Fanfics Brasil - 6° Capítulo Coração enterno {AyA [finalizada]

Fanfic: Coração enterno {AyA [finalizada]


Capítulo: 6° Capítulo

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- Anahí, sente-se, por favor - convidou-a o senhor
Edwards, com expressão amável em seus olhos sagazes. Anahí sempre tinha
combinado com o senhor Edwards, mas era a primeira vez que lhe pedia que
assistisse a uma reunião. Sentou-se e entrelaçou as mãos com calma no colo.


           - Henry não voltará - disse o senhor
Edwards com suavidade. - Falei pessoalmente com seu médico. Se relaxar, evitar
o estresse e não tem outro enfarte, poderia viver durante vários anos, mas não
poderá trabalhar. Pedirá a aposentadoria antecipada. Alfonso ocupará seu posto
como primeiro vice-presidente.


De novo, Anahí se arriscou a olhá-lo, e o
surpreendeu observando-a ainda com aquela perturbadora intensidade. Alfonso se
inclinou para frente em sua cadeira e declarou:


- Não posso te tomar como minha secretária. Kali
trabalhou para mim durante anos e continuará comigo.


Não era nenhuma surpresa. Anahí esboçou um suave
sorriso que causou estragos nas vísceras do Alfonso. Anahí não tinha albergado
esperanças de ser sua secretária; de todas as formas, não teria saído bem. Não
poderia ter trabalhado com Alfonso, em estreita colaboração, todos os dias. Já
era bastante terrível vê-lo de vez em quando.


- Sim, é obvio. Estou despedida?


- Santo Deus, não! - exclamou o senhor Edwards,
perplexo. - Nem muito menos. Mas queremos te deixar escolher. Vou trazer um
executivo de Montreal para que substitua Alfonso, e sua secretária não quer mudar-se
para cá. Se quiser o posto, é teu, e ele está de acordo. Se prefere trocar de
departamento, não tem mais que dizê-lo. Fez um trabalho excelente para o
Spencer Nyle em todos estes anos; você escolhe seu posto.


Anahí pensou em trocar de departamento, mas lhe
agradava o ambiente dinâmico da  direção,
onde se tomavam decisões que afetavam a milhares de pessoas. A provocação
mantinha seu interesse e, embora estava perto de Alfonso, o ritmo frenético do
trabalho lhe impedia de pensar nele com o passar do dia.


- Eu gostaria de ser sua secretária - respondeu
por fim com gravidade. - Como se chama?


- Christopher Uckermann. Esteve dirigindo nosso
escritório de Montreal com excelentes resultados. Tenho entendido que é inglês.


- Assim é - confirmou Alfonso. Certamente, pensou Anahí,
já teria baixado o expediente de Christopher Uckermann e teria memorizado até a
última palavra.


- Bem - disse o senhor Edwards com satisfação, e
ficou em pé, dando a entender que já podiam ir-se. Alfonso saiu pela porta
atrás de Anahí, mas não retornou a seu escritório. Seguiu-a até o dela e fechou
a porta. Sentindo-se inexplicavelmente nervosa, Anahí se separou dele e se refugiou
detrás de sua mesa.


- Quero que saiba - murmurou Alfonso, e se
inclinou sobre a mesa para aproximar seu rosto ao de Anahí, - que eu gostaria
de te ter como secretária... Muito. Mas meu sentido comum me diz que não daria
pé com bola no trabalho. Seria o típico chefe que não lhe tira os olhos de cima
de sua ajudante, assim, pelo bem da companhia, terei que ficar com Kali.


Anahí cravou o olhar nele e se perdeu nas
profundidades escuras de seus olhos.


 - Eu
entendo - sussurrou.


- Sim? - endireitou-se, e a olhou com sorriso
zombador. - Eu não estou tão seguro. Mas me poderia explicar isso. Sairia para
jantar comigo esta noite?


Anahí não estava acostumada a sair entre a semana,
porque nunca sabia quando teria que trabalhar até tarde, mas quando Alfonso a
convidou, esqueceu-se de sua acostumada cautela.


- Eu adoraria - não podia camuflar o prazer que
irradiavam seus olhos verdes, e Alfonso a olhou fixamente durante um momento
antes de inclinar-se outra vez para diante e beijá-la com força.


- Passarei para te recolher às oito. Que tal se
formos a um chinês?


- Estupendo. Eu adoro a comida chinesa.


Quando Alfonso se foi, Anahí se enfrascou nas
papeladas rotineiras com mãos trêmulas. Aquilo começava a parecer uma relação
formal, e não havia forma humana de dar marcha ré, nem sequer queria fazê-lo.
Pensou em Dulce e fechou os olhos uns momentos. Teria morrido no lugar de Dulce,
se tivesse podido, mas ninguém lhe tinha dado essa opção. Alfonso estava livre,
física e legalmente, embora seu coração seguisse sendo de Dulce e, se Anahí
tinha alguma possibilidade com ele pensava aproveitá-la.


