Fanfics Brasil - 7° Capítulo Coração enterno {AyA [finalizada]

Fanfic: Coração enterno {AyA [finalizada]


Capítulo: 7° Capítulo

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Capítulo 3


 


 


O coquetel de boas-vindas para celebrar a chegada
de Christopher transbordava de pessoas ansiosas por ser vistas e por falar com
a cúspide do Spencer Nyle. Alfonso, o senhor Edwards e Christopher eram o
centro das atenções, já que constituíam o triunvirato que controlava trilhões
de dólares e milhares de trabalhos. O senhor Edwards, um homem magro e calado
cuja sagacidade e saber fazer o tinham mantido na presidência durante quinze
anos, tinha escolhido a dedo a seus lugares-tenentes e tinha sido recompensado
com acréscimo por sua confiança neles. Alfonso estava preparando-se para a
presidência, que sem dúvida ocuparia quando o senhor Edwards. Se retirasse. Ao
contemplar como os jovens executivos ambiciosos pululavam em torno dele, Anahí
compreendeu que era por todos sabido que Alfonso seria seu sucessor. Christopher,
por outro lado, era um rosto novo, mas já se percebia uma soltura entre ele e
seus superiores que indicava que era um dos escolhidos.


Cansada de satisfazer a curiosidade dos convidados
sobre Christopher, Anahí ideou a estratégia de não parar quieta. Precisava de
sangue-frio para abrir-se passo, tomar um punhado de amendoins ou molhar um
tronco de aipo no molho de queijo e afastar-se tranquilamente, sem deter-se
sequer o tempo justo para dar pé a uma pergunta. Segurou com firmeza sua única
taça da noite e tomou pequenos goles, enquanto tentava comer o suficiente para
que o álcool não lhe subisse à cabeça. Minutos antes, graças a uma rápida
incursão à minúscula cozinha, em que os garçons não davam provisão para aplacar
o apetite dos convidados, tinha-se procurado um pequeno copo de leite e o tinha
apurado com toda a delicadeza de um estivador ao tomar a primeira cerveja gelada
depois de uma calorosa jornada.


- Devora os amendoins como se tivesse estado a pão
e água - disse Alfonso ao seu ouvido, e Anahí se sobressaltou. Alfonso lhe
tirou o coquetel da mão e o substituiu por um copo alto cheio de um líquido
âmbar e cubos de gelo. - Toma. Bebe isto. É ginger ale - lhe piscou os olhos e
terminou o coquetel por ela.


- Já tinha saqueado o leite da geladeira – Anahí o
olhou com olhos cintilantes. - Acreditava que corria perigo de cair de bruços
ao chão antes de que terminasse a festa?


Alfonso a contemplou com olhar sombrio, e advertiu
que não havia rastro de sua habitual melancolia nos olhos de Anahí aquela
noite.


Tanto se era a moderada ingestão de álcool o que a
fazia rir com tanta alegria como se algo a tinha feito feliz, dava gosto vê-la
assim. Como era uma reunião festiva e de trabalho a partes iguais, não a tinha
levado a festa, mas pretendia ir visitá-la assim que terminasse. A julgar pela
maneira em que o estava olhando naqueles momentos, talvez estivesse relaxando
as invisíveis ataduras que lhe impediam de entregar-se a ele por inteiro.


- Não, você nunca faria nada tão abafadiço como te
embebedar - disse, por fim, como resposta a sua pergunta. - É a secretária perfeita.
Já tem Christopher comendo em sua mão.


- Christopher é um encanto - disse Anahí com
afeto. Olhou ao redor, em busca da figura alta e graciosa, e perdeu a expressão
borrascosa dos olhos de Alfonso. - Sentia um grande afeto pelo senhor Graham,
mas reconheço que desfruto mais trabalhando com Christopher. Christopher não
deixa que o trabalho decaia.


Introduzir Christopher na conversação tinha sido
um engano. Alfonso se interpôs  instintivamente entre Anahí e o resto da suíte, para apagar Christopher
de sua vista.


