Fanfics Brasil - 25 Alem da Sedução (terminada)

Fanfic: Alem da Sedução (terminada)


Capítulo: 25

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galera desculpa a demora pra posta, tou tentando fazer isso o mais rapido que possa, mas ainda tou me recuperando e é uma luta e tanto, não sabem como odeio fica sem net, mas logo voltamos ao normal, so peço que continuem lendo e comentando ok, ainda temos muitas aventuras pra viver.


besos as todas!




- Isso é um disparate - disse Locke, sem deixar de olhar Anahí enquanto acariciava os cachos loiros de sua acompanhante-. Você e eu já comemos do mesmo prato em outras ocasiões.


Para Poncho, era a gota que enchia o copo. Ficou rígido e respirou fundo antes de falar.


- Basta, os dois - brigou Anna, antes que ele pudesse responder-. Não tolerarei que venham a minha casa para brigar por esse osso. Além disso, conseguirão que miss Puente se sinta mal.


- Detestaria fazer uma coisa assim - disse Locke, com uma reverência burlesca para ela e Anna-. Rogo-lhe, miss Puente, que me diga se minhas palavras insensatas a ofenderam.


- Na realidade, não - respondeu Anahí, seca-. Não me cabe a mínima dúvida de que se interessou por mim só porque vim com Poncho.


Poncho soltou uma risada abafada, que a morena Evangeline secundou sem dissimulação.


- Onde as dão tomam, Sebastian.


Sebastian lançou a Evangeline um olhar enfurecido por debaixo de suas sobrancelhas douradas, uma atenção que pareceu agradá-la. Gerald Hill, que tinha percebido aquela corrente de simpatia, agarrou a mão de Evangeline e a pôs sobre seu próprio joelho.


Anahí experimentou certo interesse proibido. A isso se referia Sebastian quando falava de comer do mesmo prato? Gerald não parecia muito disposto a compartilhar, mas ela se perguntou que outras coisas veria antes que acabasse a noite. A possibilidade de ser testemunha de verdadeiras imoralidades a atemorizava e a intrigava ao mesmo tempo. Perdida em seus pensamentos, estremeceu quando Poncho passou o dedo em torno do ouvido. O timbre de sua voz era íntimo.


- Não o provoque - advertiu.


- Não o provoquei - disse ela, com voz abafada, surpreendida de que ele a acreditasse capaz disso. Poncho riu baixo e lhe agarrou o nariz.


- Deveria ver sua cara, duquesa. Como a traça do conto. Mas ele e Evangeline a comeriam viva.


Ela franziu o cenho mais não discutiu. Todos os olhavam com interesse, perguntando-se se seriam testemunhas de uma briga entre amantes. A loira de cabelo encaracolado se estendeu comodamente sobre o sofá.


- eu gosto de seu cabelo - anunciou, como se alguém houvesse dito na intimidade que não gostava dele -. Se parece com o de um cordeiro.


Seu comentário rompeu a tensão na sala. Sebastian riu, e sua expressão azeda se transformou no vivo rosto de um menino. Tirou o copo de sua acompanhante.


- acabou-se o vinho para você, Lovey. Está bêbada.


- Não é verdade - disse ela com um bico, mas se aconchegou contra ele quando lhe beijou o cabelo.


Tendo em conta aquele prelúdio, o jantar foi mais agradável do que Anahí tinha imaginado. Cozinha francesa, acompanhada de vinhos da mesma origem. Isso sim, ainda melhor que o jantar foram as atenções que lhe prodigalizou Poncho. Como um cavalheiro, dava-lhe a provar pedaços de seu prato, tocava suas faces e a mão, e até lhe trouxe uma das capas da Anna quando teve frio.


O decoro não era o mais importante. Por uma vez em sua vida Anahí viu a si mesma como uma princesa, e Poncho como seu príncipe azul. Possivelmente fosse o vinho, ou o calor que adivinhava em seu olhar, ou a atmosfera sensual da noite, mas o que Herrera desejava já não parecia a Anahí tão desatinado.


- Tem-me desesperado - murmurou ele, por cima da borda de sua taça de cristal. Virou-se para ela em sua cadeira, até que tocou seus joelhos. Quando Anahí baixou o olhar, viu que Poncho descansava a mão sobre sua coxa, enquanto com o dedo anelar tocava a curva de uma ereção inconfundível. Virou-se para olhá-la quando ela abafou uma exclamação. Tinha querido que ela o visse que visse que estava excitado.


Anahí sentiu como se algo quente e grosso deslizasse dentro de seu próprio sexo. Os outros falavam entre eles, porem se tivesse ocorrido a alguém olhar, teria se dado conta do que fazia Poncho.


- É todo teu - disse, em um suspiro, enquanto com o polegar subia e baixava-. Cada quente e faminto centímetro de sua longitude.


- Se é que eu o desejo - disse ela e, ato seguido, estragou o efeito de suas palavras ao afogar-se com um gole de vinho muito comprido.


Deu-lhe uns tapinhas nas costas.


- Pequena embusteira - disse provocador, perto de seu ouvido - Sabe muito bem que morre por me ter dentro de você.


Suas palavras eram demasiadas verdadeiras para servir de consolo. A julgar por suas reações, diria que a seu corpo não importava que a conduta de Poncho fosse escandalosa. Quando chegou a retirar a sobremesa, Anahí se sentia quase enjoada com sua própria excitação. A tradicional separação entre homens e mulheres depois do jantar poderia ter devotado uma pausa mais aparentemente Anna não cultivava esse costume.


Retiraram-se todos juntos ao salão. Ali Poncho a sentou sobre seus joelhos e aproveitou para pressionar seus quadris com prodigiosa manifestação de seu interesse. Ela o sentia através de todas as capas de seu vestido, quase podia ouvi-lo através de sua pele. Quando Gerald Hill quis acender um charuto, as demais mulheres o proibiram a gritos.


