Fanfic: Coração enterno {AyA [finalizada]
A habitação estava banhada em uma luz muito mais intensa quando Alfonso elevou a cabeça dos seios do Anahí e disse com uma nota de perplexidade:
- Maldita seja, vou chegar tarde ao trabalho.
- Estiveste fora oito dias - murmurou Anahí, ao mesmo tempo que apertava seu corpo contra o dele. - Merece-te dormir um pouco mais.
- A questão é que não estive dormindo. -a observação irônica do Alfonso desenhou um sorriso sonolento nos lábios de Anahí, um sorriso de satisfação física completa. Durante o dia, Alfonso a tratava como se fosse uma pantufa velha e confortável: resultava cômodo tê-la, mas não era nada do outro mundo. Não era afetuoso, não estava acostumado a lhe dirigir apelidos carinhosos e, de fato, parecia resistente a criar laços emocionais com ela. Mas na cama, não havia barreiras nem distâncias respeitosas. Na cama, com o Alfonso, podia esquecer-se de tudo e saborear aquela proximidade. O mundo inteiro ficava sepultado sob a pressão daqueles braços fortes e fibrosos e o peso de seu corpo.
Alfonso acariciou devagar o peito de Anahí e posou a mão na curva de seu quadril; com os dedos acariciou a pele tersa de seu traseiro. A desconcertante paixão de Anahí ao fazer amor não era quão único tinha sentido falta, como prendeu com assombro; também tinha tido saudades os silêncios que freqüentemente se criavam entre eles, silêncios cômodos desprovidos de tensão. Podia falar com ela e, também, guardar silêncio em sua presença. Sempre que estava com o Anahí, sentia-se em paz, como se fosse uma velha amiga que não esperasse nada dele exceto a companhia.
- Se não me levantar - anunciou cinco minutos depois, quando a mão com que a acariciava tinha começado a fazer incursões ousadas que o excitavam, - será Christopher quem vem a me tirar de sua cama.
- Então, ajudarei-te afastando a tentação - ofereceu-se Anahí, e se afastou da mão do Alfonso para sentar-se com cuidado na borda da cama.
Nada lhe teria agradado mais que passar o dia entre os lençóis com ele, mas Alfonso se teria levantado em qualquer momento e, de repente, a idéia de que a deixasse sozinha na cama uma vez mais lhe tinha feito intolerável. Ficou em pé com certa rigidez; seus músculos protestavam pelo árduo trabalho do dia anterior e as duas horas de exercício vigoroso com o Alfonso. Enquanto ela atravessava o dormitório, Alfonso franziu o cenho ao ver a estupidez de seus movimentos, pelo geral, fluídos. Levantou-se da cama, aproximou-se dela e lhe pôs a mão no ombro enquanto ela escolhia um conjunto da roupa íntima que guardava na cômoda.
- Está bem? - perguntou, com certa brutalidade, e Anahí compreendeu o significado da pergunta. Era um homem alto, forte e muito passional, e a diminuía na cama, em todos os sentidos. Estava acostumado a tratar o corpo esbelto e frágil do Anahí com infinito esmero e paciência, mas havia ocasiões em que a paixão o dominava e a possuía com um brio perturbador. Aquela manhã tinha sido uma dessas ocasiões.
- Sim, estou bem - respondeu Anahí, mas ampliou sua resposta ao ver que Alfonso seguia com o cenho franzido. - Tenho dores de ter estado trabalhando na loja, que é onde teria que estar agora mesmo. Não é o único que chega tarde.
Alfonso baixou a mão. Não lhe agradava que Anahí fizesse esforços físicos. Algumas mulheres eram capazes de agüentá-lo, mas Anahí era muito delicada, como uma peça de porcelana frágil e translúcida. Queria tomar as rédeas da loja, decidir o que devia fazer-se e contratar a profissionais para que o fizessem. Se Anahí queria fiscalizar as tarefas, perfeito, mas não queria que se machucasse. A certeza de que não tinha direito a interferir foi quão único impediu que ditasse suas normas; se utilizava com ela o despotismo do que fazia ornamento no Spencer Nyle, Anahí se limitaria a lhe lançar um dos olhares gélidos que eram seu selo distintivo e a lhe recordar os termos de seu acordo.
- Eu gostaria de ver a loja - começou a dizer com cautela, enquanto a seguia para o banheiro. Anahí o olhou com surpresa.
- É obvio. Ainda estarei ali esta tarde, quando sair do escritório. Por que não passa lá? chama-se Fios e Ferramentas.
- Vi-a - disse Alfonso, com ânimo pensativo. - Pensava que era uma sucataria. Deus, se for um chiqueiro!
