Fanfic: minhas pequenas A&A

Abro meus olhos e enfio a mão no alarme tentando
não acordar a casa. Coço meus olhos e vejo que gigi  ainda dormia. Sai da cama e fui até a
cozinha. As vezes a empregada vinha as vezes não, esses dias havia lhe dado uma
folga. Procurei algo na geladeira e comecei a tirar de tudo um pouco para
preparar um senhor café da manhã. Ela merecia. Vezes e vezes brigávamos para
ver quem iria providenciar comida. Eu com meu charme fazia careta e dizia que a
fome me impedia de me mover ou raciocinar, e lá ia ela atrás de qualquer coisa
para forrarmos o estomago. 

~.~

Abri meus olhos e viu que o pai já havia acordado. Saiu da cama com cuidado e
procurou sua  pantufa. Se ela  não a calçasse poncho  vinha e já começaria a gritar e dizer que não
queria  vela doente. Empurrou a porta e
saiu andando pelo corredor. Vinha um cheiro gostoso da cozinha....

Passando pelo corredor viu que uma porta estava fechada. Esquisito. Fechada
porque? 

Tenta alcançar o trinco. Passa a mão e nada. Penso em chamar o pai mais não,
melhor deixá-lo fazendo coisa gostosa. Fica na ponta do pé e se esforça o
máximo que pode , a porta depois de um tempo abre. Coloca a cabeça pra dentro e
percebe que o quarto estava gelado e um pouco escuro. E tinha ficado alguém pra
dormir

~.~

Faço torradas, procuro a maquina de waffle e abro o livro de receitas tentando
caprichar. Tiro o mel, as geléias. Faço chocolate quente, procuro polpa de suco
e faço dois tipos diferentes. Será que ela ainda gostava de muita fruta de
manha cedo? Pego as que tinha na geladeira e coloco tudo em cima da mesa. Eu
ainda precisava dar um jeitinho nisso tudo.

~.~

Me aproximo da cama devagarzinho. Mas como essa mulher tinha surgido aqui?
Presente do papai do céu? Eu sei que o meu papai é perfeito o mais lindo, o
melhor pai do mundo, mas as vezes me irrita quando me dizem que não tenho mãe
que nunca vou saber como é uma família e enfim. Será que papai do céu mandou
uma porque eu me comportei depois de ter operado o dodói?

"Mãe?" - pergunto me aproximando da cama achando sua mão. - "Paiii.." - gritei
vendo que minha nova mãe não se movia - "ela ta gelada paiii.." - subi na cama
com um pouco de dificuldade e vi que ela se movia - "ta viva paaaai.. e tem
cabelo cor de ouro  que nem a tia any.."

poncho: "Que mãe?" - escutei a voz do papai.

Logo poncho  apareceu na porta e se virou
sorrindo para ele -

Gigi:  "a
cegonha que trouxe a mamãe?"

~.~

Acordo com umas vozes de criança ecoando em minha cabeça. Delírio. Mas
insistem, e a voz me parecia familiar. Sinto uma mão suave, pequena, lisinha
tocando a minha. Abro meus olhos e a vejo ajoelhada, me encarando com o maior
sorriso do mundo.

gigi:"Você parece muito a tia any." - senti uma mãozinha tocando meu rosto -
"não pedi uma tão bonita.. mas se papai do céu me deu..."

Me deu o que? Abri meus olhos de novo e o vi se aproximando de gigi por trás e
sentando-se na cama. Que eu estava fazendo aqui mesmo? Então.. não foi um
sonho?!

poncho:"Ela não é a mamãe..." - eu ainda não falava nada - "é a sua tia any.."
- ele a abraçava forte e a pegava nos braços - "deixa ela descansar.. ela ta
cansada... precisa dormir..."

gigi: "Mas..." - ela abraçou o pescoço do pai e me olhou - "ela tinha ido
embora... e... já ta tarde não é mais hora de dormir.."

~.~

Sorri com a cara de duvida da minha filha.

poncho; "Não é tarde..." - disse beijando sua testa - "vamos deixá-la.." - vi
any  se sentando na cama e puxando o
lençol para cobrir o seu corpo.

gigi:"Posso ficar aqui não?" - Giovanna  diz fazendo manha.