- Nem sequer eu me atrevo a fumar em casa da Anna - disse Leo Vandenberg, com seu fingido acento austríaco.


- E teve que pagar por isso - disse ela, lhe dando um golpezinho desenvolto no ombro.


Anahí aproveitou a risada da mulher para afundar o rosto no pescoço de seu príncipe. Poncho esticou os braços. Quando ela o olhou nos olhos, viu que ardiam. Mucosa insuportável pronunciou ele com sílabas mudas, e beijou seus lábios eletrizados. Com a ponta da língua, deixou uma marca úmida nela.


- Ai - disse a mulher loira-, olhem os pombinhos.


- Os periquitos - acrescentou o brincalhão do Sebastian, e Anahí se ruborizou. Com seu comentário, convertia o que acabavam de fazer em algo ao mesmo tempo sórdido e emocionante.


- Mostrarei as dependências às damas - sugeriu Anna-. E enquanto estamos ausentes, vocês cavalheiros vejam se podem elevar seus espíritos.


- Mais lhes conviria nos pedir que elevemos algo situado mais abaixo - corrigiu Sebastian, com o que desatou as risadas dos homens.


Anna entreabriu os olhos ao olhar Anahí, como se as duas pertencessem a uma mesma irmandade. Anahí se surpreendeu ao pensar que não teria importado pertencer à mesma irmandade que ela.


Mas isso foi antes que Anna a levasse a sós à biblioteca. Igual à sala de estar, aquele era um lugar onde um homem se sentiria a gosto. Nesse momento, fazia frio porque o fogo se apagou fazia tempo. Anahí se abrigou com a capa emprestada e olhou a seu redor. A sala era pequena, mas continha uma quantidade assombrosa de livros. Do chão ao teto, estavam ordenados em estantes, inclusive empilhados em montões instáveis junto às janelas. Umas sapatilhas negras de homem descansavam diante do ferro do fogo. O aro de bordar que viu sobre a mesa junto à lareira a fez pensar que Anna as teria bordado. Aquilo pareceu a Anahí uma tarefa muito doméstica para uma amante, mas Anna não era uma amante qualquer. Observando a decoração antiga e matizada, chegou à conclusão de que aquele era o canto particular do casal.


- Suponho que estará se perguntando por que a trouxe aqui - disse a anfitriã.


A Anahí picava a curiosidade, mas esperou que a mulher se explicasse. Anna agarrou uma dobra de seu vestido de tecido de gaze Tinha a pele de cor nata, o cabelo de uma cor carvalho brilhante. Até suas mãos eram femininas, gordinhas e suaves com unhas ovaladas perfeitas.


Anahí tentou não imaginar acariciando as costas de Poncho. Finalmente, Anna falou.


- Não é meu assunto - disse-, mas você é jovem e se vê que se deixa impressionar com facilidade. A decência me obriga a lhe dar este conselho. -Anahí seguia guardando silêncio e Anna deixou escapar uma risada gordurosa-. De acordo, possivelmente não seja tão fácil a impressionar como tinha pensado.


- Quer me advertir a respeito de Poncho - disse Anahí-, porque o conhece melhor que eu.


- Há um monte de anos - disse Anna, com um sorriso amargo-. E jamais, em todos estes anos, esteve com uma mulher mais de um mês.


- Nem sequer contigo?


Era uma pergunta mesquinha, mas Anahí não pôde evitar. No rosto da Anna apareceu uma dureza que antes não estava.


- Nem sequer eu - disse, com voz fraca, e Anahí soube que a tinha ferido seu orgulho. Sentiu uma pontada de vergonha. Se as circunstâncias tivessem sido diferentes, teria gostado que fossem amigas.


Sem perceber seu pesar, Anna seguiu.


- Sei o que digo - afirmou-. E, embora suponha que não tem muita vontade de que te fale disso, faria bem em me fazer caso. Poncho Herrera é um autêntico libertino. Não nego que seja um libertino encantador ou que possa ser amável, mas não é dele entregar o coração a uma mulher. Nem sequer durante o momento que tarde em fodê-la.


Anahí teve que fazer reunir sua serenidade para dissimular sua palidez ante tão escandalosa frase.


- Tem razão no seu encanto - disse com sua voz mais gélida, sua voz de duquesa-. Também em sua amabilidade. E, indo ao ponto, isso sim, posto que foda tão bem, possivelmente não devesse queixar-se se não entregar seu coração.


Anna ficou olhando e depois estalou em uma risada mesclada de assombro.


- Deus, você sim que tem valentia. Se não tivesse visto como o olha, diria que Poncho encontrou seu par. Mas você é uma garota, Annie, uma garota inocente de bom coração e toda a amabilidade do Poncho só conseguiria a fazer sofrer o dobro.


- Isso não lhe concerne - disse Anahí, desejando alcançar a altura de sua interlocutora.


- Não - conveio Anna com um suspiro-. Suponho que não. E quem sou eu para adverti-la do perigo de que lhe rompam o coração? Ao menos fará de você uma mulher.


Era isso o que fazia a uma mulher? Anahí nunca o tinha exposto assim, mas possivelmente...


Sacudiu a cabeça antes que a idéia pudesse arraigar em sua mente. Não. A própria Anna tinha reconhecido que Poncho não tinha entregado seu coração. Possivelmente sua opinião estava tingida por essa decepção. Em qualquer caso, Anahí não tinha nenhuma intenção de deixar que a advertência de uma antiga amante de Poncho estragasse a noite mais bela que jamais tinha vivido.


Por uma vez, queria ser a princesa que sempre tinha sonhado.



