minutos no banho e quando saiu Laura já estava no bercinho e Christopher já estava assistindo outro canal, relaxadamente. 

Dulce: Por que mudou? – ela vestiu uma calcinha por baixo da toalha.

Ucker: Por que é sem graça! – disse óbvio, Dulce vestiu uma blusinha e deitou abraçadinha com ele.

Dulce: Estou com sono amor. – ela reclamou se cobrindo com o edredom.

Ucker: Ah gatinha... – ele deu um beijo nela. – Eu pensei que a gente podia aproveitar um pouco.

Dulce: Fazer amorzinho? – ela disse com voz de bebê e ele assentiu dando um beijo de tirar o folego na ruiva. – Estou cansada amor. – ela disse quando romperam o beijo. – A noite a gente faz sim?

Ucker: Certo, só por que eu também estou morto. – beijou o pescoço dela. – À noite eu vou cobrar! – sussurrou e ela riu assentindo. Não demorou e os dois adormeceram.

 

¨¨¨¨

Às seis da tarde, eles acordam com o choro de Laura, Dulce levantou e pegou a filha no colo, notou que ela estava xixi, Christopher também acordou e Dulce empurrou a fralda suja pra ele trocar. O loiro tentou escapar mais não teve jeito. Desceram e encontraram os amigos ao redor da enorme mesa de jantar, lanchando.

Joana: Enfim! – sorriu colocando uma bandeja de sanduíches em cima da mesa. – Pensei que iriam emborcar até amanhã. – disse o observando colocar o bercinho ali por perto.

Ucker: Emborcar? – confuso enquanto botava Laura no bercinho e em seguida sentou-se a mesa, estava morrendo de fome. Dulce sentou ao lado do noivo.

Joana: Coisa de Brasil, significa dormir lá na minha terra. – negou com a cabeça.

Ucker: Ah sim. – riu. – Nossa eu estou morrendo de fome, faz tempo que acordaram?

Poncho: Agorinha. – disse mastigando.

Christian: E ai casal? Rola ou não rola a festinha hoje? 

Ucker: Sim claro. – disse tomando um gole de suco. – Falando nisso Joana... – ele se virou pra ela. – Você poderia ficar de olho na neném durante algumas horas hoje?

Joana: Por mim tudo bem, claro que sim. – abriu um sorriso animado. – Mas ela estranha? – se preocupou.

Dulce: Estranha sim... – disse rápido. – Muito! – Christopher a encarou repreensivo e ela se pôs a roer a unha.

Ucker: Na verdade ela estranha um pouquinho. – ele coçou a nuca. – Mas ela dorme a noite inteira e não dá trabalho nenhum, você vai receber a parte.

Joana: Bom, não me custará nada, ela é uma gracinha!

Ucker: Valeu. – sorriu e Dulce suspirou.

 

¨¨¨¨

A noite, estavam todos se preparando para sair, Dulce tinha deixado mil e uma recomendações a Joana e quase chora quando era hora de sair, apesar de Laura estar dormindo nada tirava da cabeça de Dulce que ela poderia sofrer ali sozinha, sem a mãe para lhe acalmar, apenas com desconhecidos, pessoas que ela não era acostumada. 

Dulce suspirou preocupada, não que ela não confiasse em Joana, mas conhecia sua cria, sabia que em algum momento a pequena acordaria querendo sentir seu calor e seu cheiro, sabia que se desesperaria ao não encontra-la. Não era besteira e nem frescura como Christopher pensava, apenas se preocupava.

Chegaram ao Luau e estava cheio de jovens, música alta, bebidas. Todos vestidos com roupa de banho, curtindo adoidado. 

Dulce vestia um biquíni branco com uma canga xadrez, tinha uma flor vermelha nos cabelos e um colar de havaiana branco, vermelho e amarelo. Anahí usava um biquíni azul com branco, uma canga rosa e tinha uma trança embutida nos cabelos o colar de havaiano colorido. Maite usava (pra variar) um biquíni preto, com uma canga preta, naquela noite não estava usando maquiagem forte. As três estavam muito bonitas. 