- Importa-te se for ver-te esta noite? - perguntou,
mas havia uma nota áspera em sua voz que ordenava mais que perguntava, e Anahí
o olhou com receio.


- Se quiser... De todas as formas, não pensava
ficar muito mais tempo. Jantaste já ou isto é tudo o que tomaste? - com a mão
assinalou o colorido, mas pouco consistente desdobramento de canapés,
salgadinhos e verduras frescas com os que levava abarrotando-se toda a noite.


Alfonso era bom de comer.


- Morro de fome – reconheceu. - Quer que jantemos
fora?


- Não, prefiro ficar em casa - disse Anahí, depois
de meditar um momento no convite. - Tenho um pouco de frango feito de ontem.
Que tal se preparar uns sanduíches de frango?


- Trocaria todas essas quinquilharias por um só
sanduíche de frango.


De melhor humor, Alfonso lhe sorriu, e Anahí lhe
devolveu o sorriso. Alfonso estava mais depravado com ela que nunca, e ela
resplandecia sendo o objeto de sua atenção. Possivelmente começasse a
considerá-la algo mais que uma amiga, pensou Anahí, e a só esperança iluminava
seu rosto, que a atraía mais de um olhar do resto dos homens da festa.


De repente, Christopher apareceu junto a Alfonso,
e sorriu a Anahí com ternura.


- Deveria estar comigo - disse com desenvoltura, e
advertiu como o tom pêssego de seu vestido realçava sua tez cremosa. - Ainda me
sinto perdido sem ti. Se não tivesse sido meu guia nestes primeiros dias, faria
o mais absoluto dos ridículos.


Já tinha estendido a mão a Anahí, quando Alfonso
se adiantou e estendeu o braço para bloquear o gesto. Uma expressão severa e
temível apareceu em seu rosto sombrio quando olhou  Christopher.


- Já lhe adverti isso - disse com um sussurro
ameaçador. - Não te aproxime de Anahí.


- Alfonso! - atônita, Anahí pronunciou seu nome,
presa da desolação. Como podia comportar-se assim em uma noite de negócios?


- Não leva seu anel - assinalou Christopher com
calma imperturbável. -  Arriscarei-me.


Pálida de angustia ao ver como a conversa calma
tinha adquirido, de repente, a aparência de um enfrentamento masculino contido,
Anahí deu um passo atrás.


- Basta! - ordenou, com voz tão trêmula que era
apenas um sussurro. - Não digam nenhuma palavra mais!


As narinas de Alfonso tremeram  e se moveu depressa. Passou o braço com
firmeza pela cintura esbelta de Anahí.


- Vou levar Anahí a sua casa - disse com
deliberação, em voz o bastante alta para que várias pessoas voltassem a cabeça
para ouvi-lo. - Não se encontra muito bem. Peça desculpas em nosso nome, Christopher.
No vemos no escritório.


Anahí sabia que estava o bastante pálida para dar
crédito à mentira, e Alfonso a tirou rastros da habitação antes de que ninguém
pudesse aproximar-se; quase a levantava do chão com o braço.


- Alfonso, já basta - protestou, e tentou
soltar-se para caminhar por si só.


Alfonso amaldiçoou entre dentes e se inclinou para
deslizar o outro braço por debaixo dos joelhos do Anahí e levantá-la
completamente do chão.


Anahí conteve o fôlego pelo enjoo que gerou aquele
rápido movimento, e se agarrou a seus ombros. Os elevadores estavam ao final de
um longo corredor, e adiantaram a um homem com smoking branco que os olhou com
ávido interesse.


- Está dando uma cena - sussurrou Anahí. - Que
bicho te picou? - estava muito perplexa para zangar-se com ele, pois tinha a
sensação de estar abrindo-se passo entre a névoa, de tão incompreensível
resultava seu comportamento.


