Fanfic: minhas pequenas A&A

poncho:"A culpa final foi minha..." 

Ele disse, eu sabia que não.

any:"Nossa.. mais minha..." - disse puxando-o para mim - "já te disse que prometo mudar por completo?"

poncho:"Não quero isso anahi .." - ele diz em um fio de voz - "gosto de você com todas as suas qualidade.. e seus defeitos..." - ele volta para mim e sorri - "acho que me apaixonei pela menina que hoje eu reencontro tempos depois com os mesmos medos, inseguranças e manias..."

any:"Quanto tempo faz que eu não digo que te amo?" - digo lutando pra não chorar.

poncho:"Tudo vai correr bem.." - ele busca minhas mãos e as beija, sem deixar de me encarar. - "esqueça dele.. te suplico.."

any:"Não quero ir só.." - viro o rosto e ele captura meu olhar.

poncho:"Vou contigo..."

~.~

any:"Ele não vai permitir.." - noto o medo em seu olhar.

poncho:"Ele não tem do que reclamar... e ele não poderá te fazer mal.. estarei com você..." - torno a beijar as suas mãos e lhe arranco um sorriso.

any:"Nunca tem medo de nada verdade?" - sua mão passa pelo meu rosto.

poncho:"Não será ele que me impedira de seguir em frente não.." - sorrio alcançando sua boca mais uma vez - "esqueçamos isso.. temos ainda praticamente um dia pela frente.. vamos ao que interessa..."

any:"poncho..." - ela diz quando eu recomeçava com meus beijos.

~.~

any:"...nao to tomando.. nada.." - de repente percebo que fazia mais de uma semana que...

poncho: "Shh.." - ele sorri e põe o dedo na minha boca - "não diga nada.." - ele me abraça forte - "qualquer coisa que acontecer será só mais um pretexto para seguirmos juntos..."

any:"Alguém amara a idéia.." - estranhamento não estava sentindo medo da possibilidade.

poncho:"Sabemos bem quem.." - ele se ilumina com um sorriso, - "e como sabemos..."

- continua -

`gigi:"Pra onde vocês vão?" - estava penteando meu cabelo, quando giovanna entra no quarto agarrada com uma boneca.

poncho:"Resolver uns problemas..." - poncho diz pegando-a nos braços.

gigi:"Posso ir com vocês?"

poncho:"Hoje não..." - ele se senta na cama com ela - "amanhã você tem aula.. e é assunto de adultos..."

gigi:"Nem se eu me comportar bem?"

poncho:"Nem assim.." - ele se acerca a mim e abraça minha cintura. - "nervosa?"

any:"Um pouco..." - sorrio rapidamente - "podemos ir? Quero me livrar o quanto antes de tudo isso..."

~.~

Deixamos ela com a babá e informamos que não teríamos hora prevista para voltar. any tamborilava os seus dedos sem parar em suas pernas e mudava a estação de rádio de 30 em 30 segundos.

any:"Não sei se é conveniente que você entre comigo..." - ela sorri nervosa.

poncho:"Que você teme?" - digo parando o carro no sinal.

any:"Acho melhor não procurar mais confusão.." - ela abaixar o olhar e ajeita seu cabelo.

poncho:"Entendi..." - volto a dirigir - "você que sabe.."

any:"Melhor ir só..." - ela não trazia certeza em sua voz. - "você não fica chateado não?"

~.~

poncho:"Obvio que não any.. porque ficaria?" 

Movi meus ombros na incerteza.

poncho:"De qualquer modo estarei por perto.. se você precisar de mim, ligue, que logo aparecerei..." - ele para o carro em  frente a minha casa e segura a minha mão com força tentando transmitir um pouco mais de calma e confiança.

any: "Ok..." - respondo respirando fundo - "te ligo sim..."

poncho:"Não tenha medo de nada.." - ele se aproxima de mim e me dá um beijo de leve nos lábios.

any:"Não terei.." - tiro o cinto e desço do carro andando em passos largos até a porta.

