Fanfics Brasil - 20 Coração enterno {AyA [finalizada]

Fanfic: Coração enterno {AyA [finalizada]


Capítulo: 20

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No Natal, Anahí deu de presente uma luxuosa maleta de desenho. Tinha ultrajado ao dependente da loja igualmente luxuosa ao encarregar que trocassem a insígnia do desenhista pelas iniciais do Alfonso. Alfonso riu quando lhe contou a anedota e, depois, entregou com naturalidade uma pequena caixa envolta em papel dourado. Anahí ficou boquiaberta ao ver os brincos de diamantes; tentou lhe agradecer, mas foi incapaz de articular palavra. Os diamantes cintilavam com fogo gélido; deviam ser de um quilate cada um, e estava estupefata pela magnitude do presente.


Sorrindo por aquela reação, Alfonso retirou o pesado véu de cabelo loiro platino, desprendeu os brincos que usava e lhe pôs os diamantes ele mesmo. Anahí levantou uma mão para tocá-los.


- Que tal estou? - perguntou com nervosismo.


Por fim tinha recuperado a voz.


- Magnífica - disse com voz grave. - Quero ver-te nua, com o cabelo solto e os diamantes brilhando em suas orelhas.


Anahí contemplou seu rosto, viu como seus olhos se entre-cerravam de desejo e sentiu as primeiras chispadas da paixão. Um delicado rubor rosado cobriu suas bochechas. Sabia, inclusive antes de que se aproximasse dela, que estava a ponto de conseguir o que queria.


Surpreendeu-a levantando-a nos braços.


- Aonde vamos? - perguntou Anahí, quase sem fôlego, porque tinha acreditado que lhe faria  amor no sofá, como outras vezes.


- A minha cama - foi a resposta lacônica de Alfonso, e Anahí abriu os olhos com surpresa.


Quando terminaram, Alfonso permaneceu sobre ela, mantendo unidos seus corpos. Era impossível que Anahí se levantasse e se fosse. Inclinou a cabeça para a cálida fragrância de seu pescoço enquanto saboreava a satisfação física alcançada. Cochilou, e despertou um pouco mais tarde, ao sentir que Anahí se movia para encontrar uma posição mais cômoda.


- Peso muito? - murmurou, com os lábios sobre a cálida pele de debaixo de seu ouvido.


- Não - respondeu Anahí com voz impregnada de prazer, e o estreitou com mais força. A estava esmagando, quase não podia respirar, mas não importava. Quão único importava era sentir seu corpo quente e pesado sobre ela, a satisfação quase tangível que Alfonso irradiava. Assim era como sempre tinha querido estar.


Na rua, o breve entardecer invernal estava tocando a seu fim, e no dormitório começava a fazer frio, porque Alfonso sempre tinha os radiadores de seu quarto ao mínimo. Alongou o braço para agarrar o lençol e os cobriu aos dois; voltou a acomodar-se em cima de Anahí e apoiou a cabeça sobre seus seios.


Prazerosamente, beijou-lhe os mamilos e as curvas inferiores dos seios antes de procurar uma posição cômoda para a cabeça. Cobriu um seio com a mão, suspirou com suavidade e adormeceu. Anahí lhe pôs a mão nas mechas escuras e a moveu devagar para seu pescoço forte e seus amplos e poderosos ombros, para sentir a pele cálida e sedosa. Sentindo-se segura e protegida no calor de seus braços, Anahí também dormiu.


Alfonso despertou a tempo para um jantar tardio, com o olhar sonolento e satisfeito ao ver como Anahí tentava desenredar o matagal que ele tinha feito com seus objetos ao tirar-lhe.


Com o cabelo pálido alvoroçado pelas costas e o brilho dos diamantes, parecia uma antiga rainha em toda a glória de sua nudez. Em tempos de barbárie, a teriam adorado pela cor de seu cabelo, aquele incrível ouro pálido com nervuras de um branco quase puro. Freqüentemente, tinha suspeitado que se tingia, até que a havia visto nua pela primeira vez. Sua esposa. O pensamento o embargou de possessividade, e de satisfação.