Se não tinha nenhum jantar de negócios programada,
Alfonso a convidava para jantar todas as noites durante a semana. Anahí não
refletia sobre sua boa fortuna, limitava-se a desfrutar de cada momento que
estava com ele. Recordando que Alfonso só lhe tinha pedido sua amizade,
tentando não dizer nem fazer nada que pudesse interpretar-se como paquera,
embora, às vezes, isso carecia de importância. Quando Alfonso lhe dava um beijo
de boa noite, o contato persistia, como se Alfonso se sentisse inexoravelmente
atraído ao calor de sua boca, e em seguida a aprisionava entre seus braços e se
beijavam com o ardor acumulado de dois adolescentes. Mas não havia nada mais; Alfonso
sempre se afastava antes de que a intimidade se intensificasse, e Anahí deduzia
que não queria dar pé a uma relação séria entre os dois. Parecia contentar-se
com as coisas como estavam; podia desfrutar da companhia de Anahí, de sua
animada conversação, além disso do consolo de seus desejos comuns. Anahí queria
mais, queria tudo o que ele pudesse lhe dar, mas possivelmente já estivesse lhe
dando tudo o que tinha.


Sabia que Dulce sempre rondava seus pensamentos e,
quando falavam dela, como indevidamente faziam, a expressão de Alfonso se tornava
lúgubre.


Uma semana depois de que o senhor Graham sofresse
o enfarte, Christopher Uckermann viajou de avião de Montreal. Era um inglês
alto e magro, com o acento preciso de um britânico de classe alta, de cabelo
loiro e com os olhos de cor azul esverdeada mais vivas e pícaras que Anahí
nunca tinha visto. Era mais que arrumado, gozava da beleza aristocrática sempre
jovem que encantava às mulheres. Se Anahí tivesse podido olhar a alguém que não
fosse Alfonso, teria se apaixonado por Christopher Uckermann nada mais vê-lo,
mas, dadas as circunstâncias, o inglês recebeu seu habitual sorriso educado e
levemente indiferente.


Christopher
não perdeu tempo. A primeira vez que Anahí ficou a sós com ele, convidou-a para
jantar. Anahí o olhou com olhos muito abertos, perplexa. Era impossível
interpretar mal suas intenções, não com aqueles olhos luminosos que tão bem
telegrafavam seus pensamentos. Anahí mordeu o lábio; como podia negar-se sem
que sua relação trabalhista se ressentisse? Mas tampouco queria comprometer-se,
porque Alfonso podia convidá-la a sair a qualquer momento.


- Não acredito que seja boa idéia - negou-se por
fim, em tom amável. - Trabalharemos juntos e, embora não há nenhuma normativa
que proíba as relações entre os empregados, está acostumado a desaconselhar-se
dentro do mesmo departamento.


- Mas - replicou o inglês- sempre que se faça com
discrição, não lhe dá importância.


Anahí inspirou fundo.


- Estou saindo com outra pessoa.


- Incomodaria-se? - perguntou Christopher em
seguida, e Anahí proferiu uma gargalhada.


- Não acredito - reconheceu, e sua risada pereceu um
eco de dor que empanou o verde de seus olhos.


- Então, é um idiota - disse Christopher entre dentes,
com o olhar fixo no elegante penteado do cabelo do Anahí. - Se decidir a dar
uma oportunidade a outro homem, diga-me isso


- Sim - durante um instante, Anahí sustentou seu
olhar cálida e penetrante. - Farei-o.


Para falar a verdade, Christopher a atraía mais
que a tinha atraído nenhum homem em sua vida, exceto Alfonso. Tinha-lhe caído
bem nada mais vê-lo e, curiosamente, sentia-se relaxada em sua companhia porque
intuía que ele tinha reconhecido os limites marcados por ela e que os
respeitaria até que Anahí lhe indicasse o contrário.


Aquela tarde, Alfonso e Christopher se
entretiveram no corredor, conversando, antes de dar finalizada a jornada. Anahí
fechou com chave seu escritório e murmurou uma boa tarde ao passar a seu lado,
com cuidado de não prolongar o contato visual com Alfonso.


Christopher deu a volta para contemplar como ela
se afastava pelo corredor, com seus brilhantes olhos entreabertos com desejo. Alfonso
afiou seu olhar escuro e também se voltou para olhar Anahí. Caminhava com
graça, e a saia se movia com fluidez em torno de suas formosas pernas. Não lhe
agradava a maneira em que Christopher a estava olhando, como um gato que
observasse com fruição ao canário que pensava lanchar-se, e a irritação começou
a concentrar-se em seu estômago.