– Isso é um disparate - disse Locke, sem deixar de olhar Anahí enquanto acariciava os cachos loiros de sua acompanhante–. Você e eu já comemos do mesmo prato em outras ocasiões.


Para Poncho, era a gota que enchia o copo. Ficou rígido e respirou fundo antes de falar.


– Basta, os dois - brigou Anna, antes que ele pudesse responder–. Não tolerarei que venham a minha casa para brigar por esse osso. Além disso, conseguirão que miss Puente se sinta mal.


– Detestaria fazer uma coisa assim - disse Locke, com uma reverência burlesca para ela e Anna–. Rogo-lhe, miss Puente, que me diga se minhas palavras insensatas a ofenderam.


– Na realidade, não – respondeu Anahí, seca–. Não me cabe a mínima dúvida de que se interessou por mim só porque vim com Poncho.


Poncho soltou uma risada abafada, que a morena Evangeline secundou sem dissimulação.


– Onde as dão tomam, Sebastian.


Sebastian lançou a Evangeline um olhar enfurecido por debaixo de suas sobrancelhas douradas, uma atenção que pareceu agradá-la. Gerald Hill, que tinha percebido aquela corrente de simpatia, agarrou a mão de Evangeline e a pôs sobre seu próprio joelho.


Anahí experimentou certo interesse proibido. A isso se referia Sebastian quando falava de comer do mesmo prato? Gerald não parecia muito disposto a compartilhar, mas ela se perguntou que outras coisas veria antes que acabasse a noite. A possibilidade de ser testemunha de verdadeiras imoralidades a atemorizava e a intrigava ao mesmo tempo. Perdida em seus pensamentos, estremeceu quando Poncho passou o dedo em torno do ouvido. O timbre de sua voz era íntimo.


– Não o provoque – advertiu.


– Não o provoquei - disse ela, com voz abafada, surpreendida de que ele a acreditasse capaz disso. Poncho riu baixo e lhe agarrou o nariz.


– Deveria ver sua cara, duquesa. Como a traça do conto. Mas ele e Evangeline a comeriam viva.


Ela franziu o cenho mais não discutiu. Todos os olhavam com interesse, perguntando-se se seriam testemunhas de uma briga entre amantes. A loira de cabelo encaracolado se estendeu comodamente sobre o sofá.


– eu gosto de seu cabelo - anunciou, como se alguém houvesse dito na intimidade que não gostava dele –. Se parece com o de um cordeiro.


Seu comentário rompeu a tensão na sala. Sebastian riu, e sua expressão azeda se transformou no vivo rosto de um menino. Tirou o copo de sua acompanhante.


– acabou-se o vinho para você, Lovey. Está bêbada.


– Não é verdade - disse ela com um bico, mas se aconchegou contra ele quando lhe beijou o cabelo.


Tendo em conta aquele prelúdio, o jantar foi mais agradável do que Anahí tinha imaginado. Cozinha francesa, acompanhada de vinhos da mesma origem. Isso sim, ainda melhor que o jantar foram as atenções que lhe prodigalizou Poncho. Como um cavalheiro, dava-lhe a provar pedaços de seu prato, tocava suas faces e a mão, e até lhe trouxe uma das capas da Anna quando teve frio.


O decoro não era o mais importante. Por uma vez em sua vida Anahí viu a si mesma como uma princesa, e Poncho como seu príncipe azul. Possivelmente fosse o vinho, ou o calor que adivinhava em seu olhar, ou a atmosfera sensual da noite, mas o que Herrera desejava já não parecia a Anahí tão desatinado.


– Tem-me desesperado - murmurou ele, por cima da borda de sua taça de cristal. Virou-se para ela em sua cadeira, até que tocou seus joelhos. Quando Anahí baixou o olhar, viu que Poncho descansava a mão sobre sua coxa, enquanto com o dedo anelar tocava a curva de uma ereção inconfundível. Virou-se para olhá-la quando ela abafou uma exclamação. Tinha querido que ela o visse que visse que estava excitado.


Anahí sentiu como se algo quente e grosso deslizasse dentro de seu próprio sexo. Os outros falavam entre eles, porem se tivesse ocorrido a alguém olhar, teria se dado conta do que fazia Poncho.


– É todo teu - disse, em um suspiro, enquanto com o polegar subia e baixava–. Cada quente e faminto centímetro de sua longitude.


– Se é que eu o desejo - disse ela e, ato seguido, estragou o efeito de suas palavras ao afogar-se com um gole de vinho muito comprido.


Deu-lhe uns tapinhas nas costas.


– Pequena embusteira - disse provocador, perto de seu ouvido - Sabe muito bem que morre por me ter dentro de você.


Suas palavras eram demasiadas verdadeiras para servir de consolo. A julgar por suas reações, diria que a seu corpo não importava que a conduta de Poncho fosse escandalosa. Quando chegou a retirar a sobremesa, Anahí se sentia quase enjoada com sua própria excitação. A tradicional separação entre homens e mulheres depois do jantar poderia ter devotado uma pausa mais aparentemente Anna não cultivava esse costume.


Retiraram-se todos juntos ao salão. Ali Poncho a sentou sobre seus joelhos e aproveitou para pressionar seus quadris com prodigiosa manifestação de seu interesse. Ela o sentia através de todas as capas de seu vestido, quase podia ouvi-lo através de sua pele. Quando Gerald Hill quis acender um charuto, as demais mulheres o proibiram a gritos.


– Nem sequer eu me atrevo a fumar em casa da Anna - disse Leo Vandenberg, com seu fingido acento austríaco.


– E teve que pagar por isso - disse ela, lhe dando um golpezinho desenvolto no ombro.


