Fanfics Brasil - 26 Coração enterno {AyA [finalizada]

Fanfic: Coração enterno {AyA [finalizada]


Capítulo: 26

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A aula a fazia sentir-se melhor em um sentido: estava próxima a dar a luz, mas havia mulheres, com os ventres tão avultados que o pequeno tambor grande do Anahí nem sequer parecia respeitável.


Deu um tapinha a seu bebê com afeto, pensando que gostava tal como era.


Alfonso retornou logo a casa ao dia seguinte; entrou no salão, onde Anahí estava com os pés levantados, apoiados na mesa de centro, enquanto perseverava em completar todos os palavras cruzadas de uma revista de passatempos. Deixou a maleta no chão com movimentos medidos e disse:


- Chamei-te ontem à noite, mas não estava. Aonde foi?


Surpreendida, Anahí o olhou nos olhos; mas em seguida baixou a vista. Tinha estado desejando que não se mostrasse tão distante, mas tinha esquecido quão desconcertante Alfonso podia resultar quando brocava a alguém com aqueles chamejantes olhos escuros. Não estava distante naqueles momentos, a não ser furioso.


Tirou-se a jaqueta do traje e a deixou cair sobre o respaldo do sofá; sentou-se diante dela e afundou os dedos nos cachos escuros alvoroçados pelo vento.


- Estou esperando - disse em voz baixa.


Anahí fechou a revista e a deixou a um lado.


- Sinto não havê-lo mencionado antes, mas não sabia como lhe dizer isso reconheceu. - Marcie me levou às aulas de parto natural que repartem agora os hospitais; vai ser minha treinadora. Ontem à noite foi a primeira aula.


Alfonso apertou os lábios, e ela avistou de novo o brilho de algo profundo em seus olhos, a mesma emoção inescrutável que tinha vislumbrado em várias ocasiões.


- Suponho que tenho sorte de que não o tenha pedido ao Christopher.


- Alfonso! - atônita e um pouco doída, Anahí o olhou fixamente. Alfonso fez um gesto brusco com a mão.


- Sinto muito, não queria dizer isso. Maldita seja! - amaldiçoou em voz baixa, e se esfregou os músculos duros da nuca. - Que vontades tenho de que isto se acabe.


- Só faltam umas semanas - sussurrou Anahí, contemplando-o com o coração no olhar. - E depois o que acontece?


Alfonso suspirou profundamente; seu poderoso peito esticou o tecido de sua camisa. Tinha rugas sombrias em seu rosto, em torno dos lábios.


- Recuperarei a minha esposa - disse com crueldade.


- Sei que está sendo muito difícil para ti...


- Não, não sabe. Não tem nem idéia - sua voz se endureceu. - Deixou-o muito claro quando me deu o ultimato: ou o agüenta ou vai. Quer a esse bebê mais que a mim. Pensei muito, me esquentei os miolos, e estive a ponto de ir, mas repensei e decidi me conformar com o que me desse. Pode ser que agora tenha me relegado a um segundo lugar, mas não por muito tempo. Quando o bebê deixe de interpor-se entre nós, quando puder voltar a te tocar, será minha esposa antes que nada. Se acha que não poderá: me dar isso, diga-me isso já.


Anahí estava imóvel, um pouco pálida, mas sustentou seu olhar com firmeza.


- Ser sua esposa é o que sempre quis ser.


- Não quero que o bebê interfira em nossa vida. Cuida-o, sim, mas quando retornar a casa pelas tardes, seu tempo será meu. Quero toda sua atenção, sem que te sobressalte ou saia correndo cada vez que gema.


- Nem sequer quando estiver doente ou ferido?


Acaso Alfonso não se dava conta do que dizia? De verdade esperava que não prestasse atenção a seu filho?


Alfonso fez uma careta, como se tivesse se dado conta de repente do que estava pedindo.


- Não, claro que não - angustiado, olhou-a. - Não sei se poderei suportá-lo. Quero a ti, só a ti, igual a antes. Sem intrusões de ninguém.


- Arrumaremos isso - disse Anahí com suavidade, ansiando rodeá-lo com os braços para envolvê-lo com seu amor, mas sabia que ele retrocederia com desagrado ao sentir a pressão do ventre. Alfonso deve ter lido parte de seus pensamentos, porque ficou em pé e se inclinou para ela. Pela primeira vez em várias semanas, beijou-a, não um mero roçar de lábios na testa ou na bochecha, a não ser um beijo íntimo e profundo. Anahí o recebeu com acanhamento, quase com temor a responder, mas Alfonso lhe levantou o queixo e a beijou outra vez, exigindo e recebendo a paixão que ela sabia dar.


