Fanfics Brasil - 20 Coração enterno {AyA [finalizada]

Fanfic: Coração enterno {AyA [finalizada]


Capítulo: 20

48 visualizações Denunciar



No Natal, Anahí deu de presente uma luxuosa maleta de desenho. Tinha ultrajado ao dependente da loja igualmente luxuosa ao encarregar que trocassem a insígnia do desenhista pelas iniciais do Alfonso. Alfonso riu quando lhe contou a anedota e, depois, entregou com naturalidade uma pequena caixa envolta em papel dourado. Anahí ficou boquiaberta ao ver os brincos de diamantes; tentou lhe agradecer, mas foi incapaz de articular palavra. Os diamantes cintilavam com fogo gélido; deviam ser de um quilate cada um, e estava estupefata pela magnitude do presente.


Sorrindo por aquela reação, Alfonso retirou o pesado véu de cabelo loiro platino, desprendeu os brincos que usava e lhe pôs os diamantes ele mesmo. Anahí levantou uma mão para tocá-los.


- Que tal estou? - perguntou com nervosismo.


Por fim tinha recuperado a voz.


- Magnífica - disse com voz grave. - Quero ver-te nua, com o cabelo solto e os diamantes brilhando em suas orelhas.


Anahí contemplou seu rosto, viu como seus olhos se entre-cerravam de desejo e sentiu as primeiras chispadas da paixão. Um delicado rubor rosado cobriu suas bochechas. Sabia, inclusive antes de que se aproximasse dela, que estava a ponto de conseguir o que queria.


Surpreendeu-a levantando-a nos braços.


- Aonde vamos? - perguntou Anahí, quase sem fôlego, porque tinha acreditado que lhe faria  amor no sofá, como outras vezes.


- A minha cama - foi a resposta lacônica de Alfonso, e Anahí abriu os olhos com surpresa.


Quando terminaram, Alfonso permaneceu sobre ela, mantendo unidos seus corpos. Era impossível que Anahí se levantasse e se fosse. Inclinou a cabeça para a cálida fragrância de seu pescoço enquanto saboreava a satisfação física alcançada. Cochilou, e despertou um pouco mais tarde, ao sentir que Anahí se movia para encontrar uma posição mais cômoda.


- Peso muito? - murmurou, com os lábios sobre a cálida pele de debaixo de seu ouvido.


- Não - respondeu Anahí com voz impregnada de prazer, e o estreitou com mais força. A estava esmagando, quase não podia respirar, mas não importava. Quão único importava era sentir seu corpo quente e pesado sobre ela, a satisfação quase tangível que Alfonso irradiava. Assim era como sempre tinha querido estar.


Na rua, o breve entardecer invernal estava tocando a seu fim, e no dormitório começava a fazer frio, porque Alfonso sempre tinha os radiadores de seu quarto ao mínimo. Alongou o braço para agarrar o lençol e os cobriu aos dois; voltou a acomodar-se em cima de Anahí e apoiou a cabeça sobre seus seios.


Prazerosamente, beijou-lhe os mamilos e as curvas inferiores dos seios antes de procurar uma posição cômoda para a cabeça. Cobriu um seio com a mão, suspirou com suavidade e adormeceu. Anahí lhe pôs a mão nas mechas escuras e a moveu devagar para seu pescoço forte e seus amplos e poderosos ombros, para sentir a pele cálida e sedosa. Sentindo-se segura e protegida no calor de seus braços, Anahí também dormiu.


Alfonso despertou a tempo para um jantar tardio, com o olhar sonolento e satisfeito ao ver como Anahí tentava desenredar o matagal que ele tinha feito com seus objetos ao tirar-lhe.


Com o cabelo pálido alvoroçado pelas costas e o brilho dos diamantes, parecia uma antiga rainha em toda a glória de sua nudez. Em tempos de barbárie, a teriam adorado pela cor de seu cabelo, aquele incrível ouro pálido com nervuras de um branco quase puro. Freqüentemente, tinha suspeitado que se tingia, até que a havia visto nua pela primeira vez. Sua esposa. O pensamento o embargou de possessividade, e de satisfação.


 


Em meados de fevereiro, Anahí pegou um resfriado que se prolongou durante mais dias do normal; a congestão lhe impedia de dormir e a punha de mau humor. Alfonso tentou convencê-la de que ficasse em casa para recuperar-se por completo, mas Erica tinha a dois de seus filhos com a gripe e Anahí não tinha a ninguém que abrisse a loja, assim não tinha mais remédio que trabalhar, embora se sentisse decaída e molesta. Alfonso tinha que fazer outra viagem, uma viagem que poderia prolongar-se por espaço de duas semanas, e franziu o cenho ao ver a palidez do rosto do Anahí enquanto lhe dava um beijo de despedida.