Já os rapazes usavam bermudas e coletes abertos, mudando apenas a cor. A bermuda de Christopher era amarela com preto e o colete branco, deixando o peitoral definido do loiro a mostra. Poncho usava uma bermuda toda branca, com um colete preto. Christian estava todo de rosa, como louco que era, estava muito hilário. 

Ficaram se divertindo com os shows  que estavam rolando ali, depois que acabou os shows, as meninas foram buscar bebidas no bar, Maite já estava muito doida.

Maite: Puta que pariu! – dizia maravilhada com os gatos brasileiros. – Nossa muchacho... – assoviou. – Quero esse homem! – dizia espalhafatosa.

Dulce: Maite! – a repreendeu. – Para de gracinha, seu namorado está bem ali. – apontou Christian dançando adoidado.

Maite: Como se aquele cachorro também não olhasse pra outras mulheres. – rolou os olhos bebendo um gole da sua bebida. – Nossa meu bem! – disse pra um moreno. – Você enterra seu cocô na areia? – piscou com seu português arrastado.

– Cocô na areia? – o rapaz perguntou confuso e enojado com aquela conversa, Maite assentiu. – Eu não, por quê?

Maite: Por que você é um gatinho. – gargalhou, e o menino riu negando com a cabeça, aquelas gringas eram loucas.

Dulce: Não ligue para ela sim? – disse sem jeito arrastando Maite.

Maite: Porra Dulce, o gatinho já estava sorrindo pra mim. – disse animada.

Dulce: Não seja engraçadinha Maite. – por onde elas passavam os homens paravam pra olhar. – De onde tirou essa cantada? – arregalou os olhos.

Maite: Do meu cu! – disse e Dulce riu.

Dulce: Só pode, uma merda dessas não podia sair de outro lugar. – elas se aproximaram do chapéu de palha e os rapazes estavam conversando com duas mulheres.

Anahí: Quem são aquelas vagabundas? – cruzou os braços com irritação.

Dulce: Adoraria saber. – fez um bico sem esconder o ciúme, aproximou-se de Christopher e o tocou no ombro de leve. – Oi.

Ucker: Oi gata! – ele sorriu e lhe deu um beijo, a loira olhou a cena sem reação. – Dulce Maria. – apresentou. – Minha noiva.

– Noiva? – deu um sorrisinho amarelo, Christopher assentiu. – Ah sim, então até qualquer dia. – sorriu falsamente para Dulce que deu tchauzinho a ela.

Dulce: Quem era essa mulher? – ela perguntou seca, pegando a bebida dele e tomando um gole.

Ucker: Não faço ideia, ela chegou aqui e começou a conversar. – ele murmurou. – Você fica linda quando está com ciúmes sabia?

Dulce: Hm... – ele a beijou e ela entrelaçou os braços no pescoço dele, aprofundando o beijo. – Como será que ela está hein?

Ucker: Ela está bem meu amor, relaxa... – ela assentiu o beijando outra vez.

Poncho se aproximou com Anahí, que também já tinha botado a vadia que estava dando em cima de seu moreno para correr.

Poncho: Ei cara, Christian vai cantar no Karaokê. – disse rindo.

Ucker: Está brincando... – disse ainda com a mão na cintura de Dulce.

Poncho: Que nada, olha lá velho. – apontou e viram Christian e Maite se amassando enquanto esperava a vez dele na fila, os dois já estavam alterados pela bebida.

Dulce: Quero só ver! – riu fazendo o noivo a abraçar por trás.

Todos ficaram observando aquela presepada, logo chegou a vez de Christian, que pegou o microfone.

Ucker: Lá vem bomba. – disse pra si mesmo quando a musica começou, era uma espécie de funk.

Dulce: É o funk da banana? – perguntou confusa.

Anahí: Acho que não. – se calou ao ver Christian começando a cantar.