~.~

A deixei em sua casa, e para passar o tempo, decidir ir a algum restaurante que tinha ali por perto. Marquei no meu relógio, cerca de uma hora. Depois disso eu iria para lá.

Isso ela me ligando, ou não.

Não o conhecia bem.. portanto , não poderia ter confiança no que ele pudesse vir chegar a fazer em uma situação como essas.

Homens com orgulho ferido.. as vezes surpreendem com suas ações impulsivas e impensadas.

~.~

Aperto o interfone e sem resposta a porta se abre.

Suponho que ele já estava mais do que me esperando.

Entro lentamente, olhando tudo ao redor. Meu coração começa a bater rapidamente, minhas mãos começam a suar e o corpo começa a se tremer todo.

Tudo vai dar certo..

Repito comigo quando entro na sala, vendo-o em pé, de braços cruzados com uma cara lá não muito feliz.

Rodrigo:"Quem é viva, sempre aparece.." - ele diz num tom sarcástico.

any:"Boa noite pra você também.." - logo me armo de todas as minhas defesas.

Rodrigo:"Pensei que você traria o seu escudo.." - ele ri e eu me mantenho o mais distante que pudesse dele.

any:"Meu advogado lhe contatou?" - ignorei suas piadas e fui direto ao ponto que me interessava.

Rodrigo:"O que ele fez pra você mudar assim tão de repente?" - ele deus uns passos, porém eu não recuei.

any:"Eu não mudei..."

Rodrigo:"Ah não?" - ele começa a rir - "de novo estou vendo na minha frente a mulher que eu conheci arrasada porque seu namorado tinha engravidado uma qualquer..."

any:"Não pretendo dizer a você o que eu fiz ou deixei de fazer.." - disse preparada para seus ataques - "só quero saber se você concorda com a proposta do meu advogado."

Rodrigo:"Eu juro que não te compreendo.." - ele disse se jogando no sofá - "quando você vai se dar conta que na primeira briga que vocês tiverem, ele sairá correndo atrás de outra, deixando-a grávida???"

any:"O que você ganha com isso?" - digo sentindo uma pontada de leve em meu coração - "vamos me diz... o que você ganha querendo falar algo de alguém que você nunca se deu o trabalho de querer conhecer?"

Rodrigo:"Talvez não quis conhecer, por saber o que poderia acontecer caso isso ocorresse?"

~.~

Algum tempo atrás...

"Que você tem que está tão pensativa?" - ele pergunta sentando-se ao meu lado.

Ás vezes, não sei bem o que me ocorria. Somente eu parava e pensava nele. Queria saber como ele estava, se estava feliz, se precisava de ajuda, se estava passando  por alguma dificuldade, se precisava de pelo menos alguém para conversar... eram tantos `ses`...

Não respondia. E nem podia.
Casei naquelas condições que ele conhecia perfeitamente. Nunca escondi dele meus sentimentos para com poncho. Juro, tentei.. tentei mais não consegui. Por muitas vezes me sentia completamente frustrada por não poder lhe dar nem metade de tudo aquilo que eu dei a `ele`.

Me cobrava, tentava, tentava.. e quanto mais eu tentava esquecer, mais eu lembrava. Quanto mais eu tentava odiar, mais eu amava. E quando eu pensava em querer mais outra pessoa, não conseguia. Algo aqui dentro me impedia , não me permitia sentir por mais alguém aquilo que havia ficado mal decidido e encerrado dentro do meu peito.

Talvez eu sempre soube que aquilo, não era o fim. Era quem sabe o recomeço. Mas somente o tempo, somente ele, poderia me ajudar a esquecer.. ou a lembrar cada vez mais.

Rodrigo:"Estava pensando nele?" - ele me dizia indignado.

Movia meus ombros e não dizia nada. Não tinha como afirmar aquilo. Nem eu, nem ele merecíamos aquilo.
any:"Estava pensando em talvez ligar e combinar um..."

Rodrigo:"Nem pense.." - ele me interrompia e me encarava com seus olhos semi-cerrados - "quanto mais distante, mais felizes seremos..."