- Era um chiqueiro - corrigiu-o Anahí com alegria, enquanto abria o grifo da ducha. Quando começou a sair a água quente, entrou e fechou o biombo, que se abriu imediatamente. Alfonso entrou na ducha com ela; seu forte corpo ocupava quase todo o espaço e a fazia sentir-se mais miúda que o habitual. Olhou-o com expressão inquisitiva em seus olhos verdes ao ver que tomava o sabonete e o esfregava até criar abundante espuma.
- Dê a volta - ordenou-lhe, e ela assim o fez.
Alfonso começou a deslizar as mãos pelas costas e os ombros do Anahí, massageando os músculos doloridos e duros, e ela gemeu de prazer e dor ao mesmo tempo, e baixou a cabeça para lhe facilitar o acesso a pescoço e ombros. Quando acreditou que já não poderia seguir suportando-o, Alfonso se ajoelhou e lhe massageou as pernas com a mesma meticulosidade.
Anahí sentia como seus músculos se relaxavam à medida que a dor diminuía e suspirou de puro gozo. Era uma delícia que a tratasse com tão mimo, e não havia dia em que Anahí não se beliscasse para certificar-se de que não estava sonhando.
Desejava que Alfonso lhe fizesse amor outra vez, mas não o fez. Já chegava tarde e, embora Anahí sabia que poderia enrolá-lo para voltar para a cama, também sabia que não lhe agradeceria que entorpecesse seu trabalho.
Alfonso já tinha saído quando Anahí desceu e caminhou para seu carro; ele tinha tomado o café da manhã a toda pressa e se partiu sem nem sequer lhe dar um beijo de despedida, um esquecimento que destruiu por completo a alegria que a paixão matutina tinha deixado a seu passo. Anahí se repetia sem cessar que devia aceitar os limites de sua relação; estavam casados mas Alfonso não a amava, assim não devia esperar que se comportasse como um marido apaixonado.
Marcie a chamou quando estava abrindo a porta do carro, e Anahí se deteve e entreabriu os olhos sob o sol brilhante da manhã enquanto sua amiga atravessava a pequena franja de grama entre a rua e o bloco de moradias. O tempo seguia rude, mas Marcie estava em mangas de camisa, com uma expressão ausente no rosto.
- Bom dia - disse Marcie, e foi sua única concessão a um bate-papo convencional. Foi diretamente ao grão. - Anahí, pensa procurar um ajudante para sua loja?
- É obvio - respondeu Anahí em seguida. Seria preciso, embora só fora para dispor de tempo para o almoço. Uma pessoa só não poderia ocupar-se de tudo, e inclusive em seu estado ruinoso, a loja tinha contado com uma afluência constante de clientes.
- Consideraria a possibilidade de contratar ao Derek? Só poderá te ajudar depois da aula e em fins de semana, mas lhe agradeceria isso muito. Eu não gosto dessa loja de comestíveis em que trabalha - explicou-lhe Marcie com preocupação. - Uma das chefes o está acossando.
- Eu adoraria contar com o Derek - disse Anahí de coração. Era um menino tão forte e competente que embora só trabalhasse pelas tardes seria mais que suficiente. Olhou a Marcie e viu que seu amiga estava realmente preocupada com seu filho. - Quantos anos tem a chefe?
Marcie grunhiu com desagrado.
- Está mais perto de ter minha idade que a do Derek.
- Sabe que só tem quinze anos? Parece maior.
- Sei, sei. Anahí, suas companheiras de classe o seguem até casa. Não lhe dá importância, mas me custa trabalho aceitá-lo. Era meu pequeno! – gemeu. - Segue sendo-o! Não estou feita para ser a mãe de um... de um deus grego. Romano! - corrigiu-se, atendo-se escrupulosamente aos fatos.
- Se Derek quer trabalhar na loja, darei obrigado todos os dias por poder contar com ele.
- Adoraria. Gosta de estar contigo, e gosta dessa classe de trabalho. Não sabe quanto lhe agradeço isso!
Anahí sorriu e desprezou sua gratidão com um gesto. Poderia descarregar no Derek grande parte das responsabilidades, e ela também desfrutava com sua companhia. Apesar de seu físico espetacular, irradiava serenidade e eficiência. A única pessoa com a que se sentia ainda mais protegida era Alfonso.
- Por que não passa para ver como vai a loja? - convidou ao Marcie.
- Obrigada, farei-o. Se tiver um momento livre, que tal se levar o almoço?
- Nunca rechaço uma boa comida.
