Fanfic: The Last Breath - AyA [FINALIZADA]

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Ele maneou a cabeça no mesmo momento negando aquilo. Empurrei-o com leveza pra dentro e fechei a porta atrás de mim. Seu rosto estava pálido e transpirava um pouco. Tinha a impressão que ele não estava bem, nos últimos dias passara mal varias vezes e sentia-me preocupada por isso.

            — Porque nega? – perguntei alarmada voltando-me a ele – Eu pensei que... – fiz uma pausa – Não sou suficiente?

A dúvida corroia-me aquela altura.

            — Pare! – olhou-me calando-me com os dedos em meus lábios – Você é mais que o suficiente para se apaixonar, qualquer homem poderia amá-la!

As palavras dele tocaram-me o coração, eu sentia que algo o impedia de abrir-se e desesperadamente eu precisava saber.

            — Então porque reagiu dessa maneira? Não te entendo Alfonso...

Seus olhos afundaram-se nos meus, tão profundos e calorosos expondo um temor. Suas mãos envolveram meu rosto acarinhando as bochechas com o polegar. No momento que vi lagrimas saltarem dos seus olhos percebi que aquilo era mais forte do que eu podia imaginar. Seu toque em minha pele parecia mais terna, sua expressão mais dura. A demora da sua fala me assustava, mas esperei-o pacientemente até que conflito em sua mente deixasse-o falar.

            — Eu sou um doente terminal... – sussurrou álgido – Não tenho muito tempo Annie.

Doente terminal. As palavras ecoaram por minha mente monopolizando meu corpo.

            — Terminal? – sussurrei pra mim mesma sentindo as lágrimas descerem com intensidade – Não... – segurei as mãos dele em meu rosto – Não pode ser...  Alfonso! – alterei-me.

            — Se acalme! – deslizou as mãos segurando-me os ombros.

Aquilo não podia ser verdade, não podia aceitar. Doente terminal. Oh meu deus!

            — Me diga que é um engano, por favor não pode ser verdade! – lamuriei apertando suas mãos com força.

Poncho parecia derrotado mantendo seu olhar fixo ao meu com desespero.

            — Sei disso desde os 16 anos... – explicou-me calmo – Não passaria dos 20 Annie...

A medida que eu absorvia sua historia fui maneando a cabeça tentando negar a noticia. Era cruel demais, não queria aceitar a verdade de maneira alguma, mas Alfonso e sua expressão contida confirmavam a verdade.

            — Tem que haver uma cura, a medicina... Tem que haver...

            — Shhh... – encostou sua testa na minha fazendo-me calar – Já tentei de tudo... É irreversível...

            — Você viveu por quatro anos a mais tem que haver um jeito! – segurei seu rosto desesperada – O diagnostico estava errado me diga que sim por favor! – fechei os olhos com força dissipando as lagrimas dos olhos.

Alfonso ficou calado mantendo seu rosto perto do meu alisando de leve minha pele. Ele não queria argumentar, ele já aceitara a realidade que eu não podia receber. Teria que haver um jeito, estudara isso... Por mais irreversível que seja pode haver uma esperança... Tinha que ter. Eu simplesmente não podia acreditar!