Felizes? Será que eu realmente fui feliz durante esses 3 anos ao seu lado?
Não o culpo por isso. 
Culpo a mim... afina l, fui eu que não abri maus coração a mais ninguém. 
Estava mais do que cansada de amar, me entregar e receber como resultado de tudo, feridas.. que demoravam muito em serem curadas.

~.~

any:"Sinto muito.." - digo com pesar. E eu realmente sentia. - "eu.. não.. planejei isso.."

Rodrigo:"Me diz uma coisa anahi.. quanto tempo?" - ele agora passava a mão por seus cabelos sem parar.

any:"Melhor não..." - pra que ele queria saber aquilo????

Rodrigo:"Diga!!!" - ele grita e eu dou um pulo no susto.

any:"Não muito.." - nem eu sabia direito. - "pouco, na realidade..."

rodrigo:"Podíamos ter acabado tudo isso na boa, você sabe, sim?" - movi meus ombros. Não havia mais como voltar atrás - "não sei que ele te disse.. mas sinto que ele te fez alguma espécie de lavagem cerebral.. confesso que não estou te reconhecendo.."

any:"Você realmente me conhece?" - agora eu que começo a elevar meu tom de voz - "me diz.. o que eu mais gosto de comer? Minhas cores prediletas? Musicas? Perfumes? Você nunca se deu ao trabalho de perguntar o que eu gostava.. rodrigo..."

Rodrigo:"Você nunca me deixou conversar contigo direito!" - ele veio pra cima de mim e me segurou pelos ombros - "sempre pensando nesse maldito do teu ex..."

Any:"Pelo menos eu só pensava.. enquanto você..." - me afastei dele bruscamente - "não preciso dizer.. não sou idi*ota..."

rodrigo:"Não disse que você era idi*ota.." - ele começa a rir - "pelo menos eu tinha que procurar em algum canto o que a minha esposa não queria me dar, verdade?"

any:"Quando eu posso vir pegar minhas coisas?" - decido ignorá-lo por um segundo.

Rodrigo: "Por mim.." - ele move os ombros - "eu só não quero ver a cara daquele retardado na minha frente, muito menos na minha casa, porque da casa querida, não abrirei mão.."

any:"Fique com a casa que você quiser.." - ele começa a me tirar do serio - "eu só quero uma coisa de você.. do resto... faça proveito seja feliz!"

rodrigo:"Eu não estarei aqui quando ele te der um pé na bunda.." - ele começa a rir sem parar.

any:"Ultima pessoa que eu iria atrás seria de você.."

Não sei porque fui dizer aquilo. De repente, ele para de rir e parecia soltar fogo pelos ouvidos. Se  aproxima de novo de mim em tamanha rapidez que..

any:"Não encoste em mim.." - digo evitando que ele ao menos tocasse em mim.

Rodrigo:" Pena que tudo terminou assim.." - ele toca meu rosto e eu recuo um passo.
any:"Eu.." - digo olhando pros lados.

rodrigo:"Você tem certeza que quer isso?"

Olhei pra ele incrédula. Como alguém podia mudar de comportamento com tanta facilidade?

Rodrigo: "Se é dinheiro.. se ta faltando.. eu também tenho.."

De repente sinto que meu coração ia pular pela boca. Mas como.. podia? Me lembro de algumas coisas, algumas pessoas, algumas historias. Sinto que começava a ficar sufocada, um nó se formar em minha garganta. Minhas mãos já tremiam e meus pés também.

any:"Jamais.." - digo quase sem voz - "...quem você pensa que sou?"

Rodrigo: "Desculpa.." - ele diz me puxando pelo braço - "eu não.. eu não quis.."

any:"Tenho que ir.." - minto e ando uns passos entrando no quarto e pegando minha bolsa. - "depois.. meu advogado.." - digo me tremendo da cabeça aos pés - "te chama... ai vemos tudo.." - ele nem me seguia mais - "tenho que ir.."

Não olhei para trás. Sai pela porta e entrei em meu carro. Quanto mais rápido eu saísse dali, melhor seria.


- continua -