Estava orgulhosa da loja, pensou, enquanto entrava no estacionamento da parte traseira do edifício. Recém pintada de um branco imaculado, resplandecia, e os adornos azuis ao redor das cristaleiras e na porta lhe davam um toque de cor. Tinha limpo os cristais com uma mescla de vinagre e suco de limão, e cintilavam literalmente sob o sol da manhã. Os painéis em forma de rombo lhe conferiam um ar caseiro; o chão estava talher de pranchas de madeira sem envernizar e havia arcas antigas para a mercadoria.
Havia estantes novas alinhadas nas paredes, e a cerâmica ocupava uma parede inteira.
Matizes luminosos de vermelho e azul, tons terrosos e uma inimitável cor salmão salpicavam a parede como um desenho abstrato, porque toda a cerâmica estava vidrada. Havia edredons feitos à mão dispostos sobre o respaldo de um par de cadeiras, enquanto que outros estavam dobrados com muito cuidado e empilhados sobre os assentos da palha das cadeiras. Havia pregos, martelos, chaves de fenda, porcas e parafusos, tesouras, alfinetes e agulhas, e montões de outros pequenos utensílios, mas Anahí já tinha planos de ampliar a seleção. Compraria materiais para fazer bordados, ponto de cruz e trabalhos de ponto. Fazer bonecas também era um passatempo popular, e poderia abrir outra seção; havia duas habitações pequenas nos fundos, além da olaria e o minúsculo escritório, e poderia transformar uma em uma oficina de bonecas. Os animais de pelúcia eram outra possibilidade. Tinha tantas idéias que temia não ter espaço para todas elas.
O pequeno estabelecimento lhe procurava muita mais satis-fação que trabalhar em uma grande empresa. Tinha-lhe agradado o ritmo frenético do escritório no Spencer Nyle, mas a organização empresarial não estava feita para ela; era muito impessoal. Aquela loja pequena, acolhedora e familiar levava seu selo. As cores suaves, a colocação ordenada dos artigos, eram seus toques pessoais. Não tinha vacilado nem um momento quando chegou a seus ouvidos, por azar, que a loja estava à venda; sua intuição tinha reconhecido que era o que estava procurando. Jogou uma olhada ao edifício e à mercadoria e nem sequer regateou. O preço tinha sido muito razoável, sem dúvida, pela deterioração do edifício. A compra tinha comido uma boa parte de suas economias, e as reformas os tinham diminuído ainda mais, mas tinha merecido a pena. Aquela era sua loja, um fiel reflexo de sua personalidade.
Havia correntes de ar no ruinoso edifício, assim acendeu a velha calefação, pensando que era outra coisa que devia substituir. Era outubro, nada mais, que frio não faria em janeiro e fevereiro?
A loja se manteve fechada ao público enquanto limpavam, pintavam e Derek trocava as luzes. Anahí se tinha assombrado de que um menino de sua idade tivesse conhecimentos de instalações elétricas, mas Derek lhe tinha explicado no que consistia e parecia relativamente simples. Depois, Anahí tinha averiguado, através do Marcie, que era a primeira vez que o fazia; simplesmente, tinha lido sobre isso e tinha decidido tentá-lo. Ao acender as luzes, compro-vou como os focos, melhor situados e mais potentes, melhoravam o aspecto da mercadoria.
O que teria feito sem o Derek? A loja ainda não estaria pronta para sua reabertura.
Mas como o estava... Inspirou fundo e deu a volta ao pôster da porta pela primeira vez. A loja do Anahí ficava oficialmente inaugurada.
O pequeno estabelecimento tinha seus clientes habituais, que estavam acostumados a deixar-se ver sempre que necessitavam uma caixa de pregos de acabamento ou uma meada. Nunca estava transbordada de trabalho, mas poucas vezes ficava o local vazio. O ritmo era pausado, e os clientes contemplavam os artigos com tranqüilidade enquanto comentavam as mudanças.
Anahí tinha uma jarra de café quente no mostrador, e animava às pessoas a aproximar-se e a falar com ela enquanto tomavam uma xícara. Em particular, adorava falar com os anciões, que contavam fascinantes anedotas sobre os tempos em que se fazia tudo à mão.
A manhã transcorreu tão depressa que, quando elevou a vista e viu o Marcie entrando pela porta, surpreendeu-se de que fosse a hora do almoço. Pior ainda, era quase a uma.
- Perdoa pelo atraso - disse Marcie, quase sem fôlego. - Estava saindo quando soou o telefone. Chamavam-me de uma revista, queriam falar sobre uma proposta que lhes tinha feito.
Os olhos do Anahí brilharam com afeto.