- Quanto tempo falta? - murmurou, quando levantou a cabeça.


- Umas três semanas até que dê a luz e logo... seis semanas mais.


Alfonso suspirou.


- Serão as nove semanas mais longas de minha vida.


Aos poucos dias, surgiu outra viagem imprevisto.


Alfonso tinha estado reduzindo suas saídas, pedindo ao Christopher que fosse em seu lugar, mas Christopher já estava na Costa Oeste quando estourou o caos em Los Angeles. Como um general dirigindo a suas tropas, Anson Edwards enviou ao Alfonso a Califórnia.


Quando o disse a Anahí, viu a decepção em seu rosto.


- Não será uma viagem muito longa - tentou consolá-la. - Três dias no máximo. O bebê não virá até dentro de duas semanas, E te chamarei todas as noites.


- Não estou preocupada com o bebê - disse Anahí com sinceridade. - É que vou sentir sua falta!


- Não demorarei. Apertarei a todo mundo para esclarecer esta confusão o mais rápido possível –disse em tom lúgubre, e a assombrou levantando-a nos braços, a primeira vez que o tinha feito em vários meses. Fazendo caso omisso de seu volumoso ventre, beijou-a com crescente desejo, e sua mão se apressou a lhe acariciar os seios. - Não sabia - disse com perplexidade, e levantou a cabeça para contemplar as generosas curvas que enchiam sua mão. - Não me tinha dado conta do muito que cresceste.


Um quente rubor cobriu as bochechas de Anahí enquanto se reclinava sobre ele. Alfonso riu e a voltou a beijar, sem deixar de acariciá-la.


- Voltarei em um abrir e fechar de olhos - prometeu-lhe.


A meia-noite, Anahí despertou com dor nos rins, mas terminou por desaparecer e suspirou com alívio. O bebê estava quieto, para variar, e a tinha deixado dormir profundamente.


Não queria dar a luz na ausência de Alfonso; embora não estivesse nas aulas com ela, nem ajudando-a durante o parto, queria saber que estava perto. À medida que se aproximava o dia, começava a preocupar-se com o trauma do nascimento; teria se obstinado a ele como uma menina assustada se as circunstâncias não tivessem aberto um abismo entre eles.


Ao dia seguinte pela tarde, a dor reapareceu e se estendeu ao ventre. Não era dor, exatamente, a não ser uma opressão molesta, mas soube.


Alertou a Marcie e telefonou à doutora Easterwood, que lhe deu instruções de ingressar no hospital, em lugar de esperar a que as contrações aumentassem de freqüência. A seguinte chamada que fez Anahí foi ao hotel de Alfonso em Los Angeles; não estava em sua habitação, mas tampouco tinha esperado encontrá-lo ali a essas horas.


Deixou a mensagem de que estava com as dores do parto e o nome do hospital em que estaria.


Quando desligou, uma lágrima escorregou por sua bochecha. Quanto desejava que Alfonso estivesse com ela! Mas a secou e se levou a mão ao ventre.


- Lá vamos nós - disse a seu pequeno.


Marcie subiu para recolher a mala e a senhora Melton deu um abraço em Anahí; depois, as duas amigas se dirigiram ao hospital. Anahí ingressou e foi examinada; estava nas preliminares do parto e tudo parecia normal. O único que se podia fazer era esperar.


 


Alfonso estava no escritório que tinha requisitado ao gerente de distrito da Costa Oeste, com um desdobramento de cifras e estatísticas na mesa, mas não conseguia concentrar-se no trabalho. Tamborilou com a caneta sobre a mesa desejando poder estar em casa com Anahí, em lugar de ter que esclarecer pacientemente um embrulho que nem sequer deveria haver-se produzido.


Anahí ultimamente, monopolizava seus pensamentos mais que nunca, e tinha dedicado muito tempo ao longo dos anos a pensar nela.


Estava empenhada em ter o bebê e tinha feito ornamento de uma obstinação que contradizia seu aspecto delicado e elegante. Anahí nunca lhe tinha parecido uma mulher muito maternal, embora Justin e Shane tinham adorado a sua «tia» Anahí.