Anahí aproveitou a risada da mulher para afundar o rosto no pescoço de seu príncipe. Poncho esticou os braços. Quando ela o olhou nos olhos, viu que ardiam. Mucosa insuportável pronunciou ele com sílabas mudas, e beijou seus lábios eletrizados. Com a ponta da língua, deixou uma marca úmida nela.


– Ai - disse a mulher loira–, olhem os pombinhos.


– Os periquitos - acrescentou o brincalhão do Sebastian, e Anahí se ruborizou. Com seu comentário, convertia o que acabavam de fazer em algo ao mesmo tempo sórdido e emocionante.


– Mostrarei as dependências às damas - sugeriu Anna–. E enquanto estamos ausentes, vocês cavalheiros vejam se podem elevar seus espíritos.


– Mais lhes conviria nos pedir que elevemos algo situado mais abaixo - corrigiu Sebastian, com o que desatou as risadas dos homens.


Anna entreabriu os olhos ao olhar Anahí, como se as duas pertencessem a uma mesma irmandade. Anahí se surpreendeu ao pensar que não teria importado pertencer à mesma irmandade que ela.


Mas isso foi antes que Anna a levasse a sós à biblioteca. Igual à sala de estar, aquele era um lugar onde um homem se sentiria a gosto. Nesse momento, fazia frio porque o fogo se apagou fazia tempo. Anahí se abrigou com a capa emprestada e olhou a seu redor. A sala era pequena, mas continha uma quantidade assombrosa de livros. Do chão ao teto, estavam ordenados em estantes, inclusive empilhados em montões instáveis junto às janelas. Umas sapatilhas negras de homem descansavam diante do ferro do fogo. O aro de bordar que viu sobre a mesa junto à lareira a fez pensar que Anna as teria bordado. Aquilo pareceu a Anahí uma tarefa muito doméstica para uma amante, mas Anna não era uma amante qualquer. Observando a decoração antiga e matizada, chegou à conclusão de que aquele era o canto particular do casal.


– Suponho que estará se perguntando por que a trouxe aqui – disse a anfitriã.


A Anahí picava a curiosidade, mas esperou que a mulher se explicasse. Anna agarrou uma dobra de seu vestido de tecido de gaze Tinha a pele de cor nata, o cabelo de uma cor carvalho brilhante. Até suas mãos eram femininas, gordinhas e suaves com unhas ovaladas perfeitas.


Anahí tentou não imaginar acariciando as costas de Poncho. Finalmente, Anna falou.


– Não é meu assunto - disse–, mas você é jovem e se vê que se deixa impressionar com facilidade. A decência me obriga a lhe dar este conselho. –Anahí seguia guardando silêncio e Anna deixou escapar uma risada gordurosa–. De acordo, possivelmente não seja tão fácil a impressionar como tinha pensado.


– Quer me advertir a respeito de Poncho - disse Anahí–, porque o conhece melhor que eu.


– Há um monte de anos - disse Anna, com um sorriso amargo–. E jamais, em todos estes anos, esteve com uma mulher mais de um mês.


– Nem sequer contigo?


Era uma pergunta mesquinha, mas Anahí não pôde evitar. No rosto da Anna apareceu uma dureza que antes não estava.


– Nem sequer eu - disse, com voz fraca, e Anahí soube que a tinha ferido seu orgulho. Sentiu uma pontada de vergonha. Se as circunstâncias tivessem sido diferentes, teria gostado que fossem amigas.


Sem perceber seu pesar, Anna seguiu.


– Sei o que digo - afirmou–. E, embora suponha que não tem muita vontade de que te fale disso, faria bem em me fazer caso. Poncho Herrera é um autêntico libertino. Não nego que seja um libertino encantador ou que possa ser amável, mas não é dele entregar o coração a uma mulher. Nem sequer durante o momento que tarde em fodê-la.


Anahí teve que fazer reunir sua serenidade para dissimular sua palidez ante tão escandalosa frase.


– Tem razão no seu encanto - disse com sua voz mais gélida, sua voz de duquesa–. Também em sua amabilidade. E, indo ao ponto, isso sim, posto que foda tão bem, possivelmente não devesse queixar-se se não entregar seu coração.


Anna ficou olhando e depois estalou em uma risada mesclada de assombro.


– Deus, você sim que tem valentia. Se não tivesse visto como o olha, diria que Poncho encontrou seu par. Mas você é uma garota, Annie, uma garota inocente de bom coração e toda a amabilidade do Poncho só conseguiria a fazer sofrer o dobro.


– Isso não lhe concerne - disse Anahí, desejando alcançar a altura de sua interlocutora.


– Não - conveio Anna com um suspiro–. Suponho que não. E quem sou eu para adverti-la do perigo de que lhe rompam o coração? Ao menos fará de você uma mulher.


Era isso o que fazia a uma mulher? Anahí nunca o tinha exposto assim, mas possivelmente...


Sacudiu a cabeça antes que a idéia pudesse arraigar em sua mente. Não. A própria Anna tinha reconhecido que Poncho não tinha entregado seu coração. Possivelmente sua opinião estava tingida por essa decepção. Em qualquer caso, Anahí não tinha nenhuma intenção de deixar que a advertência de uma antiga amante de Poncho estragasse a noite mais bela que jamais tinha vivido.


Por uma vez, queria ser a princesa que sempre tinha sonhado.


 



– Isso é um disparate - disse Locke, sem deixar de olhar Anahí enquanto acariciava os cachos loiros de sua acompanhante–. Você e eu já comemos do mesmo prato em outras ocasiões.


Para Poncho, era a gota que enchia o copo. Ficou rígido e respirou fundo antes de falar.


– Basta, os dois - brigou Anna, antes que ele pudesse responder–. Não tolerarei que venham a minha casa para brigar por esse osso. Além disso, conseguirão que miss Puente se sinta mal.


