Fanfic: minhas pequenas A&A

Sento a mesa por um pedido dele. Começo a comer meu sanduíche, quando ela pede meu colo. Tento conciliar comida com uma criança entre meus braços. 
É nessas horas que eu vejo que a minha pratica com crianças anda horrível. Precisaria me dedicar mais e quem sabe, até ver uns programas e ver uns vídeos de como ser mãe de primeira viagem.

Pode parecer tolice minha, mas existem algumas coisas na vida que se eu não fizesse com perfeição, eu não pararia quieta enquanto não aprendesse.

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Sem querer muito, mas querendo, voltamos para casa. Dormi quase a viagem toda e quando vi já estávamos chegando ao nosso apartamento. Eu disse nosso?"

poncho:"Ela vai passar a morar com a gente.." - papai disse certa hora quando já estávamos dentro do carro - "tem problema pra você?"

gigi:problema?" - eu só lembro que sorri, e sorri muito - "porque problema?" - eu não entendia porque tinha que ter problema em ela vir viver com a gente. Ela já não estava vivendo???

poncho:"Então esta fechado.." - os vi sorrir - "agora o sexo feminino vai estar em maioria na casa... temos que reverter isso qualquer dia..."

Eles de repente começam a rir e juro que não entendi a piada.
Eu hein...

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Entramos em nosso apartamento. Nosso. Estranho, não? Falar assim.

Bom. Entramos e minha primeira missão foi sentar com ela para escolher qual parte do armário ficaria para suas coisas.

any:"Não se incomoda poncho:.." - ela diz sorrindo.

poncho:"Claro que sim.." - digo lhe mostrando os armários - "enquanto não decidimos nada, você fica com essa parte..."

any:"Obrigada.." - eu a abraço forte e deslizo minhas mãos por sua barriga.

poncho:"Depois de tudo.. acho que você prefere ir morar em uma casa, não?"

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any:"Basicamente sempre morei em casa, mas esse apartamento esta bom.." - digo sem me importar em mudar ou não.

poncho:"Quero tudo novo.. e já estava mesmo pensando em comprar uma casa.. para gigi poder ter mais espaço para brincar.. e etc..."

any:"Se for por mim..." - para mim isso já estava suficiente.

poncho:"Não faço somente por você.. faço pro nosso futuro"

any:Nosso futuro? Talvez pela primeira vez dentro de tanto tempo eu me pus a pensar e analisar aquelas palavras. Um futuro ao lado dele?

Virei meu corpo completamente, tendo a possibilidade de encará-lo. O abraço forte, tentando demonstrar a ele que o que eu mais precisei, mais precisaria de agora para frente seria o seu apoio.

any:"E se demorar?" - digo sentindo uma vontade imensa de chorar. Minha vida nunca foi feita de saídas fáceis.. eu sempre já estava prepara para o pior caminho, cheio de curvas, buracos. O mais escuro, íngreme.. o mais demorado para que depois eu pudesse enfim chegar sã e realizada ao final alcançando, por fim, a luz.

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poncho:"Sem medos.. sem receios.. estamos aqui para você.." - a abraço com mais força ainda. - "sempre não estive aqui te protegendo?" - disse sem me mover. - "então.. aqui sigo com minha missão... e agora contaremos com mais uma aliada..." - sorrio dando um pequeno beijo no topo de sua cabeça.

any:"Hoje vou atrás dele..." - ela respira fundo demonstrando todo o medo e receio que sentia.

poncho:"Não tem porque ter medo anahi.. você já tem a nós.. te garanto que você não sentira falta do que você pode estar prestes a perder não.."

any:"Eu não vou perder nada poncho." - ela se afastou e passou a mão pelo meu rosto - "estou ciente de que daqui pra frente, eu só tenho a ganhar..."

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Algumas horas mais se passaram, quase anoitecia quando tomei coragem para pegar o telefone e discar para ele.

any:"Alo?" - escuto sua voz do outro lado da linha. Olho para poncho que aperta minha mão com força, indicando que eu terminasse de uma vez o que já havia começado.

- continua -

Rodrigo:"Olha quem resolveu dar sinal de vida..." - escuto sua voz e engulo em seco. - "pensei que você já estivesse morta... no começo até que me dei o trabalho de te procurar.. depois descobri que de nada adiantaria.. não é verdade Anahi?"

any:"Não foi premeditado.." - tentei me defender de alguma forma.