- Te cuide e não fique fria. Chamarei-te esta noite para ver como te encontra.


- Estarei bem - tranqüilizou-o, embora aborrecia o tom nasal de sua voz, efeito da congestão. - Não me beije! Passarei-te os germes!


- Sou imune a seus gemes - disse Alfonso, e a beijou de todas as formas. Rodeou-a com os braços e lhe esfregou as costas com suavidade. - Pobrezinha. Eu gostaria de ficar aqui contigo.


- Oxalá pudesse - grunhiu Anahí, coisa que não teria ousado dizer de não estar resfriada. - A verdade é que hoje me sinto um pouco melhor. Não estou tão cansada.


- Pode ser que já te esteja passando - observou-a com olho crítico. - Já vai sendo hora. Se amanhã não se sentir melhor, vá ao médico. É uma ordem.


- Sim, senhor - disse Anahí com insolência, e ganhou um pequeno açoite.


Alfonso a chamou de noite, como tinha prometido. Anahí tinha fechado a loja antes da hora por temor a que a neve que tinha começado a aumentar a deixasse incomunicada, assim que se passou uma hora vadiando na banheira, deixando que o vapor lhe limpasse o nariz, e já se sentia muito melhor. Quando falou com ele, tinha a voz quase normal.


Entretanto, à manhã seguinte despertou com uma penetrante enxaqueca e as articulações doloridas, como se alguém a estivesse golpeando com um martelo. Tinha a garganta em chamas, e sentia náuseas só de pensar na comida.


- Genial - disse a seu impreciso reflexo do espelho do banheiro. - Tenho a gripe.


Era um inferno. Doía-lhe todo o corpo por causa da febre, mas cada vez que tentava tomar um medicamento para controlá-la, seu estômago se rebelava. Tentou tomar chá quente, mas não resultou. Tentou beber um refresco frio, mas tampouco resultou. Provou a beber leite, e foi pior ainda. Preparou uma gelatina de frutas e tentou tomá-la; mas lhe deram arcadas ao segundo bocado. Desistiu, preparou-se uma bolsa de gelo para a cabeça e se deu um banho de água morna; permaneceu com o corpo febril submerso na água fresca e com a bolsa de gelo na cabeça.


Quando um repentino calafrio a fez tremer com tanta intensidade que logo que pôde sair da banheira, deixou de procurar remédios e optou por deitar-se; cobria-se com as mantas quando tinha frio e as retirava quando estava febril. Doía-lhe tanto a cabeça que dormir parecia impossível, mas ficou profundamente adormecida e só despertou quando soou o telefone.


- Anahí? - perguntou Marcie com voz angustiada. - Menos mal! Derek acaba de me chamar de uma cabine porque a loja estava fechada. Pensou que te teria ocorrido algo.


- E assim é - gemeu Anahí, contrariada. - Tenho a gripe. Sinto muito; devia chamar o Derek esta manhã antes de que fosse ao colégio.


- Não se preocupe por isso. Espera a que chame o Derek à cabine para que saiba que está bem e subirei a te atender.


- Posso me arrumar sozinha. Além disso, não quero conta... - mas Marcie já tinha desligado. -


Não vou morrer - grunhiu, enquanto arrastava seu corpo débil e maltratado fora da cama para deixar a porta da rua aberta para o Marcie. - Por que tem que me atender hoje? Não poderia esperar até manhã? Pode ser que amanhã esteja pronta para morrer.


Caminhou como se tivesse ressaca, sustentando-a cabeça com as duas mãos, como se temesse que lhe caísse. Na realidade, era justo o contrário. Tal e como a estava brocando a dor, desejava que lhe caísse. Até os olhos lhe doíam.


Abriu o fecho e caminhou com muita dificuldade à cozinha com a intenção de tomar outra colherada de gelatina. Abriu a porta da geladeira, contemplou a massa verde tremente e voltou a fechá-la. Impossível tomar nada que se estivesse movendo.


A porta da rua se abriu, e Marcie gritou:


- Onde está?


- Aqui - gemeu Anahí. - Sério, Marcie, não lhe desejo isto a ninguém. Por seu próprio bem, vá te daqui.


- Este ano fui a que me pusessem a vacina - replicou Marcie, enquanto se aproximava da cozinha. - Meu Deus, está horrível!