Christian: SOU FODA, NA CAMA TE ESCULACHO, NA SALA OU NO QUARTO... (...)

Todo mundo começou a rir devido o sotaque dele que deixava aquela cantoria engraçada por demais, tirando que aquela voz de bêbado estava ridícula.

Ucker: Caralho... – praguejou negando com a cabeça. – Que merda é essa?

Christian: EU SOU SINISTRO! – berrou parando de cantar e deixando o karaokê rodando sozinho. 

Tomou um gole da cerveja e se enrolou todo na letra e o povo começou a vaiar, pois além de ter errado o ritmo, ainda estava fora de sincronia. Christian olhou todo mundo indignado. 

Christian: Qual é porra? – com um bico. – Estou aqui cantando essa merda e vocês vêm me vaiar? – disse em espanhol e ninguém entendia droga nenhuma. – Sabem quem eu sou hein? Eu sou cantor e ator! Ou seja, o único foda nessa porra toda sou eu! – batendo nos bíceps. – SOU FODA! – todo mundo riu e ele entregou o microfone para o outro cara que estava esperando a vez, se aproximou de Maite que abriu os braços.

Maite: Vem meu gatinho, não ligue, eles não te acham foda mais eu acho, afinal... – corrigiu. – A única doida que te acha foda sou eu mesmo não é?. – ela piscou maliciosa.

Christian: Por que doida?

Maite: Por que apenas uma pessoa sendo muito doida para te achar foda. – ela riu espalhafatosa e Christian a encarou, em seguida começou a rir também. 

Christian: Boa morena! – gargalhou cambaleando, enquanto a abraçava pelo ombro. – Sou foda, na cama te esculacho... – cantando e dançando agarrado com Maite, que estava tão bêbada quanto ele.

Maite: E como esculacha... – os dois sumiram no meio das pessoas.

Poncho: Meu Deus, que musiquinha mais escrota hein? – riu negando com a cabeça.

Dulce: Estão se divertindo. – analisando, enquanto dançava de leve com Christopher.

Anahí: Dulce onde será que tem um banheiro? – disse olhando para os lados. – Estou apertada.

Dulce: Não sei amiga. – mordeu o lábio. – Vamos perguntar pra alguém. – Anahí assentiu. – Já volto amor, fica de olho no celular. – ela deu um selinho nele e saiu com Anahí.

Poncho: Ela está muito preocupada. – sorriu de leve. – Mas dá de entender.

Ucker: Nem me fale. – suspirou.

Poncho: Vocês discutiram hoje? – Christopher o encarou confuso. – Quando entraram no quarto... Você parecia um pouco estressado.

Ucker: Discutimos, mas não foi nada grave. – ele suspirou, passando a mão no rosto. – Dulce às vezes exagera com essa superproteção com a Laura, estou sentindo que minha filha não vai poder nem respirar quando for maior. – negou com a cabeça e tomando um gole de vodca.

Poncho: Bom, mães são assim mesmo. Você deveria entender o lado dela, a Laura tem o que? Três meses, quatro?

Ucker: Três, vai fazer quatro agora no final do mês.

Poncho: Olha ai cara, muito novinha, tirando que ela estranha não é? – Ucker assentiu. – Entende brother.

Ucker: Mas eu entendo. – rolou os olhos. – Eu procuro ter paciência com ela, até por que nossa relação é incrível demais pra algum de nós dois ir lá e estragar. Dulce é incrível, o sexo é incrível, nosso amor é incrível e vamos nos casar. É isso o que importa. Mas que irrita às vezes, isso eu não posso negar, seria hipocrisia. – sentiu alguém lhe cutucando e se virou, dando de cara com a pessoa que menos imaginaria ver outra vez em sua vida. – Ana Maria?

Ana Maria: Christopher. – a morena sorriu com certa malicia. – Há quanto tempo.

 

Ana Maria

 

Ucker: Pois é. – ele sorriu. – Você cresceu! – passou a língua nos lábios. – O que faz por aqui? Férias?