- É uma mulher muito bonita - comentou, para
suscitar uma reação, e ficou tenso, à espera da resposta de Christopher.


Christopher o olhou com incredulidade.


- Bonita? É condenadamente bela. Tem uma beleza
tão sutil, tão discreta, que terá que fixar-se nela para apreciar os traços
puros e clássicos de seu rosto.


Alfonso tinha visto o rosto de Anahí ruborizado de
prazer, com os lábios cheios por seus beijos e ávidos dele. Estava atuando com
agônica lentidão, esperando um sinal de Anahí que revelasse sua frustração por suas
noites terminarem com só uns beijos. Sim, Anahí gostava de seus beijos, mas
ainda se envolvia em uma altivez inexpugnável, e por muito ardor com que o
beijasse, não lhe dava pé a ir mais à frente. Alfonso começava a sucumbir ao
desespero; seu corpo ansiava o desafogo. Tinha dedicado todas as noites a Anahí,
assim não tinha tido nenhum encontro esporádico com outra mulher que aliviasse
suas necessidades sexuais. Não tinha encontrado tanta oposição desde que, como
adolescente ávido de sexo, tentasse seduzir a sua noiva virginal todas as
sextas-feiras de noite no assento de atrás de seu carro.


Mas se Anahí perderia alguma vez o controle o
bastante para ceder à paixão, seria com ele. Por nada do mundo consentiria que Christopher
fundisse sua gélida reserva e a visse presa de um ânsia e ardor primitivos. O
desejo de Anahí seria de Alfonso, e só dele.


- Já me dei conta de quão bela é - disse com
calma, mas seu tom estava carregado advertência. Christopher o olhou com
aspereza e suspirou.


- Então, tomaste-me a dianteira, não é verdade?


- Conheço-a há anos –respondeu Alfonso
vagarosamente.


Christopher soprou com sarcasmo.


- Eu também conheço a governanta de minha mãe há
anos, mas não advirto a nenhum homem que não se aproxime dela.


Alfonso riu, como fazia cada vez com mais frequência
durante os últimos dias. Muito a seu pesar, Christopher lhe agradava.
Cortejaria a Anahí sem piedade, mas nunca o faria de forma rasteira;
limitaria-se a aproveitar as oportunidades que lhe apresentassem. Isso não
alterava a determinação de Alfonso de ter Anahí toda para ele, mas relaxou, e
olhou Christopher aos olhos com total cumplicidade masculina.


Christopher se encolheu de ombros com elegância.


- Estarei alerta, se por acaso você fracassar.


- Isso me tranquiliza - disse Alfonso com
sarcasmo. Christopher lhe sorriu com ironia.


- Eu se fosse você não me tranquilizaria muito.


 


 




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Autor(a): theangelanni

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  • jl Postado em 06/10/2011 - 08:04:42

    Haaaaaain meu pai quase chorei, tão lindo e simples o final, mas tão feliz *--* EEEE quero a proxima *-*

  • jl Postado em 06/10/2011 - 08:04:42

    Haaaaaain meu pai quase chorei, tão lindo e simples o final, mas tão feliz *--* EEEE quero a proxima *-*

  • jl Postado em 06/10/2011 - 08:04:41

    Haaaaaain meu pai quase chorei, tão lindo e simples o final, mas tão feliz *--* EEEE quero a proxima *-*

  • jl Postado em 06/10/2011 - 08:04:41

    Haaaaaain meu pai quase chorei, tão lindo e simples o final, mas tão feliz *--* EEEE quero a proxima *-*

  • jl Postado em 06/10/2011 - 08:04:40

    Haaaaaain meu pai quase chorei, tão lindo e simples o final, mas tão feliz *--* EEEE quero a proxima *-*

  • jl Postado em 06/10/2011 - 08:04:40

    Haaaaaain meu pai quase chorei, tão lindo e simples o final, mas tão feliz *--* EEEE quero a proxima *-*

  • jl Postado em 06/10/2011 - 08:04:39

    Haaaaaain meu pai quase chorei, tão lindo e simples o final, mas tão feliz *--* EEEE quero a proxima *-*

  • jl Postado em 06/10/2011 - 08:04:37

    Haaaaaain meu pai quase chorei, tão lindo e simples o final, mas tão feliz *--* EEEE quero a proxima *-*

  • jl Postado em 06/10/2011 - 08:04:36

    Haaaaaain meu pai quase chorei, tão lindo e simples o final, mas tão feliz *--* EEEE quero a proxima *-*

  • jl Postado em 06/10/2011 - 08:04:33

    Haaaaaain meu pai quase chorei, tão lindo e simples o final, mas tão feliz *--* EEEE quero a proxima *-*


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