- Então, estou exatamente igual a como me sinto. Morro de fome! Quero comer algo, mas só de olhar a comida me dão arcadas.


- Bolachas salgadas - disse Marcie. - Tem?


- Não sei - gemeu Anahí.


- Onde podem estar?


- Aí acima - respondeu, e lhe indicou com a mão o armário mais alto.


- Aí tinham que estar - resmungou Marcie, e arrastou uma cadeira para poder subir a ela. Tirou a caixa de bolachas salgadas, extraiu um dos pacotes e a guardou outra vez. - Vamos provar o remédio que dão os médicos às grávidas; chá suave e bolachas salgadas. Crie que poderá digeri-lo?


- Duvido-o, mas o tentarei.


Marcie levou ao Anahí a rastros à cama, umedeceu um pano com água fria, o colocou na testa e lhe colocou o termômetro na boca. Retornou vários minutos depois com uma xícara de chá na mão e uma única bolacha salgada sobre um guardanapo de papel. Depois de extrair o termômetro, olhou-o e arqueou uma sobrancelha.


- Não há dúvida de que tem febre.


Anahí se incorporou e mordiscou a bolacha, com medo quase de tragar um só miolo. O chá sabia bem e lhe aliviava a aspereza da garganta e, durante uns instantes, sentiu-se melhor. Mas seu estômago começou a retorcer-se e se levantou como pôde da cama.



- Não funciona - informou a sua amiga. E saiu disparada por volta ao banheiro.


Derek subiu a vê-la, e Anahí gemeu em voz alta:


- Pode-se saber o que acontece com todos? É que querem ter a gripe? LHES VOU CONTAGIAR!


Derek a olhou com serenidade.


- Eu nunca estou doente.


É obvio que não. Que germe ou vírus ousaria posar-se naquele corpo perfeito?




Compartilhe este capítulo:

Autor(a): theangelanni

Este autor(a) escreve mais 24 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
- Links Patrocinados -
Prévia do próximo capítulo

Ao dia seguinte, Marcie quis chamar o Alfonso, mas Anahí se negou em redondo. Como poderia ajudá-la de milhares de quilôme-tros de distância? Quão único conseguiria chamando-o seria distrai-lo. Marcie estava preocupada porque a febre lhe tinha subido ainda mais e tinha ataques de tosse. O segundo dia, tampouco pôde comer um bo ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 377



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • jl Postado em 06/10/2011 - 08:04:42

    Haaaaaain meu pai quase chorei, tão lindo e simples o final, mas tão feliz *--* EEEE quero a proxima *-*

  • jl Postado em 06/10/2011 - 08:04:42

    Haaaaaain meu pai quase chorei, tão lindo e simples o final, mas tão feliz *--* EEEE quero a proxima *-*

  • jl Postado em 06/10/2011 - 08:04:41

    Haaaaaain meu pai quase chorei, tão lindo e simples o final, mas tão feliz *--* EEEE quero a proxima *-*

  • jl Postado em 06/10/2011 - 08:04:41

    Haaaaaain meu pai quase chorei, tão lindo e simples o final, mas tão feliz *--* EEEE quero a proxima *-*

  • jl Postado em 06/10/2011 - 08:04:40

    Haaaaaain meu pai quase chorei, tão lindo e simples o final, mas tão feliz *--* EEEE quero a proxima *-*

  • jl Postado em 06/10/2011 - 08:04:40

    Haaaaaain meu pai quase chorei, tão lindo e simples o final, mas tão feliz *--* EEEE quero a proxima *-*

  • jl Postado em 06/10/2011 - 08:04:39

    Haaaaaain meu pai quase chorei, tão lindo e simples o final, mas tão feliz *--* EEEE quero a proxima *-*

  • jl Postado em 06/10/2011 - 08:04:37

    Haaaaaain meu pai quase chorei, tão lindo e simples o final, mas tão feliz *--* EEEE quero a proxima *-*

  • jl Postado em 06/10/2011 - 08:04:36

    Haaaaaain meu pai quase chorei, tão lindo e simples o final, mas tão feliz *--* EEEE quero a proxima *-*

  • jl Postado em 06/10/2011 - 08:04:33

    Haaaaaain meu pai quase chorei, tão lindo e simples o final, mas tão feliz *--* EEEE quero a proxima *-*


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.




Nossas redes sociais


Ad Blocker foi detectado!

Nós utlizamos anúncios para manter nosso site online

Você poderia colocar nosso site na lista de permissões do seu bloqueador de anúncios, obrigado!

Continuar