– Detestaria fazer uma coisa assim - disse Locke, com uma reverência burlesca para ela e Anna–. Rogo-lhe, miss Puente, que me diga se minhas palavras insensatas a ofenderam.


– Na realidade, não – respondeu Anahí, seca–. Não me cabe a mínima dúvida de que se interessou por mim só porque vim com Poncho.


Poncho soltou uma risada abafada, que a morena Evangeline secundou sem dissimulação.


– Onde as dão tomam, Sebastian.


Sebastian lançou a Evangeline um olhar enfurecido por debaixo de suas sobrancelhas douradas, uma atenção que pareceu agradá-la. Gerald Hill, que tinha percebido aquela corrente de simpatia, agarrou a mão de Evangeline e a pôs sobre seu próprio joelho.


Anahí experimentou certo interesse proibido. A isso se referia Sebastian quando falava de comer do mesmo prato? Gerald não parecia muito disposto a compartilhar, mas ela se perguntou que outras coisas veria antes que acabasse a noite. A possibilidade de ser testemunha de verdadeiras imoralidades a atemorizava e a intrigava ao mesmo tempo. Perdida em seus pensamentos, estremeceu quando Poncho passou o dedo em torno do ouvido. O timbre de sua voz era íntimo.


– Não o provoque – advertiu.


– Não o provoquei - disse ela, com voz abafada, surpreendida de que ele a acreditasse capaz disso. Poncho riu baixo e lhe agarrou o nariz.


– Deveria ver sua cara, duquesa. Como a traça do conto. Mas ele e Evangeline a comeriam viva.


Ela franziu o cenho mais não discutiu. Todos os olhavam com interesse, perguntando-se se seriam testemunhas de uma briga entre amantes. A loira de cabelo encaracolado se estendeu comodamente sobre o sofá.


– eu gosto de seu cabelo - anunciou, como se alguém houvesse dito na intimidade que não gostava dele –. Se parece com o de um cordeiro.


Seu comentário rompeu a tensão na sala. Sebastian riu, e sua expressão azeda se transformou no vivo rosto de um menino. Tirou o copo de sua acompanhante.


– acabou-se o vinho para você, Lovey. Está bêbada.


– Não é verdade - disse ela com um bico, mas se aconchegou contra ele quando lhe beijou o cabelo.


Tendo em conta aquele prelúdio, o jantar foi mais agradável do que Anahí tinha imaginado. Cozinha francesa, acompanhada de vinhos da mesma origem. Isso sim, ainda melhor que o jantar foram as atenções que lhe prodigalizou Poncho. Como um cavalheiro, dava-lhe a provar pedaços de seu prato, tocava suas faces e a mão, e até lhe trouxe uma das capas da Anna quando teve frio.


O decoro não era o mais importante. Por uma vez em sua vida Anahí viu a si mesma como uma princesa, e Poncho como seu príncipe azul. Possivelmente fosse o vinho, ou o calor que adivinhava em seu olhar, ou a atmosfera sensual da noite, mas o que Herrera desejava já não parecia a Anahí tão desatinado.


– Tem-me desesperado - murmurou ele, por cima da borda de sua taça de cristal. Virou-se para ela em sua cadeira, até que tocou seus joelhos. Quando Anahí baixou o olhar, viu que Poncho descansava a mão sobre sua coxa, enquanto com o dedo anelar tocava a curva de uma ereção inconfundível. Virou-se para olhá-la quando ela abafou uma exclamação. Tinha querido que ela o visse que visse que estava excitado.


Anahí sentiu como se algo quente e grosso deslizasse dentro de seu próprio sexo. Os outros falavam entre eles, porem se tivesse ocorrido a alguém olhar, teria se dado conta do que fazia Poncho.


– É todo teu - disse, em um suspiro, enquanto com o polegar subia e baixava–. Cada quente e faminto centímetro de sua longitude.


– Se é que eu o desejo - disse ela e, ato seguido, estragou o efeito de suas palavras ao afogar-se com um gole de vinho muito comprido.


Deu-lhe uns tapinhas nas costas.


– Pequena embusteira - disse provocador, perto de seu ouvido - Sabe muito bem que morre por me ter dentro de você.


Suas palavras eram demasiadas verdadeiras para servir de consolo. A julgar por suas reações, diria que a seu corpo não importava que a conduta de Poncho fosse escandalosa. Quando chegou a retirar a sobremesa, Anahí se sentia quase enjoada com sua própria excitação. A tradicional separação entre homens e mulheres depois do jantar poderia ter devotado uma pausa mais aparentemente Anna não cultivava esse costume.


Retiraram-se todos juntos ao salão. Ali Poncho a sentou sobre seus joelhos e aproveitou para pressionar seus quadris com prodigiosa manifestação de seu interesse. Ela o sentia através de todas as capas de seu vestido, quase podia ouvi-lo através de sua pele. Quando Gerald Hill quis acender um charuto, as demais mulheres o proibiram a gritos.


– Nem sequer eu me atrevo a fumar em casa da Anna - disse Leo Vandenberg, com seu fingido acento austríaco.


– E teve que pagar por isso - disse ela, lhe dando um golpezinho desenvolto no ombro.


Anahí aproveitou a risada da mulher para afundar o rosto no pescoço de seu príncipe. Poncho esticou os braços. Quando ela o olhou nos olhos, viu que ardiam. Mucosa insuportável pronunciou ele com sílabas mudas, e beijou seus lábios eletrizados. Com a ponta da língua, deixou uma marca úmida nela.


– Ai - disse a mulher loira–, olhem os pombinhos.


– Os periquitos - acrescentou o brincalhão do Sebastian, e Anahí se ruborizou. Com seu comentário, convertia o que acabavam de fazer em algo ao mesmo tempo sórdido e emocionante.