Fez uma careta ao recordar os nomes de seus filhos, e seus rostos surgiram diante sua vista, interpondo-se entre ele e os papéis dispersados pela mesa. Meninos sorridentes e travessos, com os luminosos olhos azuis e o cabelo de cor mel de Dulce. Quanto sentia falta deles! Quanto os tinha querido, desde o momento mesmo em que tinha sabido que Dulce estava grávida! Dulce se tinha posto como um tonel com os dois, incapaz de levantar-se da cama nem de uma cadeira sem ajuda. Muitas vezes durante a noite, quando sua avançada gravidez a tinha obrigado a ir ao banheiro cada hora, ele se tinha feito em seu protetor, sempre disposto a lhe dar uma mão. Tinha-lhe esfregado as costas, tinha-lhe amarrado os sapatos, tinha-lhe dado a mão quando tinha entrado em dores e a tinha animado e consolado durante o parto. Não tinha feito nada disso pela Anahí.


Ficou rígido ao pensá-lo. Não estava tão grande como Dulce, é obvio, mas tinha visto como se sentava com cuidado na borda da cadeira para logo poder levantar-se, e ele não se brindou a ajudá-la. Tinha-a deixado dormir à parte e Anahí tinha tido que se arrumar sozinha com as dores de costas e as visitas noturnas ao banheiro. Não lhe tinha pedido ajuda para nada e Alfonso compreendeu com aguda dor que não o tinha feito porque ele mesmo tinha deixado claro que não poderia contar com seu apoio. Tinha necessitado de ajuda, todos os dias, mas não a tinha pedido.


Tinha suportado o peso da gravidez sozinha, sabendo que ele não queria a seu filho.


Gotas de suor brotaram em sua testa. Apesar de seus sentimentos para o bebê, deveria ter estado com Anahí, ajudando-a nas distintas fases de sua gravidez. Pensando friamente, inclusive compreendia por que estava resolvida a ter o bebê: porque amava a ele, também amava a seu filho. Anahí não esperneava, não lhe exigia nada; limitava-se a esperar, e a amá-lo, sem desistir. Sua suave persistência lhe tinha permitido esperá-lo durante anos, amando-o e, mesmo assim, sendo uma boa amiga, a melhor de todas, para a Dulce. Tinha querido aos filhos de Alfonso e tinha permanecido em silêncio a seu lado durante o enterro, pensando que não ficariam motivos para viver.


Tinha muitas virtudes, mas a mais doce de todas era o amor inesgotável e insondável que irradiava, como um suave resplendor que banhava a todos os que a rodeavam. Ele estava no centro desse resplendor. Como podia ter passado por cima de quão prezado era esse amor?


Sem pensar, obedecendo a um impulso tão inegável como indescritível, desprendeu o telefone e a chamou. Foi a senhora Melton quem respondeu e, um momento depois, Alfonso deixou cair o telefone sobre o aparelho com o semblante pálido. Abriu a porta do escritório e gritou à secretária que estava sentada detrás da mesa.


- Me consiga um vôo para Dallas, em seguida. Não me importa com que companhia, sempre que for o primeiro que saia. Minha esposa vai dar a luz.


Impelida tanto por seu tom de voz como pela prioridade que toda mulher dava ao nascimento de um filho, a secretária falou com ardor por telefone e, um momento depois, estava exigindo que procurassem um lugar para o senhor Herrera.


Alfonso embutiu os informe em sua maleta e o fechou sem cerimônias. Deveria ter estado com ela! O bebê chegava com duas semanas de adiantamento; teria surgido alguma complicação?


A doutora Easterwood o tinha prevenido dessa possibilidade. Alfonso sabia, melhor que ninguém, quão estreita era a pélvis de Anahí; quantas vezes a tinha segurado pelos quadris enquanto o fazia amor e se maravilhou do esbelta e delicada que era? O bebê não era muito grande, mas seria muito grande para o Anahí? Se lhe ocorresse algo...


Foi incapaz de completar aquele pensamento.


Nunca soube a que contatos recorreu a secretária, ou à influência de que pessoa apelou, mas alguém perdeu seu lugar no vôo que saía em menos de uma hora para Dallas e Alfonso ocupou seu lugar. Não teve tempo de retornar ao hotel a pagar a conta nem a recolher sua roupa. Deu instruções concisas à secretária para que se ocupasse disso e para que lhe enviasse a mala. Deu-lhe um obrigado com aspereza e partiu. Anson Edwards e Spencer Nyle podiam esperar. Anahí era mais importante.


Quatro horas e meia mais tarde, depois de que o avião decolasse com atraso de Los Angeles, realizasse o vôo com excessiva lentidão e Alfonso tivesse que abrir-se passo entre o tráfego do aeroporto até o hospital que a senhora Melton lhe tinha indicado, aproximou-se do mostrador da enfermeira do andar de maternidade.