 


Em meados de fevereiro, Anahí pegou um resfriado que se prolongou durante mais dias do normal; a congestão lhe impedia de dormir e a punha de mau humor. Alfonso tentou convencê-la de que ficasse em casa para recuperar-se por completo, mas Erica tinha a dois de seus filhos com a gripe e Anahí não tinha a ninguém que abrisse a loja, assim não tinha mais remédio que trabalhar, embora se sentisse decaída e molesta. Alfonso tinha que fazer outra viagem, uma viagem que poderia prolongar-se por espaço de duas semanas, e franziu o cenho ao ver a palidez do rosto do Anahí enquanto lhe dava um beijo de despedida.


- Te cuide e não fique fria. Chamarei-te esta noite para ver como te encontra.


- Estarei bem - tranqüilizou-o, embora aborrecia o tom nasal de sua voz, efeito da congestão. - Não me beije! Passarei-te os germes!


- Sou imune a seus gemes - disse Alfonso, e a beijou de todas as formas. Rodeou-a com os braços e lhe esfregou as costas com suavidade. - Pobrezinha. Eu gostaria de ficar aqui contigo.


- Oxalá pudesse - grunhiu Anahí, coisa que não teria ousado dizer de não estar resfriada. - A verdade é que hoje me sinto um pouco melhor. Não estou tão cansada.


- Pode ser que já te esteja passando - observou-a com olho crítico. - Já vai sendo hora. Se amanhã não se sentir melhor, vá ao médico. É uma ordem.


- Sim, senhor - disse Anahí com insolência, e ganhou um pequeno açoite.


Alfonso a chamou de noite, como tinha prometido. Anahí tinha fechado a loja antes da hora por temor a que a neve que tinha começado a aumentar a deixasse incomunicada, assim que se passou uma hora vadiando na banheira, deixando que o vapor lhe limpasse o nariz, e já se sentia muito melhor. Quando falou com ele, tinha a voz quase normal.


Entretanto, à manhã seguinte despertou com uma penetrante enxaqueca e as articulações doloridas, como se alguém a estivesse golpeando com um martelo. Tinha a garganta em chamas, e sentia náuseas só de pensar na comida.


- Genial - disse a seu impreciso reflexo do espelho do banheiro. - Tenho a gripe.


Era um inferno. Doía-lhe todo o corpo por causa da febre, mas cada vez que tentava tomar um medicamento para controlá-la, seu estômago se rebelava. Tentou tomar chá quente, mas não resultou. Tentou beber um refresco frio, mas tampouco resultou. Provou a beber leite, e foi pior ainda. Preparou uma gelatina de frutas e tentou tomá-la; mas lhe deram arcadas ao segundo bocado. Desistiu, preparou-se uma bolsa de gelo para a cabeça e se deu um banho de água morna; permaneceu com o corpo febril submerso na água fresca e com a bolsa de gelo na cabeça.


Quando um repentino calafrio a fez tremer com tanta intensidade que logo que pôde sair da banheira, deixou de procurar remédios e optou por deitar-se; cobria-se com as mantas quando tinha frio e as retirava quando estava febril. Doía-lhe tanto a cabeça que dormir parecia impossível, mas ficou profundamente adormecida e só despertou quando soou o telefone.


- Anahí? - perguntou Marcie com voz angustiada. - Menos mal! Derek acaba de me chamar de uma cabine porque a loja estava fechada. Pensou que te teria ocorrido algo.


- E assim é - gemeu Anahí, contrariada. - Tenho a gripe. Sinto muito; devia chamar o Derek esta manhã antes de que fosse ao colégio.


- Não se preocupe por isso. Espera a que chame o Derek à cabine para que saiba que está bem e subirei a te atender.


- Posso me arrumar sozinha. Além disso, não quero conta... - mas Marcie já tinha desligado. -


Não vou morrer - grunhiu, enquanto arrastava seu corpo débil e maltratado fora da cama para deixar a porta da rua aberta para o Marcie. - Por que tem que me atender hoje? Não poderia esperar até manhã? Pode ser que amanhã esteja pronta para morrer.


Caminhou como se tivesse ressaca, sustentando-a cabeça com as duas mãos, como se temesse que lhe caísse. Na realidade, era justo o contrário. Tal e como a estava brocando a dor, desejava que lhe caísse. Até os olhos lhe doíam.


Abriu o fecho e caminhou com muita dificuldade à cozinha com a intenção de tomar outra colherada de gelatina. Abriu a porta da geladeira, contemplou a massa verde tremente e voltou a fechá-la. Impossível tomar nada que se estivesse movendo.


A porta da rua se abriu, e Marcie gritou:


- Onde está?