Ana Maria: Que nada, eu moro aqui há quatro anos. – mordeu o lábio. – E você?

Ucker: Não, estou apenas aproveitando as férias. – riu. – Se lembra do Poncho? – apontou o moreno.

Ana Maria: Como poderia esquecer. – disse olhando o moreno de cima abaixo. – Tudo bom rapaz? – estendeu a mão e Poncho a cumprimentou com dois beijinhos.

Christopher respirou fundo, Ana Maria fora a primeira mulher de sua vida, foi com ela que aprendeu os prazeres do sexo e vê-la a essa altura o deixava um pouco nervoso. Dulce não gostaria nada de ver a morena.

Ana Maria: Só vieram vocês dois? Não sei, pra mim tinha visto o Christian e Maite, mas fiquei na dúvida.

Ucker: Sim, eles vieram com a gente. – explicou. – Dulce e Anahí também vieram, estão no banheiro.

Ana Maria: Dulce e Anahí? – ela sorriu amarela. – Você ainda namora a Dulce?

Ucker: Não mais, agora estamos noivos. – ele bebeu um pouco de sua bebida. 

Ana Maria suspirou, visivelmente frustrada, não esperava que ele ainda estivesse com Dulce depois de tanto tempo e tanto chifre. Será que Dulce sabia que Christopher lhe traia?

Ana Maria: Que boa notícia. – ela sorriu falsa. – Nossa como eu sou mal educada, essa é Lisbelle, minha chefe e melhor amiga. – apontou outra morena que estava ao seu lado. – Lis, esse é Christopher Uckermann e Poncho Herrera, certo amor? – Poncho assentiu.

Ucker: É um prazer. – deu dois beijinhos nela e em seguida Poncho a cumprimentou.

Lisbelle: Ana Maria fala muito de você. – Christopher sorriu sem sal. – Agora sei por quê. – o olhando de cima a baixo e vendo como ele era lindo.

Ucker: E você está trabalhando em que?

Ana Maria: Marketing. – respondeu o olhando sedutora, adoraria transar com ele outra vez pra lembrar os velhos tempos. 

Dulce nunca fora problema mesmo, então pouco se importava se ele estava ou não noivo dela.

 

¨¨¨¨

Dulce: Acha que ela está com cólicas? – mordia o lábio enquanto Anahí retocava o gloss.

Anahí: Não viaja Dulce. – riu. – Se tivesse algum problema Joana tinha ligado.

Dulce: É você tem razão. – sorriu de leve. – Acha que eu estou muito paranoica com essa preocupação?

Anahí: Claro que não amiga. – suspirou tapando o gloss. – O ruim seria se você não se preocupasse com a sua filha, você é uma ótima mãe, mas também tem que viver um pouco, afinal sua vida não se resume apenas em amamentar, trocar fraldas e etc. Não é por que você é mãe que tem que se esquecer de viver. – ela piscou e Dulce sorriu.

Dulce: É, você realmente tem razão. – ela riu negando com a cabeça. – Mas é mais forte do que eu. – suspirou.

Anahí: Tenta amiga. – riu levantando a mão.

Dulce: Tentarei! – chocou sua mão na de Anahí.

Anahí: Perfeito. – se olhando uma ultima vez no espelho. – Agora vamos voltar que nossos gatinhos estão esperando.

Dulce assentiu e as duas saíram do banheiro. 

 

Ao chegarem ao local onde estavam Dulce toma um baita susto ao ver uma mulher toda atiradinha pra cima de Christopher.

Dulce: Mas será possível que eu vou ter que escrever na testa dele estou comprometido ? – disse caminhando até lá com Anahí que também não estava muito satisfeita, Alfonso estava na mesma situação. – Olá! – a ruiva se colocou ao lado de Christopher e quase engasga ao ver quem era. – Ana Maria?