Olho para anahi  que ainda parecia
confusa - "bom dia.." - ela passava a mão na cama talvez procurando algo para
vestir - "tudo bem gigi?"

gigi: "Você dorme sem roupa?" - ri por tamanha inocência.

any: "As vezes.." - senti que ela procurava um buraco pra se esconder - "você
não?"

gigi:"Meu pai dorme de cueca.." - a coloquei no chão e logo ela foi pra cima da
any  de novo.

poncho: "Vamos.." - estiquei a mão pra ela - "vamos deixá-la se trocar.. tomar
um banho.."

gigi: "Quero tomar banho com ela.." - gigi sorriu se jogando em cima de Dulce -
"você deixa pai?"

~.~

Eu ainda estava tentando captar as coisas. Aquilo tudo não me ajudava. Mas eu
já havia me recordado de tudo. Estava morrendo de vergonha e a situação só
piorava tudo. Eu queria me enfiar embaixo do edredom e esperar todo mundo sair
pra poder respirar fundo depois.

poncho : "Giovanna .. deixa ela.." - ele começou a ficar irritado.

any ;"Deixa poncho , eu a ajudo a tomar banho.." - falei sem saber o que dizia.

poncho: "Não precisa atender as vontades dela.." - ele sentou-se na cama e
senti sua mão em meu braço. Como nos velhos tempos senti um calafrio percorrer
todo meu corpo. Não tudo isso de novo não.

any: "Não tenho problema quanto a isso.." - tentei sorrir - "nós mulheres damos
sempre nosso jeitinho..."

poncho: "Você que sabe.." - ela se aproximou tanto que eu pensei que ele me
beijaria - "qualquer coisa estou na cozinha..."

~.~

Eu ainda não entendi bem o porque da tia any  estar aqui mas tudo bem. Confesso que gostei
disso tudo. Era legal quando alguém dormia aqui em casa. Bom.. alguém que eu
gostasse. Porque caso o contrario eu chorava e mandava o papai mandar a pessoa
ir embora. 

gigi: "Um dia eu vou ter peitos que nem os seus.." - disse vendo-a segurando os
peitos com duas mãos enquanto olhava ao redor.

any: "Em poucos anos.." - ela sorriu e logo voltou a olhar ao redor.

gigi:"Vou pegar minha toalha.." - disse saindo da cama - "você vai me dar banho
aqui ou no meu quarto..?"

~.~

Olhei pra ela confusa. Ah ok, eu já tinha prometido. 

any: "Ah não sei.." - disse enrolando o edredom no corpo - "você que sabe.."

gigi:"Já venho.." - ela saiu do quarto, porem deixou a porta aberta.

Sai andando lentamente pelo quarto achando pelo menos minha calcinha. Entrei no
banheiro correndo e coloquei a calcinha o sutiã e enrolei o roupão que estava
por lá no meu corpo.

"Trouxe meu shampoo.." - ela sorria e quase pulava de felicidade - "você pode
usar também ele.. tem cheiro de melancia..."

Deus, nunca pensei passar por isso em toda minha vida. Me sentia envergonhada e
flagrada em situação errada. E pior, não era mãe nem mulher de ninguém e sim
uma coisa fofa loira e pequena com os cabelos assanhados que nem os do pai
quando acorda. Respirei um pouco e decidi relaxar. Precisaria me manter muito
calma para enfrentar o que ainda teria que enfrentar. A coloquei nos braços e
entrei no banheiro recostando a porta.

any : "Posso fechar?" - pergunto sentando-a no aparelho sanitário.

gigi: "Pode.." - ela permanecia sorrindo. Acho que essa era o segredo dele de
andar quase sempre tão bem humorado. Essa boa dose de bom humor logo de manha
cedo relaxava o animo de qualquer um.

Me abaixei e sabia que ainda tinha que ter certo cuidado com ela. Tirei seu
pijama, dobrei em cima da pia e abri a torneira do chuveiro tentando achar uma
temperatura agradável para ela.

~.~

Ajeitei a mesa da melhor forma que pude e me sentei um minuto imaginando o que
a coitada da anahi estava enfrentando. Ela deveria estar morrendo de vergonha
(pelo menos antigamente ela se comportava assim) e ela não estava tendo o tempo
que necessitava para acordar e raciocinar. Minha filha tinha ‘estragado tudo`.
Sorri imaginando o apuro que ela estava passando e fui até a porta ver se o
jornal já havia chegado.

~.~

gigi:"Você não vai tomar banho não?" - perguntei vendo que ela não tirava o
roupão.

any: "Eu?" - ela se abaixava para ficar da minha altura - "depois..."

gigi:"Precisa ter vergonha não.." - me aproximei segurando sua mão - "somos
meninas.. se eu fosse menino ai você podia ter vergonha.."

any: "Ah sim?" - ela sorriu pegando o shampoo e pondo um pouco na sua mão - "e
do seu pai você tem vergonha?"

gigi: "Não... né?" - joguei um pouco de água nela - "ele é meu pai... ele eu
posso ver.."