- E gostou?
- Sim - respondeu Marcie em seguida. - Agora, quão único tenho que fazer é pensar no que vou escrever.
Marcie era tão eficiente, que certamente reuniria centenas de páginas de informação, assim Anahí não se tomou a sério seu último comentário.
- Que classe de artigo é?
- É para uma revista de mulheres. Estive lhe dando muitas voltas na cabeça –Marcie começou a esvaziar a bolsa de papel que tinha levado. Colocou um prato de papel diante de Anahí e o encheu de frango frito e salada de couve, e o coroou com pãozinhos quentes. «Matrimônios de conveniência: passado e presente». Acredito que o titularei assim. Imagino que terá lido algo sobre o tema; em outras épocas eram a norma mais que a exceção. São uma espécie de matrimônios acordados. A questão é que as pessoas se casam por muitos motivos, além do amor. A conveniência é um deles, e é possível que por isso se chamem assim. Duas pessoas se casam para juntar seus bens e apoiar-se mutuamente, como se estivessem associando, só que são casal e dormem juntos.
Os olhos do Anahí brilharam com leve regozijo.
- Não acredita nos matrimônios não consumados?
Marcie lhe lançou um olhar de incredulidade.
- De verdade crie que um homem se contentaria com uma relação platônica? Refiro a um homem são e normal.
- Pelo geral, não, embora sim acredito que há certas situações...
- Situações peculiares - interveio Marcie.
- Está bem, situações peculiares...
- Mesmo assim, não acredito - interrompeu-a Marcie de novo com jubilosa despreocupação. - E você tampouco, porque sei que só quer me levar a contrária.
Anahí riu, porque era verdade: só tinha estado pondo objeções porque sabia que ao Marcie adorava discutir.
- Desisto. Segue falando de seu artigo.
- Tive a idéia um dia que me reuni com seis velhas amigas do instituto. Estávamos nos divertindo, e os Martini tinham circulado livremente pela mesa. Não te estou falando de mulheres peculiares, mas sim de pessoas normais e comuns. Das sete, duas se tinham casado de pênalti; uma porque não tinha tido muitos noivos e acreditou que nenhum outro homem o pediria; outra porque levava anos saindo com ele e todo mundo dava por feito que acabariam casando-se; e outra confessou que se casou com seu marido por seu dinheiro. Gostava, mas a massa era o atrativo principal. Com essa, já temos cinco das sete.
- E as outras duas?
- Alguém se casou porque estavam apaixonados, e ainda o estão. Seguem como namorados inclusive depois de tantos anos. A outra... Bom, a outra sou eu. Casei-me porque acreditei estar apaixonada. Se visse o pai do Derek, compreenderia por que. Mas, em lugar de amor, resultou ser sexo. Foi muito satisfatório enquanto durou, mas não bastou para mantemos unidos - durante um insólito momento de reflexão, Marcie apoiou o queixo na mão enquanto pensava em seu ex-marido. - Dominic e eu passamos bons momentos, mas ao final, descobrimos que não estávamos o bastante afeiçoados um com o outro. Claro que repetiria a experiência com tal de ter ao Derek, embora soubesse que acabaríamos nos divorciando.
- Assim, das sete, só uma se casou por amor?
- Mmm... Ainda não investiguei a fundo, mas eu diria que há inclusive mais homens que mulheres que se casam por conveniência. Os homens não se andam com rodeios quando se trata de satisfazer suas necessidades, e seguem tendo instintos trogloditas.
- Eu Tarzan, você Jane?
- Mais ou menos. Ainda querem um fogo e uma mulher que cozinhe a carne que levam a casa, que cure suas feridas e faça a penetrada, ou o que antes seria curar as peles dos animais e tecer. E, como não, um corpo quente quando necessitam um. Necessidades básicas que, em essência, seguem sendo as mesmas; só muda o ritual. Casam-se para satisfazer essas necessidades.
- Não pinta um quadro muito romântico - comentou Anahí, que começava a deprimir-se com as descrições precisas de Marcie. A conversação a fazia pensar, embora lhe doesse, em seu próprio matrimônio. Alfonso se tinha casado por todas essas razões, e tinha sido franco com ela. Queria um lar, uma relação estável, sexo quando gostasse. Em troca, seria um marido fiel e um apoio para ela. Um matrimônio de conveniência, para ele. Para o Anahí, um matrimônio por amor.
- Claro que há romantismo – prosseguiu Marcie em tom pensativo, enquanto mordiscava uma coxa de frango- Algumas pessoas aprendem a amar-se quando já estão casadas. A maioria se preocupa com o outro até certo ponto, embora não chegue a ser amor. Outros matrimônios não duram. Mas estou convencida de que a conveniência é a base de mais matrimônios dos que quereríamos reconhecer.