 


Anahí estava dormindo, enquanto Marcie lia em silêncio uma revista. Tanto Anahí como o bebê estavam em estreita observação, mas passava o tempo e não ocorria nada, embora as ferroadas se repetiam cada vez com mais freqüência. Estavam em uma habitação individual; havia uma televisão na parede e tinham visto as notícias da tarde e o episódio de uma comédia televisiva. Anahí pensava que Alfonso já deveria ter ligado, mas possivelmente o estivessem retendo no escritório. Depois de tudo, havia uma diferença horária de duas horas.


Alfonso entrou na habitação e Marcie elevou a vista. Abriu os olhos de par em par e ficou em pé.


- E você de onde sai?


- De Los Angeles - respondeu, e torceu os lábios com momentâneo regozijo. - Tomei o primeiro avião que saía para Dallas quando a senhora Melton me disse que Anahí tinha entrado em dores.


Anahí piscou e o olhou ainda sonolenta; de repente, despertou por completo.


- Alfonso! Vieste!


- Vim - disse com suavidade, e lhe deu a mão.


- Chamei-te no hotel e te deixei uma mensagem.


- eu sei, a senhora Melton me disse isso. Também falei com a doutora Easterwood. Estava assustado, temia que algo tivesse ido mal porque o bebê chegava com duas semanas de adiantamento, mas disse que tudo ia bem.


- Na realidade, ainda não estou com dores, só o tento, mas a doutora queria que ingressasse no hospital para me ter vigiada.


Que formosa era, pensou Alfonso. Tinha o cabelo loiro platino retirado da cara, recolhido em uma única trança larga. Tinha os olhos luminosos e limpos, de uma suave cor verde Nilo, e as bochechas avermelhadas. Usava uma das simples camisolas que tinha estado usando em casa e parecia que tinha quatorze anos; certamente, não o bastante maior para ter ao bebê que criava o vulto sob o tecido. Beijou-a com suavidade.


- Já que está aqui, vou descer à cafeteria a tomar algo - disse Marcie alegremente, com a clara intenção de deixá-los sozinhos.


Mas, quando o estiveram, resultava difícil dizer nada. Alfonso seguiu lhe sustentando a mão, desejando que já tivesse terminado tudo, que Anahí não tivesse que confrontar o parto. Não queria que sofresse em nenhum sentido, nem sequer pela dor natural de ter um filho. Por fim, inspirou fundo.


- Não irei a sala de parto contigo, mas te estarei esperando.


- Saber que está aqui é o único que necessito - disse Anahí, e assim era.


Sua filha nasceu doze horas depois, depois de um parto relativamente fácil.


- É uma riqueza! - exclamou a doutora Easterwood, enquanto deixava ao bebê nos braços do Anahí. - E que cabelo mais negro!


- É igual a Alfonso - declarou Marcie com rotundidade, com os olhos sorridentes e cheios de lágrimas visíveis por cima da máscara cirúrgica que usava. - Até tem seus mesmos olhos.


Anahí contemplou a seu bebê, que já tinha deixado de gritar com indignação e repousava como se estivesse esgotada pelo esforço, disposta a dormir. A filha de Alfonso. Não podia acreditá-lo. Não sabia por que, mas tinha acreditado que seria menino.


As lágrimas afloraram em seus olhos quando tocou os cachos negros e úmidos com um dedo trêmulo. Era o mais precioso que tinha visto.




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Autor(a): theangelanni

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 377



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  • jl Postado em 06/10/2011 - 08:04:42

    Haaaaaain meu pai quase chorei, tão lindo e simples o final, mas tão feliz *--* EEEE quero a proxima *-*

  • jl Postado em 06/10/2011 - 08:04:42

    Haaaaaain meu pai quase chorei, tão lindo e simples o final, mas tão feliz *--* EEEE quero a proxima *-*

  • jl Postado em 06/10/2011 - 08:04:41

    Haaaaaain meu pai quase chorei, tão lindo e simples o final, mas tão feliz *--* EEEE quero a proxima *-*

  • jl Postado em 06/10/2011 - 08:04:41

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  • jl Postado em 06/10/2011 - 08:04:40

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  • jl Postado em 06/10/2011 - 08:04:40

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  • jl Postado em 06/10/2011 - 08:04:39

    Haaaaaain meu pai quase chorei, tão lindo e simples o final, mas tão feliz *--* EEEE quero a proxima *-*

  • jl Postado em 06/10/2011 - 08:04:37

    Haaaaaain meu pai quase chorei, tão lindo e simples o final, mas tão feliz *--* EEEE quero a proxima *-*

  • jl Postado em 06/10/2011 - 08:04:36

    Haaaaaain meu pai quase chorei, tão lindo e simples o final, mas tão feliz *--* EEEE quero a proxima *-*

  • jl Postado em 06/10/2011 - 08:04:33

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