Ana Maria: Olá Dulce. – sorriu com certo deboche. – Quanto tempo hein? – Dulce engoliu o seco e encarou Christopher, que olhava para outro lado. – Você ficou muito bonita com esse ruivo. – observando o cabelo de Dulce.

Dulce: Obrigada. 

Anahí: O que faz por aqui? – cruzou os braços.

Ana Maria: Olá Anahí! – deu um sorrisinho falso. – Quanto tempo, estou feliz em vê-los.

Anahí: É uma pena não poder dizer o mesmo. – roubou o red bull  de Poncho e deu um gole.

Ana Maria: Que linda. – ironizou e voltou a olhar Dulce. – E você querida? Está muito mais peituda, colocou silicone?

Dulce: Não. – deu um sorrisinho falso. – Estou amamentando. – abraçando Christopher pelo pescoço e fazendo-o abraça-la também.

Ana Maria: Amamentando? – ergueu a sobrancelha. – Você engravidou?

Ucker: Pois é... – ele disse coçando a nuca. – Temos uma bebezinha de três meses. – Ana Maria ficou azul, e Dulce sorriu disfarçada.

Ana Maria: NOSSA! – disse sem esconder seu espanto. – Que burrice. Digo, eu não engravidaria tão nova. – sorriu descarada. – Mas, meus parabéns pela criança. –- Dulce cerrou os punhos, com irritação.

Ucker: Aconteceu e tivemos que arcar com as responsabilidades, Laura é a coisa mais importante pra nós. 

Ana Maria: Entendo. – disse entediada. – Mas o que acha de dançar Ucker? – estendendo a mão, Dulce arregalou os olhos. – Você não se importa não é querida? – indagou à ruiva.

Dulce jamais impedira Christopher de nada, o loiro sempre conversava com varias mulheres, sempre dançava, sempre abraçava outras na cara dela, e ela sempre dizia que ele tinha que ter seu espaço e tinha direito de ter amigas também, não é a toa que deveria ter chifres até no cu. Pensou maldosa.

Dulce: É claro que eu me importo. – disse no mesmo tom e Ana Maria ficou surpresa. – Tem muitos outros caras com quais você pode dançar. – apontando ao redor. – Meu noivo não vai dançar com você.

Ana Maria: E por quê?

Dulce: Por que eu não quero. – enfatizou.

Ana Maria: O que deu em você? – encabulada. – Sempre deixava que a gente dançasse numa boa.

Dulce: Disse bem, deixava. – sorriu falsa. O celular da ruiva tocou e ela o apalpou na bolsinha tiracolo rapidamente, deveria ser Joana pedindo socorro. – Com licença. – se afastou e piscou discretamente pra Anahí para que ela ficasse de olho em Ana Maria com Christopher.

Atendeu o telefone com pressa e era Joana informando que Laura estava bem e que ela não precisava se preocupar com nada, a pequena já tinha mamado e voltado a dormir, a ruiva sorriu aliviada e agradeceu a mulher, desligando em seguida. 

Voltou e viu Ana Maria cochichando algo no ouvido de Christopher com uma cara safada. Filha de uma égua, não iria permitir que essa qualquer lhe tomasse seu homem. 

Dulce: Voltei. – sorriu o abraçando e dando um beijo no pescoço dele, enciumada.

Ucker: Era a Joana? – ela assentiu. – E como estão as coisas?

Dulce: Laura está bem, já mamou e já está dormindo de novo. – mordeu o lábio encarando Ana Maria, que os olhava com certa irritação, já estava de saco cheio daquela mulher ali os cercando.

Ucker: Que bom. – deu um selinho nela. – Não falei que não precisava se preocupar? – ela assentiu.

Dulce: Amor? – ela disse baixinho no ouvido dele. – Vamos pra outro lugar? – o encarou, mordendo o lábio. Não o queria perto de Ana Maria.

Ucker: Pra onde? – a encarou com um sorriso. – Já quer ir embora? – Dulce negou com a cabeça, maliciosa.