- Eu gostaria de saber quantas pessoas se apaixonam depois de casar-se - confessou Anahí em voz alta, sem precaver-se da nota de melancolia de sua voz.
Marcie lhe dirigiu um olhar sagaz impregnado de compaixão. Anahí interceptou o olhar e compreendeu imediatamente que Marcie tinha adivinhado quão apagados eram os sentimentos do Alfonso para sua esposa. Empalideceu e abaixou a vista, e Marcie lhe cobriu a mão com os dedos.
- Estou-me pondo pessimista - disse sua amiga com forçada alegria. - Certamente, os homens se apaixonam com a mesma facilidade que as mulheres, embora lhes custe reconhecê-lo.
Não, Alfonso reconhecia estar apaixonado. O problema era que estava apaixonado pela Dulce.
Anahí recordou de novo que aceitaria o que ele pudesse lhe dar. Não podia permitir o luxo de ser orgulhosa e rechaçá-lo porque preferisse a solidão a uma relação a meias tintas. Os anos lhe tinham ensinado que não existia outro amor para ela, nem o homem que deslocasse o Alfonso em seu coração.
Marcie tentou suavizar a tensão olhando ao redor e elogiando as mudanças que Anahí tinha introduzido na loja da última vez que a tinha visto.
- Tiveste muitos clientes?
- Mais dos que esperava - disse Anahí, que aceitou agradecida a mudança de tema. Passeou o olhar pela acolhedora loja e pensou, com desolação, que nos anos vindouros, a loja poderia ser o único que ficasse. A idade e a familiaridade diluiria a atração que ela exercia sobre o Alfonso, e quase podia predizer que seus viagens de negócios se fariam mais freqüentes e prolongados. Desfrutavam de uma cômoda intimidade física e conversavam tranqüilamente sobre uma infinidade de temas nos que jamais aprofundavam muito. Alfonso tinha erguido um muro em torno de seu coração, e nunca lhe permitia franqueá-lo; mantinha-a emocionalmente a distância. Anahí se estremeceu, sentindo-se novamente desesperada.
Autor(a): theangelanni
Este autor(a) escreve mais 24 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
A campainha da porta da loja soou às cinco e dez, anunciando a chegada de outra pessoa. Não tinha deixado de tilintar em todo o dia, para grande surpresa de Anahí, que elevou a vista maquinal-mente. Quando seu olhar se cruzou com o de Alfonso de maneira igualmente maquinal, ruborizou-se e o coração lhe deu um tombo. Estava atendendo a um ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 377
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
jl Postado em 06/10/2011 - 08:04:42
Haaaaaain meu pai quase chorei, tão lindo e simples o final, mas tão feliz *--* EEEE quero a proxima *-*
-
jl Postado em 06/10/2011 - 08:04:42
Haaaaaain meu pai quase chorei, tão lindo e simples o final, mas tão feliz *--* EEEE quero a proxima *-*
-
jl Postado em 06/10/2011 - 08:04:41
Haaaaaain meu pai quase chorei, tão lindo e simples o final, mas tão feliz *--* EEEE quero a proxima *-*
-
jl Postado em 06/10/2011 - 08:04:41
Haaaaaain meu pai quase chorei, tão lindo e simples o final, mas tão feliz *--* EEEE quero a proxima *-*
-
jl Postado em 06/10/2011 - 08:04:40
Haaaaaain meu pai quase chorei, tão lindo e simples o final, mas tão feliz *--* EEEE quero a proxima *-*
-
jl Postado em 06/10/2011 - 08:04:40
Haaaaaain meu pai quase chorei, tão lindo e simples o final, mas tão feliz *--* EEEE quero a proxima *-*
-
jl Postado em 06/10/2011 - 08:04:39
Haaaaaain meu pai quase chorei, tão lindo e simples o final, mas tão feliz *--* EEEE quero a proxima *-*
-
jl Postado em 06/10/2011 - 08:04:37
Haaaaaain meu pai quase chorei, tão lindo e simples o final, mas tão feliz *--* EEEE quero a proxima *-*
-
jl Postado em 06/10/2011 - 08:04:36
Haaaaaain meu pai quase chorei, tão lindo e simples o final, mas tão feliz *--* EEEE quero a proxima *-*
-
jl Postado em 06/10/2011 - 08:04:33
Haaaaaain meu pai quase chorei, tão lindo e simples o final, mas tão feliz *--* EEEE quero a proxima *-*