Rodrigo:"E imagina se não tivesse sido!!" - ele quase gritava do outro lado da linha - "o que você quer agora? Não espera.. acho que até já sei.."

any:"Não acha melhor conversarmos em outro local???" - puxo minha mão que estava junto da de Alfonso  e seguro o telefone contra meu ouvido.

Rodrigo:"Seu amante vai junto?" - ele soltou uma risada sarcástica do outro lado da linha.

any:"Não.. a sua vai?" - me permiti rir - "alias.. as suas vão?"

Não ouvi nada do outro lado da linha.

"Não quero confusão.. só quero conversar.. pode ser?" - digo sem muita paciência.

Rodrigo:"Amanhã aqui em casa, de noite e sem ele.." - ele responde sem me dar espaço de escolher.

any:"Está certo.." - digo trocando olhares com alfonso. - "a noite passo aí..."

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poncho:"Ele pediu que fosse só?" - pergunto de novo só pra ter certeza de não ter ouvido errado.

any:"Sim.." - sorrio desconcertada - "é melhor..."

Não sabia ao certo se era mesmo o melhor, mas sabia que quando a esse assunto quanto menos eu me `metesse` ou tentasse `ajudar`, melhor as coisas fluiriam.

Tentando fazer com que esquecêssemos desse assunto nem que fosse por algumas horas, procurei logo mudar de assunto.

poncho:"O aniversario dela.. já é nessa semana.." - vejo anahi  franzir a testa - "o que vamos fazer?

any:"Em relação a?" 

poncho:"Sua separação... nosso recomeço.." - digo receoso.

any:"Não seria muito cedo? Nem sabemos ainda o que pode acontecer..."

poncho:"Quantas vezes tenho que pedir para você ser otimista pelo menos uma vez na vida, anahi?" - me aproximo dela e busco sua mão.

any:"As pessoas não entenderiam nada.. não to muito afim de sair explicando tudo a todos..." - ela solta um leve suspiro.

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poncho:"Não expliquemos.. nunca o que  fizemos..."

any:"Pra você tudo sempre é tão fácil..." - queria ter essa facilidade dele de lidar com as coisas.

poncho:"Diz: aconteceu... e corta o assunto.." - sorri junto a ele e balancei a cabeça negativamente.

any:"Infelizmente a sociedade ainda acha que mulher não pode nem se atrever a fazer algo que eu fiz.." - me virei a ele e o encarei - "melhor somos amigos e meu casamento acabou.."

poncho:"E será que ela entenderá isso no dia?" - ele diz olhando ao redor.

any:Não havia pensado nisso.

poncho:"E se ela por acaso te chamar de outra forma? Ou te pedir de presente, coisas que ela imagina que você no momento possa ser a única a dar a ela..?"

any:"Crianças.. sorrio amarelo e atuo como boa atriz que ainda sou..." - ele cruza o olhar com o meu e começa a rir.

poncho:"Você não tem jeito, verdade?" - ele pende o seu corpo e se aproxima ainda mais de mim.

any:"Bom que você sabe que esta se envolvendo com uma mulher complicada..." - vou deitando meu corpo no sofá enquanto ele já encostava seus lábios nos meus.

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poncho:"Amo descomplicar o complicado.." - sorrio deslizando meus lábios do canto de sua boca até atingir meu alvo final.

Em um ato inconsciente, ou não, minha mão foge de meu controle, e enquanto nos afundávamos naquele sofá, corpos colados, com os seus braços ao redor de meu pescoço, mantendo minha cabeça e meu corpo junto ao seu. Vou deslizando minha mão por dentro de sua camiseta e passo meus dedos pelo elástico de seu sutiã, me atrevendo a por meus dedos, tocando a pele macia de seus seios.

any:"Alfonso..." - ela se afasta e olha me repreendendo - "ela ainda esta acordada..."

poncho:"Desculpe.." - digo tirando minha mão contra minha vontade - "maldição.." - começo a rir lhe dando mais um beijo - "preciso tomar um banho.."

any:"Que foi?" - ela sorri e ao me levantar, ela se apóia nos cotovelos, me encarando - "que é isso.." - ela começa a rir - "nossa... já ta assim?"

poncho:"Abstinência e desejo.." - sorrio me jogando de novo em cima de seu corpo.

any:"alfonso..." - ela bate em meu ombro e tenta me empurrar em vão.