~.~

Segui passando o shampoo em seu cabelo 

"...mas ele não pode te ver.. mas eu posso ver vocês dois...você já viu meu pai
pelado?"

~. Continua .~

Any: "Como?" - sorri esperando não ter ouvido o
que eu ouvi.

gigi: "Sabia que ele é diferente de nós?" - ela sorriu.

"Fecha os olhos.." - fiquei com medo de cair shampoo em seus olhos - "sei...
é..." - continuei passando minha mão por seu cabelo - "diferente..."

gigi:"Então você já viu..." - ela começa a gargalhar alto.

any: "Quando trabalhávamos juntos.. talvez.. sem querer.." - me atrapalhei nas
palavras - "mas é segredo... viu?" - passei a mão pelo seu rosto - "promete guardar
segredo?"

gigi: "Ele não sabe que você viu?" - ela abre o olho admirada.

any; "Segredo nosso.. ok?"

~.~

poncho: "Posso entrar?" - bati na porta do quarto vendo que elas já estavam
demorando. 

Nada nem uma resposta. Estava curioso, bati de novo. - "Alo?"

any: "Já to indo.." - escutei anahi  falando.

Ela abriu a porta e encontrei as duas enroladas no roupão com o cabelo
pingando. Gigi se escondia atrás dela e eu via uma poça de água se formando no
chão.

poncho: "Vejo que conseguiu dar um banho nessa porquinha sem ela reclamar.." -
não sai da porta do quarto. 

any: "Não foi difícil..." - logo ela sentou-se na cama.

gigi :"Eu porcaaa?" - Male anda passos lentos ate minha direção - "você que é
porco..." - anahi  não falava nada
somente ria.

poncho : "Vamos.." - andei uns passos e a peguei no colo - "vamos nos
trocar..."

~.~

Quando finalmente ele saiu do quarto recolhi minha roupa e entrei no banheiro.
Liguei de novo o chuveiro e passei minha mão com força pelo meu corpo. Não
queria deixar nenhum vestígio da noite anterior. Melhor fazer de tudo para
esquecer isso. Foi um equivoco eu ainda teria que pedir desculpas e nem sei
como. Tinha que desaparecer por um tempo. Isso não daria certo, não mesmo.
Desliguei o chuveiro e me enxuguei vestindo minha roupa. Olhei ao redor e não
achei nada para escovar meu cabelo. Sai do quarto e andei pelo corredor receosa.
Parei a porta do quarto de gigi  que
estava sendo penteada por ele.

poncho :"Precisa de algo?" - poncho me perguntou sentindo minha presença.

any: "Poderia me emprestar uma escova..?" - não me movi do meu canto.

poncho : "Espera só um instante.." - ele entregou o pente a gigi  e saiu do quarto logo voltando com outra em
mãos - "melhor usar a minha..."

any: "Obrigada.." - estiquei minha mão para pegar a escova.

Giovanna "Meu pai sabe escovar.." - Male disse se agarrando a minha perna -
"ele pode te ajudar..."

~.~

any: "Não precisa linda..." - ela disse agarrando a escova entre as mãos.

gigi :"Ele pode prender seu cabelo num rabo de cavalo...." - sorri para ela.

any: "Ah sim?" - olhei para ele que nada falava.

gigi: "Sim.. ele é ótimo cabelelelero..."

poncho : "Cabe o que pequena?" - papai ri junto com a tia any.

gigi: "Cabelero.." - repito sorrindo. - "senta aqui..." - peguei a mão dela e a
levei até minha cama - "papai te ajuda..."

~.~

Sem saber como fazer fui me aproximando. Sim eu sei que poderia ter negado, dito
que ‘deixa ela em paz`, mas eu queria fazer aquilo. Peguei a escova da mão dela
e me sentei ao seu lado. Gigi  ficou de
pé na cama e pegou uma mecha de cabelo me entregando.

"Começa por essa.." 

Aspirei rapidamente o seu perfume e deslizei meus dedos por seu cabelo. Senti o
corpo dela enrijecer, porém não parei com meus movimentos. Deslizeis meus dedos
por sua nuca e puxei o seu corpo pra mais perto do seu, com a desculpa de que
precisava fazer aquilo para não machucá-la.

Deslizei a escova com cuidado por uma mecha de seu cabelo e novamente
aproveitei para passar meus dedos por sua nuca.