Fanfic: The Last Breath - AyA [FINALIZADA]

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Não podia deixá-la ir assim. Segurei seu braço fazendo-a virar. Seus olhos foram para o local onde meus dedos pressionavam sua pele. Em seguida correu aos meus olhos me dando a visão da mágoa ante o brilho das lagrimas.

            — Podemos conversar? – pedi quase em sussurro.

Ela olhou Dr. Franco em seguida fazendo-lhe sinal, uma vez que ele nos deixou a sós soltei o braço de Anahí com delicadeza e indiquei o sofá para nos acomodarmos. Mirei-a sem saber por onde começar. Admirei aquela beleza fora do comum e pude perceber os olhos cansados e doloridos. Ignorara sua força por correr a trás de algo que era por mim, imagino o que ela teve que passar pra convencer Dr. Franco que o tratamento podia dar certo. Me aproximei mais dela tocando nossos joelhos, levei a mão ao seu rosto acarinhando a bochecha macia.

            — Você é capaz de me perdoar? – sussurrei.

Quase de imediato as lagrimas correram por seu rosto rodeando-me de ternura.

            — Sei que fui um idiota, que fechei os olhos... Quis ser cego e acabei te magoando, não me perdôo por isso...

            — Não Poncho, você tinha seus motivos... – levou a mão a minha que se mantinha em seu rosto – O importante e que vai se curar agora... – sorriu entre as lagrimas.

Fiz uma pausa acercando-me mais dela e envolvendo seu rosto completamente com as mãos. A cada minuto mais que mirava seus olhos sentia-me mais impotente. 

            — Não chore meu bem... – sussurrei – Não posso suportar...

Ela maneou a cabeça tentando sorrir.

            — Choro porque estou feliz... – levantou os olhos tentando conter as lagrimas – Você vai ficar bem... – acariciou minhas mãos.

Fechei os olhos e deixei que aquela comoção me envolvesse. Anahí encostou sua testa na minha selando o perdão que seus lábios não foram capazes de pronunciar. Graças a ela tinha uma nova oportunidade, não queria animar-me e nem desanimar, manteria o equilíbrio, sabia as conseqüências se desse errado e se eu morresse... Se não tivesse mais forças... Saberia que havia tentado, por ela.

            — Você vai viver pra sempre... – sussurrou repetindo tão ternamente o que dissera na escuna – Pra sempre.