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poncho:"Culpa sua!!!" - escuto a voz de papai e saio do meu quarto já cansada de brincar com minhas bonecas.

Saio correndo e vou até a sala onde o vejo deitado em cima dela no sofá. Eles estavam rindo.. do que eu não sei.. mas me pareceu divertido...

Sem entender muito e querendo participar daquela brincadeira, apresso o passo e me jogo em cima das costas do meu pai.

gigi:"Te peguei..." - ponho as mãos nos olhos dele.

poncho:"Que porr... diab.. Giovanna ?" - eles param de rir, trocam olhares e tornam a rir de novo - "de onde você surgiu pestinha?"

any:"Escapando de novo.." - tia any fala e começa a rir mais ainda.

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gigi:"É brincadeira de que?" - ela sorri de orelha orelha...

Pobre criança inocente...

poncho:"Estava fazendo cócegas nela.." - poncho diz e eu lhe direciono um olhar repreendedor. Ele que não pensassem em...

any:"Não..." - digo pondo minhas mãos na frente empurrando-o.

poncho:"Ajuda gigi?" - ele troca com ela aquele sorriso de quem iria aprontar.

any:"A não..." - começo a rir e tento escapar deles, em vão.

Um segundo depois eu já estava no chão, com as mãos dele e dela me atacando por todos os lados.

any:"Para.." - eu gritava e ameaçava mordê-lo - "por favor.. para..." - o empurrava e de nada adiantaria.

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gigi:"Ai.." - de repente olho ao lado e vejo Giovanna  no chão rendida - "cansei..."

poncho:"any..." - digo olhando pro lado e pra ela - "que acha de atacarmos..."

any:"Acho que basta por hoje não?" - ela diz tentando se recuperar e ainda batendo o quanto podia no meu ombro.

poncho:"Acho que não..." - sorrio para ela. - "a sessão tortura mal começou..."

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Não sei quanto tempo se passou, só sei que minha barriga doía do tanto que rir. Depois de tentar matar tia Dul, papai tentar me matar com a ajuda dela. O mais estranho nisso tudo, era que depois tentamos fazer o mesmo com ele.. mas de nada adiantava...

any:"Não tem graça..." - any diz sentando-se perto dele.

gigi:"Papai tem problema.." - rio me deitando no chão. 

any:"Deve ter vindo de outro planeta..." - ela diz e logo o vejo puxá-la para sentar-se ali no chão, porem entre suas pernas.

poncho:"Quem é de outro planeta?" - ele passava o braço pelo pescoço dela que não respondia mais.

any:"Para de querer se mostrar... parece criança..." - ela diz batendo na perna dele.

poncho:"Até um tempo atrás eu não era o seu bebê?"

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gigi:"Que bebê?" - Giovanna  pergunta de repente - "já ta grávida?"

any:"Já?" - como assim já?

gigi:"É rápido assim?" - ela se senta a nossa frente com os cabelos todo bagunçados.

poncho:"O que é rápido?" - ele pergunta rindo.

gigi:"Ter um bebê.. pode escolher ser é menina ou menino?" 

Troco um olhar com o poncho que começa a piscar e passa sua mão umas quatro vezes seguidas por seu cabelo.

poncho:"Não tem bebê nenhum..." - ele fala encarando-a.

gigi:"Mas..." - ela fala e para. - "e como faz?"

any:"Você já explicou poncho?" - nem me viro e lhe pergunto baixinho.

poncho:"O que?" - ele diz entre dentes.

any:"O que mais seria?" - dou nele uma cotovelada de leve.

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poncho:"Mas já?" 

Meu Deus do céu ela só tinha 3 anos e 11 meses.. 

any:"As crianças de hoje em dia..." -  começa a rir - "melhor saber do que sair esperando que caia um do céu uma vez por semana.."

poncho:"Não seria uma má idéia.." - digo e ela me dá outra cotovelada.

gigi:"Pai?" - ela permanecia com os olhos brilhando tentando entender aquilo.

poncho:"Minha filha só fará isso daqui uns 20 anos anahi ..." - digo ainda entre dentes.
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any:"Sonha alfonso.." - ela começa a rir - "só me faltava esse pai antiquado. Quando você menos imaginar.. acontecerá e você ficara louco.. claro..."

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