– Mostrarei as dependências às damas - sugeriu Anna–. E enquanto estamos ausentes, vocês cavalheiros vejam se podem elevar seus espíritos.


– Mais lhes conviria nos pedir que elevemos algo situado mais abaixo - corrigiu Sebastian, com o que desatou as risadas dos homens.


Anna entreabriu os olhos ao olhar Anahí, como se as duas pertencessem a uma mesma irmandade. Anahí se surpreendeu ao pensar que não teria importado pertencer à mesma irmandade que ela.


Mas isso foi antes que Anna a levasse a sós à biblioteca. Igual à sala de estar, aquele era um lugar onde um homem se sentiria a gosto. Nesse momento, fazia frio porque o fogo se apagou fazia tempo. Anahí se abrigou com a capa emprestada e olhou a seu redor. A sala era pequena, mas continha uma quantidade assombrosa de livros. Do chão ao teto, estavam ordenados em estantes, inclusive empilhados em montões instáveis junto às janelas. Umas sapatilhas negras de homem descansavam diante do ferro do fogo. O aro de bordar que viu sobre a mesa junto à lareira a fez pensar que Anna as teria bordado. Aquilo pareceu a Anahí uma tarefa muito doméstica para uma amante, mas Anna não era uma amante qualquer. Observando a decoração antiga e matizada, chegou à conclusão de que aquele era o canto particular do casal.


– Suponho que estará se perguntando por que a trouxe aqui – disse a anfitriã.


A Anahí picava a curiosidade, mas esperou que a mulher se explicasse. Anna agarrou uma dobra de seu vestido de tecido de gaze Tinha a pele de cor nata, o cabelo de uma cor carvalho brilhante. Até suas mãos eram femininas, gordinhas e suaves com unhas ovaladas perfeitas.


Anahí tentou não imaginar acariciando as costas de Poncho. Finalmente, Anna falou.


– Não é meu assunto - disse–, mas você é jovem e se vê que se deixa impressionar com facilidade. A decência me obriga a lhe dar este conselho. –Anahí seguia guardando silêncio e Anna deixou escapar uma risada gordurosa–. De acordo, possivelmente não seja tão fácil a impressionar como tinha pensado.


– Quer me advertir a respeito de Poncho - disse Anahí–, porque o conhece melhor que eu.


– Há um monte de anos - disse Anna, com um sorriso amargo–. E jamais, em todos estes anos, esteve com uma mulher mais de um mês.


– Nem sequer contigo?


Era uma pergunta mesquinha, mas Anahí não pôde evitar. No rosto da Anna apareceu uma dureza que antes não estava.


– Nem sequer eu - disse, com voz fraca, e Anahí soube que a tinha ferido seu orgulho. Sentiu uma pontada de vergonha. Se as circunstâncias tivessem sido diferentes, teria gostado que fossem amigas.


Sem perceber seu pesar, Anna seguiu.


– Sei o que digo - afirmou–. E, embora suponha que não tem muita vontade de que te fale disso, faria bem em me fazer caso. Poncho Herrera é um autêntico libertino. Não nego que seja um libertino encantador ou que possa ser amável, mas não é dele entregar o coração a uma mulher. Nem sequer durante o momento que tarde em fodê-la.


Anahí teve que fazer reunir sua serenidade para dissimular sua palidez ante tão escandalosa frase.


– Tem razão no seu encanto - disse com sua voz mais gélida, sua voz de duquesa–. Também em sua amabilidade. E, indo ao ponto, isso sim, posto que foda tão bem, possivelmente não devesse queixar-se se não entregar seu coração.


Anna ficou olhando e depois estalou em uma risada mesclada de assombro.


– Deus, você sim que tem valentia. Se não tivesse visto como o olha, diria que Poncho encontrou seu par. Mas você é uma garota, Annie, uma garota inocente de bom coração e toda a amabilidade do Poncho só conseguiria a fazer sofrer o dobro.


– Isso não lhe concerne - disse Anahí, desejando alcançar a altura de sua interlocutora.


– Não - conveio Anna com um suspiro–. Suponho que não. E quem sou eu para adverti-la do perigo de que lhe rompam o coração? Ao menos fará de você uma mulher.


Era isso o que fazia a uma mulher? Anahí nunca o tinha exposto assim, mas possivelmente...


Sacudiu a cabeça antes que a idéia pudesse arraigar em sua mente. Não. A própria Anna tinha reconhecido que Poncho não tinha entregado seu coração. Possivelmente sua opinião estava tingida por essa decepção. Em qualquer caso, Anahí não tinha nenhuma intenção de deixar que a advertência de uma antiga amante de Poncho estragasse a noite mais bela que jamais tinha vivido.


Por uma vez, queria ser a princesa que sempre tinha sonhado.


 


– Isso é um disparate - disse Locke, sem deixar de olhar Anahí enquanto acariciava os cachos loiros de sua acompanhante–. Você e eu já comemos do mesmo prato em outras ocasiões.


Para Poncho, era a gota que enchia o copo. Ficou rígido e respirou fundo antes de falar.


– Basta, os dois - brigou Anna, antes que ele pudesse responder–. Não tolerarei que venham a minha casa para brigar por esse osso. Além disso, conseguirão que miss Puente se sinta mal.


– Detestaria fazer uma coisa assim - disse Locke, com uma reverência burlesca para ela e Anna–. Rogo-lhe, miss Puente, que me diga se minhas palavras insensatas a ofenderam.


– Na realidade, não – respondeu Anahí, seca–. Não me cabe a mínima dúvida de que se interessou por mim só porque vim com Poncho.


Poncho soltou uma risada abafada, que a morena Evangeline secundou sem dissimulação.