Alfonso apertou o botão com o cotovelo, e inclinou
a cabeça e a beijou com deliberada intimidade. Anahí se arqueou nos braços de Alfonso,
deu as boas-vindas a sua língua. Poderiam estar na metade da rua que a Anahí
traria sem cuidado. Quando Alfonso a beijava daquela maneira, sua cabeça se
esvaziava de todo pensamento e só lhe preocupava o lento prazer ardente que lhe
procurava com um só beijo.


Um tinido elétrico assinalou a chegada do elevador.
Ainda com ela nos braços, Alfonso entrou. Eram os únicos ocupantes, e Anahí o
olhou fixamente. A expressão de Alfonso ficava claramente iluminada pelas luzes
artificiais do elevador, mas seguia sendo incapaz de decifrá-la.


- Já pode me abaixar - aventurou-se a dizer com
suavidade. - Pensava me levar nos braços pelo vestíbulo do hotel?


- Estamos no Texas - repôs Alfonso com um ápice de
ironia. - A ninguém surpreenderia embora, pelo bem do decoro, deveria te levar
às costas - mas a deixou no chão, sem deixar de lhe rodear a cintura com
firmeza com o braço.


- A que veio tudo isto? - perguntou Anahí quando
as portas se abriram e saíram ao amplo vestíbulo ultramoderno, entristecedor
com seu novelo e janelões.


- Chama-se reclamar um direito.


Anahí meditou nisso em silêncio durante um
momento. Não era tímida, nem partidária de fingir; não ia gemer nem a simular
que não entendia. Entretanto, em um nível mais instintivo, alarmava-a um pouco
a rapidez com que Alfonso tinha atuado. Lançou-lhe um olhar nervoso, que ele
interceptou e decifrou, e viu como apertava um pouco os lábios. Ao olhar seu
rosto resolvido, Anahí compreendeu que a tinha separado da manada, igual a um
garanhão aísla à égua que escolheu. Talvez Alfonso não tivesse nascido no
Texas, mas conhecia o ritual. A manobra de Christopher para ela tinha
despertado uma veia possessiva nele, e a tinha afastado instintivamente do
outro homem. Naqueles momentos, estava decidido a completar sua posse.


- Tenho o carro ali - disse Anahí, e fez um gesto,
como se quisesse deter Alfonso.


- Esquece-o - nem sequer a olhou enquanto saíam à
calçada, onde a cálida brisa noturna lhe acariciava o rosto. - Amanhã viremos
buscá-lo.


- Sentiria-me melhor se fosse para casa em meu
carro.


Anahí falou com firmeza, e Alfonso percebeu sua
resolução. Em seguida compreendeu que o carro lhe dava a sensação de
independência que necessitava, depois do modo despótico em que a tinha tirado
da festa. Não queria perdê-la de vista nem um minuto, mas temia que, se a
coagisse muito, Anahí se refugiaria de novo atrás de sua fria máscara. Estava
perto, muito perto, de transpassar sua reserva para ele para jogar tudo a  perder pela impaciência. Possuí-la estava se
convertendo em uma obsessão; fazer pedacinhos o controle de Anahí era um
objetivo que cada vez ocupava mais seu tempo e pensamentos.


- Está bem - aceitou, e decidiu empregar o trajeto
em solidão para serenar-se. Sentia-se violento e enjaulado, e precisava achar a
liberação na magia de um corpo de mulher. No corpo de Anahí. Era a única mulher
concreta que tinha desejado desde a morte de Dulce, e a desejava com tanta
intensidade que quase o aborrecia por isso.


Era tão pálida, tão serena e tão segura de
si...como uma princesa de gelo. Estaria igual de serena e controlada na cama,
ou aqueles olhos verdes arderiam com ânsia animal? A imaginou debaixo dele, retorcendo-se
de desejo, proferindo gemidos frenéticos que surgiriam do fundo de seu esbelto
pescoço enquanto a penetrava uma e outra vez, uma e outra vez...Interrompeu sua
fantasia ao sentir o suor que empanava sua testa, e contemplou o gracioso
balanço do corpo de Anahí, que se afastava. Alfonso se dirigiu a sua Mercedes e
esperou a que ela o adiantasse com seu pequeno carro vermelho; depois,
colocou-se detrás e a seguiu de perto até seu apartamento.