- Aqui - gemeu Anahí. - Sério, Marcie, não lhe desejo isto a ninguém. Por seu próprio bem, vá te daqui.


- Este ano fui a que me pusessem a vacina - replicou Marcie, enquanto se aproximava da cozinha. - Meu Deus, está horrível!


- Então, estou exatamente igual a como me sinto. Morro de fome! Quero comer algo, mas só de olhar a comida me dão arcadas.


- Bolachas salgadas - disse Marcie. - Tem?


- Não sei - gemeu Anahí.


- Onde podem estar?


- Aí acima - respondeu, e lhe indicou com a mão o armário mais alto.


- Aí tinham que estar - resmungou Marcie, e arrastou uma cadeira para poder subir a ela. Tirou a caixa de bolachas salgadas, extraiu um dos pacotes e a guardou outra vez. - Vamos provar o remédio que dão os médicos às grávidas; chá suave e bolachas salgadas. Crie que poderá digeri-lo?


- Duvido-o, mas o tentarei.


Marcie levou ao Anahí a rastros à cama, umedeceu um pano com água fria, o colocou na testa e lhe colocou o termômetro na boca. Retornou vários minutos depois com uma xícara de chá na mão e uma única bolacha salgada sobre um guardanapo de papel. Depois de extrair o termômetro, olhou-o e arqueou uma sobrancelha.


- Não há dúvida de que tem febre.


Anahí se incorporou e mordiscou a bolacha, com medo quase de tragar um só miolo. O chá sabia bem e lhe aliviava a aspereza da garganta e, durante uns instantes, sentiu-se melhor. Mas seu estômago começou a retorcer-se e se levantou como pôde da cama.



- Não funciona - informou a sua amiga. E saiu disparada por volta ao banheiro.


Derek subiu a vê-la, e Anahí gemeu em voz alta:


- Pode-se saber o que acontece com todos? É que querem ter a gripe? LHES VOU CONTAGIAR!


Derek a olhou com serenidade.


- Eu nunca estou doente.


É obvio que não. Que germe ou vírus ousaria posar-se naquele corpo perfeito?




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Autor(a): theangelanni

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Ao dia seguinte, Marcie quis chamar o Alfonso, mas Anahí se negou em redondo. Como poderia ajudá-la de milhares de quilôme-tros de distância? Quão único conseguiria chamando-o seria distrai-lo. Marcie estava preocupada porque a febre lhe tinha subido ainda mais e tinha ataques de tosse. O segundo dia, tampouco pôde comer um bo ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 377



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  • jl Postado em 06/10/2011 - 08:04:42

    Haaaaaain meu pai quase chorei, tão lindo e simples o final, mas tão feliz *--* EEEE quero a proxima *-*

  • jl Postado em 06/10/2011 - 08:04:42

    Haaaaaain meu pai quase chorei, tão lindo e simples o final, mas tão feliz *--* EEEE quero a proxima *-*

  • jl Postado em 06/10/2011 - 08:04:41

    Haaaaaain meu pai quase chorei, tão lindo e simples o final, mas tão feliz *--* EEEE quero a proxima *-*

  • jl Postado em 06/10/2011 - 08:04:41

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  • jl Postado em 06/10/2011 - 08:04:40

    Haaaaaain meu pai quase chorei, tão lindo e simples o final, mas tão feliz *--* EEEE quero a proxima *-*

  • jl Postado em 06/10/2011 - 08:04:40

    Haaaaaain meu pai quase chorei, tão lindo e simples o final, mas tão feliz *--* EEEE quero a proxima *-*

  • jl Postado em 06/10/2011 - 08:04:39

    Haaaaaain meu pai quase chorei, tão lindo e simples o final, mas tão feliz *--* EEEE quero a proxima *-*

  • jl Postado em 06/10/2011 - 08:04:37

    Haaaaaain meu pai quase chorei, tão lindo e simples o final, mas tão feliz *--* EEEE quero a proxima *-*

  • jl Postado em 06/10/2011 - 08:04:36

    Haaaaaain meu pai quase chorei, tão lindo e simples o final, mas tão feliz *--* EEEE quero a proxima *-*

  • jl Postado em 06/10/2011 - 08:04:33

    Haaaaaain meu pai quase chorei, tão lindo e simples o final, mas tão feliz *--* EEEE quero a proxima *-*


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