– Onde as dão tomam, Sebastian.


Sebastian lançou a Evangeline um olhar enfurecido por debaixo de suas sobrancelhas douradas, uma atenção que pareceu agradá-la. Gerald Hill, que tinha percebido aquela corrente de simpatia, agarrou a mão de Evangeline e a pôs sobre seu próprio joelho.


Anahí experimentou certo interesse proibido. A isso se referia Sebastian quando falava de comer do mesmo prato? Gerald não parecia muito disposto a compartilhar, mas ela se perguntou que outras coisas veria antes que acabasse a noite. A possibilidade de ser testemunha de verdadeiras imoralidades a atemorizava e a intrigava ao mesmo tempo. Perdida em seus pensamentos, estremeceu quando Poncho passou o dedo em torno do ouvido. O timbre de sua voz era íntimo.


– Não o provoque – advertiu.


– Não o provoquei - disse ela, com voz abafada, surpreendida de que ele a acreditasse capaz disso. Poncho riu baixo e lhe agarrou o nariz.


– Deveria ver sua cara, duquesa. Como a traça do conto. Mas ele e Evangeline a comeriam viva.


Ela franziu o cenho mais não discutiu. Todos os olhavam com interesse, perguntando-se se seriam testemunhas de uma briga entre amantes. A loira de cabelo encaracolado se estendeu comodamente sobre o sofá.


– eu gosto de seu cabelo - anunciou, como se alguém houvesse dito na intimidade que não gostava dele –. Se parece com o de um cordeiro.


Seu comentário rompeu a tensão na sala. Sebastian riu, e sua expressão azeda se transformou no vivo rosto de um menino. Tirou o copo de sua acompanhante.


– acabou-se o vinho para você, Lovey. Está bêbada.


– Não é verdade - disse ela com um bico, mas se aconchegou contra ele quando lhe beijou o cabelo.


Tendo em conta aquele prelúdio, o jantar foi mais agradável do que Anahí tinha imaginado. Cozinha francesa, acompanhada de vinhos da mesma origem. Isso sim, ainda melhor que o jantar foram as atenções que lhe prodigalizou Poncho. Como um cavalheiro, dava-lhe a provar pedaços de seu prato, tocava suas faces e a mão, e até lhe trouxe uma das capas da Anna quando teve frio.


O decoro não era o mais importante. Por uma vez em sua vida Anahí viu a si mesma como uma princesa, e Poncho como seu príncipe azul. Possivelmente fosse o vinho, ou o calor que adivinhava em seu olhar, ou a atmosfera sensual da noite, mas o que Herrera desejava já não parecia a Anahí tão desatinado.


– Tem-me desesperado - murmurou ele, por cima da borda de sua taça de cristal. Virou-se para ela em sua cadeira, até que tocou seus joelhos. Quando Anahí baixou o olhar, viu que Poncho descansava a mão sobre sua coxa, enquanto com o dedo anelar tocava a curva de uma ereção inconfundível. Virou-se para olhá-la quando ela abafou uma exclamação. Tinha querido que ela o visse que visse que estava excitado.


Anahí sentiu como se algo quente e grosso deslizasse dentro de seu próprio sexo. Os outros falavam entre eles, porem se tivesse ocorrido a alguém olhar, teria se dado conta do que fazia Poncho.


– É todo teu - disse, em um suspiro, enquanto com o polegar subia e baixava–. Cada quente e faminto centímetro de sua longitude.


– Se é que eu o desejo - disse ela e, ato seguido, estragou o efeito de suas palavras ao afogar-se com um gole de vinho muito comprido.


Deu-lhe uns tapinhas nas costas.


– Pequena embusteira - disse provocador, perto de seu ouvido - Sabe muito bem que morre por me ter dentro de você.


Suas palavras eram demasiadas verdadeiras para servir de consolo. A julgar por suas reações, diria que a seu corpo não importava que a conduta de Poncho fosse escandalosa. Quando chegou a retirar a sobremesa, Anahí se sentia quase enjoada com sua própria excitação. A tradicional separação entre homens e mulheres depois do jantar poderia ter devotado uma pausa mais aparentemente Anna não cultivava esse costume.


Retiraram-se todos juntos ao salão. Ali Poncho a sentou sobre seus joelhos e aproveitou para pressionar seus quadris com prodigiosa manifestação de seu interesse. Ela o sentia através de todas as capas de seu vestido, quase podia ouvi-lo através de sua pele. Quando Gerald Hill quis acender um charuto, as demais mulheres o proibiram a gritos.


– Nem sequer eu me atrevo a fumar em casa da Anna - disse Leo Vandenberg, com seu fingido acento austríaco.


– E teve que pagar por isso - disse ela, lhe dando um golpezinho desenvolto no ombro.


Anahí aproveitou a risada da mulher para afundar o rosto no pescoço de seu príncipe. Poncho esticou os braços. Quando ela o olhou nos olhos, viu que ardiam. Mucosa insuportável pronunciou ele com sílabas mudas, e beijou seus lábios eletrizados. Com a ponta da língua, deixou uma marca úmida nela.


– Ai - disse a mulher loira–, olhem os pombinhos.


– Os periquitos - acrescentou o brincalhão do Sebastian, e Anahí se ruborizou. Com seu comentário, convertia o que acabavam de fazer em algo ao mesmo tempo sórdido e emocionante.


– Mostrarei as dependências às damas - sugeriu Anna–. E enquanto estamos ausentes, vocês cavalheiros vejam se podem elevar seus espíritos.


– Mais lhes conviria nos pedir que elevemos algo situado mais abaixo - corrigiu Sebastian, com o que desatou as risadas dos homens.


