Fanfic: The Last Breath - AyA [FINALIZADA]

Indeterminável tempo depois.

 021

Não sei exatamente quanto tempo se passara. Os dias pareciam correr como uma flecha buscando seu alvo. Mais pontos turísticos a se visitar, mais risadas, mais momentos que teria em minha mente. No punhado de dias que se passaram comecei a apreciar Anahí de uma maneira diferente. Ela puxava minha atenção, exercia uma força esmagadora sobre mim deixando meus dias mais radiantes e proveitosos. Inconseqüentemente odiei minha vida... Ou a parte que faltava dela. Eu estava apaixonado por ela. Tinha certeza disso. Apaixonado por seu sorriso, por sua alegria de viver, por seus defeitos que em pouco tempo pude descobrir quais são. Naquelas saídas conhecendo todo tipo de lugar com uma fachada de turista, me dei conta que o que realmente acontecera fora descobrir quem realmente era Anahí. A mulher por trás do rosto angelical. Oh deus! Lamentava cada dia por não ter mais tempo, por ter conhecido-a tarde demais. Porque? A salivação das silabas doíam-me o peito... Porque não poderia descobrir as profundezas do amor? Porque não podia amar como se deveria aquela mulher tão especial?

            — Alfonso? Hey... Alfonso!

Mirei-a. Mais um dia dos tantos que passamos juntos chegava ao fim. Decidimos observar as estrelas sentados num banco frente ao meu hotel e de cara com o mar. Sentia Anahí tão próxima de mim agora, nos tínhamos criado um voto mutuo tão íntimo e tão intenso mesmo sem saber. Conhecia sua vida e ela em parte conhecia a minha. Era tão prazeroso ter um laço emocional com ela, e ironia ou não fora o que eu sempre tentará evitar.

            — Você se sente bem? – perguntou ela colocando a mão sobre meu braço – Está tão calado...

            — Sei que não tenho sido uma boa companhia... – murmurei.

            — Não diga isso, você é a companhia mais especial que já tive em toda a vida... – sorriu tentando animar-me.

Nos últimos dias passara mal varias vezes sentindo-me vulnerável frente a ela. Não me animava saber que ela se preocupava, via aquele sentimento a todo tempo em seus olhos.

             — Você é muito gentil...

            — Falo a verdade Poncho! – chamou-me pelo apelido.

Sorri pela menção de meu nome em seus lábios. Era um sussurro tão doce e gentil que agitava meu corpo cada vez que ela falava. Compartilhamos o silencio, fiquei calado observando o mar sobre a luz da lua acreditando que os dias durassem pra sempre. Anahí tão pouco quis falar mais, apesar disso sentia-a apreensiva e nervosa por algum motivo que não conseguia decifrar.

            — O que há? – perguntei ajeitando-me no banco para mirá-la de frente.

Não gostava da sua apreensão.

            — Alfonso eu... – parou apertando as mãos sobre o colo – Eu quero te dizer algo, mas...

Silenciei-a pousando um dedo sobre seus lábios e sorri. Devagar deslizei a mão por sua bochecha deixando que ela parasse na curvatura da clavícula e o pescoço.

            — Quer desistir do emprego?

Ela maneou a cabeça negativamente. Aquilo fora a única coisa que viera a minha mente. Mirei-a, os lábios secos e separados tremendo levemente.

            — Eu... – mirou-me pousando sua mão sobre a minha – Oh eu estou apaixonada por você! – soltou uma baforada de ar enquanto uma lagrima solitária deslizava por seu rosto.

Gelei instantaneamente.

            — Annie o que...?

             — Oh Alfonso! Me apaixonei por você desde o momento que o vi! – despejou as palavras sobre mim.

Aquilo não podia ser verdade, ela não podia estar, ela não... Oh Deus! Retirei a mão apuradamente e levantei-me assustado.

            — Não Anahí! – sussurrei mirando-a – Você não pode!

Ela não podia estar apaixonada por alguém como eu. Fora isso que eu tentara evitar minha vida inteira. Era uma mentira!

            — Não... – murmurei novamente pondo as mãos a cabeça.

            — Alfonso me escute...

            — Você não entende... – mirei-a entre lagrimas que repentinamente começaram a rolar.

Dei um passo atrás afastando-me dela quando tentou aproximar-se. Aquela altura estava mais confuso que nunca. Queria gritar pra ela que eu me apaixonara igualmente. Queria agarrá-la em meus braços e beijá-la tão ternamente que ela desmaiaria em meus braços. Oh deus! Não posso, não tenho o direito de fazê-lo. A sinceridade borrava os olhos azuis. Aquilo era real não um sonho nem nada, ela estava ali confessando que se apaixonara por um doente terminal. Dei-lhe as costas incapaz... Não queria que sua vida se prendesse a alguém como eu... Era sofrimento demais.

Não tenham medo meninas =)), a web tem dois finais =)