Anahí já tinha aberto a porta quando ele chegou, e
o olhou com receio quando entrou atrás dela. Seus olhos escuros ainda exibiam
aquele olhar de perigo, e percebia a ânsia que havia neles, embora era incapaz
de calibrá-la. Desejava-o, sempre o tinha desejado, mas, ao mesmo tempo, não
queria ser para ele uma aventura de uma noite, uma cópula rápida que o
aliviasse, para logo ficar sumida no esquecimento assim que se terminasse.
Automaticamente, tentou freá-lo.


- Gostaria de um café? - sugeriu, deixou cair sua
pequena bolsa no sofá e entrou na cozinha


- Não - a negativa foi terminante.


- Creio que tomarei algo antes de comer, - disse-lhe,
sem logo que voltar a cabeça- Que tal um desses sanduíches de correio...?


Sem avisar, imobilizou-a desde atrás; fechou as
mãos em torno de sua cintura e a apertou contra ele. Depois, baixou a cabeça, e
seu fôlego tórrido acariciou o pescoço de Anahí e desatou um formigamento por
sua pele. Anahí se estremeceu um pouco, mas não tentou afastar-se; ao
contrário: apertou seu corpo contra os contornos viris de Alfonso.


- Não quero um sanduíche - murmurou ele, antes de
lhe mordiscar o pescoço e aliviar a leve dor com leve roçar com a ponta da
língua. Anahí fechou os olhos, enlevada, e recostou a cabeça no ombro de Alfonso,
deixando a sua mercê a curva vulnerável de sua garganta.




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Autor(a): theangelanni

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Alfonso respirava cada vez com mais dificuldade; seu ofego ressonava no ouvido de Anahí, e a forma em que se movia contra seus glúteos fazia evidente sua ereção. Separou a mão direita de sua esbelta cintura e a deslizou com atrevimento para cima para lhe rodear os seios; as carícias a abrasavam através do vestido. - Qua ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 377



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  • jl Postado em 06/10/2011 - 08:04:42

    Haaaaaain meu pai quase chorei, tão lindo e simples o final, mas tão feliz *--* EEEE quero a proxima *-*

  • jl Postado em 06/10/2011 - 08:04:42

    Haaaaaain meu pai quase chorei, tão lindo e simples o final, mas tão feliz *--* EEEE quero a proxima *-*

  • jl Postado em 06/10/2011 - 08:04:41

    Haaaaaain meu pai quase chorei, tão lindo e simples o final, mas tão feliz *--* EEEE quero a proxima *-*

  • jl Postado em 06/10/2011 - 08:04:41

    Haaaaaain meu pai quase chorei, tão lindo e simples o final, mas tão feliz *--* EEEE quero a proxima *-*

  • jl Postado em 06/10/2011 - 08:04:40

    Haaaaaain meu pai quase chorei, tão lindo e simples o final, mas tão feliz *--* EEEE quero a proxima *-*

  • jl Postado em 06/10/2011 - 08:04:40

    Haaaaaain meu pai quase chorei, tão lindo e simples o final, mas tão feliz *--* EEEE quero a proxima *-*

  • jl Postado em 06/10/2011 - 08:04:39

    Haaaaaain meu pai quase chorei, tão lindo e simples o final, mas tão feliz *--* EEEE quero a proxima *-*

  • jl Postado em 06/10/2011 - 08:04:37

    Haaaaaain meu pai quase chorei, tão lindo e simples o final, mas tão feliz *--* EEEE quero a proxima *-*

  • jl Postado em 06/10/2011 - 08:04:36

    Haaaaaain meu pai quase chorei, tão lindo e simples o final, mas tão feliz *--* EEEE quero a proxima *-*

  • jl Postado em 06/10/2011 - 08:04:33

    Haaaaaain meu pai quase chorei, tão lindo e simples o final, mas tão feliz *--* EEEE quero a proxima *-*


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