Anna entreabriu os olhos ao olhar Anahí, como se as duas pertencessem a uma mesma irmandade. Anahí se surpreendeu ao pensar que não teria importado pertencer à mesma irmandade que ela.


Mas isso foi antes que Anna a levasse a sós à biblioteca. Igual à sala de estar, aquele era um lugar onde um homem se sentiria a gosto. Nesse momento, fazia frio porque o fogo se apagou fazia tempo. Anahí se abrigou com a capa emprestada e olhou a seu redor. A sala era pequena, mas continha uma quantidade assombrosa de livros. Do chão ao teto, estavam ordenados em estantes, inclusive empilhados em montões instáveis junto às janelas. Umas sapatilhas negras de homem descansavam diante do ferro do fogo. O aro de bordar que viu sobre a mesa junto à lareira a fez pensar que Anna as teria bordado. Aquilo pareceu a Anahí uma tarefa muito doméstica para uma amante, mas Anna não era uma amante qualquer. Observando a decoração antiga e matizada, chegou à conclusão de que aquele era o canto particular do casal.


– Suponho que estará se perguntando por que a trouxe aqui – disse a anfitriã.


A Anahí picava a curiosidade, mas esperou que a mulher se explicasse. Anna agarrou uma dobra de seu vestido de tecido de gaze Tinha a pele de cor nata, o cabelo de uma cor carvalho brilhante. Até suas mãos eram femininas, gordinhas e suaves com unhas ovaladas perfeitas.


Anahí tentou não imaginar acariciando as costas de Poncho. Finalmente, Anna falou.


– Não é meu assunto - disse–, mas você é jovem e se vê que se deixa impressionar com facilidade. A decência me obriga a lhe dar este conselho. –Anahí seguia guardando silêncio e Anna deixou escapar uma risada gordurosa–. De acordo, possivelmente não seja tão fácil a impressionar como tinha pensado.


– Quer me advertir a respeito de Poncho - disse Anahí–, porque o conhece melhor que eu.


– Há um monte de anos - disse Anna, com um sorriso amargo–. E jamais, em todos estes anos, esteve com uma mulher mais de um mês.


– Nem sequer contigo?


Era uma pergunta mesquinha, mas Anahí não pôde evitar. No rosto da Anna apareceu uma dureza que antes não estava.


– Nem sequer eu - disse, com voz fraca, e Anahí soube que a tinha ferido seu orgulho. Sentiu uma pontada de vergonha. Se as circunstâncias tivessem sido diferentes, teria gostado que fossem amigas.


Sem perceber seu pesar, Anna seguiu.


– Sei o que digo - afirmou–. E, embora suponha que não tem muita vontade de que te fale disso, faria bem em me fazer caso. Poncho Herrera é um autêntico libertino. Não nego que seja um libertino encantador ou que possa ser amável, mas não é dele entregar o coração a uma mulher. Nem sequer durante o momento que tarde em fodê-la.


Anahí teve que fazer reunir sua serenidade para dissimular sua palidez ante tão escandalosa frase.


– Tem razão no seu encanto - disse com sua voz mais gélida, sua voz de duquesa–. Também em sua amabilidade. E, indo ao ponto, isso sim, posto que foda tão bem, possivelmente não devesse queixar-se se não entregar seu coração.


Anna ficou olhando e depois estalou em uma risada mesclada de assombro.


– Deus, você sim que tem valentia. Se não tivesse visto como o olha, diria que Poncho encontrou seu par. Mas você é uma garota, Annie, uma garota inocente de bom coração e toda a amabilidade do Poncho só conseguiria a fazer sofrer o dobro.


– Isso não lhe concerne - disse Anahí, desejando alcançar a altura de sua interlocutora.


– Não - conveio Anna com um suspiro–. Suponho que não. E quem sou eu para adverti-la do perigo de que lhe rompam o coração? Ao menos fará de você uma mulher.


Era isso o que fazia a uma mulher? Anahí nunca o tinha exposto assim, mas possivelmente...


Sacudiu a cabeça antes que a idéia pudesse arraigar em sua mente. Não. A própria Anna tinha reconhecido que Poncho não tinha entregado seu coração. Possivelmente sua opinião estava tingida por essa decepção. Em qualquer caso, Anahí não tinha nenhuma intenção de deixar que a advertência de uma antiga amante de Poncho estragasse a noite mais bela que jamais tinha vivido.


Por uma vez, queria ser a princesa que sempre tinha sonhado.


 comentem!!!!




 



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Autor(a): annytha

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Embora Anahí tivesse preferido voltar para casa, certo sentimento de dignidade exigia suportar a noite até o final. Com o pulso ainda alterado, voltou para o salão e se deteve na soleira. Sentiu-se melhor assim que viu Poncho, embora sua pose lhe parecesse estranha, tratando-se de um homem em meio daquela companhia. Estava sentado no chão frente ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 416



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  • elizacwb Postado em 21/12/2012 - 15:31:40

    amei o final dessa web, amei, que lindos...envolvente, excitante, emocionante, aiai muito boa mesmo

  • biacasablancasdeppemidio Postado em 20/12/2012 - 00:55:16

    preciso de leitoras .. web com cenas hot http://www.fanfics.com.br/?q=fanfic&id=19720

  • jl Postado em 20/01/2012 - 16:31:52

    AAAAAAAAAAAAAAAAAA que lindo *-* se casaram finalmente *-*

  • jl Postado em 20/01/2012 - 16:31:51

    AAAAAAAAAAAAAAAAAA que lindo *-* se casaram finalmente *-*

  • jl Postado em 20/01/2012 - 16:31:50

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  • jl Postado em 20/01/2012 - 16:31:50

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  • jl Postado em 20/01/2012 - 16:31:49

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  • jl Postado em 20/01/2012 - 16:31:46

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